Entre o cinema e o teatro, Ricardo Alves Jr.

Ricardo Alves Jr. (Crédito Leo Lara)

Ricardo Alves Jr. Diretor e produtor de cinema e teatro mineiro, fundador da empresa Entre Filmes, vem se dedicando a criação que transita entre o cinema e o teatro.

“Antes mesmo de dirigir cinema, já tinha uma relação profunda com o teatro, trabalhando como assistente direção em diversas peças em Belo Horizonte.”

“Tenho como características nos meus espetáculos a uso da câmera dentro da cena, buscando expandi o espaço teatral, e levando para os atores duas instancias de interpretação, a cinematográfica e a teatral ao mesmo tempo. Já no cinema venho trazendo a linguagem do teatro, tanto na busca por uma interpretação em estado de jogo baseada na performance dos atores, onde os atores não são meros ‘modelos’”.

Em Tudo o que Você Podia Ser, que estreia no dia 20, o elenco é formado por atrizes da cena teatral mineira. Como uma característica da cena teatral contemporânea, a história pessoal das atrizes foram a base para a construção do roteiro. O elenco interpreta a si mesmo, num jogo entre a real e a ficção.

Trazer o documento pra cena teatral é a característica do espetáculo Marku Musical que encerrou temporada no CCBB em Belo Horizonte e fará temporada em 2025 no CCBB do Rio e São Paulo. Codirigindo com Lira Ribas, o espetáculo coloca em cena a Família Ribas para contar a história do grande músico mineiro Marku Ribas.

Único Brasileiro com filme competição internacional do FIDMarseille, “Parque de Diversões” é o quarto longa do diretor que será exibido entre os dias 25 e 30 de julho.

Explorando o universo do cruising como território de excitação, adrenalina, segredo e alteridade, o filme, com classificação indicativa não recomendada para menores de 18 anos, reúne um conjunto performativo que aborda o corpo e as sexualidades, voyeurismos e exibicionismos, códigos fetichistas, práticas sexuais e performances não-heterocentradas, desafiando os conceitos de identidade e gênero.

”Parque de Diversões” surge de uma provocação de Alves Jr no set de gravações de “Tudo o que Você Podia Ser”, seu premiado filme anterior, e que tem estreia no circuito comercial também em junho no Brasil. Já o trabalho ainda inédito, que ganhará as grandes telas pela primeira vez na França, traz mais uma vez as atrizes Aisha Brunno, Bramma Bremmer, Igui Leal e Will Soares no elenco, dessa vez acompanhadas por um extenso grupo de artistas da cena queer. Gravados em sequência, os dois trabalhos apresentam estéticas e narrativas bastante distintas, dialogando como um díptico, ampliando ainda mais olhares e narrativas sobre as vivências e experiências do universo LGBTQIA+ na trajetória do cineasta.

Dia três de julho a convite da mostra Felinni organizanda pela Fundaçao Clovis Salgado, o diretor estreia no grande teatro da Palacio das Artes LUZ E SOMBRA, Peça livremente inspirada no filme “Noites de Cabíria” de Federico Fellini.

Com dramaturgia de Germano Melo, o grupo Quatroloscinco e o diretor Ricardo Alves Jr criam quadros de luz e sombra para narrar a fábula de uma artista de cinema que, na véspera de realizar a cena mais tocante de sua carreira, perde-se pela bruma da noite em busca da bondade humana.

A peça é a segunda parceria do diretor Ricardo Alves Jr. com o grupo Quatroloscinco, parceria esta que se caracteriza pela investigação dos interstícios entre as linguagens do teatro e do cinema.

