Escoliose idiopática: Saiba quando é preciso operar

Doença é mais comum em meninas por causa das alterações hormonais. Especialista explica a importância da cirurgia para melhorar a qualidade de vida

por Redação
Escoliose idiopática: Saiba quando é preciso operar

Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), a escoliose acomete cerca de 6 milhões de brasileiros, e os primeiros sintomas surgem ainda na infância, se agravando rapidamente na adolescência — naqueles momentos conhecidos como “estirão de crescimento”. Nessa fase da vida, o tipo de escoliose mais comum é a escoliose idiopática, uma condição genética, silenciosa que atinge principalmente as meninas e que, se não tratada precocemente, pode levar a consequências graves como compressão pulmonar, falta de ar, dores crônicas, além afetar duramente a autoimagem e auto estima desses jovens. Membro da Sociedade Brasileira de Coluna, o ortopedista Juan Aquino alerta sobre a importância do diagnóstico precoce para evitar problemas mais graves de coluna. “Em alguns casos, a cirurgia é o tratamento mais indicado, e a única forma de devolver a qualidade de vida a essas pacientes”, alerta o especialista.

Segundo dados da Organização Mundial de Saúde, a escoliose adolescente atinge cerca de 18% dos jovens com idade entre 10 e 28 anos, no mundo. A cirurgia é indicada quando o grau da escoliose é maior que 40 graus. “Trata-se de uma condição genética que não tem relação com hábitos ou posturas e que, geralmente, é percebida por volta dos 12, 13 anos”, esclarece Juan.

Ortopedista Juan Aquino

Ortopedista Juan Aquino

Identique os sinais de alerta em casa

O médico ressalta que, como não costuma causar dor, a condição pode passar despercebida por muitos anos e só ser diagnosticada quando já se agravou, muitas vezes levando à necessidade de cirurgia. Ele indica que os pais observem sempre a postura de seus filhos, verificando alguns desvios e assimetrias que podem ser sinais de alerta para a doença. As medidas são:

  • Desnivelamento dos ombros, quando um deles pode aparecer mais alto que o outro;
  • Perda do contorno da cintura, quando a criança começa a ficar mais inclinada para um lado;
  • Osso das costas mais saltado de um lado que do outro;

“Existe ainda uma manobra física específica para a avaliação do paciente, chamada Teste de Adams, que pode ser realizada em casa com a ajuda de um responsável”, explica Juan. “Peça para que que a criança ou adolescente curve o tronco para frente com os pés e mãos unidos, sem dobrar os joelhos”, se houver um desvio aparente nas costas, é horra de procurar um especialista”.

O médico destaca também que, além dos comprometimentos de saúde, a escoliose avançada causa um impacto psicológico muito grande no indivíduo, pois afeta a autoestima, os processos de sociabilidade, condições de estudo e trabalho, especialmente a longo prazo. “É preciso estar muito atento, especialmente na fase de crescimento, pois, na fase de crescimento, a escoliose pode aumentar em 1 ou 2 graus por mês”, acrescenta Juan.

O médico esclarece que a cirurgia tem as vantagens de estabilizar o desvio da coluna, impedir que a curvatura se desenvolva, proporcionar o equilíbrio, restaurar a capacidade de se sentar, ter uma melhor mobilidade, e preservar a função dos pulmões, impedindo que eles sejam comprimidos e que isso cause outras complicações, como a pneumonia. “A cirurgia de escoliose tem risco baixo, e a recuperação costuma ser tranquila. Em cerca de 4 semanas já é possível retomar as atividades cotidianas, aos poucos”, finaliza Juan Aquino.

 

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