Bruno França - Foto: Julio Andrade

Espetáculo de palhaçaria “Povo de Rua” tem sessões gratuitas na Tijuca, Méier e Praça Seca em julho

Com humor e interação com público, peça faz uso da linguagem do teatro de rua e da arte da palhaçaria para apresentar a figura do Zé Pelintra

por Redação

O ator e palhaço Bruno França (palhaço Felizardo) está de volta com o seu solo “Povo de Rua”, dirigido por Zeca Ligiéro, para três apresentações gratuitas e ao ar livre durante o mês de julho: Teatro Municipal Guignol Tijuca (9/7), Teatro Municipal Guignol Méier (10/7) e Centro Cultural Municipal Professora Dyla Sylvia de Sá (23/7), sempre às 10h. A montagem foi contemplada pelo edital “Cultura para a Infância Carioca”, promovido pela Secretaria Municipal de Cultura do Rio de Janeiro.

O espetáculo faz uso da linguagem do teatro de rua e da arte da palhaçaria para apresentar a figura do Zé Pelintra – uma entidade da umbanda conhecida por sua malandragem e por proteger o povo de rua nas madrugadas. Celebrado nos cultos afro-brasileiros e na boemia carioca por seu estilo e gingado, Zé Pelintra entrou este ano para o calendário oficial do Rio de Janeiro. O projeto de lei vereador Átila Nunes (PSD) foi aprovado na Câmara Municipal e o Dia de Zé Pelintra será festejado em 7 de julho.

Em cena, Bruno França promove o encontro do seu palhaço Felizardo com o Zé Pelintra. Felizardo diz que não é ator nem palhaço, mas um agente da felicidade. Carregando seu carrinho de feira cheio de ervas, tônicos, pomadas anti-inflamatórias e até uma loção que promete atrair o grande amor, Felizardo viaja de cidade em cidade oferecendo a cura para os mais diferentes problemas. Durante suas andanças, o palhaço incorpora Zé Pelintra, que chega bem vestido em seu terno branco e chapéu panamá. Suas vidas se cruzam e as histórias desses dois brincalhões são contadas numa conversa com a participação do público.

“O Zé Pelintra representa uma figura singular e transgressora, que pertence a vários universos ao mesmo tempo, tanto em lendas urbanas quanto em rituais religiosos brasileiros. Ele traz a marca do humor em sua performance e protagoniza ritos que, além de cumprirem com a sua função religiosa, também funcionam como fonte de diversão”, explica o diretor Zeca Ligiéro.

Natural de Nilópolis, na Baixada Fluminense, Bruno tem a rua como palco em sua trajetória como artista. Fundador e integrante do Grupo Surgiu Na Hora, fez inúmeras apresentações em ruas e feiras. A umbanda está presente em sua vida desde a infância, por intermédio de sua avó e, depois, sua mãe. O espetáculo “Povo de Rua” surgiu em 2018, quando Bruno fez parte do Núcleo de Estudos das Performances Afro-Ameríndias (NEPAA), coordenado por Zeca Ligiéro. “Foi ali que surgiu a ideia de Felizardo contar a história do Zé Pelintra. Todo esse aspecto da peça abre espaço para uma pauta contra a intolerância religiosa”, diz Bruno.

Bruno França – Ator, palhaço, diretor e empreendedor. Bacharel em Atuação Cênica pela UNIRIO (2014/2019). Fundador e integrante do Grupo Surgiu Na Hora. Integrou o projeto “Circo do Rio”, do Grupo Off-Sina, onde foi aluno da ESLIPA (Escola Livre de Palhaços). Com o espetáculo “Histórias Saídas de uma Mala” (2013), ganhou o Prêmio Culturas Populares – edição 100 anos Mazzaropi.

Em 2017, teve a preparação artística de Esio Magalhães e Tiche Vianna (Barracão Teatro, em Campinas) para seu espetáculo solo de palhaço “Mistério”. Em 2018, fez parte do Núcleo de Estudos das Performances Afro-Ameríndias (NEPAA), coordenado pelo autor, diretor e artista visual Zeca Ligiéro. Em 2020, dirige o espetáculo “O Menor Picadeiro do Mundo”, escrito e atuado pelo ator e palhaço Diego Marques. Instagram: @bruno.de.franca

Ficha Técnica
Atuação: Bruno França/Palhaço Felizardo
Direção: Zeca Ligiéro
Texto: Bruno França e Zeca Ligiéro
Consultoria corporal: Gabriela Santana
Consultoria vocal: Jane Celeste
Figurino e cenário: Ananda Almeida
Produção executiva: Almir Chiaratti

SERVIÇO:

Espetáculo: “Povo de Rua”
Gratuito
Duração: 45 minutos
Classificação: Livre
Classificação indicativa: 10 anos

09/07 (sábado), às 10h
Teatro Municipal Guignol Tijuca
(Praça Xavier de Brito – Praça dos Cavalinhos)

10/07 (domingo), às 10h
Teatro Municipal Guignol Méier
(Praça Jardim do Méier)

23/07 (sábado), às 10h
Centro Cultural Municipal Professora Dyla Sylvia de Sá
(Rua Barão 1.108, Praça Seca)

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