Vencedora no Rio de Janeiro do 33º Prêmio Shell de Teatro, na categoria “Energia que Vem da Gente”, a Grande Companhia Brasileira de Mystérios e Novidades apresenta o espetáculo teatral “Saga de Jorge” ao ar livre na Praça da Harmonia, na Gamboa, Zona Portuária. Direção de Ligia Veiga. Patrocínio da Prefeitura da Cidade do Rio de Janeiro através da Secretaria Municipal de Cultura. Parceria com o Museu do Amanhã. Antes da peça, o tradicional cortejo da companhia tem início às 16 horas, saindo da Praça Mauá com chegada à Praça da Harmonia.
Os textos da “Saga de Jorge” são de Ligia Veiga e Bado Todão, todos cantados e narrados, seguindo a métrica cordel dos poetas populares. Músicas inéditas de Lelena Anhaia, Zeca Baleiro, Moacyr Luz e Emerson Boy. O elenco é formado por atores, bailarinos e músicos que utilizam técnicas do teatro de rua, técnicas circenses – perna de pau – e danças populares para contar a história do santo guerreiro. Os figurinos e adereços são de Luciana Buarque e Milton Biazi.
No Brasil, São Jorge é apresentado como mártir da igreja católica e como orixá da corrente do candomblé e umbanda. A “Saga de Jorge” é um espetáculo teatral baseado na versão alagoana da Folia de Reis – “O Guerreiro” – narrado em forma de folguedo, semelhante aos reisados, com seus dançadores e cantores multicoloridos. A história de São Jorge contra os dragões da maldade e do caos, reconstitui nesta celebração a figura mítica que se preservou nas mais diferentes culturas.
Grande Companhia Brasileiro de Mystérios e Novidades
Afirmando o Teatro de Rua como importante veículo de intervenção urbana e transformação, a Grande Companhia Brasileira de Mystérios e Novidades está dedicada à pesquisa e à criação de um teatro praticado nas ruas, praças e espaços alternativos. Somos uma companhia que trabalha há 40 anos com práticas cruzadas como as da tradição e do contemporâneo; do rito e do mito; do sagrado e do profano; da memória e dos sonhos; da invenção de si e do mundo. Buscamos um teatro potencial marcado pela diversidade e multiplicidade de tudo aquilo de que somos feitos.
Sob a tônica do imaginário cultural das matrizes milenares e raízes brasileiras, o teatro é nossa trincheira, nosso veículo para estar e fazer mundo ao inaugurar conexões improváveis. Ele abre espaços para nos deslocar de uma vida simplesmente funcional e abre para o imaginário e o simbólico.
Serviço:
TEATRO
Dia: 23 de abril, domingo
Cortejo e apresentação do espetáculo teatral Saga de Jorge com a Grande Companhia Brasileira de Mystérios e Novidades.
Cortejo: concentração às 15h30. Saindo da Praça Mauá às 16h, pela Rua Sacadura Cabral, até a Praça da Harmonia.
Apresentação do espetáculo Saga de Jorge: Praça da Harmonia, na Gamboa, às 17h
Duração: 2 horas e 30 minutos (Cortejo + espetáculo)
Classificação: Livre
Mais informações: no instagram @ciademysterios
“Uma nova onda” no Teatro Municipal de Niterói
Contemplado pelo Edital Retomada Cultural RJ 2, da Secretaria de Estado de Cultura e Economia Criativa do Rio de Janeiro, o espetáculo circense ‘UMA NOVA ONDA’ tem criação e atuação de Eduardo Andrade, como o Palhaço cientista Dudu, direção artística de Gustavo Paso e produção de Joana Damazio.
Este solo, para o público de todas as idades, marca o retorno do Palhaço cientista Dudu, personagem criado na década de 80, à cena após cinco anos distante dos palcos, desde as últimas apresentações de “O Esquecimento Global”, seu espetáculo anterior. Eduardo Andrade, com 37 anos de palhaçaria, é também professor e doutor em design e assina o cenário, os adereços, os bonecos e o figurino da peça.
Partindo da premissa de que colocar conhecimento antigo em um novo contexto gera novos conhecimentos, unida à urgência em abordar os problemas ambientais, sanitários e de saúde pública que assolam o mundo, o Palhaço Cientista Dudu retoma alguns dos principais temas do seu repertório, mas agora atravessado pelos impactos causados pela pandemia da Covid-19. Associando conhecimento, sustentabilidade, ecologia e diversão, ‘UMA NOVA ONDA’ trata de assuntos sérios, urgentes e atuais, de forma descontraída, buscando resgatar, com pitadas de ironia e irreverência, um pouco da ludicidade infantil.
