O show “Ginga Tropical” está de cara nova. O espetáculo, que há quase doze anos está em cartaz retratando o que há de melhor dos ritmos e do folclore brasileiro, acaba de estrear sua nova temporada no Teatro Fashion Mall e permanecerá em cartaz todas as terças, quintas e sábados, às 21h.
O show é o resultado das pesquisas de Rose Oliveira, empreendedora cultural que não apenas idealizou a apresentação, mas também é a responsável pelo roteiro e direção do projeto. Mulher preta, apaixonada pela cultura brasileira, ela vê o “Ginga Tropical” como um grande retrato do Brasil, em toda a sua essência.
“Ao longo desses 11 anos, o Ginga foi se tornando um case de sucesso, não só para mim, como para todos os que estão envolvidos no projeto. Ele, de fato, foi o combustível que me manteve de pé diante de tantas adversidades, e elas não foram poucas. Esse ‘filho’ é resultado de um estudo profundo, de uma pesquisa de roteiro pautada em Darcy Ribeiro, na formação do povo brasileiro e da nossa riqueza cultural. Mais do que isso, somamos toda a minha vivência de anos viajando pelo mundo, assistindo espetáculos culturais, para montar um show que marcasse a memória afetiva de quem o visse. Talvez sejam esses os ingredientes que fazem com que ele esteja há tanto tempo em cartaz”, diz Rose, que atuou como comissária de voos internacionais, por décadas.
Nesta nova temporada, o Ginga Tropical faz uma viagem aos ritmos brasileiros. A interatividade com o público, marca registrada do show, é conduzida pelos 24 bailarinos coreografados por Jeane Pernambuco e Paulo Cristo e pelos 10 músicos que apresentam, ao vivo, a trilha sonora da apresentação de 80 minutos.
“Nossa proposta é fazer com que o público participe de forma espontânea porque o nosso corpo dança de forma natural. Durante o show, a gente passa pela formação do povo brasileiro e mostra todo esse legado que herdamos dos africanos, indígenas e europeus que habitaram as diferentes regiões do país. Essa miscelânea cultural, forjou a nossa diversidade. Isso é o Brasil”, conta Rose.
Residente do Teatro Fashion Mall desde 2022, Ginga Tropical tem direção musical do maestro Jorge Cardoso. Os ingressos podem ser adquiridos de forma online ou diretamente na bilheteria do teatro, com valores a partir de R$140. A classificação etária é livre.
Serviço:
Ginga Tropical – Nova temporada
- Sala Mauro Mendonça
- Apresentações: Terças, quintas e sábados
- Horário: 21h30
- Local: Teatro Fashion Mall
- Classificação: Livre
- Duração: 80 minutos
- Valor: A partir de R$140
- Ingressos: https://bileto.sympla.com.br/event/88604/d/282349/s/1930573
- Informações : (21) 99857-8677
“A Palavra que Resta”, da Cia Atores de Laura, estreia no Teatro UFF no dia 4 de abril para curta temporada

A palavra que resta – Foto de Carolina Spork
As dores e os dilemas de um homem que precisou ocultar a própria sexualidade por décadas, para sobreviver em meio a uma sociedade provinciana e heteronormativa, são levadas para o palco em “A Palavra que Resta”, versão para o teatro do premiado livro do escritor cearense Stênio Gardel — vencedor do National Book Awards na categoria literatura traduzida —, que estreia no dia 4 de abril em Niterói, no Teatro da UFF, após duas bem-sucedidas temporadas no Teatro Correios Léa Garcia e Teatro Laura Alvim, no Rio. Sob a direção de Daniel Herz, a peça está indicada ao 19º Prêmio APTR nas categorias Direção (Daniel Herz) e Atriz em Papel Coadjuvante (Valéria Barcellos).
O potente romance de estreia de Gardel percorre os conflitos familiares do protagonista, Raimundo Gaudêncio de Freitas, e as relações que ele estabeleceu depois de fugir de casa e cair na estrada, bem como as catarses e ressignificações impostas pelo destino. A encenação de Herz, que também assina a adaptação, inova na condução das vozes dos personagens: os seis atores em cena se revezam em todos os papéis. O espetáculo da Cia Atores de Laura, que celebra 32 anos de existência, traz no elenco Ana Paula Secco, Charles Fricks, Leandro Castilho, Paulo Hamilton e Verônica Reis — e a atriz convidada Valéria Barcellos.