TUDO O QUE VOCÊ PODIA SER

Sinopse
Aisha está de partida e atravessa um dia especial na companhia das melhores amigas, Igui, Bramma e Willa. Entre risos e lágrimas, confissões e encontros afetuosos, é hora de celebrar até o limite, quando o nascer do sol se irradia sobre a beleza tocante e sincera dessa amizade. Borrando os limites entre o real e o ficcional, TUDO O QUE VOCÊ PODIA SER é um retrato autêntico da mais plena liberdade queer. Pelo olhar das personagens, viajamos pela experiência sensível, brilhante, de corpos dissidentes que nos tocam pelo reconhecimento do que nos torna melhores, humanos: o amor, os laços de amizade, a alegria de ser o que se é.

Ficha Técnica
Direção: Ricardo Alves Jr.
Roteiro: Germano Melo
Elenco: Aisha Brunno, Bramma Bremmer, Igui Leal e Will Soares
Participações especiais: Docy Moreira, Renata Rocha e Sitaram Custódio
Direção de fotografia: Ciro Thielmann
Produção: Julia Alves
Direção de produção: Nina Bittencourt
Direção de arte: Luiza Palhares
Figurino: Luiza Palhares e Luiz Dias
Montagem: Lorena Ortiz
Som direto: Fabricio Lins
Trilha sonora: Barulhista
Canção-tema: Coral

Ricardo Alves Jr.

Ricardo Alves Jr. é diretor de cinema e teatro. É fundador da produtora EntreFilmes. Seus trabalhos se caracterizam pela hibridez de linguagens em busca de construções de atmosferas e universos particulares. Seus filmes foram exibidos em diversos festivais internacionais (Berlinale Short, Semana da Crítica do Festival de Cannes, Locarno, Roterdã, Oberhausen, Havana). “Elon Não Acredita na Morte” é seu primeiro longa-metragem e teve estreia nacional no Festival de Brasília do Cinema Brasileiro. Sua estreia internacional aconteceu no Macao Film Festival & Awards, na China, sucedida da estreia europeia no Festival de Rotterdam, em 2017. A estreia ibero-americana aconteceu no Festival de Cartagena, na Colômbia. O filme também foi exibido no IndieLisboa, em Portugal; no FICUNAM, no México; e no BAFICI, em Buenos Aires. Em abril de 2017, estreou comercialmente nas salas de cinema brasileiras, distribuído pela Vitrine Filmes e, em abril de 2019, o filme entrou no catálogo da Netflix. Em 2022, lançou o documentário “Quem Tem Medo?”, co-dirigido com Dellani Lima e Henrique Zanoni, que foi exibido nos festivais: Tudo é Verdade, DocLisboa e DocMéxico. No teatro, dirigiu diversos espetáculos, entre eles “Cine Splendid”, projeto contemplado pelo fundo Iberescena, sendo apresentado no festival MIRADA, e “Eclipse Solar”, do Grupo Quartatela, apresentado no FIT-BH. Seu último trabalho no teatro é o espetáculo “Tragédia” com o grupo QuatrolosCinco, indicado ao 6º Prêmio Copasa/Sinparc de Artes Cênicas: Melhor espetáculo, texto, ator e atriz, que realizou temporada no Sesc Vila Mariana em São Paulo e foi selecionado para mostra oficial do Festival de Teatro de Curitiba 2023.

