Espetáculo inspirado da obra de Caio Fernando Abreu estreia em novo espaço cênico do Teatro Garagem

Foto de Ale Catan

O ator FRANZ GRANJA estreia o monólogo “ENTRE BORBOLETAS” inspirado na obra de Caio Fernando Abreu, no Teatro Garagem dia 08 de agosto, e segue em curta temporada nos dias 15, 22 e 30 de agosto às 20h.

Franz Granja apresenta ao público um monólogo a partir de um profundo processo de pesquisa e investigação, e um personagem que na adaptação dramatúrgica chama-se “Caio”, uma homenagem ao próprio escritor Caio Fernando Abreu. 

ENTRE BORBOLETAS é um resultado de mais de 03 anos de pesquisa sobre o imenso universo criado e escrito por Caio Fernando Abreu, a sua obra grandiosa e complexa propõe a reflexão sobre questões profundas da existência humana. Esse texto retrata a relação entre dois homens que se amam, mas que são confrontados com situações que desafiam sua sanidade mental e sua capacidade de lidar com as diferenças.

O surgimento das borboletas nos cabelos de André pode ser interpretado como um sintoma de sua provável psicose, mas também pode ser visto como uma metáfora da transformação pessoal e da libertação que ele está buscando.

O narrador que se chama Caio se depara com seus próprios delírios e questionamentos sobre a realidade, mostrando como a sanidade é algo relativo e subjetivo.

Entre Borboletas é uma obra que convida o espectador a mergulhar em suas próprias angústias e questionamentos existenciais, ao mesmo tempo em que faz refletir sobre a complexidade do ser humano.

Teatro Garagem

O Teatro Garagem foi fundado sob a visionária liderança da atriz e diretora artística Anette Naiman, localizado no coração da Vila Romana, o Teatro Garagem tornou-se um farol de luz, focado em promover e celebrar diversas expressões artísticas. E agora em comemoração aos 20 anos de existência e resistência vai inaugurar a Garagem Cênica, com o monólogo Entre Borboletas, inspirado na obra de Caio Fernando Abreu, com o ator Franz Granja em cena.

Sinopse

ENTRE BORBOLETAS é um itinerário misterioso, profundo e íntimo, que “Caio” transborda para o espectador, sobre suas vivências com André, que começa a ter delírios ao ver borboletas nascendo entre seus cabelos. Caio tenta ajudá-lo, e começa a questionar a sanidade de seu companheiro. Ele se vê em uma difícil posição, tendo que decidir se deve deixá-lo em casa ou levá-lo para o hospital psiquiátrico. Enquanto isso, Caio começa a ter suas próprias experiências estranhas. Ele começa a “transpassar as pessoas”, ou seja, a ter a sensação de atravessar fisicamente as pessoas com quem se encontra. Caio se vê em outras dimensões e começa a questionar sua própria sanidade. Durante o trajeto temas como a loucura, amor, liberdade, angústias e a subjetividade em relação do indivíduo com o mundo se tornam cada vez mais frequentes, levantando questionamentos sobre o que é real e o que é imaginário.

O espetáculo traz uma equipe criativa relevante na cena teatral, com direção de Dan Rosseto, preparação artística de Conrado Costa, Preparação Corporal de Marize Piva, Voz Off de Apollo Costa, Trilha Sonora Original de Ricardo Severo, Iluminação de Roana Paglianno, Figurino de Carol Badra, Visagismo de Louise Helène e Idealização e produção Franz Cultural.

Caio Fernando Abreu

Caio Fernando Abreu, nasceu em 12 de setembro de 1948, em Santiago, Rio Grande do Sul, se destacou por sua escrita sensível e introspectiva, desenvolveu sua paixão pela escrita desde cedo, começando a escrever aos seis anos de idade. Foi um escritor muito influente e relevante, tendo se destacado não só pela sua habilidade literária, mas também pela sua atuação como jornalista e pela sua postura crítica e contestadora em relação à sociedade e seus valores. Sua obra reflete as preocupações e angústias do seu tempo, abordando temas como a liberdade individual, a sexualidade, as relações interpessoais, a solidão e a busca por um sentido na vida, seu livro mais conhecido é “Morangos Mofados” (1982), embora com muitos outros livros e contos publicados durante sua existência. As referências culturais e políticas atravessam a sua experiência, a qual as absorve e as elabora na construção da sua obra ficcional, de modo a torná-lo um escritor do seu próprio tempo.

