Fernanda Santanna presta homenagem a Elis Regina em show no Dolores Club

Fernanda Santanna

Nos 40 anos de sua morte, Elis Regina ganha uma bela e sensível homenagem da cantora Fernanda Santanna. Na quinta-feira, 16 de junho, às 21h, ela apresenta o show “Saudade do Brasil”, no Dolores Club, nova casa de música da Lapa dedicada ao jazz, à MPB e à Bossa Nova. O repertório estará repleto de canções que fizeram sucesso na voz da Pimentinha.

Para a artista, homenagear Elis é brindar à música brasileira e reviver capítulos importantes da nossa história. É um convite para cantar, se emocionar e lembrar memoráveis interpretações. É impossível, afinal, falar de música sem citar o impacto e a importância de Elis. “Saudade do Brasil” é o título de seu penúltimo álbum gravado em vida, e, no show, Fernanda traçará um paralelo entre aquele momento e os dias atuais.

O repertório inclui grandes compositores, como Milton Nascimento, João Bosco, Aldir Blanc, Belchior e Ivan Lins. Entre as canções, foram selecionadas “Maria Maria”, “Como nossos pais”, “O bêbado e a equilibrista”, “Aos nossos filhos” e “Onze fitas”, entre outros clássicos.

Fernanda estará aompanhada pelos músicos: Will Magalhães (guitarra), Cassius Theperson (bateria) e Edu Simões (baixo). A direção musical é de Will Magalhães. A direção artística está a cargo de César Marquez.

Dolores Club

Inaugurado em maio, o Dolores Club é o novo espaço de música do Grupo Scenarium. O nome que batiza o local é uma homenagem a todas as artistas que marcaram diferentes épocas. À frente do estabelecimento estão os empresários Plínio Fróes, um dos principais articuladores da revitalização da Lapa nos anos 90, e Nelson Torzecki.

O espaço, onde décadas atrás funcionou a gafieira Humaitá Atlético Clube, foi reformado em 2002 e guarda a aura de outra grande artista brasileira, a cantora Emilinha Borba, que se apresentou no local e cujo retrato emoldurava uma das paredes. Para o novo empreendimento, Fróes investiu numa decoração temática. Cartões-postais românticos antigos e capas de disco da Bossa Nova agora fazem parte da ambientação. O espaço conta também com um armário art déco, usado em navios, com roupas de Emilinha Borba e da cantora Adelaide Chiozzo. Os vestuários foram cedidos anos atrás ao Rio Scenarium, mas nunca foram expostos.

No lounge, a grande atração é um piano de cauda adquirido da mansão da Urca de Abrahm Jabour, um dos maiores exportadores de café do mundo nos anos 50. O instrumento foi muito utilizado em apresentações de Elis Regina durante os famosos saraus organizados no local. Para que se possa admirar a beleza de seu mecanismo, ele conta com um tampo de vidro e iluminação interna.

Gastronomia

No Dolores Club, a gastronomia também acompanha o clima da era de ouro do jazz O cardápio inclui quatro pratos típicos das culinárias Creoula e Cajun, servidas em New Orleans, nos Estados Unidos, cidade onde o jazz nasceu. Mas todos foram adaptados aos costumes e ao paladar dos brasileiros. Um deles é o Jambalaya a Dolores (R$ 69), uma paelha de frutos do mar com acento Cajun. Outra opção é o La Creole à Billie Holiday (R$ 63), um filé de peixe marinado na cachaça envelhecida com limão galego grelhado ao molho cremoso de caju. É servido com arroz molhado com polpa de tomates frescos, mini cubinhos de legumes frescos temperados e levemente apimentados. Tem ainda o Colombo a Peggy Lee (R$ 59), um picadinho ao molho Cabernet, servido com arroz branco, ovo poché, farofinha de sementes, banana assada e batatas fritas rústicas na manteiga de estragão. Por fim, a Pasta Manhatan (R$ 42) é um rigatone à putanesca com acento cajun.

Para os veganos, as opções são: Biryani de cogumelos (R$ 43), uma caponata de legumes no forno ao azeite extravirgem, batatas em lâminas salteadas com alho-poró aos três cogumelos (shiitake, shimeji e Paris) laminados. Servido com farofinha com crocantes de amendoim. E Salada Nara Leão (R$ 41) – Salada da casa com tirinhas grelhadas de peito de frango, alface americana, rúcula, tomate-cereja, palmito, tirinhas de manga, lascas de parmesão e crouton.

Para quem desejar petiscar, as opções são: Accras à New Orleans (R$ 60) – lâminas de bacalhau empanadas com salsinha, cebolinha e tabasco green. Tartar de salmão à New Jersey (R$ 63) – Tartar de salmão com cream cheese e cebolinha. Catibias à brasileira (R$ 37) – Oito unidades de croquetinhos de carne com tempero creole ao gorgonzola empanados com panko. Pastelitos San Diego (R$ 39) – Mini pastéis de camarão ao catupiry 8uni. Bruschetta Veneta (R$ 35) – Seis unidades das tradicionais brusquetas italianas com a influência da cozinha de New Orleans. Batatas Fritas Rústicas (R$ 35) – batatas com páprica e pepper. De sobremesa, a casa oferece srudel de maçã com sorvete de nata (R$ 23), sorvete de queijo com goiabada (R$ 22) e torta mousse com sorvete (R$ 23).

O ambiente tem, ainda, um clube de uísque dedicado aos apreciadores da bebida. Numa antiga vitrine de farmácia dos anos 1900, ficam expostas garrafas de 12, 15 e 18 anos. O cliente poderá comprar uma delas, deixá-la guardada na casa e continuar bebendo em outros dias. A garrafa será identificada com o nome do dono.

Com 450m² e capacidade para 120 pessoas, o Dolores Club abre às 19h. Os shows começam às 21h. Quem quiser, pode esticar a noite no Rio Scenarium, por meio de acesso interno. O ingresso custa R$ 30, pelo Lets.Events (https://lets.events/e/saudade-do-brasil-fernanda-santanna). Na hora, R$ 50.

Para consolidar o novo espaço, os sócios Plínio Fróes e Nelson Torzecki convidaram Mônica Silva, CEO do Palcos do Rio, para ser a produtora musical do Dolores Club. Ela, que também é filha de uma Dolores, é parceira do projeto e convidará artistas para shows memoráveis.

SERVIÇO:

Dolores Club
Rua do Lavradio, 10, Lapa, Rio de Janeiro.

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