Espetáculo inédito ‘Angu’ estreia 16 de novembro no Futuros – Artes e Tecnologia

por Waleria de Carvalho
Angu

Expurgo toda uma cultura de morte. Porque quero ser vida”. A impactante frase que é parte do texto inédito de “Angu” dá o tom do espetáculo que estreia no dia 16 de novembro às 20h no Futuros – Arte e Tecnologia. Escrito e dirigido por Rodrigo França e com Alexandre Paz e Orlando Caldeira no elenco, o espetáculo conta seis histórias paralelas vivenciadas por pessoas negras gays – ou “bixas pretas”, buscando subverter o olhar social fetichista que as objetifica, criminaliza e hiperssexualiza. Para além das denúncias das violências que atingem esta camada da população, a montagem também celebra e agradece ícones como Madame Satã; Gilberto França; o bailarino Reinaldo Pepê; Rolando Faria e Luiz Antônio (Queer Les Étoiles) e Jorge Laffond. A peça é uma realização da Emu com produção da MS Arte e Cultura, tem patrocínio da Oi e da Secretaria de Estado de Cultura e Economia Criativa, por meio da Lei de Incentivo à Cultura, e apoio cultural do Oi Futuro.

Em cena, personagens subvertem o esperado: a não-performance do homem negro com a sua masculinidade ultra, mega viril e heteronormativa. Um sargento da Polícia Militar que honra a sua farda, mas tem a sua sexualidade como alvo de piadas para seus colegas; um jovem estudante de enfermagem que se deslumbra com a classe média branca e deseja ser por ela incluído, porém, é somente hiperssexualizado; o sonhador que fica diariamente sentado no banco da rodoviária e se envolve numa tarde de amor em um banheiro público; o menino encantado com o que dizem do seu tio Gilberto, um homem negro gay que desapareceu no mundo para fazer a sua arte longe da família homofóbica; Madame Satã – transformista que teve que largar a arte para viver à margem como malandro da Lapa; e uma homenagem ao Les Étoiles, icônica dupla queer negra brasileira que abriu as portas da Europa para a MPB.

“Retratamos pessoas que só desejam ser o que realmente são. Reforço a palavra ‘pessoas’, pois algumas são tão marginalizadas que a sociedade não as identifica assim. Ainda há luta para o básico, para se ter dignidade. Mesmo ficcionais, são vidas expostas colocando as nuances e subjetividades necessárias, para buscar a humanidade. A peça é um grito. Não necessariamente de socorro, porque acima de tudo existe potência, amor, desejo e intensidade na vida. O espetáculo é um Ebó. Que saiamos do teatro limpos e reequilibrados daquilo que nos oprime, nos aliena, nos engessa de sonhar. Que o Angu nos alimente de reflexões e nos fortaleça de axé”, vibra o diretor Rodrigo França.

A ideia do espetáculo nasceu da vontade de falar sobre liberdade e sobre as pessoas que só desejam ser felizes, mas são impedidas porque a busca dessa felicidade tem a ver com liberdade de ser o que se é. “E a liberdade alheia atormenta muita gente. Sendo eu um homem preto e gay, olho para minha própria existência e me deparo com as lutas que enfrentei buscando ser livre. Dessa auto investigação, surge o desejo de enaltecer esses corpos. Celebrar a nós, bixas pretas, homens gays pretos, que lutamos para afirmar e gozar da nossa existência nesse mundo”, pontua Alexandre Paz, idealizador do projeto ao lado de Nina da Costa Reis.

Abordando referências artísticas da negritude, a montagem realiza uma espécie de resgate da ancestralidade preta e gay. “O sonho de Madame Satã era ser artista, mas a sociedade não deixou. Nele só se enxergava a violência, porque é o esperado para as pessoas negras. Principalmente quando se é gay. Esta interseccionalidade é demais para um país racista e LGBTQIAPN+fóbico como o nosso. O público vai encontrar um espetáculo muito sincero, para rir e se emocionar, com muita dignidade em cada personagem. Vamos ver um pouco de muita gente que só gostaria de ser feliz, mas não é uma tarefa simples, pois ser bixa preta consterna muita gente. Mesmo assim, vale a pena ser o que é”, reflete o ator Orlando.

