Dan Stulbach protagoniza em “O Mercador de Veneza”, Teatro Nelson Rodrigues

Um elenco de 12 atores conta a história de Antônio, mercador que contrai uma dívida com o agiota Shylock e oferece como garantia uma libra de sua própria carne. O não pagamento da dívida desencadeia um julgamento dramático, colocando em pauta temas como justiça e preconceito.

por Redação
Dan Stulbach protagoniza em “O Mercador de Veneza”, Teatro Nelson Rodrigues

Um dos textos mais emblemáticos do dramaturgo inglês William Shakespeare, “O Mercador de Veneza” ganha nova montagem, sob a direção de Daniela Stirbulov (diretora residente dos musicais “Tom Jobim”, de Nelson Motta e Pedro Brício; “Ney Matogrosso – Homem com H” e “Silvio Santos vem aí”, estes de Marilia Toledo e Emilio Boechat).

À frente do elenco de 12 atores, Dan Stulbach dá vida ao icônico agiota Shylock, já interpretado por nomes como Al Pacino, Laurence Olivier e Pedro Paulo Rangel.

Mergulhando em temas como preconceito e intolerância a todos aqueles que são estrangeiros, a montagem é uma reflexão acerca das transformações nas relações humanas e tensões sociais que transcendem séculos.

“Lidar com os desafios shakesperianos é abrir espaço para o risco, para o confronto com o que somos — e com o que podemos ser. E expandir o entendimento sobre a vida: as relações humanas em sua complexidade e contradições. Tudo está ali. Vilões e heróis se confundem nas máscaras sociais. A obra, atravessada por tensões religiosas e preconceitos, nos confronta com questões sobre intolerância, identidade e justiça – tão atuais quanto no tempo em que foi escrita.”, reflete a diretora, Daniela Stirbulov.

SINOPSE

A trama acompanha Antônio, um mercador que contrai uma dívida com o agiota judeu Shylock para ajudar seu amigo Bassânio. Como garantia, Antônio oferece uma libra de sua própria carne. Com o não pagamento da dívida, o contrato desencadeia um julgamento dramático, colocando em pauta temas como justiça e preconceito.

A MONTAGEM

Sob a direção de Daniela Stirbulov, “O Mercador de Veneza” se desloca da Itália do século 16 para um cenário contemporâneo, em que questões como o antissemitismo, o preconceito racial, e as guerras motivadas pelo lucro e pelo capital ganham mais potência frente à narrativa. O agiota Shylock é alçado a protagonista nesta montagem, que busca narrar a história a partir de seu ponto de vista.

“Estar à frente da direção me possibilitou criar um universo contemporâneo. A história, escrita no contexto do capitalismo emergente do século XVI, foi transportada para os anos 1990 — década marcada pela aceleração da globalização e pelo surgimento de uma nova ordem mundial. Estabelecemos a Bolsa de Valores como espaço central, implantando a atmosfera das negociações financeiras do tempo presente e o dinheiro como motor principal das relações.”, conta a diretora.

No centro do palco, uma estrutura acrílica transparente elevada cria um tablado para os atores. No alto, um painel circular de led desenha palavras e frases ligadas à ação. Há um operador de câmera captando imagens em tempo real, também projetadas no painel. A música é executada ao vivo por uma baterista no palco.

Serviço

ESTREIA: dia 22 de maio (5ªf), às 19h
ONDE: Teatro Nelson Rodrigues – Caixa Cultural
. Av. República do Paraguai, 230 – Centro / RJ   Tel: (21) 3509-9621
HORÁRIOS: 5ª e 6ª às 19h, sab e dom às 18h / INGRESSOS: plateia R$40 e R$20 (meia); balcão R$30 e R$15 (meia) na bilheteria de 4ª a dom, das 13h às 19h ou em https://www.bilheteriacultural.com.br// CAPACIDADE: 417 espectadores / DURAÇÃO: 1h40 / GÊNERO: comédia dramática / CLASSIFICAÇÃO INDICATIVA: 12 anos / ACESSIBILIDADE: 4 lugares para cadeirantes plateia e 4 no balcão / TEMPORADA: até 15 de junho

FICHA TÉCNICA

Texto: William Shakespeare
Direção: Daniela Stirbulov
Tradução, Adaptação e Assistência de Direção: Bruno Cavalcanti

