Robson Torinni leva Tebas Land para a Europa
Da Redação
Aclamado por suas atuações e produções para o teatro, Robson Torinni está no elenco de “Família é tudo”, da Rede Globo de Televisão. Na trama, o ator dá vida ao skatista mau-caráter Cláudio, antigo rival de Tom (Renato Góes) que chega para treinar Max (Caio Vegatti) para competições esportivas e, assim, retomar a rixa com o mocinho. O pernambucano ainda pode ser visto estrelando a série “Entre longes”, rodada no MT, na TV Brasil. E, para este ano, há a previsão da estreia do filme “Ruas da Gloria”.
Com 37 anos e 20 de carreira, o bacharel em teatro produziu seu primeiro espetáculo em 2017, trazendo para os palcos cariocas o sucesso argentino “A Sala Laranja”. Sua consagração aconteceu em 2018 quando produziu e estrelou o premiado “Tebas Land”. Na época, a peça lhe rendeu o Prêmio Botequim Cultural de Melhor Ator e duas indicações a Melhor Ator pelo Prêmio CESGRANRIO e pelo Prêmio Cennyn. A obra esteve novamente em cartaz no Rio até abril com lotação esgotada. E, em julho, participará do Festival de Teatro de Avignon, na França.
Robson Torinni também foi ovacionado por sua atuação e produção da peça “Tráfico”, que esteve em cartaz no Rio por um ano. O espetáculo recebeu três indicações ao prêmio APTR de Melhor Ator, de Melhor iluminação e de Melhor direção de movimento. A obra ainda teve duas indicações ao Prêmio Cesgranrio de Teatro nas categorias de Melhor Ator e de Melhor Iluminação.
Em seu currículo ainda constam passagens pela Oficina de Atores das Globo e participações em produções da TV e do cinema. Em entrevista ao site Sopa Cultural, o profissional conta um pouco mais da sua história.
Sopa Cultural: Você estreou a peça “Tebas Land” em 2018 e logo foi aclamado pela crítica e ganhou prêmios. Como surgiu a ideia de levar aos palcos esse espetáculo em que você atua e produz?
Robson Torinni: Quando me formei na faculdade de Teatro, no Rio de Janeiro, senti uma necessidade enorme de mostrar o meu trabalho e também de fazer os personagens que eu gostaria de interpretar. Foi aí que surgiu a minha produtora, REG’S Produções Artísticas. Além de me proporciona liberdade criativa, essa escolha também me concede estabilidade financeira, algo que, infelizmente, não é tão comum na área artística. Em 2017, estava em busca de textos e dentre às 32 peças que li, na época, o Tebas Land foi uma delas.
Sopa Cultural: Você voltou a montar “Tebas Land” esse ano, com mais uma temporada de lotação esgotada no Teatro Poeira, no Rio de Janeiro. Como é ver que seu projeto, anos depois da primeira montagem, continua atual e fazendo sucesso? Sentiu alguma diferença do público de 2018 para 2024?
Robson Torinni : Tebas Land foi um presente que abriu portas e me trouxe reconhecimento no meio artístico e fora dele. Após seis anos da sua estreia, no Rio de Janeiro, vejo que o espetáculo é mais atual do que imaginava, a prova é a reação do público e os bons frutos que continuamos colhendo com ele.
Sopa Cultural: Você está de malas prontas para levar “Tebas Land” para o Festival de Avignon, na França, em julho. Como surgiu a oportunidade? Qual a expectativa para essa apresentação internacional? Pensa em levar a peça para uma turnê no exterior?
Robson Torinni : As minhas expectativas são as melhores possíveis. Quando soube que faria o Tebas Land no Festival de Avignon, na França, durante um mês, chorei de alegria. Para mim é o ápice do reconhecimento pelo nosso trabalho. Meu coração está que não se aguenta ao ver meu “filho” ganhando asas e indo respirar outros ares pelo mundo afora. E se surgir uma turnê no exterior, eu não irei reclamar (risos).
Sopa Cultural: Outra peça em que você atuou e também fez produção foi o sucesso “Tráfico”. Quais seus próximos projetos a caminho?
Robson Torinni : Fiquei um ano em cartaz, no Rio de Janeiro, com casa lotada, mesmo sem ter patrocínio. Por enquanto não estou pensando nos outros projetos, ainda tenho muitas cidades a percorrer com o Tebas Land e o Tráfico.