TV

Fazendo sua estreia em novelas em ‘Todas as Flores’, Luiz Fortes desistiu do futebol para realizar o sonho de ser ator

Luiz Fortes

Paulista de 21 anos, Luiz Fortes inicia sua carreira em novelas com grandes passos: dando vida a Rômulo, personagem chave em “Todas as Flores”, sucesso da GloboPlay. No mundo das artes desde os 16 anos, o ator já brilhou no teatro em “Confissões de Adolescente”, “Pluft – O Fantasminha” e destaca o clássico “O Pagador de Promessas”, em que viveu Zé-do-Burro, inspiração inclusive para compor seu personagem no folhetim atual:

“Durante o processo da novela, associo muitas questões de Zé com Rominho. Nos dois pode-se observar a luta pela sobrevivência, resistência e a esperança sendo colocadas à prova na busca de um futuro melhor”.

Chamando atenção também por sua beleza, e segundo ele, namorando apenas a arte, Luiz coloca de lado o título de galã, se este não vier acompanhado de bons propósitos.

“Um galã só tem importância se ele se propõe a atingir algo que está além da falsa beleza. Só tem relevância se possui suas raízes no íntimo do ser humano. Aquela em que a fealdade pode emocionar e o agradável vai além da estética”, afirma.

Herói sem capa

Parte do núcleo que compõe a obra social de fachada de Zoé (Regina Casé), Rominho tem 20 anos e vai tentar a vida no Rio de Janeiro. Procurando uma oportunidade de crescimento para sair da miséria e ajudar os pais, cai na armadilha da mãe de Maíra (Sophie Charlotte).

“Rômulo é um herói romântico, um verdadeiro guerreiro, que faz de tudo para sobreviver do lado que nunca é visto. Ele resiste não só na fundação, mas durante uma vida toda em uma sociedade que nunca o enxerga”, conta sobre o personagem. O jovem ainda surpreenderá com mais atos heroicos ao longo da trama.

Inspiração e coincidências 

Além de Zé-do-Burro, o ator teve diversas outras inspirações para compor Rominho. Em primeiro lugar, cita a própria vida. Filho de retirantes do Nordeste e uma família periférica que passou necessidades em São Paulo, Fortes diz que o personagem reflete sua história. “Meus heróis são meus pais. Estar nesse papel está sendo além de representar um personagem, mas contar a história de quem lutou para me fazer chegar onde cheguei”.

Distante apenas da realidade do tráfico humano, nesse ponto foi necessário muito estudo. Luiz conta que buscou referências principalmente no cinema e em séries, destacando os filmes de Jordan Peele como “Get Out” e a série “The Handmaid ‘s Tale”.

Entre todas as coincidências, assim como Rômulo, Luiz também estudou em uma Fundação (Salvador Arena), mas sem o lado obscuro de Zoé. “A Fundação proporciona ensino de ponta de graça e com matérias além da escola, como cerâmica, agricultura e esportes”, lembra o ator.

O rapaz cita como inspiração também o próprio elenco da trama, com destaque para Sophie Charlotte, que de acordo com ele, sempre dá dicas e o acolhe. “No geral, todos os profissionais envolvidos estão sendo importantes para esse processo, a dedicação e parceria de cada, me ajuda a dar o meu melhor”.

Primeiros passos e a vida no esporte

Com 22 anos, Luiz Fortes completa 6 anos oficialmente na carreira artística. Campeão paulista de vôlei e tendo participado de categorias de base de futebol, o atleta tinha a atuação presente em trabalhos da escola e vídeos por lazer. “O esporte foi um dos elementos mais importantes da minha vida. Hoje muito do que sou e busco é consequência de 18 anos da prática em várias modalidades”, conta o ator.

Modelo aos 16 anos, começou a conciliar a carreira artística aos estudos e esportes. Foi quando iniciou seus primeiros 5 anos intensivos de espetáculos, oficinas de teatro e a tradicional formação na Escola de Atores Wolf Maya. Entre testes e self tapes, teve seu primeiro contato com a Globo nos testes de ‘Malhação’, onde teve a oportunidade de ser visto por produtores como Felipe Aguiar, que o impulsionou para a emissora.

A partir desse momento, passou a fazer oficinas e workshops da Globo para descobrir novos talentos. “Em 2022, fiz a ‘Potencializa’ organizada por produtores como Chico Accioly e Lauro Macedo e fui visto pela maravilhosa Dani Pereira, que está produzindo o elenco de ‘Todas as Flores’”, conta, sobre como entrou para a novela.

Um grande futuro pela frente

Honrando suas raízes, os anseios de Fortes para o futuro vão muito além do profissional. O ator quer carregar a bandeira da representatividade e ser inspiração para quem também sonha em chegar lá. “Meu objetivo é ser um farol para aqueles que estão por vir”, afirma.

Profissionalmente, a diversidade é o que chama atenção de Luiz, que afirma desejar papéis variados que possam ser fonte de estudo e inspiração para quem ainda não tem oportunidades, e cita alguns ícones que cumpriram esse posto em sua jornada:

“Durante esse tempo de luta para ter uma chance, o que me manteve de pé foi ver os trabalhos de pessoas pretas e ter a esperança que teria espaço para mim. Viola Davis, Taís Araújo, Denzel Washington, Lázaro Ramos, Djonga, Emicida e outros grandes artistas, me comprovaram durante esse tempo que para nós nem o céu é o limite. Hoje posso ver e ser uma prova disso”, finaliza.

