Educadores e ambientalistas lançam coleção de livros sobre os oceanos

A luta pela conservação marinha e costeira ganhou mais um importante instrumento na sensibilização de pessoas sobre a necessária defesa desses ecossistemas. Trata-se da coleção Década do Oceano, composta pelos títulos: Manguezais, Espetáculo da Vida Marinha e Mar Visto do Espaço, lançada neste dia 19, no Instituto Federal Fluminense (IFF), em Itaboraí-RJ. O evento também foi marcado pela comemoração dos 26 anos da ONG Guardiões do Mar, que promoveu uma intervenção de educação ambiental no campus.

Frutos de uma parceria entre a Editora Andrea Jakobsson Estúdio e a Cátedra Unesco do Instituto Oceanográfico da USP, os volumes da coleção Década do Oceano são compostos por textos de diversos especialistas, educadores e ativistas da área ambiental, além de belas imagens do mar e seu entorno.

A obra pretende ampliar a visão das pessoas sobre a riqueza dos oceanos e promover a sustentabilidade desse ecossistema, conforme preconizado pela Década das Nações Unidas da Ciência Oceânica para o Desenvolvimento Sustentável.

“A missão de um editor é juntar conhecimento em um livro, mas esse livro precisar voar, achar os leitores, conversar com alguém. Procuramos fazer livros bem apetitosos, com fotos maravilhosas e conteúdo importante, sempre trabalhando para que o maior número de pessoas tenha acesso à informação que está neles. Espero que vocês gostem, aproveitem e levem esse conhecimento adiante”, disse a editora Andrea Jakobsson.

A editora tem como objetivo lançar 10 livros durante os 10 anos da Década do Oceano.

“Quando conheci a Andrea, começamos a pensar de que forma poderíamos construir um processo que pudesse nos dar a oportunidade de compartilhar com a sociedade o espetáculo que é o oceano. Com isso, buscamos atrair pesquisadores do Brasil inteiro para esse exercício de tradução dessas informações em imagens e textos acessíveis, para que possamos efetivamente encantar e sensibilizar, colocando o oceano na cabeça, no coração e na alma das pessoas, para, assim, construirmos juntos esse futuro que está em nossas mãos”, contou o coordenador da Cátedra Unesco para a Sustentabilidade do Oceano Alexander Turra.

O presidente da ONG Guardiões do Mar Pedro Belga expressou sua admiração aos autores presentes e aos povos do mar, a quem atribui muito do seu conhecimento prático sobre os manguezais, além de deixar uma mensagem para os jovens.

“Hoje é um dia muito emblemático: a Guardiões do Mar completa 26 anos e, não por acaso, estou aqui com pessoas que me inspiraram tanto. A Guardiões só está completando tantos anos, porque ela vive, apoia e atua com quem vive no mangue e do mangue e sem o manguezal a Baía de Guanabara não existiria. Que esse dia seja perpetuado. Os livros vão dar materialidade a essa mesa, a essa festa. Espero que cada jovem aqui presente possa folhear estes livros e absorver o que está escrito aqui. Somos todos grisalhos e só através do conhecimento é que vocês conseguirão ocupar este espaço e defender o nosso meio ambiente”.

No lançamento, estavam presentes ainda, à mesa, renomados autores como o oceanógrafo e engenheiro ambiental, David Zee; o oceanógrafo e coordenador do Núcleo de Estudos em Manguezais Mario Soares; e o eco-historiador, Arthur Soffiati.

O evento foi encerrado com a intervenção ‘O manguezal começa aqui!’, na qual jovens dos ecoclubes dos projetos Sou do Mangue, EDUC e Do Mangue ao Mar pintaram bueiros, do pátio da universidade, com mensagens visuais que destacam a importância dos manguezais.

Mais informações sobre as obras e como adquirir, podem ser obtidas por meio do link: https://www.jakobssonestudio.com.br/

Guardiões do Mar

A ONG Guardiões do Mar, há 26 anos produz e apoia a ciência, promovendo o protagonismo juvenil e mobilizando comunidades para a conservação e/ou restauração de ecossistemas costeiros, em especial no combate ao lixo no mangue e no mar. Junte-se a nós neste movimento. Siga as redes da @guardioesmar e do @mangueaomar e apoie o futuro dos manguezais brasileiros. Eles são importantes aliados no combate a emergências climáticas, além de oferecerem serviços ecossistêmicos que fomentam a socioeconomia e sociobiodiversidade local.

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