“Ser bixa preta coloca caroço no angu de muita gente, daí o nome da montagem”, revela Rodrigo França, completando: “E angu é ancestral, é aquela comida que mata a fome de quem luta pra ser livre. É alimento. Corpo vazio não fica em pé. E a gente tem fome de viver e ser! Debaixo desse angu tem carne!”, complementa Alexandre. “Existe uma provocação para o espectador olhar para si e pensar no todo. Acho um luxo a possibilidade do público sair diferente de como entrou no teatro. Tento fazer com que as pessoas saiam da zona de conforto. Eu não saberia fazer arte sem relevância social. Sou da filosofia, tenho uma necessidade de provocar reflexões. Creio que a arte deva ocupar este lugar”, ressalta Rodrigo.

“Nossa missão no Futuros – Arte e Tecnologia é, por meio da arte, estimular o olhar crítico e construtivo. Com ‘Angu’, o centro cultural recebe em seu teatro um espetáculo que proporciona ao público a oportunidade de refletir sobre as desafiadoras vidas e cotidianos de pessoas historicamente invisibilizadas. Temos certeza de que as pessoas sairão do teatro transformadas após vivenciarem as marcantes histórias da peça. A realização de ‘Angu’ é um convite ao futuro, em que ninguém mais será impedido de buscar e expressar livremente suas individualidades, afetos e sonhos”, destaca Victor D’Almeida, gerente de cultura do Oi Futuro.

FICHA TÉCNICA:

Idealização: Alexandre Paz e Nina da Costa Reis
Dramaturgia e Direção: Rodrigo França
Diretor Assistente: Kennedy Lima
Elenco: Alexandre Paz e Orlando Caldeira
Stand in e Assistente de Direção: João Mabial
Direção de Movimento e Preparação Corporal: Tainara Cerqueira
Direção de Imagens e Operação de Vídeo: Carol Godinho
Cenário: Clebson Prates
Figurino: Tiago Ribeiro
Costura: Ateliê das Meninas – Maria
Visagismo: Diego Nardes
Cabelo: Lucas Tetteo
Trilha Sonora: Dani Nega
Iluminação: Pedro Carneiro
Operação de Luz: Thayssa Carvalho
Operação de Som: Igor Borges
Contrarregragem: Wil Thadeu
Fotos, Vídeo e Programação Visual: Charles Pereira
Mídias Sociais: Júlia Tavares
Assessoria de Imprensa: Marrom Glacê Comunicação | Bruno Morais e Gisele Machado
Administração Financeira e Prestação de Contas: eLabore.Kom | Kirce Lima
Coordenação de Produção: Alexandre Paz e Orlando Caldeira
Produção: MS Arte e Cultura
Assistentes de Produção: Igor Borges e Wil Thadeu
Produção Executiva: Anne Mohamad
Direção de Produção: Aline Mohamad
Realização: Emú Produções
Direção Executiva: Sol Miranda
Coordenação: Carolina Silva
Administrativo/Contábil: Maria Andrade

SERVIÇO:

Peça teatral “Angu”

  • Futuros – Arte e Tecnologia
  • Endereço: Rua Dois de Dezembro, 63 – Flamengo – Rio de Janeiro
  • Temporada: 16 de novembro a 17 de dezembro, de quinta-feira a domingo
  • Horário: 20h

Classificação Indicativa: 14 anos
Duração: 80 minutos
Ingressos: R$ 60 (inteira) | R$ 30 (meia)

Link para compra de ingressos: https://bileto.sympla.com.br/event/88850/d/226702/s/1532006

*Dias 18 de novembro e 2, 9 e 16 de dezembro, sessões duplas às 17h e 20h
** Dia 25 de novembro, sessão antecipada para 17h
*** Dia 8 de dezembro não haverá sessão

Últimos dias para assistir Funny Girl

Funny Girl

Funny Girl – Foto de Caio Galucci

A temporada carioca de ‘Funny Girl’  será encerrada esta semana, mas o sucesso foi tamanho que o espetáculo ganhou uma sessão extra no último dia, em 19 de novembro, no Teatro Casa Grande. O clássico dos musicais tem uma celebrada versão brasileira assinada por Bianca Tadini e Luciano Andrey e dirigida por Gustavo Barchilon, que estreou em São Paulo estrelado por Giulia Nadruz e Eriberto Leão. A produção é da Barho Produções em parceria com a 7.8 Produções Artísticas.