Talento de Dell Santhos

Luiz Fortes é empresariado por Dell Santhos, da agência Sagarana. Idealizada em 1996 na cidade de São Paulo e dirigida por Dell, a empresa é responsável pelo lançamento e gerenciamento, formação e divulgação de novos talentos em diferentes áreas como televisão, cinema, streaming, teatro e publicidade. Importantes nomes da nossa dramaturgia já foram lançados por Dell, como Gabriel Santana, Arianne Botelho, Bruna Mascarenhas, Ronñy Kriwat, Victoria Rossetti, Lucas Leto, Felipe Velozo, entre outros.

Luiz Fortes nas Redes

https://instagram.com/luiz_fortees

Related posts

A Netflix planeja centrar a quarta temporada de sua série antológica “Monster”, criada por Ryan Murphy, no famoso caso criminal de Lizzie Borden de 1892. As filmagens devem começar no outono próximo, mesmo com a terceira temporada, que traz Charlie Hunnam interpretando Ed Gein, ainda aguardando estreia. O Duplo Homicídio de Fall River Em 4 de agosto de 1892, a tranquila cidade de Fall River, Massachusetts, foi abalada por um crime brutal que marcaria para sempre a história americana. Andrew Borden e sua segunda esposa, Abby, foram assassinados a golpes de machado em sua própria residência. Andrew sofreu entre 10 e 11 golpes fatais que desfiguraram completamente seu rosto, enquanto Abby recebeu aproximadamente 19 golpes cerca de 90 minutos antes. O crime chocou a comunidade local, especialmente considerando que Andrew era um empresário próspero, embora conhecido por seu temperamento rigoroso e avarento. Lizzie Borden, de 32 anos e filha de Andrew de seu primeiro casamento, descobriu o corpo do pai por volta das 11h15 da manhã. Desesperada, ela chamou a empregada doméstica, Bridget Sullivan, gritando: “Maggie, desça imediatamente! Venha rápido; papai está morto; alguém entrou e o matou!” A investigação posterior revelou diversas evidências suspeitas. Os detetives encontraram um machado no porão da residência que parecia ter sido deliberadamente limpo e depois coberto com poeira para simular desuso. Nos dias seguintes ao crime, Lizzie foi vista queimando um vestido, alegando que estava manchado de tinta. Este caso inspirou a famosa cantiga infantil: “Lizzie Borden pegou um machado e deu quarenta machadadas na mãe…” Apesar de ter sido presa e julgada pelos assassinatos em 1893, ela foi absolvida devido à falta de evidências conclusivas e falhas processuais, incluindo a incompetência da polícia local em coletar adequadamente impressões digitais da arma do crime. O caso permanece oficialmente sem solução, embora Lizzie continue sendo a principal suspeita. O Império do True Crime de Ryan Murphy Ryan Murphy estabeleceu-se como uma força dominante no gênero de crimes reais através de duas séries antológicas de grande sucesso. Sua primeira incursão no formato foi “American Crime Story”, que estreou em 2016 com “The People v. O.J. Simpson”, considerada por muitos críticos como seu trabalho mais refinado no gênero, devido à sua abordagem sutil de um caso amplamente midiatizado. Após esse sucesso inicial, Murphy e o co-criador Ian Brennan lançaram “Monster” na Netflix em 2022, iniciando com “The Jeffrey Dahmer Story”, estrelada por Evan Peters. A série tornou-se um fenômeno de audiência, alcançando 1 bilhão de horas assistidas em apenas 60 dias e se tornando a terceira série em inglês mais popular da plataforma na época. A antologia continuou com “The Lyle and Erik Menendez Story” (2024), com Javier Bardem e Chloë Sevigny como os pais assassinados, e Nicholas Alexander Chavez e Cooper Koch interpretando os irmãos. A terceira temporada, intitulada “The Original Monster”, apresentará Charlie Hunnam como Ed Gein. As produções de Murphy no gênero true crime têm recebido tanto aclamação crítica quanto sucesso comercial, com “The Jeffrey Dahmer Story” conquistando quatro indicações ao Globo de Ouro e seis indicações ao Emmy, incluindo vitórias para Evan Peters (Globo de Ouro de Melhor Ator) e Niecy Nash (Emmy de Melhor Atriz Coadjunte). Absolvição Controversa O julgamento de Lizzie Borden teve início em 5 de junho de 1893 e durou pouco mais de duas semanas, tornando-se um dos casos criminais mais amplamente cobertos pela mídia da época. Apesar das fortes evidências circunstanciais contra ela, a defesa de Borden conseguiu uma vitória crucial quando o painel de três juízes considerou inadmissível seu depoimento durante o inquérito inicial – repleto de contradições e alegações implausíveis – determinando que ela havia sido efetivamente tratada como prisioneira durante o interrogatório, sem as devidas advertências constitucionais. As instruções do juiz Dewey ao júri favoreceram claramente Borden, enfatizando a dependência da acusação em provas circunstanciais e descartando suas declarações inconsistentes como “compreensíveis dadas as circunstâncias traumáticas”. Após deliberar por menos de uma hora, o júri retornou com um veredicto de inocente em 20 de junho de 1893. Grupos de mulheres defenderam Borden durante todo o processo, especialmente a União Cristã Feminina de Temperança e ativistas sufragistas, que protestaram argumentando que ela não seria julgada por um verdadeiro júri de seus pares, já que mulheres não podiam servir em júris na época. Embora legalmente exonerada, Borden permaneceu sob suspeita pública, com historiadores continuando a especular sobre teorias alternativas, incluindo a possibilidade de que sua irmã Emma tenha cometido os assassinatos ou contratado um assassino – cenários que os promotores não exploraram completamente durante o julgamento.

Terceira temporada de “Round 6” quebra recordes com mais de 100 milhões de visualizações em apenas 10 dias

Alex Moczy interpreta judeu tessalonicense em “Paulo, o Apóstolo”