“Unindo circo, artes plásticas, teatro de bonecos e muita diversão, Dudu o palhaço cientista está de volta com uma retrospectiva de suas pesquisas ambientais ao longo dos últimos trinta anos. Uma viagem no tempo para entendermos como chegamos até aqui e como podemos pensar o mundo sob o olhar de uma nova onda de prosperidade e cuidado com o meio ambiente”, explica o ator Eduardo Andrade, o palhaço Dudu.
Esta aula-espetáculo é uma imersão no mundo maravilhoso dos sonhos e da imaginação, o mundo da infância, que tanto tem a ensinar às crianças de todas as idades.
No decorrer do espetáculo, Dudu oferece uma oficina demonstrativa de confecção do boneco mascote Albert Einstein, feito a partir do reaproveitamento criativo de resíduos sólidos. Trata-se de uma demonstração simplificada do processo de construção de bonecos com o uso de resíduos plásticos, como embalagens de PET e PVC, fruto do mestrado do designer Eduardo Andrade na PUC-Rio, onde o artista também atua como pesquisador do LInC – Laboratório Linguagem, Interação e Construção de Sentidos da PUC-Rio.
Em ‘UMA NOVA ONDA’, o Palhaço cientista Dudu une circo, teatro e artes plásticas para contar histórias e observações a partir do seu olhar sobre o planeta Terra, mostrando não só algumas fantásticas descobertas da humanidade, mas também as consequências do progresso tecnológico, além de abordar a ciência e a relação do homem com a natureza. Aos espectadores é feito um convite à reflexão sobre a necessidade de uma atitude consciente e responsável com o meio ambiente.
O texto tem autoria de Eduardo Andrade e Gustavo Paso, parceiros de longa data na criação e confecção de adereços e cenários para os espetáculos de Paso, mas trabalhando pela primeira vez juntos na dramaturgia de um projeto de Andrade.
Com desenho de luz de Djalma Amaral, trilha sonora de Eduardo Lyra e consultoria de conteúdo de Thelma Lopes, jornalista, escritora, atriz e pesquisadora especializada na interação entre arte e ciência, ‘UMA NOVA ONDA’ promete mexer com a cabeça do espectador.
Como estaremos vivendo daqui a 10 anos? Qual o legado que deixaremos para nossos filhos? São reflexões a serem debatidas, e ninguém melhor do que o palhaço para levar esses assuntos ao público. O palhaço suaviza a abordagem sem perder o foco principal, que é levantar a reflexão sobre assuntos sérios, com o objetivo de provocar mudanças e ações efetivas e positivas.
Conheça o projeto “Palhaço na porta de casa”
Com um sorriso no rosto e uma mala cheia de arte e afetos, os palhaços estão chegando na porta de diversos bairros do Rio de Janeiro. Cidadania, educação e entretenimento são algumas das principais marcas do Projeto “Palhaço na Porta de Casa”, uma realização da ESLIPA – Escola Livre de Palhaços, que vem promovendo mais de 20 atividades, dentre elas, espetáculos, oficinas, cortejos circenses e rodas de conversa, enquanto encanta crianças, jovens e adultos pela cidade maravilhosa.
O projeto, contemplado pelo FOCA 2030, teve seu início no dia 1 de abril, na Lona Cultural Terra, em Guadalupe, e agora, tem sua próxima parada na Arena Carioca Jovelina Pérola Negra (Pavuna), no dia 22 de abril, com uma programação recheada de boas risadas e reflexões sobre cidadania. Sob o comando da Cia Sol sem Dó, a programação tem seu início às 9h com a Oficina Estado Presente – residência artística com a turma de Lino Racca. E também conta com cortejo circense às 16h, e com o espetáculo Neca PopStar, às 17h, trazendo a divertida história da palhaça Neca de Catibiriba rumo ao estrelato.
A programação completa do projeto “Palhaço na Porta de Casa” conta com a participação de grupos e companhias como: Grupo Off-Sina; Cia Sol Sem Dó; Cia Gramelôs; Cia Gadelha Arte e Multilinguagem; Grupo Palhaçadaria; e Cia Chirulico. O projeto promete movimentar ainda os bairros de Bangu, Maré, Jacarepaguá, Pedra de Guaratiba e Santa Cruz até o final de maio.