“Somos todos Raimundo. Tem uma roupa base do Raimundo, que é um macacão — entre os figurinos lindos que o Wanderley (Gomes) criou. Temos aqui uma pluralidade. Quando trabalhei na adaptação já fiz as divisões todas. Existe uma unidade em todos que o interpretam: a angústia. Raimundo experimenta a vida para poder adquirir coragem para vivê-la. Ele tem dificuldade de reconhecer o seu desejo, esconde a homossexualidade, tenta gostar de mulher, finge, trabalha com caminhoneiros, procura se proteger em meio a uma sociedade heteronormativa”, conta Daniel Herz. “A forma com a qual Stênio conta essa história e a descreve com suas palavras e metáforas é tocante, profunda. Há uma beleza na tragicidade”, observa o ator Paulo Hamilton.
Nascido no sertão nordestino, Raimundo trabalha desde cedo na roça e não teve a oportunidade de ir à escola. Durante a fase de descoberta do sexo, na juventude, apaixona-se pelo melhor amigo, Cícero. Após serem flagrados juntos, são demonizados e separados pelas duas famílias. “Raimundo é chicoteado pelo pai e a mãe faz ainda pior: o coloca para fora de casa, contrariando o senso comum de que as mães são mais acolhedoras. Como somos uma companhia, e teatro é brincar de ser outro, o nosso rodízio exige uma atividade cerebral do público, até porque a história vai e volta no tempo”, continua Herz. “Desta forma, o revezamento ganha também uma agilidade que a trama precisa ter em cena”, acrescenta a atriz Verônica Reis.
Para o ator Charles Fricks, essa dinâmica cênica proposta pelo diretor humaniza a todos. “Podemos ser tanto o que oprime como o que é oprimido. Podemos ser a mão que afaga como também a que chicoteia, em nome de Deus. É importante contar histórias como essa: as pessoas precisam saber que não estão sozinhas no mundo”, avalia Fricks.
Nesse caminho de pedras, Raimundo conhece o acolhimento justamente ao desenvolver uma amizade com uma mulher trans, vivida por Valéria Barcellos, e também por Verônica Reis e Ana Paula Secco. “Ele é transfóbico inicialmente, mas se permite se aproximar dessa pessoa. Tenho muito em comum com a Susany: já fui agredida assim como ela – inclusive. Mas nunca lancei mão da prostituição”, conta Valéria. “Acredito que a mensagem que fica é: não tenha medo de se aproximar, permita-se olhar para o outro, mas não por cima do muro. Convide-o para tomar um café. Saia dessa superficialidade”, propõe.
“Infelizmente, ainda vivemos em meio a uma sociedade homofóbica e racista. O que mais me encantou nesta obra do Stênio é que ela fala de pessoas à margem da sociedade, da ideia de que a diferença produz o medo que, por sua vez, acaba levando ao ódio. Fiquei muito arrebatado ao ler o livro. Se o espetáculo mostrar quanta dor desnecessária a gente produz na sociedade, se a gente tivesse mais empatia para lidar com o outro, já valeu”, torce o diretor Daniel Herz.
Ficha técnica
- Texto original: Stênio Gardel
- Adaptação e direção: Daniel Herz
- Com: Ana Paula Secco, Charles Fricks, Leandro Castilho, Paulo Hamilton, Valéria Barcellos e Verônica Reis
- Cenário e figurinos: Wanderley Gomes
- Iluminação: Aurélio de Simoni
- Trilha sonora: Leandro Castilho
- Programação visual: Luciano Cian
- Direção de Produção: CultConsult Produções e Escudero Produções
- Produção executiva: Clarah Borges
- Realização: Cia Atores de Laura
- Assessoria de imprensa: Dobbs Scarpa
Serviço
- Teatro da UFF. Rua Miguel de Frias 9, Icaraí, Niterói. Ipanema.
- De 4 a 13 de abril.
