Uma das mais relevantes vozes sobre a diversidade na internet, a atriz e influenciadora Gabriela Loran, de 30 anos, se prepara para mais uma estreia. Ela viverá a jornalista Lucrécia na série “Novela”, nova atração do Amazon Prime, e que estará disponível a partir de 28 de julho na plataforma de streaming. Na nova série da produtora Porta dos Fundos, Gabriela encarna uma jornalista especializada em fofoca e que comenta as cenas que estão no ar na tal novela do título, protagonizada por Mônica Iozzi. A produção conta ainda com Maria Bopp, Miguel Falabella e Luana Xavier no elenco.
“Gravar ‘Novela’ foi uma experiência incrível porque amo fazer humor e a Lucrécia tem um quê de jornalista e um quê de comediante. Também foi a primeira vez que fiz uma personagem que tinha um cenário só dela. Sem dúvidas, foi um presente”, conta.
Conhecida na internet por gerar conteúdo de humor, Gabriela Loran tem pela primeira vez a oportunidade de fazer rir também na ficção.
“Quando você está rodeada de um elenco que já trabalha com humor, você se sente mais solta. E eu tive a chance de contracenar com pessoas maravilhosas: Miguel Falabella, Mônica Iozzi, Maria Bopp, entre muitos outros. Eles me deixaram muito à vontade para construir a minha personagem e os meus bordões”, diz a atriz, que não vê a hora de fazer mais humor na ficção: “Eu amo fazer comédia, mas justamente essa comédia inteligente, acompanhada de crítica”.
Nascida e criada em São Gonçalo, a atriz que acaba de viver a Luana em “Cara e Coragem”, novela das 19h da Rede Globo, e que atualmente está gravando a terceira temporada de “Arcanjo Renegado”, foi a primeira (e única) pessoa trans a viver uma personagem na novela “Malhação”, também da Rede Globo, em 2018.
Gabriela frisa, no entanto, a importância de não ser reduzida apenas a isso e como é fundamental valorizar a sua qualidade enquanto profissional de atuação, visto que Lucrécia, sua personagem, não tem qualquer relação com a transgeneridade.
“Eu sou formada em Artes Cênicas, tenho um repertório, novelas, filmes, uma bagagem de atuação. Acho que é importante, sim, que nós, mulheres trans, sejamos escaladas para qualquer tipo de personagem, porque isso faz com que sejamos “desestigmatizadas”. Nós somos muito mais que isso”, diz a artista.
Vivendo cada vez mais projetos na TV e no streaming, Gabriela Loran, agora, sonha com um papel de protagonista:
“Estou preparada e se o Brasil não estiver, o problema é dele. Porque nós, pessoas trans, estamos preparadas para esse protagonismo, sim! E esse protagonismo precisa acontecer o mais rápido possível, porque é justamente o que vai contrapor todo esse preconceito”, conclui.
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