Elenco / Personagem

Dan Stulbach / Shylock
Augusto Pompeo / Duque
Amaurih Oliveira / Lorenzo e Príncipe de Marrocos
Cesar Baccan / Antônio
Gabriela Westphal / Pórcia
Júnior Cabral / Graciano
Marcelo Diaz / Lancelotte Gobbo
Marcelo Ullmann / Bassânio
Marisol Marcondes / Jéssica
Rebeca Oliveira / Nerissa
Renato Caldas / Solânio e Tubal
Thiago Sak / Salarino e Príncipe de Aragão

Baterista em cena: Caroline Calê
Cenografia: Carmem Guerra
Cenotécnico: Douglas Caldas
Desenho de Luz: Wagner Pinto e Gabriel Greghi
Figurino e Visagismo: Allan Ferc
Assistente de Figurino: Denise Evangelista
Peruqueiros: Dhiego Durso e Raquel Reis
Direção de Movimento: Marisol Marcondes
Aderecista: Rebeca Oliveira
Consultoria Sobre Shakespeare: Ricardo Cardoso
Vídeo e Imagem: André Voulgaris
Fotos: Ronaldo Gutierrez
Design Gráfico: Rafael Oliveira Branco
Operação de Luz: Jorge Leal
Operação de Som: Rodrigo Rios
Motorista: Cosme Araujo
Assistente de Produção: Amanda Nolleto
Produção Executiva: Raquel Murano
Direção de Produção: Cesar Baccan e Marcelo Ullmann
Produção: Kavaná Produções e Baccan Produções
Realização: Caixa Cultural
Assessoria de Imprensa: JSPontes Comunicação – João Pontes e Stella Sephany

DANIELA STIRBULOV – diretora

Daniela Stirbulov é diretora teatral, atriz e produtora em São Paulo. Mestre em direção teatral pela University of Essex (Londres); graduada em artes cênicas pela Universidade de São Paulo; e formada pelo Núcleo Experimental de Artes Cênicas do SESI. Faz parte do Young Vic’s Directors Network e participou do Grupo de Estudos de Teatro Musical da ECA-USP.

Entre seus principais projetos estão “Tom Jobim”, musical de Nelson Motta e Pedro Brício, diretora residente; “Cabaret” de Joe Masteroff, Fred Ebb e músicas de John Kander, assistente de direção e diretora residente; “Ney Matogrosso – Homem com H”, de Marilia Toledo e Emilio Boechat, codiretora e diretora residente; “Silvio Santos vem aí, uma comédia musical”, de Marilia Toledo e Emílio Boechat com músicas de Marco França, codiretora e diretora residente; “Nu de Botas, das linhas às luzes”, baseado no livro de Antônio Prata, diretora; “João e Maria, o musical”, de Daniela Stirbulov e Emilio Boechat, com músicas e letras de Fred Silveira e Willian Sancar, diretora e roteirista; “O Mágico di Ó”, de Vitor Rocha e arranjos de Marco França, diretora; “Home Office”, diretora de alguns episódios da série da Amazon Prime; “As Centenárias”, uma livre adaptação do texto de Newton Moreno, diretora e produtora; “Memórias de um Gigolô”, de Miguel Falabella e músicas de Josimar Carneiro, diretora residente; “Menino Maluquinho”, o musical em parceria com Ziraldo, diretora; “The Looney Tunes Live”, de Marilia Toledo, assistente de direção e diretora residente; “Cocoricó, o show”, de Marilia Toledo, assistente de direção e diretora residente; “Ópera Dido e Eneas”, de Henry Purcell, assistência em direção para o Teatro da Vertigem.

Em Londres, “Kill Them”, de Otto English, diretora; “Sundowtown, a new musical”, de Adam Wachter, assistente de direção; “Antony & Cleopatra”, de William Shakespeare, assistente de direção,

É sócia-fundadora junto com Velson D’Souza do Espaço Co.Lab, lugar de treinamento, prática, colaboração e criação artística, onde coordena o Grupo de Estudos Direção Teatral.

Como atriz, trabalhou com diretores renomados como Kléber Montanheiro, Lavínia Pannunzio, Zé Henrique de Paula, Lígia Cortez, Amauri Falseti, Marcelo Galdino, entre outros.

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