Sobre o Projeto “Palhaço na porta de casa”
“Palhaço na porta de casa” é uma proposta inédita de circulação das cias, trupes e artistas egressos da ESLIPA – Escola Livre de Palhaços, contemplando oito espaços culturais municipais, situados na Zona Norte e Oeste. As atividades acontecerão nos meses de abril e maio e percorrerão as Arenas Cariocas Abelardo Barbosa (Guaratiba) e Jovelina Perola Negra (Pavuna); as Areninhas Gilberto Gil (Realengo), Sandra Sá (Santa Cruz) e Hermeto Paschoal (Bangu); as Lonas Culturais Hebert Viana (Maré), Jacob do Bandolim (Pechincha) e Terra (Guadalupe).
Sobre a ESLIPA
A Escola Livre de Palhaços – ESLIPA, é a primeira Escola de Palhaços da América Latina e a única gratuita, fundada por Lilian Moraes (Palhaça Currupita) e Richard Riguetti (Palhaço Café Pequeno). Ao longo de seus 12 anos de existência, a ESLIPA já formou duzentos e dez palhaças e palhaços, tendo entre seus egressos artistas de todos os estados brasileiros e de 07 países da América do Sul.
“O palhaço é a menor distância entre duas pessoas” (Richard Riguetti).
PROGRAMAÇÃO COMPLETA
Local: Arena Carioca Jovelina Pérola Negra (Pavuna)
Endereço: Praça Enio s/nº, Pavuna, Rio de Janeiro.
Apresentação: Cia Sol sem dó
Data: 22 de abril
9h Oficina: Estado Presente – Residência Artística com a Turma do Lino Rocca
16h Cortejo Circense
17h: Espetáculo: Neca PopStar. Após: roda de Conversa
Local: Lona Cultural Municipal Herbert Vianna (Maré)
Endereço: Praça da Paz – Rua Evanildo Alves, Maré.
Apresentação: Cia Chirulico
Dia 28 de abril | 15h. Cortejo Circense
Dia 28 de abril | 15h15. Espetáculo: Carrossel Brincante
Dia 29 de abril | 10h Oficina – Vivência Chirulico
Local: Areninha Carioca Hermeto Pascoal (Bangu)
Endereço: Praça 1º de maio s/nº, Bangu, Rio de Janeiro
Apresentação: Cia Guadelha Arte Multilinguagem
Dia 9 de maio | 18h. Oficina: para fazer papel de palhaço
Dia 12 de maio | 15h. Cortejo Circense
Dia 12 de maio | 16h. Espetáculo: Cortejo Brincante. Após: roda de Conversa
Local: Lona Cultural Municipal Jacob do Bandolim
Endereço: Praça Geraldo Simonard (Praça do Barro Vermelho) s/nº, Pechincha, Jacarepaguá
Apresentação: Cia Palhaçadaria
Dia 13 de maio | 15h. Oficina de Palhaço – A Arte de Fazer Rir
Dia 14 de maio | 16h. Espetáculo: Cortejo Brincante.
Dia 14 de maio | 18h. Espetáculo: Baú do Picadeiro Após: roda de conversa
Local: Arena Carioca Abelardo Barbosa – Chacrinha (Pedra de Guaratiba)
Endereço: Rua Soldado Eliseu Hipólito, s/n esquina com Av. Litorânea – Pedra de Guaratiba.
Apresentação: Grupo Off-Sina
Dia 18 de maio | 19h. Oficina: A Dramaturgia do Palhaço Brasileiro
Dia 19 de maio | 19h. Cortejo Circense com Grupo Off-Sina e Gigantes da Pedra. Local: Escola CIEP 305 Heitor dos Prazeres
Dia 19 de maio | 20h. Espetáculo: Bem-Vindo. Após: roda de Conversa
Local: Areninha Carioca Sandra Sá
Endereço: Praça do Lote, 219, Santa Cruz, Rio de Janeiro – RJ
Apresentação: Trupe Gramellôs
Dia 24 de maio | 14h. Oficina de Palhaço – Palhaçaria e o Corpo Cômico
Dia 26 de maio | 14h. Cortejo Circense
Dia 26 de maio | 15h. Espetáculo: Gramellôs o Show. Após: roda de Conversa
CTRL+Z: espetáculo une circo e tecnologia em zonas periféricas da região metropolitana de São Paulo
Espaços culturais periféricos seguem oferecendo oficinas da capacitação em produção e audiovisual
CTRL+Z chega com uma proposta inovadora de apresentações circenses no estado de São Paulo, entre os dias 18 de abril e 3 de maio. O projeto propõe a montagem de um espetáculo mesclando circo e tecnologia por meio de performance: uma fusão e aprofundamento de movimentos corporais, claves, danças e objetos com efeitos tecnológicos, recursos em vídeos com criações 2D, 3D, filtros, etc. As apresentações representam essa imersão e absorção da tecnologia na vida do multiartista por trás do projeto: Mauro Cosenza. A base do espetáculo traz uma estrutura moderna com a criação de um cenário interativo, um cubo branco com mobilidade que servirá de suporte para projeções e jogos cênicos do artista.