Funny Girl estreou em 1964 na Broadway, com trilha de Julie Styne, letras de Bob Merrill, texto de Isobel Lennart e foi originalmente estrelado pela cantora e atriz Barbra Streisand, que também deu vida à protagonista da história na adaptação para o cinema dirigida por William Wyler, em 1968. Recentemente, o musical ganhou uma nova versão americana que acaba de tornar-se um recorde de bilheteria na Broadway. A montagem é protagonizada por Lea Michelle (que vive o papel dos sonhos da sua personagem no seriado Glee, pelo qual a atriz ficou conhecida).

Na montagem brasileira, Giulia Nadruz é a protagonista Fanny Brice. Com apenas 31 anos, ela tem em seu currículo musicais como West Side StoryO Fantasma da ÓperaBarnum-o rei do showTick Tick Boom!Ghost e Shrek. Já o seu par na trama, o jogador Nicky Arnstein, é vivido por Eriberto Leão, que encara pela primeira vez um musical da Broadway. Os dois foram escolhidos em um longo e concorrido processo de audições, que durou duas semanas e contou com mais de 500 candidatos. Stella Miranda é outro nome de destaque do elenco, vivendo Rose Brice.

O elenco conta ainda com Afonso Monteiro, Alessandra Vertamatti, Alice Zamur, André Luiz Odin, Arízio Magalhães, Cárolin von Siegert, Dante Paccola, Fábio Galvão, Gabi Germano, Ingrid Gaigher, Marcelo Góes, Mariana Fernandes, Martina Blink, Nábia Villela, Rodrigo Garcia, Rodrigo Varandas, Talihel, Vânia Canto e Yasmin Calbo.

O espetáculo, que se passa na época da Primeira Guerra Mundial, acompanha a trajetória da jovem judia Fanny Brice, que morava no Lower East Side e sonhava em ser uma atriz famosa. Ela consegue seu primeiro emprego no Vaudeville, mas sua mãe, a Sra. Rose, tenta dissuadi-la da carreira no show business alegando que a filha não tem uma beleza padrão. Ajudada e encorajada pelo jovem dançarino Eddie Ryan, ela logo vê sua carreira decolar, começa a explorar o humor em suas apresentações e se torna a estrela de Ziegfeld Follies. Certo dia, ela conhece e se apaixona pelo jovem Nicky Arnstein, um jogador compulsivo. Mas enquanto Fanny ascende em sua carreira, o relacionamento deles se deteriora.

FUNNY GIRL – A GAROTA GENIAL conta a história de Fanny Brice uma jovem judia tratada como patinho feio pelos demais. Sonhando com o estrelato e a fama, ela rouba a cena num show local e é contratada por um famoso produtor que resolve investir em sua carreira. Já reconhecida por seu talento nos palcos, Fanny se apaixona pelo jogador compulsivo Nicky. Logo se casam, mas enquanto a carreira da atriz e cantora prospera, o relacionamento dos dois se deteriora.

Ficha Técnica

  • Direção Artística: Gustavo Barchilon
  • Direção Produção: Thiago Hofman
  • Produtora Associada: Cecilia Simoes
  • Versão Brasileira: Bianca Tadini e Luciano Andrey
  • Coreografia / Direção de Movimento: Alonso Barros
  • Direção Musical: Carlos Bauzys
  • Figurino: Fábio Namatame
  • Cenário: Natália Lana
  • Design de Peruca e Maquiagem: Feliciano San Roman
  • Design de Som: Tocko Michelazzo
  • Design de Som Associado: Gabriel Bocutti
  • Desenho de Luz: Maneco Quinderé
  • Direção de Arte: Gus Perrella

