Dia Mundial da Doença Inflamatória Intestinal: Especialista fala sobre tratamento

Doença não tem cura, mas tratamentos freiam sua evolução

por Jorge Rodrigues

No dia 19 de maio, é comemorado o Dia da Doença Inflamatória Intestinal, data importante para conscientizar a sociedade sobre a doença que afeta cerca de 10 milhões de pessoas no mundo, segundo Ministério da Saúde. Infelizmente, a doença não possui cura, mas os tratamentos melhoram a vida do paciente que convive com ela. A especialista em medicina ortomolecular e tratamento preventivo Márcia Umbelino explica: “As doenças inflamatórias intestinais surgem por uma reação inadequada e agressiva do sistema imunológico às bactérias naturais do intestino. Ou seja, o organismo ataca a parede de tecido do intestino provocando feridas. Com o decorrer do tempo, sem tratamento, ela pode desencadear problemas graves como um câncer no intestino”, conclui a médica.

Existem diferentes tipos de doenças inflamatórias intestinais, porém as principais são a doença de Crohn, que é uma inflamação intestinal que atinge todo o sistema digestivo, desde a boca até o ânus. E a retocolite ulcerativa que pode atingir partes ou todo o intestino grosso. A especialista sinaliza sobre os sintomas que as doenças causam: “As doenças causam diferentes consequências , mas têm os sintomas em comum: desconforto abdominal; sensação de barriga estufada; dor; cólicas; alternância entre períodos de diarreia e de prisão de ventre; flatulência (gases) exagerada; sensação de esvaziamento incompleto do intestino; queimação. Esses sintomas ainda se agravam na ingestão de alimentos e bebidas que contenham cafeína, álcool e muita gordura “, acrescenta Márcia.

A doença geralmente, manifesta-se entre os 14 e 24 anos, e podem ter diversas causas, como:

Contrações exageradas depois da ingestão de alimentos gordurosos ou em resposta ao estresse; Hipersensibilidade dos receptores nervosos da parede intestinal à falta de oxigênio, distensão, conteúdo fecal, infecção e às alterações psicológicas;
Níveis elevados de neurotransmissores (como a serotonina, por exemplo) no sangue e no intestino grosso;
Infecções e processos inflamatórios; Depressão e ansiedade. Predisposição do organismo a ter inflamações

O paciente com sintomas, ou diagnóstico precisa realizar tratamentos que diminuam essa inflamação, a médica explica sobre alternativas “O paciente pode realizar diferentes tipos de tratamento. Infelizmente, DII não tem cura, porém pode ser melhor controlada, levando uma qualidade de vida a quem desenvolveu ela. A soroterapia é uma alternativa por seu uma técnica que coloca substâncias anti inflamatórias, de forma endovenosa, sendo absorvidas de maneira mais rápida e eficaz pelo organismo. O uso da canabinoide também pode ser uma alternativa, pois o corpo possui receptores para a substância praticamente no corpo todo, um dos lugares é o intestino. Pesquisas indicam que o medicamento diminui consideravelmente os sintomas, além de possuir características anti inflamatórias. Além dos medicamentos, o paciente também deve possuir uma boa alimentação para reduzir sintomas e controlar os danos da doença”, completa a especialista.

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