Serão 7 apresentações realizadas em espaços culturais do estado de São Paulo, nos municípios de São Paulo, Diadema, São Bernardo, Santo André e São Caetano. Além disso, serão realizadas 5 lives na página do Instagram do projeto com temáticas de direção cênica e tecnologia, sonoplastia, criação digital e produção cultural.
Mauro Cosenza, multiartista, ao enfrentar o momento mundial de paralisação, devido a pandemia da Covid-19, como todos, foi em busca de diferentes maneiras de se relacionar por meio da tecnologia, uma realidade que não era nova mas trouxe muitas descobertas. Traçou uma linha entre suas relações ancestrais, pesquisas cênicas, performance, ferramentas e softwares recriando a origem de seu mundo, e criando então, a proposta do espetáculo CRTL + Z.
A dramaturgia é baseada nas mitologias do Candomblé e sua relação com o tempo. Para compor a ficha técnica foi convidado o dramaturgo e diretor Alisson Araújo. Já a produção tecnológica-musical-digital-ao vivo é assinada por Chico Toledo e Thiago Capella Zanotta,este que também ajuda na programação, no cenário e figurinos de Rafaela dos Santos sob a Direção de produção de Giselle Tressi e produção executiva de Tatiana Ferraretto.
“O projeto começou como algo para eu me divertir. Ao longo da pandemia, quando não se podia mais ser adulto, voltei alguns passos para trás, conectei com a brincadeira. Eu não podia subir no palco, que é minha grande paixão, então me joguei no mundo audiovisual. Estudei conceitos básicos de design gráfico e descobri a arte digital. Então decidi criar o CTRL+Z, que une essas duas grandes paixões – o circo, uma paixão da vida toda, e o digital que descobri nesse período de reclusão”, comenta Mauro.
Sinopse
Exu/Aluvaia encontra Ogun/Nkosi e juntos eles decidem criar um Ser que terá uma parte de cada um deles. Para gerá-lo eles decidem criar um cubo mágico e lançam no Tempo, para que ele possa ser constituído. Porém, o Tempo tem suas próprias vontades e faz este Ser brotar de dentro do cubo. Neste espaço ele toma consciência e vive entre o tempo e sua aventura, explorando o passado-presente-futuro em um diálogo da ancestralidade, com o contemporâneo e com o que ainda virá.
Ficha Técnica
Performer e artista digital: @mauro_cosenza
Direção de produção: @giselletressi
Produção executiva: @tatianaferraretto.
Direção: @luande_alisson
Figurino e cenário: @rafadossantosg
Trilha sonora e sonoplastia: @chicotdl
Assessoria de recursos tecnológicos: @circulusopera
Serviço
18/04 – às 19h30
Apresentação na Fundação das Artes São Caetano
R. Visc. de Inhaúma, 730 – Oswaldo Cruz, São Caetano do Sul
Gratuito
20/04 – às 15h
Apresentação na Fábrica de Cultura Diadema
R. Vereador Gustavo Sonnewend Neto, 135 – Centro, Diadema
Gratuito
22/04 às 19h
Apresentação na Casa Cultural Hip Hop Jaçanã
Rua Maria Amália Lopes de Azevedo 4180 – Jaçanã
Gratuito
26/04 às 20h
Apresentação no Circo do Asfalto – Santo André
R. Sebastião Pedroso, 27 – 30 – Jardim Bom Pastor, Santo André
Gratuito
28/04 às 19h
Apresentação no Teatro Flávio Império
R. Prof. Alves Pedroso, 600 – Cangaiba, São Paulo
Gratuito
03/05 às 20h
Apresentação no Teatro Elis Regina
Av. João Firmino, 900 – Assunção, São Bernardo do Campo
Gratuito
Sobre Mauro
Multi-artista independente especializado em artes cênicas circenses como criador, diretor e produtor. Sua linha de pesquisa vincula malabarismo, dança e humor. Atualmente investiga a interação do corpo com a animação audiovisual. Sua formação essencialmente autodidacta começou em 2007, frequentando vários cursos de malabarismo, teatro físico e dança no Uruguai, Argentina e México.Realiza formação em dança contemporânea no Projeto Marte de Montevidéu. Participou de cursos na Oficina Cultural Oswald de Andrade, em São Paulo: Poética da Resistência com a companhia de dança Corpocena Poética da escuta com Felipe Ribeiro e Poética e política das aparências com Karla Girotto. Participa da residência de dança “Atiele de Solos” com a coreógrafa e bailarina Beth Bastos. O Som e as Artes Performáticas com Miguel Caldas. Realizou o Campus de Formação “Conexão Digital” para Músicos e Criadores da Contrapedal Conecta (2020).