Elenco

  • Eriberto Leão – Nick Arnstein
  • Giulia Nadruz – Fanny Brice
  • Vânia Canto – Alternante Fanny Brice
  • Stella Miranda – Sra. Rose Brice
  • André Luiz Odin – Eddie
  • Nábia Vilella – Sra. Strakosh
  • Alessandra Vertamatti – Sra. Meeker / Cover Rose
  • Marcelo Goes – Keeney / Cover Ziegfeld
  • Arizio Magalhaes – Florenz Ziegfeld
  • Ingrid Gaigher – Emma | Coro
  • Rodrigo Garcia – Tenor | Coro
  • Rodrigo Varandas – Coro | Cover Eddie
  • Afonso Monteiro – Coro
  • Dante Paccola – Coro | Cover Tenor
  • Fabio Galvao – Coro | Cover Nick | Cover Keeney
  • Gabi Germano – Coro | Garota Ziegfeld | Cover Emma | Follies
  • Martina Blink – Coro | Cover Strakosh – Meeker
  • Alice Zamur – Coro | Garota Ziegfeld | Follies
  • Mariana Fernandes – Coro | Garota Ziegfeld | Follies
  • Carolin Von Siegert – Coro | Follies
  • Yasmin Calbo – Swing
  • Talihel – Swing

Serviço

Onde?

Teatro CASA GRANDE

Av. Afrânio de Melo Franco, 290 a – Leblon, Rio de Janeiro – RJ, 22430-060

Classificação: 12 anos

 

Quando?

De 28 de outubro a 19 de novembro de 2023

SESSÃO EXTRA: 19 de novembro, às 15h

 

Horários:

sextas, às 20h30

sábados, às 17h e às 20h30

domingos, às 15h (apenas a sessão extra do dia 19/11) e 18h30

 

Valores:

Ingressos a partir de R$ 30,00 (meia entrada)

01) Plateia Vip: R$ 200,00 (inteira) / R$ 100,00 (meia)

02) Plateia Setor 1: R$ 180,00 (inteira) / R$ 90,00 (meia)

03) Balcão Setor 1: R$ 120,00 (inteira) / R$ 60,00 (meia)

04) Balcão Setor 2: R$ 60,00 (inteira) / R$ 30,00 (meia)  – Preço popular

Contos de João Ximenes Braga no palco do CCBB- RIO

Gente de Bem

Gente de Bem – Foto: Foto de Bel Pedroso

O livro “Necrochorume e outros contos” de João Ximenes Braga, um dos mais importantes escritores da televisão brasileira, norteia a peça Gente de Bem, da Cia. Comparsaria Teatral e traz, pela primeira vez, um texto do autor para o teatro. São seis histórias curtas retiradas literalmente da publicação de 2021 que retrata personagens e situações típicas da classe média branca brasileira. O resultado mostra crônicas de nossa época, escritas a quente, como apontamentos sobre absurdos registrados pelo autor no dia a dia, seja observando situações, diálogos, atitudes, o preconceito, os atavismos, o racismo, a homofobia e o conservadorismo das pessoas.

No elenco, além da diretora Adriana Maia, que também é atriz, mais 12 atores: Alexandre Damascena, Ana Achcar, Anna Wiltgen, Camí Boer, Dadá Maia, Gilberto Goés, José Ângelo Bessa, Mariana Consoli, Miguel Ferrari, Pamela Alves, Stefania Corteletti e Xando Graça. A estreia será no dia 17 de novembro, no Teatro III do CCBB do Rio de Janeiro, com temporada até 18 de dezembro, sempre às sextas, sábados e segundas às 19h, domingos às 18h.

“Quando vi um ensaio de ‘Gente de bem’, recorte de seis dos trinta contos de ‘Necrochorume’, fiquei surpreso com a teatralidade e o humor que a companhia descobriu nessa prosa. Os dois contos que fecham o espetáculo, porém, me deixaram apavorado. A companhia lhes trouxe tamanha virulência que eu não conseguia deixar de pensar que, em outros tempos, toda a trupe seria presa logo na noite de estreia .Graças a muita luta, não vivemos em outros tempos, mas nestes. Por outro lado, esta peça não nos deixa esquecer que os outros tempos continuam na coxia, esperando sua deixa para entrar em cena. E nos aniquilar” – ressalta João Ximenes Braga.

