‘Eufrásia – Uma Mulher à Frente do Seu Tempo’ estreia no Theatro Municipal do Rio, com transmissão ao vivo para o Brasil

Mariana Rodriguez

Você conhece Eufrásia? Sabia que uma brasileira foi a primeira mulher a investir na bolsa de valores de Paris? Não? Pois bem, Eufrásia vem diretamente de Vassouras ao Rio, mais de cem anos depois, só para contar sua história!

A montagem inédita da peça teatral “Eufrásia — Uma Mulher à Frente do Seu Tempo” estreia no sábado, dia 1º de abril, presencialmente, no Theatro Municipal do Rio de Janeiro. Não é mentira! Eufrásia retorna ao Rio, quase um século depois, para fazer uma reparação histórica! Por essa razão, a peça também será transmitida ao vivo e on-line para todo o país, pela plataforma Ao Vivo Já. A sessão de estreia contará com interpretação em libras presencial e na transmissão.

Com criatividade, leveza e muito bom humor a peça convida o público a um passeio pelas montanhas do Vale do Café e pelas memórias de Eufrásia.

O texto foi inicialmente criado para participar de um edital de audiovisual da cidade São João Marcos, durante a pandemia, acabou virando um esquete teatral para um festival no Rio de Janeiro, e após um mergulho mais profundo feito pela premiada dramaturga Paty Lopes e pela atriz Mariana Rodriguez na vida de Eufrásia, vira peça teatral. Ambas fizeram um laboratório durante o processo de construção da personagem. Visitaram Vassouras e a Casa Hera, onde nasceu e viveu Eufrásia. A casa da abastada família é hoje um museu conhecido na cidade de Vassouras e guarda preciosas memórias do passado. A Prefeitura Municipal de Vassouras inclusive, já convidou, ofereceu apoio e reservou agenda para receber a produção da peça na cidade.

Para contar essa história, Paty Lopes contou também com o apoio do Theatro Municipal do Rio de Janeiro e de talentosos profissionais fazedores de Cultura, que integram a ficha técnica. Coordenados por Helene Nascimento, o coletivo está responsável por toda produção, que contará com figurinos de época do acervo do Theatro Municipal, a ambiência cenográfica e o requinte do Salão Assyrio, a música do século XIX de Chiquinha Gonzaga, pelas mãos do pianista Murilo Emerenciano, sob a coordenação do crítico teatral e ator Gilberto Bartholo e a direção artística e musical de Ananda K., indicada ao prêmio Shell 2023, na categoria direção musical, pelo espetáculo “Candeia”.

Segundo a idealizadora do projeto, a quarta parede será rompida e o espectador será convidado a interagir. Paty revela ainda, que o público irá conhecer mais da história de Eufrásia e do próprio país dando boas gargalhadas, algo imprescindível nos dias de hoje.

Sinopse

“A comédia apresenta ao público uma mulher real, nascida em Vassouras, no final do século XIX, durante o ciclo do café. Eufrásia Teixeira Leite, pioneira, abolicionista, empresária, investidora e ainda assim, desconhecida. E justamente, para reparar esse erro, Eufrásia assume os palcos e compartilha sua vida com os espectadores, em um bate-papo informal regado a boas memórias, música e café. Eufrásia, sempre com uma xícara de café em mãos, conta fofocas do Império, defende ideias que naquela época não podia nem pensar em falar. A personagem vem com a idade avançada, mas cheia de vida e simpatia, fala sobre Chiquinha Gonzaga e Dom Pedro de maneira maliciosa e divertidíssima. Já tomou um cafezinho hoje?”

Depoimentos

“Realizar esse espetáculo e fazer jus a sua história grandiosa, é mostrar que apesar de tentarem dissolver nossa história como fazem com açúcar no café, ela vive!” – Mariana Rodrigues — Atriz

“Eufrásia é viva para nós vassourenses, traz um admirável pioneirismo e características pessoais tão marcantes, que podemos nos referir a ela como uma mulher atemporal!” Ângela Maria — Secretaria de Cultura de Vassouras

“Fico feliz em apresentar algo diferente, risível, caricato, algo com que o povo se identifique, deixar na porta do Teatro o peso do dia a dia e encontrar leveza, história, razões para dar boas risadas, que descontraia, é o que o público tem buscado, principalmente aqui no Rio, então aproveitei Eufrásia, uma mulher inteligente e cheia de histórias para fazer isso. Vamos rir juntos!” – Paty Lopes — Crítica teatral e dramaturga

