Entrevista com Renata Castro Barbosa, curadora do Festival Humor Contra-ataca

por Redação

Renata Castro Barbosa, curadora do Festival Humor Contra-Ataca, compartilha sua experiência e visão sobre o humor. Ela discute a criação do festival em parceria com o Qualistage e a seleção dos artistas, enfatizando a representatividade feminina e a aceitação do stand-up em espaços culturais. Renata, com referências que variam de Jerry Lewis a novos talentos, revela seu processo criativo e a importância do humor como escape na vida. A entrevista oferece uma perspectiva profunda sobre como o humor está sendo reinventado e celebrado neste evento.

Como você define o humor?
A grande válvula de escape da vida. A melhor forma de lidar com temas difíceis. Um respiro. Nada é mais gostoso que uma gargalhada. Não é à toa que é contagiante.

Como foi montar esse line up de humoristas?
Das coisas mais trabalhosas e prazerosas que já fiz na vida! rsrsrs…
Conseguir juntar artistas que tenham sintonia, fazer com que as agendas batam… Foi um trabalhão, mas estou muito feliz com o resultado e tenho certeza que vai ser incrível!

Renata Castro Barbosa

Como surgiu a ideia do projeto?
Fui convidada pela Guacira Abreu (do Qualistage) e pelo Bernardo Amaral (Diretor do Qualistage), para pensar um festival que trouxesse humor e diversão para o verão carioca. Eles gostavam do meu trabalho como atriz e acharam que poderia dar certo a nossa parceria. E deu!

Quais suas referências no humor?
Tenho tantas… Jerry Lewis, Chico Anysio, Jô Soares, Claudia Jimenez, Márcia Cabrita, Suzi Brasil, todos que estão no festival (não convidei à toa, sou fã mesmo de cada um deles. Incluindo as aberturas!) e tantos outros… Se fosse enumerar…

Os espaços culturais são receptivos para esse nicho?
Acho que de um tempo para cá foram abrindo mais espaços direcionados ao humor e mais especificamente ao stand up. Paulinho Serra e Matheus Mad, por exemplo, abriram dois espaços maravilhosos e voltados ao stand up, que tem sido muito importante para esses artistas poderem mostrar seu trabalho. Alguns teatros têm aberto esse espaço também. Ter um espaço do tamanho e com os recursos do Qualistage abrindo suas portas para o teatro é maravilhoso. Muitos teatros fecharam e estão fechando no Rio de Janeiro e isso é bem preocupante.

A mulher tem espaço na comédia?
Claro! Cada vez maior! Ainda somos poucas em destaque, é fato. Ainda temos uma luta pela frente, mas temos atrizes e comediantes sensacionais não é de hoje. Vivemos numa sociedade muito machista ainda, para tudo e o humor não ia ficar de fora, mas como em todas as areias, estamos garantindo nosso lugar. Sonho com o dia que essa pergunta não precise ser feita e que não seja preciso diferenciar homem e mulher. Sejam apenas comediantes, humoristas.

Em quem você aposta nessa nova geração?
Nossa… Tem muita gente boa! Muita mesmo! Babu Carrera, Luiza Périssé, Castorine, Victor Lamoglia, Macla, Evaldo Macarrão… Enfim, são muitos! Tem uma geração incrível aí.

Quais temas mais gosta nas piadas?
Não tem um tema. Qualquer um que me traga identificação vai me fazer rir.

No humor, ficar liberado para falar de qualquer assunto?
Acredito que sim. Qualquer assunto que não seja crime, pode e deve ser abordado.

Saiba mais: Festival Humor Contra-ataca

 

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