Vitrine Filmes

Desde 2010, a Vitrine Filmes já distribuiu mais de 250 filmes e alcançou milhares de espectadores apenas nos cinemas do Brasil. Entre seus maiores sucessos estão Bacurau, de Kleber Mendonça Filho e Juliano Dornelles, Prêmio do Júri no Festival de Cannes 2019; O Processo, de Maria Augusta Ramos, que entrou para a lista dos 10 documentários mais vistos da história do cinema nacional; e Druk: Mais Uma Rodada, de Thomas Vinterberg, vencedor do Oscar® de Melhor Filme Estrangeiro em 2021. Em 2020, a Vitrine Filmes iniciou um novo ciclo de expansão e renovação. Entre as iniciativas, está o lançamento da Vitrine España, que produz e distribui longas-metragens na Europa e o Vitrine Lab, curso online sobre distribuição cinematográfica, vencedor do prêmio de distribuição inovadora do Gotebörg Film Fund 2021. A criação, em 2022, do selo Manequim, focado na distribuição de filmes com apelo a um público mais amplo e, finalmente, a Vitrine Produções, braço estratégico para o desenvolvimento, produção e coprodução de títulos próprios. Neste sentido, o primeiro lançamento da casa foi o documentário Amigo Secreto (DocLisboa 2022), de Maria Augusta Ramos, e atualmente já conta com cinco projetos realizados e oito em desenvolvimento. A Vitrine Filmes fechou o ano de 2023 com ótimos indicadores de retomada, alcançando os melhores resultados desde a pandemia. Entre as estreias do ano, estão filmes como Nosso Sonho, de Eduardo Albergaria, lançado pelo selo Manequim Filmes e que obteve a maior bilheteria entre os filmes nacionais do ano, com mais de 515.000 espectadores. Também figuram no catálogo anual a animação Perlimps, de Alê Abreu, o vencedor do Festival de Gramado, Noites Alienígenas, de Sérgio de Carvalho, e a indicação brasileira para o Oscar, Retratos Fantasmas, de Kleber Mendonça Filho, que acumula mais de 80.000 espectadores em salas de cinema e é mais uma coprodução Vitrine Filmes. Mais de 20 filmes foram lançados pelo grupo no ano de 2023.

atrocínio | PETROBRAS

A Petrobras é uma empresa que tem como parte de sua história o apoio contínuo à Cultura, iniciado há mais de 40 anos. O Programa Petrobras Cultural contribui ativamente para o desenvolvimento do setor, por meio de seleções públicas e projetos convidados, mantendo presença e diálogo com a sociedade. Nessa trajetória, a retomada da parceria com o projeto Sessão Vitrine Petrobras marca uma nova fase do Programa, de apoio a grandes projetos. Além da Sessão Vitrine, a empresa está também presente no segmento audiovisual em projetos como a Mostra Internacional de Cinema em São Paulo, na Mostra de Cinema de Gostoso no Rio Grande do Norte e no Festival de Cinema de Vitória. Em fevereiro foi lançado o Programa Petrobras Cultural – Novos Eixos, tornando o Programa mais robusto e atualizado quanto às dinâmicas do setor e de nossa sociedade.

SESSÃO VITRINE PETROBRAS

A Sessão Vitrine é um projeto inovador de distribuição coletiva de filmes brasileiros. Com um lançamento mensal, seu principal objetivo é a formação de público, promovendo a democratização do cinema nacional. Com ingressos a preços reduzidos, a Sessão Vitrine já alcançou 250 mil espectadores nos cinemas e conquistou diversos prêmios no Brasil. Possui uma rede de cinemas parceiros com mais de 20 cidades em, pelo menos, 15 estados e, através das plataformas digitais. A curadoria da Sessão Vitrine Petrobras é feita pela criadora do projeto e da Vitrine Filmes, Silvia Cruz, em parceria com a curadora Talita Arruda e Débora Butruce, esta responsável pelos filmes de patrimônio. A proposta curatorial do projeto é feita priorizando filmes brasileiros e coproduções internacionais que despertem interesse no público, seja pela inovação do seu processo criativo, pelo seu viés autoral ou pela sua qualidade e originalidade ao se posicionar propositadamente diante de aspectos da nossa cultura. A escolha dos filmes visa também abraçar temáticas, gêneros e propostas estéticas diferentes e produções de diversos estados brasileiros, proporcionando uma programação diversificada para o público em geral. Segundo Silvia Cruz, “depois de seis anos, a Petrobras volta a adotar a Sessão Vitrine. Isso representa a retomada do olhar das políticas públicas para a cultura brasileira. É um indício de um novo capítulo do cinema brasileiro representado pela Sessão Vitrine, um catalisador da diversidade formal e temática do cinema feito no Brasil”.

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