Espetáculo ‘Doce²’ une dança e teatro em performance inédita no Rio

Cena do espetáculo “Doce²” - Foto: Annelise Tozetto

O espetáculo de dança-teatro “Doce²”, da Cia. KÀ de Teatro, chega aos palcos do Rio de Janeiro, com uma proposta intensa ao se aprofundar em temas como descontrole psíquico, estados de colapso e desejo por alívio. Kelvin Millarch assina a direção, e o coreógrafo Caio Frankiu interpreta as múltiplas camadas da psique humana em uma performance potente. O público pode conferir o trabalho da companhia paranaense até o dia 31 de agosto (domingo), no Teatro Cacilda Becker, no Catete, Zona Sul do Rio.

As apresentações de “Doce²” acontecem de quarta-feira a sábado, às 19h, e domingo, às 18h. Os espetáculos de sexta e sábado contam com legenda descritiva. Os ingressos estão disponíveis na plataforma Sympla a preços populares de R$ 50 (inteira) e R$ 25 (meia-entrada), neste link aqui. Os interessados em participar da lista amiga (R$ 20) podem entrar em contato com a produção por meio do Instagram @ciakadeteatro. A classificação indicativa é de 14 anos.

Combinando dança, teatro e performance, “Doce²” se debruça sobre o descontrole emocional e os labirintos da mente. No palco, Caio Frankiu dá vida a personagens etéreos – A Escuridão, A Primavera, A Euforia e A Tempestade – além de um psicólogo que se conecta com sua infância e à figura de Logun-Edé. Máscaras confeccionadas pelo próprio ator ajudam a construir esses universos, que se entrelaçam com cartas reais recebidas por um “amigo secreto”, elemento central na dramaturgia.

“As cartas criam atmosferas, as quais são base de pesquisa corporal para o desenvolvimento das cenas”, explica o diretor Kelvin Millarch. “Nossa proposta é provocar reflexões sobre a fragilidade humana frente às próprias emoções e à pressão do mundo exterior, sem recorrer a narrativas lineares, mas sim a um fluxo poético de imagens e movimentos”, completa o dramaturgo.

A montagem nasceu a partir do curta “DOCE (desilusão)”, criado por Caio e Kelvin em 2020 e, desde então, se expandiu para uma obra cênica mais profunda e sensorial. Um dos objetivos do espetáculo é atravessar a instabilidade psíquica sem seguir uma narrativa tradicional, mas por meio de imagens, movimentos e atmosferas. Após as apresentações de “Doce²”, de sexta a domingo, o público será convidado a participar de um bate-papo com a companhia paranaense.

Além da encenação do espetáculo, a Cia. KÀ de Teatro também promove a Oficina de Imersão em dança-teatro, com Beatriz Marçal, no dia 29 de agosto, sexta-feira, das 9h às 13h, e nos dias 30 e 31, sábado e domingo, respectivamente, das 10h às 14h. A atividade é aberta ao público, e voltada para artistas, estudantes e interessados nas artes cênicas. O grupo disponibiliza 30 vagas gratuitas para cada oficina. O projeto conta com o patrocínio da Fundação de Asseio e Conservação do Estado do Paraná (Facop) e o apoio do Programa Funarte Aberta, da Fundação Nacional de Artes.

“Doce²” recebeu os prêmios Melhor Espetáculo e Melhor Técnica no Festival de Teatro de Pinhais (PR); além de uma homenagem especial no Festival de Pontal (PR), em reconhecimento à sua contribuição artística. A montagem também abriu oficialmente o Festival de Teatro de Paranaguá, no mesmo estado.

Cia. KÀ de Teatro

Fundada em 2019 na capital paranaense, a Cia. KÀ de Teatro tem-se consolidado como uma força criativa que mescla teatro, dança e performance em criações autorais, reafirmando seu compromisso com a arte como ferramenta de transformação. O termo “KÀ” origina-se na antiga concepção egípcia de uma força vital única, um princípio que não se traduz plenamente em palavras, mas que se aproxima da ideia de alma ou começo. A cada espetáculo, oficina e projeto, o grupo busca honrar esse significado, trazendo ao público algo que nasce do interior para ecoar no coletivo. Kà é potência, transformação e arte.