“As histórias construídas por Ximenes nos obrigam a olhar a sordidez humana sob o ponto de vista do opressor, e é preciso encarar esse opressor, só assim encontraremos caminhos possíveis para desconstruir a ‘branquitude’ ”, observa Adriana Maia.

A diretora geral aposta numa teatralização construída a partir da performance do ator-narrador – um recurso cênico do teatro épico contemporâneo, que permite ao ator transitar entre o ato de narrar e o jogo da representação, assumindo por vezes a função de personagem-narrador, e outras vezes de narrador-personagem – , que se coloca como um veículo de passagem entre texto e espectador. Ele manuseia a matéria-prima, que são as ideias, as situações e os sentimentos contidos no texto, e dá a ela uma forma “incompleta”, como se fosse uma escultura inacabada, que contém nela a proposta de várias formas diferentes e então entrega a escultura ‘inacabada’ ao público para que ele possa, a partir de sua percepção pessoal, concluir a obra.

Gente de Bem aposta no humor crítico, no olhar certeiro que aponta para o que há de mais ridículo nesses personagens, transformando o riso em reflexão. A escolha pelo viés do humor é uma escolha política. O humor penetra por poros que a razão talvez não alcance. Asco, Uísque, Café, Soro, Esgoto, Urina, seis contos de João Ximenes Braga que nos convidam a refletir sobre nós e nossa sociedade.

Ficha Técnica:

Elenco: Adriana Maia, Alexandre Damascena, Ana Achcar, Anna Wiltgen, Camí Boer, Dadá Maia, Gilberto Goés, José Ângelo Bessa, Mariana Consoli, Miguel Ferrari, Pamela Alves, Stefania Corteletti e Xando Graça

  • Texto: João Ximenes Braga
  • Direção: Adriana Maia
  • Direção Musical: André Poyart
  • Cenografia e objetos: Cia Comparsaria Teatral
  • Figurinos: Nello Marrese (colaboração)
  • Iluminação: Anderson Ratto
  • Designer Gráfico: Cristina Resende de Almeida
  • Assessoria de Imprensa: Alexandre Aquino e Cláudia Tisato
  • Direção de Produção: Dadá Maia
  • Uma produção de Ciranda de 3 – Trupe Produção e Comparsaria Teatral
  •  @comparsariateatral

Serviço:

Gente de Bem

  • Espetáculo da Cia. Comparsaria Teatral
  • Temporada – 17 novembro a 18 de dezembro de 2023
  • Sexta, sábado e segunda às 19h, domingo às 18h
  • Classificação Indicativa: 12 anos
  • Duração: 80 minutos
  • Centro Cultural Banco do Brasil Rio de Janeiro – Teatro III
  • Capacidade: 86 lugares
  • Endereço: Rua Primeiro de Março, 66
  • Centro – Rio de Janeiro
  • Contato: (21) 3808-2020 | ccbbrio@bb.com.br
  • Mais informações em bb.com.br/cultura
  • Siga o CCBB nas redes sociais:

twitter.com/ccbb_rj | facebook.com/ccbb.rj | instagram.com/ccbbrj

Ingressos: R$ 30 (inteira) e R$ 15 (meia), emitidos na bilheteria física ou site do do CCBB – bb.com.br/cultura

Meia-entrada para estudantes e professores, crianças com até 12 anos, maiores de 60 anos, pessoas com deficiência e seus acompanhantes e casos previstos em Lei. Clientes BB pagam meia entrada pagando com Ourocard.

Rogério Tarifa dirige Ópera Urbe 2 – Política Cínica, que começa 19 de novembro na Praça Roosevelt

Urbe II

Urbe II

As vidas de quatro amigos que fazem escolhas bem diferentes são o plano de fundo para Ópera Urbe 2 – Política Cínica, com dramaturgia e música original de Carlos Zimbher e direção de Rogério Tarifa. O espetáculo estreia dia 19 de novembro na Praça Roosevelt. O elenco traz os atores André Cézar Mendes, Eduardo Mossri, Darília Ferreira, Karen Menatti e Tricka Carvalho e Patricia Gifford, que estão em cena ao lado dos músicos Daniel Doctors, Felipe Chacon, Jackie Cunha, Juma Passa, Matheus Caitano e Zimbher.