Sobre a idealizadora e dramaturga Paty Lopes

A dramaturga Paty Lopes, que é também crítica de Teatro, teve inúmeros textos premiados em 2022. “A Fúria dos Modernistas” foi premiado pelo governo do Estado do Rio de Janeiro, pelo Theatro Prudential e pelo SESI-RJ. “Luz e Fogo” foi premiado no Festival Paixão de Ler, promovido pela Prefeitura do Rio de Janeiro em 2022, abordando o tema Carlos Drummond de Andrade. Ainda em 2022, a dramaturgia infantil “Maria Felipa Para Crianças” foi convidada pelo SESC/Valença a realizar uma apresentação e a participar de um bate-papo sobre a dramaturgia. Siga: @arteria_cultural

Mariana Rodriguez

Atriz, bacharelada em Cinema e História da Arte. Atuou em inúmeras peças teatrais e esquetes, entre elas a esquete Eufrásia, escrita e dirigida por Paty Lopes, selecionada para o Festival de Esquetes Teatros da Barra, em 2022. Atuou como atriz em “Cabaré”, também dirigida e produzida por Paty Lopes (2021), em “Romeu e Julieta.Doc” on-line, durante a pandemia (2021), produziu a peça “Tenho Morada em Mim” também on-line (2021), foi responsável pela produção e pelo visagismo do espetáculo “O Conselheiro da Favela” (2021) e produziu “Alcoólica” (2021).

Murilo Emerenciano

Bacharelado em Piano Erudito pela Faculdade Santa Marcelina, em São Paulo, pós-graduação em Pianista Acompanhador pelo Conservatório Brasileiro de Música (CBM/RJ), atualmente é pianista do coro do Theatro Municipal do Rio de Janeiro, das aulas de ballet da Escola Estadual de Dança Maria Olenewa do Theatro Municipal do Rio de Janeiro e dos coros da Associação de Canto Coral do Rio de Janeiro. Obteve diversos prêmios: 1º, 2º e 3º lugar nos mais importantes concursos nacionais de piano erudito. ArtLivre (1º lugar/1996), (2º lugar/1994); Magda Tagliaferro (1º lugar/1997); Souza Lima (2º lugar/1995 e 1997) e (3º lugar/1998), Concurso do Festival Internacional de Brasília — Pianista Correpetidor (2º lugar/2007). Foi solista na Orquestra Jovem do Estado de São Paulo, sob regência do Maestro João Maurício Galindo, e na Orquestra Acadêmica da UNESP, sob regência do maestro Lutero Rodrigues. Entre outros.

Sobre a diretora artística e musical Ananda K.

Nascida em Natal/RN, Ananda K é formada em Licenciatura em Teatro, pela Universidade Federal do Rio Grande do Norte, atua profissionalmente desde 2006, quando integrou o elenco dos Autos Natalinos da cidade, tradicionais na cultura potiguar. Em 2014, foi convidada a participar do Grupo Estação de Teatro, pelo qual atua nos espetáculos “Um Sonho de Rabeca no Reino da Bicharada”, “Quintal de Luis” e “Candeia”, que circularam o país em diversos festivais e programações. Em “Candeia”, atua como atriz e diretora musical, o espetáculo integrou a programação do Pulsar 2022, no Sesc Tijuca/RJ, e lhe rendeu a indicação ao PRÊMIO SHELL 2023, na categoria Direção Musical. Multi-instrumentista, canta e toca sanfona, violão e percussão. Como cantora, compositora e instrumentista, atua profissionalmente desde os 13 anos, tocou nos maiores festivais do estado do Rio Grande do Norte e recebeu em 2021 prêmio revelação no Prêmio Hangar de Música.

SERVIÇO

Eufrásia — Uma Mulher à Frente do Seu Tempo

  • Curtíssima temporada em abril Theatro Municipal do Rio de Janeiro
  • Salão Assyrio Praça Floriano, S/N, Centro, Rio de Janeiro
  • Dia 01/04, sábado, às 19h
  • Dia 17/04, segunda-feira, às 19h
  • Dia 25/04, terça-feira, às 19h
  • Dia 30/04, domingo, às 17h
  • Classificação: 16 anos
  • Gênero comédia
  • Duração aproximadamente 60 minutos
  • Capacidade 200 lugares
  • Ingressos R$ 20 (meia) e R$ 40 (inteira)
  • Vendas pela bilheteria do Theatro Municipal
  • Sympla https://www.sympla.com.br/eventos?s=eufr%C3%A1sia&tab=eventos
  • Vendas plataforma Ao Vivo Já https://www.aovivoja.com/show/eufrasia
  • Informações: (21) 2332-9191

FICHA TÉCNICA:

  • Idealização e dramaturgia: Paty Lopes
  • Atriz: Mariana Rodriguez
  • Pianista: Murilo Emerenciano
  • Coordenação de produção: Helene Nascimento
  • Supervisão textual e teatral: Gilberto Bartholo
  • Direção artística e musical: Ananda K
  • Figurino: Acervo do Theatro Municipal do Rio de Janeiro
  • Designer gráfico: Ricardo Malize/Signus Design

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