Após um hiato de três anos, a Galeria Paulo Branquinho acaba de voltar à cena artística a todo vapor, abrindo nova coletiva no dia 12 de agosto, sábado. “Sem Barreiras”, a nova exposição que será inaugurada na casa do século XVIII da Lapa, contará com a participação de 16 artistas, que, juntos, apresentarão obras empregando diferentes suportes, estilos, técnicas e materiais. Alessandro Caròla, Ana Pose, Analu Nabuco, Eda Miranda, Edna Kauss, Gustavo Alves, Ira Etz, Istefânia Rubino, Jacqueline Dalsenter, José Senna, Laura Bonfá Burnier, Marcia Rommes, Maria Cecília Leão, Maria Eugênia Baptista, Maria Lúcia Maluf e Teresinha Mazzei, têm em comum a proposta de buscar o olhar atento dos visitantes e causar emoções diversas.
Os artistas e seus trabalhos
O artista belga Alessandro Caròla monta um painel em azulejos empregando a mesma técnica tradicional de pintura usada no século XVII em Portugal. Inspirado no barroco português, o tema mistura inquisição, erotismo e história em quadrinhos.
Realizadas no motel onde o pai vivia e trabalhava, onde foi praticamente criada, as fotografias de Ana Pose desbravam lembranças de menina através os quartos que registrou.
Analu Nabuco agracia o público com seus totens, erguidos com objetos, pedras, madeira, sementes e diferentes materiais garimpados em seus caminhos.
Na série intitulada “Multiplicai-vos”, que faz alusão ao corpo, ao feminino, à reprodução (e tudo mais que envolva esta poética), Eda Miranda constrói objeto com caixa acrílica, papelão, papel canson e impressão a jato de tinta.
Edna Kauss compôs um quadro de luz colorida com lâmpadas eletroluminescentes, MDF, tinta acrílica e equipamentos elétricos. A peça estará camuflada atrás de uma cortina, despertando a curiosidade do público.
Gustavo Alves consegue, com pinceladas sutis de guache sobre papel, imprimir força às duas pinturas que irá expor: os corpos de uma mulher de perfil, em tons de negro e marrom, e outro, sentado, em negro e amarelo.
Usando camadas de cor em seu trabalho, Ira Etz busca levar o espectador à indagação; construindo desconstruindo surgem formas inesperadas que se abrem para novas direções.
Jacqueline Dalsenter pretende, com seu trabalho “O Peso da Força” sair de um círculo vicioso para um círculo virtuoso da imagem alcançada. Busca em suas pinturas o resgate da energia feminina contemporânea (honrando as conquistas de suas ancestrais diante de um patriarcado exacerbado). Investiga, em suas obras, suas próprias camadas e atravessamentos.
José Senna traduz em duas fotografias as belezas de cores, textura e formas encontradas no mundo vegetal.
Já as esculturas de Laura Bonfá Burnier, com sua arquitetura orgânica, brincam com a sobreposição e interatividade das formas coloridas criadas em EVA.
Marcia Rommes propõe um diálogo entre as “Barreiras e Não Barreiras”, entre a pintura e outras linguagens, utilizando pinturas em acrílica sobre tela colocadas em caixas de acrílico na série Tela Objeto.
Maria Cecília Leão expõe autorretratos feitos em junho de 2022 e editados esse ano. Durante a pandemia, observando a luz vinda da janela do quarto, teve a ideia de fazer uma série em que expressou sentimentos como angustia, insegurança, desejo por um tempo melhor e esperança de um recomeço.
Obras da série “Vísceras da terra”, de Maria Eugênia Baptista, falam do quanto todos estão interligados, entrelaçados na trama da vida. Pintadas apenas com as suas próprias mãos, a artista usou argila, óleos e resinas naturais, pigmentos e água de nascente, trazidas de imersões na natureza.
Maria Lúcia Maluf interpreta, à sua maneira, na gravura em metal, o tema Pixels.
Artista convidada de Vitória/ES, Teresinha Mazzei, apresenta seu trabalho de fotografia e arte digital com base nas pesquisas e uso de imagens de fios de seu cabelo ampliadas e transformadas.
E como já é tradição, Paulo Branquinho transforma suas inaugurações em uma grande festa entre amigos, artistas e apreciadores de arte, movimentando a tranquila Rua Morais e Vale. No dia 12 não será diferente: a partir das 17h, haverá apresentação do Trio Flor Amorosa, com muito choro, maxixe, polca e música instrumental brasileira. Composto por Luís Palumbo (flauta transversal), Juan (violão de sete cordas) e Rodrigo Sebastian (percussão), o grupo irá interpretar composições memoráveis de Pixinguinha, Chiquinha Gonzaga, Ernesto Nazareth, Zequinha de Abreu, entre outros.
Serviço:
“Sem Barreiras”
- Abertura: dia 12 de agosto, sábado, às 14h
- Apresentação Trio Flor Amorosa a partir das 17h
- Visitação: de 15 de agosto a 2 de setembro de 2023
- Funcionamento: de terça a sexta, das 14 às 19h
- Casa do Paulo Branquinho
- Endereço: Rua Morais e Vale, 8/térreo, Lapa.
- Assessoria de imprensa: BriefCom Assessoria de Comunicação/Bia Sampaio: (21) 98181-8351/biasampaio@briefcom.com.br/@briefcomcomunicacao
- Classificação livre
- Entrada gratuita