Dia Mundial de Prevenção de Quedas: um problema de saúde pública

O problema das quedas é tão grave que a Organização Mundial da Saúde (OMS) instituiu o dia 24 de junho como o Dia Mundial de Prevenção de Quedas. Incluído no Calendário da Saúde do Ministério da Saúde (MS), a data é dedicada ao alerta sobre riscos de quedas para pessoas de todas as idades, mas, principalmente, as idosas. No Brasil, a maior causa externa de mortalidade em pessoas idosas com mais de 75 anos é representada pelas quedas.

O acidente ocorre com mais frequência entre os idosos e pode resultar em lesões graves, como fraturas de quadril, traumatismos cranianos e lesões na coluna vertebral. Essas lesões podem levar a complicações médicas significativas e, em alguns casos, até à morte. Por isso a prevenção e a adoção de medidas de segurança em casa são essenciais para proteger a saúde e o bem-estar dessa população.

Entre 2000 e 2014, as mortes por quedas registraram aumento superior a cinco vezes nas idades mais avançadas apenas em São Paulo, cidade mais populosa do Brasil. A partir de 65 anos, as quedas passam a ser a primeira causa externa de morte feminina. Entre os homens de 70 a 74 anos, as quedas ampliam seu destaque após 75 anos, superando inclusive todas as demais causas externas. Os dados são de um relatório da da Seade, Fundação Sistema Estadual de Análise de Dados. Até 2050, o número de pessoas com 60 anos ou mais aumentará no mundo de 900 milhões para 2 bilhões. Com o avanço da medicina, as pessoas vivem mais, e por consequência, surgem novas necessidades de cuidados e atenção.

“É importante manter a funcionalidade plena com boa força muscular e manutenção do equilíbrio, para que a queda não ocorra. Além do idoso, a prevenção da queda inclui o manejo do ambiente, tornando-o mais acessível, livre de barreiras e plana: cuidado com desníveis, cuidar com tapetes e carpetes soltos, instalar corrimões nos locais com risco de quedas, piso anti-derrapante, ambientes iluminados a qualquer hora ou com sensor de movimento para acender a luz quando houver indícios de queda”, alerta o geriatra Emilio Moriguchi.

Após a queda, deve-se identificar a causa da queda para tomada de medidas protetoras para que não ocorra novamente. Exercícios físicos para manutenção da musculatura e equilíbrio, além da fisioterapia. Além disso, Emílio também destaca o lado psicológico do idoso, uma vez que a queda causa perda de autoconfiança e a sua autoestima fica prejudicada.

Outra recomendação tão importante quanto prevenir quedas é ter ajuda o mais rápido possível, alerta Gilson Esteves, diretor da Tecnosenior. Fundada há mais de 10 anos, a empresa fornece Sistemas de Emergência Pessoal focada na terceira idade. Com sede em Porto Alegre (RS) e atendendo todo o Brasil, a Tecnosenior possui monitoramento constante. A cada 48h a central da empresa recebe e auxilia pelo menos uma chamada de emergência.

“Muitos idosos podem não conseguir se levantar sozinhos ou alcançar um telefone para chamar ajuda. Com um sistema de chamada de emergência, eles têm acesso a um dispositivo portátil ou um dispositivo conectado à linha telefônica residencial que permite enviar um sinal de emergência para uma central de atendimento e para familiares”, relatou Gilson.

É importante ressaltar que estes sistemas não substituem a necessidade de prevenção de quedas. No entanto, eles são um complemento valioso para garantir uma resposta rápida em caso de emergência. “Chamar ajuda é algo importante para evitar sequelas e até a morte do idoso”, ressalta Esteves.

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