- Sexta e sabado, às 20h. Domingo, às 19h. 14 anos. 100 min.
- R$ 60,00 (inteira) / R$ 30,00 (meia)
- Ingressos: https://www.guicheweb.com.br/pesquisa/palavra%20que%20resta
“Optchá!”: Espetáculo une circo e tradição cigana em São João de Meriti

Optchá!
No próximo dia 5 de abril, sábado, às 18h, o Teatro Sesc São João de Meriti recebe o espetáculo “Optchá!”, uma vibrante celebração da cultura cigana por meio da arte circense. Com classificação livre e ingressos a preços populares, a apresentação promete emocionar o público de todas as idades, combinando beleza estética, habilidade técnica e uma narrativa comprometida com a diversidade cultural e o combate a estereótipos.
Com direção geral de Lino Rocca e direção dos números circenses e coreografias de Vânia Santos, o espetáculo conduz o público à rotina de um acampamento cigano, explorando uma narrativa poética e crítica sobre a trajetória desse povo nômade e resistente. A montagem conta com performances de malabarismo, acrobacias, chicote, contorcionismo, mágicas, palhaçaria, dança cigana e canto, compondo uma experiência sensorial e imersiva.
“A proposta de Optchá! é proporcionar ao público não só entretenimento, mas também reflexão. Por meio da arte, queremos promover o respeito às diferenças e valorizar culturas historicamente marginalizadas como a cigana”, explica Adriano Sampaio Evangelista, o Didi, produtor cultural e artista da Turma em Cena.
A cenografia e os figurinos são assinados por Marcelo Viégas e Vânia Santos, enquanto a trilha sonora original é de Chiquinho Rota, que mescla ritmos tradicionais ciganos à música circense contemporânea. No elenco, além de Didi, estão os artistas Patrick Carvalho (contorcionismo e duo acrobático), Daniel Carrizo (malabares e adágio), Adailzo Amorim (malabares e adágio) e Vânia Santos (danças ciganas e duo acrobático).
A apresentação faz parte da Convocatória Sesc RJ Pulsar – Baixada em Foco, uma importante iniciativa para valorização da produção cultural da região. O espetáculo é uma realização da Turma Em Cena Produções Culturais, de Itaguaí, e do CETA – Centro Experimental de Teatro e Artes, de Nova Iguaçu.
Serviço:
- Data: Sábado, 05 de abril de 2025
- Horário: 18h
- Local: Teatro Sesc São João de Meriti – Av. Automóvel Clube, 66 – Centro, São João de Meriti
- Entrada: R$ 15 (inteira)
- R$ 7,50 (meia – estudantes, professores, classe artística e conveniados)
- R$ 5 (comerciários e dependentes)
- Gratuito para participantes do Programa de Comprometimento e Gratuidade (PCG)
- Classificação: Livre
- Mais informações: turmaemcena.art.br
“Ciclo da Vida – O Musical”: Uma adaptação do filme “O Rei Leão”, estreia no Teatro Miguel Falabella

Rei Leão – Foto: Luis Guilherme Nunes
A história acompanha o crescimento do jovem Leão, destinado a se tornar o rei da selva e assumir o lugar de seu pai. Apesar dos muitos ensinamentos que o pai transmitiu ao filho, o jovem príncipe acabou caindo em uma armadilha criada por seu tio, o que ocasionou a morte de seu pai. Sentindo-se culpado, o pequeno leão foge para terras distantes e deixa o trono livre para seu tio. O que será que pode acontecer com este pequeno leãozinho? Descubra na peça o Ciclo da Vida – O musical.
Serviço
- Local: Teatro Miguel Falabella (Norte Shopping) – Av. Dom Hélder Câmara, 5332 – Cachambi.
- Datas: Dias 05,06, 12 e 13 de Abril às 17 Horas
- Classificação: Livre
Ficha Técnica:
- Produção – Perfeito, Alegre e Forte Produções
- Adaptação e Direção – Yuri Goldenberg
- Assistente de Direção – Saint-Clair de Castro
- Produção Executiva – Jessyca Medeiros
Ingressos:
Inteira: R$ 70,00
Meia: R$ 35,00