Isabella Taviani faz show no SESC de Nova Iguaçu, cantando seus grandes sucessos de 20 anos de carreira

Isabella Taviani - Foto: Vinicius Mochizuki

“Mesmo se fosse uma estrela no céu”. A frase tantas vezes entoada por Isabella Taviani e seus milhares de fãs é praticamente a tradução poética da realidade atual da cantora e compositora carioca. Comemorando 20 anos de carreira fonográfica, Isabella tem voado muito pelo céu do Brasil para dar conta das tantas paradas da turnê ‘Isabella Taviani: voz e violão’, iniciada em julho de 2023 como parte da comemoração por essas duas décadas de muitos hits. Percorrendo o país de modo abrangente, Isabella conta sobre a escolha da configuração do atual show e como tem sido a aceitação do público nesta turnê.

“Gosto muito do formato voz e violão porque me dá liberdade e me lembra o início da minha carreira, quando cantava nos bares. Foi dessa forma que sempre me conectei com plateias diversas, fico ainda mais próxima às pessoas – é um show com minha voz e um violão. É a artista, suas canções e a conexão que tem com o seu público. E tem sido incrível”, anima-se Isabella que, neste momento de rever sua trajetória, se depara com as emoções que vêm com ela, como um encontro com Paulinho Moska em 2003, época em que começou a gravar. Na ocasião, o querido amigo lhe desejou sorte e que ela permanecesse no mercado, o que tem sido lei e norte para Isabella.

“Fazer sucesso no início de carreira e explodir com algumas canções é uma coisa. Mas permanecer e se tornar uma artista ativa, tendo um grande número de fãs e casas noturnas cheias, é outra. E isso tem um valor inestimável pra mim. Acho que em 20 anos eu amadureci. As críticas não me incomodam como no passado. Hoje, o mais importante é manter a conexão que eu tenho com o público, conseguir me renovar artisticamente e permanecer fiel àquilo que eu sempre tive desde o início da carreira, que é a minha verdade. Com ela eu canto, componho, me apresento e me conecto com meus fãs’”, pondera Taviani, que se prepara para lançar um single e uma session de áudio e vídeo, ambos neste ano.

São 20 anos de carreira fonográfica mas, ela deixa claro, começou a cantar nos primeiros bares aos 18 anos. As composições próprias surgiram por volta de 1998, 1999, numa época de incertezas e do fim de um relacionamento de 15 anos. Aquele período, em que sentiu a necessidade de expressar seus sentimentos, a direcionou para o que sempre quis: compor, cantar e emocionar as pessoas, fazendo com que tanta gente venha se identificando com suas letras e melodias. E neste público tão diverso não poderia faltar uma grande parcela LGBTQIAPN+, comunidade da qual faz parte. Mas Isabella confessa que, embora sempre tenha composto músicas pensando em suas vivências e histórias, não imaginava que a identificação por parte deste público fosse tão grande. E teve uma grata surpresa ao receber uma mensagem no seu Instagram sobre o Dia da Visibilidade Lésbica.

‘’Achei muito interessante porque muitas pessoas estavam ali me aplaudindo e ao meu trabalho, e teve uma menina que falou ‘Meu Deus que mulher é essa, que cantora maravilhosa é essa que eu não conhecia?’, ao que uma outra respondeu ‘Amore, é a Isabella Taviani, foi a primeira a cantar o universo lésbico da forma mais incrível do mundo. Ela que me abriu os olhos para meus sentimentos, onde eu realmente me situava, o que eu queria da minha vida. Ela foi tipo o mito sexual de um monte de lésbicas’”, surpreendeu-se Isabella que, num show recente, conheceu duas meninas que tatuaram o código do Spotify da música “A Canção que Faltava”, música que se tornou a canção do casal. “É muito amor, e isso é maravilhoso!”, entusiasma-se a artista.

ALÉM DA MÚSICA

Filha de mãe baiana e pai potiguar, a carioca Isabella herdou deles o gosto pelas raízes, alimentadas por visitas a Natal e Salvador, onde tem família, sempre que a agenda permite. E herdou também a musicalidade. A mãe é professora de piano e de música. Com o pai, aprendeu a gostar das canções românticas italianas, com as quais, quando criança, era acordada por ele aos sábados. O sobrenome artístico Taviani não veio por acaso: com o avô materno conheceu as óperas e a música clássica, esta última a variedade que a artista adora escutar quando vai compor.

