Paulo Gorgulho e Cesar Mello

Entre Franciscos, O Santo e o Papa

por Redação

Peça de Gabriel Chalita estreia dia 15 de março no Teatro Domingos Oliveira, no Planetário da Gávea, e traz um diálogo imaginário entre o Papa Francisco e São Francisco de Assis

Com direção de Fernando Philbert, e com Paulo Gorgulho e César Mello encarnando as duas figuras icônicas, o espetáculo propõe ao público uma reflexão sobre a humanidade

Um encontro utópico entre o Papa Francisco e São Francisco de Assis se transforma em uma conversa tocante e filosófica sobre o ser humano. Em “Entre Franciscos – O Santo e O Papa”, o cenário é a lavanderia do Vaticano, espaço construído pelo Papa para atender à população de rua em Roma. Um dia, sentindo-se cansado, ele entra no local e se depara com um homem, que percebe ser São Francisco de Assis. Nesse encontro inesperado entre Franciscos, o público é convidado a refletir junto com os personagens sobre questões pungentes dos tempos atuais. O espetáculo tem texto de Gabriel Chalita, direção de Fernando Philbert, e estreia dia 15 de março, às 19h, no Teatro Domingos Oliveira, no Planetário da Gávea.

Paulo Gorgulho interpreta o Papa Francisco e César Mello é São Francisco de Assis, nesta comovente história que é uma homenagem à sensibilidade e à humanidade dessas duas grandes e revolucionárias figuras que, além do nome, possuem muito mais em comum.

A peça conta com patrocínio do Instituto YDUQS e Estácio e ficará em cartaz até 7 de abril de 2024, sextas e sábados, às 20h; e domingos, às 19h. A direção de produção é de Guilherme Logullo, a cenografia de Natália Lana, os figurinos de Karen Brusttolin, o desenho de luz de Vilmar Olos e a realização da Luar de Abril.

Texto de Gabriel Chalita explora o lado humano dos personagens

No novo espetáculo de um dos escritores mais lidos do país e autor de mais de 90 livros, a conversa entre o Santo e o Papa aborda principalmente os problemas do mundo e os caminhos tomados por nós, seres humanos. O Papa se mostra cansado das dores do cotidiano e, à primeira vista, não reconhece o homem na lavanderia, mas aos poucos, vai percebendo sua grande sensibilidade e a semelhança das suas palavras com as de São Francisco. O local torna-se, então, uma espécie de metáfora representando um espaço em que as dores da humanidade precisam ser, de certa forma, lavadas.

Paulo Gorgulho e Cesar Mello

Paulo Gorgulho e Cesar Mello – Foto de Guilherme Logullo

“Não é uma peça sobre uma religião, é uma peça sobre humanidade, sobre o amor que liga as pessoas ou sua ausência que traz tantas sujeiras. De um lado, temos São Francisco, um homem que decidiu dedicar sua vida ao exercício do cuidar, principalmente dos que ninguém queriam cuidar. Do outro, temos um Papa que é um exemplo de acolhimento, um homem que vive o evangelho em sua essência, que acolhe os vulneráveis e que se posiciona para construir um mundo de paz. São figuras carismáticas, revolucionárias e o espetáculo expõe o que seriam as visões de mundo de cada um”, revela Chalita, que também assina a idealização da peça.

Segundo o autor, a ideia surgiu a partir de uma conversa sobre invisibilidades, exclusão e sobre a grande desigualdade e os desafios que vivemos hoje.

“A referência da lavanderia vem questionar quais são os barulhos do mundo e os caminhos que estamos tomando, como guerras, conflitos, doenças… Por meio da dimensão humana desses personagens, a peça quer inspirar o público com reflexões do mundo contemporâneo”, explica o autor.

Nesse diálogo emocionante entre Franciscos, Fernando Philbert, responsável pela direção de aclamados espetáculos, optou pela simplicidade, investindo em um jogo de cena que valoriza a química entre Paulo Gorgulho e César Mello.

“Buscamos um caminho de humanidade dos personagens, ou seja, quais as questões, os problemas, os desejos que atravessam o Papa e São Francisco de Assis. O que lhes incomoda, o que estão buscando resolver. Essa proposta conduz os atores a não colocarem os personagens em um lugar etéreo, mas sim como homens, como pessoas normais que, assim como nós, também têm dúvidas e incertezas. Você poderia assistir essa peça e esquecer que é o Papa e São Francisco. São apenas dois homens”, afirma.

Química entre os atores foi imediata

Interpretar dois grandes homens, guardados num lugar muito especial do imaginário de muita gente não é uma tarefa simples. Mais difícil, ainda, foi encontrar nos atores a sensibilidade necessária para encarnar a simplicidade dos personagens. Para César Mello, o desafio foi vencido com maestria:

“Quando estamos em cena, buscamos de fato pensar neles como homens que estão dialogando. A decisão de humanizá-los é muito significativa. São Francisco, por exemplo, não morreu santo. Pelo contrário. Enquanto vivo, era tachado de louco, chegando até mesmo a ser perseguido por membros da Igreja Católica. Então, no fim das contas, estamos falando de dois seres humanos, de carne e osso”, ilustra o ator.

A sinergia entre ele e Gorgulho foi essencial, imediata e necessária para que o espetáculo chegasse ao tom esperado:

“Nessa conversa, os Franciscos mostram diversos aspectos do presente. A natureza está correndo riscos agora, estamos vivendo uma grande onda de ódio, tempos difíceis e é preciso olhar para isso”, conclui Gorgulho.

Sinopse:

“Entre Franciscos, O Santo e O Papa” mostra o Papa Francisco preocupado e cansado dos problemas do cotidiano. Ele entra na lavanderia do Vaticano, local que mandou construir para a população de rua e encontra um homem. Inicialmente, ele não percebe, mas este homem é São Francisco de Assis e, aos poucos, o diálogo entre essas duas icônicas figuras vai revelando dores, incertezas, mas também amores, fé e reflexões sobre os grandes dilemas da humanidade.

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FICHA TÉCNICA:

  • Elenco: Paulo Gorgulho e César Mello
  • Texto: Gabriel Chalita
  • Direção: Fernando Philbert
  • Cenografia: Natália Lana
  • Desenho de Luz: Vilmar Olos
  • Figurino: Karen Brusttolin
  • Trilha sonora: Gui Leal
  • Design gráfico: Igor Gabriel Paz
  • Direção de produção: Guilherme Logullo
  • Produção executiva: Manu Hashimoto
  • Assistente de direção/produção: Renata Ricci
  • Assessoria de imprensa: Prisma Colab
  • Operação de luz: Thayssa Carvalho
  • Operação de som: André Vieri
  • Camareira: Rita Vasconcelos
  • Idealização: Gabriel Chalita
  • Realização: Luar de Abril

SERVIÇO: 

ENTRE FRANCISCOS, O SANTO E O PAPA

  • Estreia: 15 de março de 2024
  • Temporada: De 15 de março a 7 de abril de 2024
  • Horários: sexta e sábado, às 20h; e domingo, às 19h.
  • Local: Teatro Domingos Oliveira
  • Endereço: Planetário – Rua Vice-Governador Rúbens Berardo, 100 – Gávea
  • Duração: 70 minutos.
  • Bilheteria oficial: Imply.com
  • Telefone: (21) 3114-1286
  • Valores: R$60 (inteira) e R$30 (meia-entrada).
  • 117 lugares. Livre.

Vendas on-line: https://riocultura.eleventickets.com/#!/evento/b387a5281522ecf99f3cf2ae482409e120ecf8a7

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