A peça narra a trajetória desses amigos entre a juventude e a vida adulta. Eles deixam a casa dos pais por conta de diferenças ideológicas. As irmãs Mari, que está em processo de se assumir como mulher trans, e Cathe, que sonha em jogar futebol profissionalmente, são oprimidas pelo próprio pai. E Cathe, que ganha muito dinheiro trabalhando como prostituta de luxo, banca a fuga de casa e os estudos das duas.  O estudante de sociologia Juan, filho de um militar linha dura, conhece Cathe e Mari em um campo de futebol de várzea. Ele apresenta as duas para Mafo, que é ativista de movimentos sociais e filha de um juiz conservador.

Ao longo dos anos, Mari vai se tornar a primeira professora transvestigênere numa faculdade de filosofia, e sua irmã Cathe vira juíza. Juan, que um dia sonhou em desmilitarizar a polícia para se contrapor seu pai, acaba não conseguindo seu intento.

Já Mafo torna-se fotógrafa profissional e, em 2013, ao trabalhar na cobertura de uma manifestação, é atingida por uma bala de borracha e acaba ficando cega de um dos olhos. Por ironia do destino, quem a acertou foi seu amigo Juan e a juíza responsável por julgar a agressão é Cathe.

O público acompanha a evolução dessa amizade e a transformação de cada personagem ao longo do tempo, passando por acontecimentos históricos brasileiros como a Ditadura Militar, o movimento Diretas Já e a convulsão social polifônica de 2013, chegando até os dias atuais. Quem conduz a plateia e os personagens por essa jornada temporal é a figura de um personagem místico chamado Sátiro Cilena, que atua como um corifeu/narrador. Ele interfere nas cenas com um condão mágico.

Os sonhos pessoais e desejos profissionais de cada um são friccionados na trama e aí se dão os conflitos, os encontros amorosos e políticos que os unem e separam. E toda a encenação se divide como tempos de uma partida de futebol, na qual o Prólogo é a Concentração, o Primeiro Ato, o Primeiro Tempo, o Segundo Ato, o Segundo Tempo, o Terceiro Ato, a Prorrogação e o Epílogo, a disputa de Pênaltis.

A saga tem como proposta discutir questões sociais contemporâneas, como o racismo; a violência policial; o estado de direito; corpas e corpos que são alvos; os privilégios políticos e culturais de uns em detrimento aos direitos negados a outros; e as relações políticas e sociais.

Ficha Técnica

  • Direção – Rogério Tarifa 
  • Dramaturgia e música original – Carlos Zimbher 
  • Orientação do processo de criação – Patrícia Gifford 
  • Elenco – André Cézar Mendes, Eduardo Mossri, Darília Ferreira, Karen Menatti, Tricka Carvalho e Patrícia Gifford
  • Músicos – Daniel Doctors, Felipe Chacon, Jackie Cunha, Juma Passa, Matheus Caitano e Zimbher
  • Direção musical – Carlos Zimbher e Daniel Doctors
  • Arranjos – Daniel Doctors
  • Direção de arte – Rogério Tarifa 
  • Direção de movimento – Jorge Garcia
  • Preparação vocal – Luiz Gayotto
  • Cenografia – Andreas Guimarães e Rogério Tarifa
  • Figurino – Juliana Bertolini
  • Costureiras – Francisca Lima e Celeni Viana
  • Oficineiras / assistência de figurino – Yas Santos e Isabel Espinoza
  • Visagista – Tiça Camargo
  • Assistente de direção – Rodrigo Ramos 
  • Criação audiovisual – Flavio Barollo
  • Comunicação visual – Fabio Viana
  • Assessoria de imprensa – Pombo Correio
  • Coordenação geral do projeto – Zimbher e Vi Silva
  • Direção de produção – Vi Silva 
  • Assistente de produção – Gabriela Morato 
  • Produção executiva – Gabriel Morato, Vi Silva e Zimbher
  • Produção administrativa – Gustavo Sanna 
  • Fotografia – Alécio Cezar 
  • Contrarregra – Andreas Guimarães 
  • Coordenação técnica de som – Eduardo Gomes 
  • Técnico de luz – Rodrigo Ramos 
  • Operador de som – JP Hecht

Sinopse

Quatro jovens renegados e um narrador atravessam fatos históricos como a Ditadura Militar, as Diretas e Junho de 2013. Direção de Rogério Tarifa e dramaturgia de Carlos Zimbher.