Entre 2008 e 2010 foi membro ativo do Centro Cultural Trivenchi (Argentina). Hoje é membro ativo do Movimento de Artistas Solo (MAIS).
Participou com suas criações em quase 100 festivais, convenções circenses e artes cênicas em países da América e Europa. Como artista e diretor, participou de projetos de palco em empresas: Clown sin Fronteras Uruguay, Colectivo Nopok, LosCircoLos, Circo Tranzat, entre outras.
Redes Sociais
Instagram: @projeto_ctrl_z
Performance
Ophelia is a-live cria reflexão sobre a violência psicológica sofrida por mulheres
A performer Rúbia Vaz discute gaslighting, mansrupting, mansplaning e outras tantas formas de violência psicológica sofridas por mulheres na performance ophelia is a-live, que é apresentada de maneira virtual até 7 de maio, aos sábados e domingos, durante todo o dia. Os interessados em assistir ao trabalho devem se inscrever por meio de um formulário publicado no perfil da atriz no Instagram @vazrubia. A cada sessão, será selecionada 1 pessoa, de acordo com a ordem de inscrição. A ação será documentada para licenciamento da obra na plataforma #CulturaEmCasa.
A atriz cria um diálogo ao redor de Ofélia, a mulher cortejada pelo príncipe Hamlet, no clássico de William Shakespeare, que se afoga depois de ter sofrido uma desilusão amorosa e de ter perdido seu pai. Na performance, Rúbia pensa em alternativas possíveis para a narrativa dessa personagem. Por meio de mensagens, vídeos e ligações, as redes sociais são suporte para que a dramaturgia autoral seja compartilhada de acordo com a rotina de cada interlocutor, de modo totalmente remoto.
A ideia é que o espectador participe do trabalho ao longo do dia, da hora em que acorda até a hora em que ele vai dormir, por meio de interações feitas pela performer por mensagens de texto, chamadas de áudio e vídeo, interações nas redes sociais, e por fim – como já sugere o título da obra – uma live.
“A proposta de releitura da personagem não é em si uma inovação, visto que há tanta obras que já se propuseram a isso, mas uma tentativa de verticalizar a narrativa a partir de traços particulares da vivência da autora que utiliza como procedimento dramatúrgico a elaboração de relatos autobiográficos. Ao emprestar memórias pessoais à personagem, o material criado é impregnado de um gesto próprio levando para a cena traços da realidade, e a partir disso busca-se saturá-lo a fim de que, ao se tornar um percepto, possa contribuir para a discussão do que é universal e do que é pessoal”, explica Vaz.
A obra foi criada a partir do texto autoral “como a palavra amor sai naturalmente das nossas bocas”. E a dramaturgia original começou a ser desenvolvida por meio de uma cena curta apresentada como TCC para a pós-graduação em Artes da Cena, no Centro de Artes e Educação Célia Helena, em 2018. No ano seguinte, o material dramatúrgico foi trabalhado no Núcleo de Direção Teatral da Escola Livre de Teatro, sob orientação de Luiz Fernando Marques (Lubi).
A primeira temporada aconteceu de maneira independente e gratuita nos meses de agosto e setembro de 2020, e em dezembro do mesmo ano foi apresentada na programação “Terça Aberta”, da Cia. Fragmento de Dança.
Sinopse
A performer Rúbia Vaz dialoga sobre o imaginário em torno de Ofélia, pensando em outras alternativas possíveis para a narrativa da personagem clássica de William Shakespeare. Através de mensagens, vídeos e ligações, às redes sociais são suporte para que a dramaturgia autoral seja compartilhada de acordo com a rotina de cada espectador.
Ficha Técnica
Dramaturgia, direção e performance: Rúbia Vaz
Imagem, som e edição: Arthur Murtinho
Coordenação de produção: Leonardo Birche
Arte gráfica: Herbert Allucci
Assessoria de imprensa: Pombo Correio
Serviço
ophelia is a-live, de Rúbia Vaz
Temporada: Até 7 de maio. Aos sábados e domingos, durante todo o dia
Ingressos: grátis, para participar é preciso se inscrever por meio do formulário disponível no perfil do Instagram @vazrubia
Classificação: 12 anos
Capacidade: 1 espectador por dia