Exposição de fotos exalta a beleza negra das raízes africanas à modernidade

No mês da Consciência Negra, o público poderá conferir o retrato da beleza negra de uma forma original, lançando mão da tecnologia, com cliques que transitam das raízes africanas à modernidade, sob as lentes da fotógrafa Sìmone Frãnsisco, na exposição “Narrativa de uma beleza”, que até o dia 30 de novembro pode ser conferida na Nave do Conhecimento do Engenhão, no Engenho de Dentro, bairro da Zona Norte do Rio de Janeiro. A exibição pôde ser vista, pela primeira vez, no Rio, em 2018, no Forte de Copacabana, e, em 2019, foi finalista do 1º Prêmio MTD de Fotografia Walter Firmo 2019  – Mais amor Por Favor, e ficou em oitavo lugar na competição, com a foto da série “Sabedoria” (em anexo, imagem da senhora segurando flores). Agora, quatro anos depois, está de volta, com o mesmo nome, mas totalmente repaginada, com fotos inéditas, que serão expostas de maneira digital, através de telas de TV de 50”. A exibição, que será destaque do evento “Novembro negro: fomento à diversidade na Tecnologia”, ficará em cartaz até 30 de novembro, de terça-feira a sábado, das 9h às 21h; e no domingo, das 9h30m às 16h30m. A entrada é gratuita.

Ao todo, serão cerca de 20 fotos, explorando também o visagismo, com a intenção de valorizar a cultura afro-brasileira e exaltar a sua contemporaneidade. “A ideia é mostrar a beleza negra de um jeito que saísse do lugar comum, como algo novo e diferente, junto do visagista Willian Xavier, que foi quem fez as pinturas corporais à mão livre. Buscamos mostrar a Ancestralidade de uma forma inusitada. Como na foto da Escrava Anastassia, que usa pérolas em vez de mordaça na boca. Vamos valorizar a cultura afro-brasileira e exaltar a estética fashion, a beleza contemporânea, a beleza crua e um futuro suntuoso, em minha concepção”, define Sìmone.

“A ideia é tocar (o público) de uma forma que vejam figuras como Anastassia, pretos velhos e curandeiros de uma outra maneira, outra roupagem, sem o preconceito embutido nas religiões de matriz africana”, diz ela, que está feliz de estar em cartaz justamente próximo ao Dia da Consciência Negra, no dia 20. “É uma homenagem ao povo preto, por toda a luta e toda garra”.

Sìmone Frãnsisco ministra workshops de fotografia em seu estúdio e na Nave do Conhecimento do Engenhão, além de ter um curso online de fotografia de celular.

A mostra é dividida em três movimentos:

Primeiro Ato: Ancestralidade – Resgata os rituais e as pinturas corporais tribais, tecidos coloridos, fumaças e o sincretismo religioso.

Segundo Ato: Melanina Movie – Prevalece a estética do soul music, um movimento intimamente associado às lutas do afro-americanos por seus direitos civis na década de 60; e o hip hop que se ramificou inclusive para o Brasil. Inspira-se em filmes e clipes dos anos 80 e 90. Com muita cor, jeans, fumaças e uma identidade black singular.

Terceiro Ato: Afrofuturismo – Traz a beleza de uma sociedade futurista suntuosa. “Aqui, não vamos precisar enxergar para ver e o sensorial ganha uma maior amplitude, mas sem perder toda a essência divinal presente nas raízes da sua formação no passado”, avalia Sìmone.

Serviço:

Narrativa de uma beleza’, da fotógrafa Sìmone Frãnsisco. Com o visagista Willian Xavier.

De 23 a 30 de novembro.

De terça-feira a sábado, das 9h às 21h. E domingo, das 9h30m às 16h30m.

Nave do Conhecimento do Engenhão – Rua Arquias Cordeiro 1.516, Engenho de Dentro.

Entrada: gratuita.

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