O espetáculo Ópera Urbe – Política Cínica e as outras ações do coletivo como shows, rodas de conversas e cineclube estão ocupando a Praça Roosevelt de novembro a dezembro. Ações que fazem parte do projeto Rumor da Rua, contemplado pela 39ª edição do Fomento ao Teatro da Cidade de São Paulo.

Mesas de debates e sessões de cineclube

1ª: Amara Moira – dia 02/11 às 19h
Sessões de filmes – das 18 às 19h

Praça Roosevelt, 184

Mediada pelo dramaturgo do grupo Carlos Zimbher, com a travesti, feminista, doutora em teoria e crítica literária pela Unicamp e colunista do UOL Esportes, Amara Moira, a proposta é discutir as camadas de preconceito e machismo que permeiam o esporte mais popular do mundo. Este evento, inserido no projeto Rumor da Rua, promove uma discussão profunda sobre os desafios e mudanças na interseção entre política, futebol e diversidade. Antes do bate-papo serão exibidos alguns filmes relacionados ao tema.

2ª: Sérgio Silva – dia 05/11 às 19h

Sessões de filmes – das 18h às 19h

Praça Roosevelt, 184

A segunda mesa de debate do projeto é “Estado policialesco e justiça parcial é solução para que(m)?” e tem como principal participante Sérgio Silva, fotógrafo que perdeu a visão de um olho enquanto cobria as manifestações de 2013, tema que também é tratado no espetáculo do grupo. Os limites do uso coercitivo que o Estado tem sobre manifestantes e cidadãos em geral e perspectivas de futuro para a Política de Segurança Pública no país. Antes do bate-papo serão exibidos alguns filmes relacionados ao tema.

Cineclube

Deserto SP abre a sessão para Máquina do Desejo: 60 Anos de Teatro Oficina
Dia 11/11 às 19h

DESERTO SP é um curta metragem futurista de Flavio Barollo e Wellington Tibério, do coletivo (se)cura humana. Após um protesto aquático, em um contexto de abundância de água na cidade de São Paulo, duas figuras com máscara de mergulho são lançadas num portal para o futuro, em 2053. E se a Amazônia fosse completamente destruída? Os rios voadores que carregam a umidade das árvores não existiriam mais. Não teria mais chuva. São Paulo, que está na mesma latitude de desertos ao redor do mundo, teria sua sorte alterada?

Máquina do Desejo é um filme construído a partir do precioso acervo audiovisual da Associação Teatro Oficina Uzyna Uzona que, em seus mais de 60 Anos, transborda o palco e penetra na história do Brasil. Um mergulho nas entranhas criadoras das várias formações da indomável companhia e de sua sede, foco de resistência e reexistência que faz da liberdade de criação uma conquista irreversível. Com direção de Lucas Weglinski e Joaquim Castro. Após a sessão do filme, teremos um bate-papo com o diretor Joaquim Castro

Shows

1º: Indiana Nomma canta Mercedes Sosa – a voz dos sem voz

29/11 – às 20h – Praça Roosevelt, 184

Grátis 

Duração 60 minutos


2º: Carlos Zimbher e banda – Cordas, nós e voz

01/12 – às 20h – Praça Roosevelt, 184
Grátis 

Duração 60 minutos


3º:  (se)cura humana – (se)cura com água
08/11 – às 20h – Praça Roosevelt, 184

Grátis 

Duração 60 minutos 

Serviço

Ópera Urbe 2 – Política Cínica
Duração: 1h30
Classificação indicativa: a partir de 12 anos

Praça Roosevelt 

  • 19, 20 e 28 de novembro, às 18h. 
  • 04, 06 e 07 de dezembro, às 18h.
  • 11, 12, 13 e 15 de dezembro, às 18h.
  • Endereço: Praça Franklin Roosevelt, s/n – Bela Vista
  • Ingressos: Grátis

 

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