Conheça os artistas

Kelvin Millarch é diretor teatral formado pela CAL – Casa de Artes de Laranjeiras (RJ). Atua como diretor, dramaturgo e pesquisador na área de clowns, tragicomédia e dramaturgia autoral. Entre suas produções de destaque estão “Os Esquecidos”, que lhe rendeu indicação de Melhor Ator, no Festival de Teatro de Pinhais (2019), e “Paixão de Cristo” (2017. Sua trajetória como dramaturgo inclui peças como “Eu sou Paraná” (2016), em parceria com Carlos Millarch e “DOCE (desilusão)” (2020). Kelvin também dirigiu e assinou a co-direção de projetos inovadores, como “Um Prólogo para Odelair Rodrigues” e “Marias”, além de protagonizar e co-dirigir “Fade-in”.Atualmente, Kelvin expande os limites da cena contemporânea com projetos como “Pilar de Fogo”, uma peça que une teatro e tecnologia holográfica, reforçando sua busca por inovação e conexão entre arte e tecnologia. Seu trabalho cênico é permeado por uma estética que valoriza a crítica social e o envolvimento do público, consolidando-se como uma referência em pesquisa e criação no teatro brasileiro.

Caio Frankiu é ator, diretor, coreógrafo e cenógrafo. Formado em Arte Dramática pelo Colégio Estadual do Paraná. Sua formação artística é enriquecida por cursos e workshops como “Atuação para Cinema e TV” com Adriana Sottomaior, “Tela e Presença” com Fátima Ortiz; e imersão no método do Théâtre du Soleil com Vincent Mangado.Com mais de 40 projetos culturais no currículo, hoje é diretor e coreógrafo da Cia KÀ de Teatro, Caio tem explorado o teatro físico e a dança-teatro em produções aclamadas, como “ECO”, uma releitura do mito grego que se torna uma tragédia brasileira, e “KRAKEN”, um espetáculo que mescla vogue, dança eletrônica e butoh. Também dirigiu a peça distópica “ARCHIGRAM!” e está desenvolvendo a inovadora “Noget’s de Sobremesa”, que incorpora tecnologia e interatividade para criticar o esvaziamento das pautas sociais e políticas.Entre seus trabalhos premiados, destacam-se “Ode aos Ratos”, que recebeu cinco prêmios incluindo Melhor Direção e Melhor Peça; e “Prometeu”, pelo qual foi premiado como Melhor Ator. Sua atuação no espetáculo internacional “Leminski” levou o grupo DANCEP a festivais em Portugal e Espanha. Como coreógrafo, trabalhou no musical “VÃO” com o coro da UFPR.Sua trajetória une arte, arquitetura e tecnologia em uma busca constante por inovação, crítica política e uma estética provocadora que redefine os limites da cena contemporânea.

Ficha técnica

Direção e dramaturgia: Kelvin Millarch| Performance, criação e direção de arte gráfica: Caio Frankiu | Iluminação: Ike Rocha e Beatriz Marçal | Produção: Lumen Audiovisual | Patrocínio: Fundação de Asseio e Conservação do Estado do Paraná (Facop) | Apoio: Programa Funarte Aberta | Agradecimentos: Guaia Knoll e Beatriz Marçal

Serviço

Espetáculo de dança-teatro “Doce²”, da Cia. KÀ de Teatro

  • Temporada: até 31 de agosto
  • Dias e horários: de quarta a sábado, às 19h, e domingo, às 18h
  • Ingressos: R$ 50 (inteira) e R$ 25 (meia-entrada) no Sympla | R$ 20 (lista amiga) – contato no Instagram @ciakadeteatro
  • Classificação indicativa: 14 anos
  • Duração: 55 minutos
  • Acessibilidade: legendas descritivas (sextas e sábados)

Oficina de Imersão em dança-teatro, com Beatriz Marçal

  • Dias e horários: 29 de agosto (sexta-feira), das 9h às 13h | 30 de agosto (sábado), das 10h às 14h | 31 de agosto (domingo), das 10h às 14h
  • Entrada gratuita
  • Público-alvo: artistas, estudantes e interessados nas artes cênicas
  • Vagas: 30

Teatro Cacilda Becker
Endereço: Rua do Catete, 338 – Catete, Rio de Janeiro (RJ) | Próximo ao Metrô Largo do Machado}
Bilheteria: abertura com até 1h de antecedência do início do espetáculo

Acompanhe a Cia. KÀ de Teatro

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