Mas Isabella Taviani tem outras grandes paixões, como a família e o Botafogo, seu time do coração. Do clube recebeu, em 2011, o Prêmio Mulher Alvinegra, ao lado de Beth Carvalho e da ex-jogadora de vôlei Ana Richa. No mesmo ano, conheceu a esposa, a médica e também cantora Myllena Varginha, com quem se casou em 2018 no Teatro Riachuelo, no Rio de Janeiro. Elas se conheceram no avião, indo para Manaus fazer show. Com 12 anos de casada, Isabella fala com muito carinho da companheira. “Estou muito feliz e tenho certeza de que nosso casamento inspira muita gente. Eu acho lindo isso. E adoro que seja assim”, confessa Taviani.

A maternidade tornou-se outro motivo de orgulho, amor e alegria com a chegada dos gêmeos Estevão e Ignácio em 08 de setembro de 2019, um mês antes de Isabella completar 51 anos. O que pouca gente sabe é que a cantora, que adora se jogar no chão para brincar com as crianças, também cultiva o lado sério da mãe exigente, que sabe cobrar e impor limites – e que se derrete ao falar de suas crias. “Eles estão com quatro anos e são uma benção na minha vida, que mudou completamente e pra melhor. Hoje me sinto uma pessoa muito mais empoderada e com uma responsabilidade tão grande que faz as coisas caminharem”, pontua a cantora que, até a turnê atual, viveu plenamente sua maternidade, ficando com os filhos em tempo integral. Agora, concilia a maternidade com a turnê pelo país.

“Tem sido difícil, mas estamos enfrentando isso bem. Eu costumo dizer pra eles que a mamãe tá fazendo o que precisa pra se sentir feliz. A mamãe precisa trabalhar, ganhar o dinheiro pra comprar as nossas coisas, e também precisa do público dela, dessa alegria da vida dela. O trabalho te dignifica e te faz feliz. E tem que ser assim. Eu sou uma pessoa privilegiada de fazer o que eu amo e de ter sucesso com aquilo que eu escolhi fazer”, conclui.

DISCOGRAFIA

Isabella Taviani tem formação em canto lírico, mas sempre soube que o seu caminho era a MPB. O primeiro álbum, “Isabella Taviani”, veio em 2003, pela Greensongs. Depois vieram mais sete: “Isabella Taviani Ao Vivo” (Universal Music), 2005; “Diga Sim” (Universal Music), 2007; “Meu Coração Não Quer Viver Batendo Devagar” (Universal Music), 2009; “Eu Raio X” (IT Produções), 2011; “Eu Raio X Ao Vivo” (IT Produções / Coqueiro Verde), “Carpenters Avenue” (IT Produções / Coqueiro Verde), 2016; e “A Máquina do Tempo” (IT Produções), 2020. A cantora e compositora é responsável por sucessos como “A canção que faltava” (trilha sonora da novela “Flor Do Caribe”), “Presente-Passado” (trilha sonora da novela “Viver a Vida”), “Luxúria” (trilha sonora da novela “Os Sete Pecados”), e ainda as releituras “Ária Paulistana” (trilha sonora da série “Um só coração”), “Viramundo” (trilha sonora da minissérie “Amazônia”), “Sob Medida” (trilha sonora da novela “Caminho das Índias”), “Close To You” (trilha sonora da novela “Haja Coração”). Além de canções que já se tornaram clássicos e receberam regravações, como “Digitais”, “Diga sim pra mim”, entre muitas outras.

SERVIÇO:

  • Data: 08 de novembro
  • Horário: 20h
  • Local:  Sesc Nova Iguaçu
  • Endereço: Rua Dom Adriano Hipolito, 10 – Moqueta
  • Classificação Indicativa: 12 anos (menores apenas acompanhados de pais ou responsáveis)
  • Ingressos:
  • R$10 (inteira)
  • R$ 5 (meia)
  • Gratuito ( credencial Sesc e PCG)
  • Instagram: @isabellatavianioficial

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