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Nesta sexta-feira (26), em comemoração do Dia Mundial da Propriedade Intelectual, aconteceu o IP DAY no Centro Cultural do Banco do Brasil (CCBB). Com o tema “Propriedade Intelectual (PI) e os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) – Construir nosso futuro comum com inovação e criatividade”, o evento contou com mesas redondas e palestras sobre inovação, criatividade e proteções de direitos, com a participação do diretor executivo da GF Corp e especialista em sociedade e games, Márcio Filho.
Para Filho, o IP Day é uma oportunidade de conscientizar a população sobre a propriedade intelectual, bem como dar espaço para mostrar a tecnologia aliada à educação.
“Pensar na propriedade intelectual e alinhar os avanços da academia brasileira com os Objetivos do Desenvolvimento do Desenvolvimento Sustentável (ODS) da ONU é colocar o Brasil em linha com as melhores práticas globais. A conexão da tecnologia com a educação é a chave disso”, revela.
Além das atividades, o encontro recebeu uma exposição com as tecnologias desenvolvidas de centros de pesquisas e universidades, como a Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e Universidade Estadual do Rio de Janeiro (UERJ). Uma das plataformas apresentadas foi a “Ciência na Nuvem”, uma criação da UERJ, em parceria com a GF Corp, com financiamento do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) e aceleração da Sai do Papel.
Para a professora de licenciatura em Ciências Biológicas da UERJ e uma das criadoras da plataforma, Rosana Souza Lima, a tecnologia apresenta uma versatilidade de recursos que podem ser adaptados para atender diversos públicos, destacando a aplicabilidade na educação:
“A tecnologia chegou para ficar nos mais diversos ambientes sociais e na educação não poderia ser diferente. É uma ferramenta potente e, mais importante ainda, é que nós educadores sempre precisamos falar a linguagem do nosso público. Com a tecnologia disponível atualmente podemos transcender a sala de aula: no caso da nossa plataforma, frequentar laboratórios, bibliotecas, conversar como se estivéssemos em um debate em congressos e workshops sobre assuntos científicos, criando novos espaços de ensinos”, afirma.
O “Ciência na Nuvem” funciona como uma espécie de rede social voltada para a ciência. Sua proposta é conectar professores, pesquisadores e estudantes, oferecendo um espaço para compartilhar experiências educativas que podem ser aplicadas tanto dentro quanto fora da sala de aula, com foco nos estudantes do ciclo básico de ensino. Essa iniciativa visa estimular a prática da ciência cidadã.
A professora de licenciatura em Ciências Biológicas, Helen Beiral, que também foi responsável pela criação da plataforma, explica sobre importância da plataforma na troca de ideias dentro das salas de aula:
“As produções dos professores no ambiente escolar também devem ser consideradas tecnologias e é importante que isso seja disseminado entre os professores da mesma e de outras escolas. Além disso, existe a possibilidade das atividades inseridas no aplicativo passarem por uma avaliação com a chancela da UERJ, que certifica o professor ou o estudante que inseriu a atividade. Então, nosso aplicativo proporciona essa rede de compartilhamento para práticas pedagógicas e experimentais realizadas pelos professores no ambiente escolar”, relata.
Reconhecida por sua inovação, a plataforma foi indicada ao prêmio InovaUERJ e selecionada como uma das 20 iniciativas mais criativas da universidade em 2021. Além disso, recebeu apoio do laboratório de inovação da instituição e foi orientado pela Sai do Papel, uma aceleradora de startups nacional.
A plataforma está disponível em: www.cienciananuvem.com.br e, em breve, estará disponível na Play Store para download.