
Marcelo Fritz
O que é o Prêmio Atabaque de Ouro e qual a sua importância?
Resposta – O Atabaque de Ouro é o maior encontro de curimbeiros do Brasil. Criado em 2005, ele vai além da entrega de um troféu: é celebração, resistência e reconhecimento da música que pulsa nos terreiros e ecoa pelo país. É um espaço de reafirmação da ancestralidade, da liberdade religiosa e da valorização das tradições afro-brasileiras.
Quando e onde acontece a edição de 2025?
Resposta – Será no domingo, 7 de setembro, na Quadra da Portela, em Oswaldo Cruz. Um local histórico, que representa a força do samba e da cultura popular do Rio de Janeiro.
Quem serão os grandes homenageados deste ano?
Resposta – Nesta 19ª edição, o prêmio presta homenagem a Bira Presidente e ao Cacique de Ramos, que também apadrinham o evento. Além deles, haverá homenagens ao Grupo Afro Tafaraogi, que celebra 35 anos de resistência, e à Mãe Selma de Omolú, referência nacional na luta pelos direitos humanos e pela liberdade religiosa.
Que artistas e grupos participam do encontro?
Os participantes são ganhadores de festivais de 2024 ou fazem parte da chamada “elite dos festivais”. Além disso, teremos representantes de estados como Maranhão, Minas Gerais, Amapá, Mato Grosso, Rio Grande do Sul e, claro, o Rio de Janeiro.
O Cacique de Ramos terá um papel especial nesta edição?
Sim. Reconhecido como terreiro e ícone cultural, o Cacique de Ramos será padrinho da edição e fará um show especial, trazendo toda a força e alegria da sua batucada e tradição.
Outros grandes nomes já apadrinharam o prêmio?
Muitos. Alcione, Ivone Lara, Leci Brandão, Moacyr Luz, Noca da Portela, Dudu Nobre, Neguinho da Beija-Flor, Elymar Santos, Rita Benneditto e até o tradicional Afoxé Filhos de Gandhy, da Bahia, já apadrinharam edições anteriores.
Quais são as premiações entregues durante o evento?
Além do cobiçado Atabaque de Ouro, também serão entregues o Atabaque de Prata, para o segundo lugar, e o Atabaque de Bronze, para o terceiro.
Como nasceu o prêmio e quem está à frente da organização?
O Prêmio é realizado pelo ICAPRA – Instituto Cultural de Apoio às Pesquisas de Tradições Afro. Ele nasceu de uma trajetória de 26 anos de luta em defesa dos direitos humanos, da liberdade religiosa e da valorização da cultura afro-brasileira. Minha direção, que este ano firmou uma aliança com a Portela, marcou a volta do evento ao Rio em um espaço emblemático do samba.