Além disso, Caio foi um escritor muito consciente do papel da literatura como uma forma de resistência e de transformação social. Ele via a literatura como uma ferramenta para questionar status e para ampliar as possibilidades de pensamentos e de experiências. Por isso, sua obra é marcada por uma postura crítica e por uma reflexão profunda sobre as contradições e os conflitos da sociedade em que viveu.  Caio faleceu em 25 de fevereiro de 1996, aos 47 anos de idade, devido a complicações decorrentes da AIDS.

ENTRE BORBOLETAS é um resultado de mais de 03 anos de pesquisa sobre o imenso universo criado e escrito por Caio Fernando Abreu, a sua obra fascinante e complexa nos leva a refletir sobre questões profundas da existência humana. Esse texto retrata a relação entre dois homens que se amam, mas que são confrontados com situações que desafiam sua sanidade mental e sua capacidade de lidar com as diferenças.

O surgimento das borboletas nos cabelos de André pode ser interpretado como um sintoma de sua provável psicose, mas também pode ser visto como uma metáfora da transformação pessoal e da libertação que ele está buscando.

O narrador que em minha dramaturgia se chama Caio se depara com seus próprios delírios e questionamentos sobre a realidade, mostrando como a sanidade é algo relativo e subjetivo.

Entre Borboletas é uma obra que convida o espectador a mergulhar em suas próprias angústias e questionamentos existenciais, ao mesmo tempo em que nos faz refletir sobre a complexidade do ser humano.

Franz Granja, Junho de 2024.

Proposta de encenação

“A psicologia nunca poderá dizer a verdade sobre a loucura, pois é a loucura que detém a verdade da psicologia”. Michel Foucault

A encenação tem como principal característica o embate entre a loucura e a sanidade (o claro e o escuro), e trava um duelo sobre nossas prisões cotidianas: medo, solidão, amor, fidelidade e sanidade. O espectador observa de perto os eventos recentes do protagonista e discerne entre a fantasia e a realidade, num jogo cênico visceral entre ator e texto.

Uma maca hospitalar, uma cadeia, uma máquina de escrever, papéis e um elemento aéreo ocupam o espaço cênico e ajudam a compor momentos de angústia e delírio do protagonista. A maca será utilizada em diferentes posições (girando sempre no sentido horário) avançando no tempo como forma única de sobrevivência.

Dan Rosseto.

Ficha técnica:

  • Original: Caio Fernando Abreu 
  • Em cena: Franz Granja 
  • Direção: Dan Rosseto 
  • Preparação artística: Conrado Costa 
  • Preparação Corporal: Marize Piva 
  • Voz Off: Apollo Costa 
  • Dramaturgia e Pesquisa: Franz Granja
  • Trilha Sonora Original: Ricardo Severo
  • Figurino: Carol Badra 
  • Iluminação: Roana Paglianno
  • Visagismo: Louise Helène 
  • Arte Gráfica: Andre Kitagawa
  • Fotografias: Ale Catan
  • Assistente de fotografia: Rafael Sá
  • Assessoria de imprensa: Adriana Monteiro (Ofício das Letras)
  • Idealização e Produção: Franz Cultural

Agradecimentos:

Celso Curi, Victória Pozzan, Grace Gianoukas, Anette Naiman, Daniel Rosenbaum, Valdir Rivaben, Marcus Moreno, Gilberto Gawronski, Susana Ribeiro, Débora Duboc, Pedro Goifman, Fabio Camara, Kyra Piscitelli, André Grecco, Firmino A. Filho, Milton Aguiar, Anna Marcondes, Carol Badra e Bia Fonseca.

SERVIÇO:

  • LOCAL: TEATRO GARAGEM  
  • Rua Silveira Rodrigues, 331 – Siciliano, São Paulo – SP, 05048-070
  • 30 lugares.
  • DATAS: 08, 15, 22 e 30 de agosto de 2024. Horário às 20h.
  • INGRESSOS: R$ 60,00 (Inteira) R$ 30,00 (meia) Vendas no Sympla.
  • INFORMAÇÕES: 11 9 7820-9911
  • DURAÇÃO: 50 minutos.
  • CLASSIFICAÇÃO: 14 anos.

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