Jazz Carlota Portella apresenta projeto social Adote 1 Bailarina

Jazz Carlota Portella - Foto Chris Martins

Com mais de 40 anos de estrada, a escola de dança Jazz Carlota Portella está lançando o projeto “Adote 1 bailarina”, que possibilita a pessoas físicas ou jurídicas apoiarem alunos com potencial, por meio de bolsas de estudos no JCP. A proposta é levar a dança a quem não pode pagar. No pacote está incluído aulas duas vezes por semana e mais a participação na apresentação de fim de ano, com o figurino já incluído.  Não há limite de idade para participar, mas é importante que os candidatos comprovem não ter condições de manter a aulas para concorrer à bolsa, que poderá ser dividida por até quatro pessoas.  A ideia surgiu a partir da demanda de pessoas interessadas em aprender e se qualificar profissionalmente na dança.

 – Sempre recebi muitos pedidos, de gente que tinha talento para a dança, mas não tinha como pagar as aulas. Às vezes conseguia ajudar, mas vi que a demanda vem crescendo e decidi criar o Adote 1 bailarina, que já está tendo um bom retorno – afirma Thereza Mascotte, diretora da academia.

O projeto vem sendo montado desde o começo do ano. Primeiro, a diretora fez audições em algumas escolas, de onde selecionou 25 jovens com potencial, que foram anunciados em maio. Deste total, seis já foram adotados e o Adote 1 bailarina já conseguiu fechar uma parceira. Ex-aluna da academia, a dentista Charbelle David Chaves adotou o jovem David Lucas Rodrigues de 11 anos e também abraçou o projeto, oferecendo atendimento odontológico gratuito aos alunos.

– Eu adotei o Lucas por causa do preconceito que os rapazes sofrem no meio da dança. O projeto é importante para mostrar estes talentos que estão bem pertinho e a gente nem vê. É um trabalho de formiguinha, mas a gente tenta – afirma.

Morador da Rocinha, David Lucas participou da seleção para as aulas de street dance na Escola Municipal Shakespeare, onde estuda e está empolgado com a dança. “Ele chega em casa e já quer mostrar os passos que aprendeu”, comenta a mãe Carolina da Silva. Parceira de David nas aulas do JCP, Ana Luisa Teles, 13 anos, está descobrindo outros prazeres através da dança. “Minha filha teve crise de ansiedade durante a pandemia e se encontrou no street dance.  As aulas estão fazendo muito bem para a cabeça e o corpo dela,”- atesta a mãe Simone da Silva.

Para Thereza, o projeto só vai agregar, descobrindo e investindo em talentos que desejam se dedicar a esta arte. “Trabalhamos muito com a frase “Quem dança é mais feliz e sempre observamos o poder que ela tem de transformar a vida dos alunos e seus familiares”, conclui.

Sobre o Jazz Carlota Portella

O Jazz Carlota Portella foi criado pela coreógrafa em 1982 e segue funcionando no número 119, da rua Jardim Botânico. A escolha do endereço foi pensando que, diferentemente de outros bairros da Zona Sul, o Jardim Botânico não tinha nenhuma academia de dança na época. E deu certo: ao todo, mais de 10 mil pessoas passaram pelo JCP nestes 41 anos de atividades.

Entre bailarinos, coreógrafos e professores que passaram por lá, estão Fátima Bernardes e Claudia Mauro.  A jornalista chegou a participar, ao lado de sua filha Laura, dos espetáculos que marcam o final de ano da escola.  Já a atriz foi uma das primeiras alunas, que, aos 14 anos, vinha do Leblon para as aulas com sua “mestra querida”:

– Foi no Jazz Carlota Portella que aprendi a dançar pra valer. Tenho muitos amigos, histórias e lembranças daquela época incrível. Nos anos 1980, tinha aula com bateria, era o máximo! Amo a Carlota, passei ali uma parte inesquecível da minha vida, com ela – afirma a atriz, que frequenta o espaço até hoje.

Atualmente, a escola oferece aulas de balé clássico, jazz, street dance, sapateado, circo e alongamento, com turmas de crianças (a partir de três anos), adolescentes e adultos de diversos níveis.

Os 40 anos da JCP, em 2022, foi marcado pela como a pintura da fachada da casa – com grafite do artista Marcelo Ment – e o flash mob na Avenida Vieira Souto, em um domingo de sol que reuniu mais de 100 pessoas, o que surpreendeu os cariocas que passeavam no calçadão. “Foi muito natural, as pessoas começaram a olhar desconfiadas e depois curtiram muito. Tanto que, depois, tivemos que repetir, porque muita gente queria participar”. – lembra Thereza que, em 2023, no Dia Internacional do Jazz, no final de abril, reapresentou o flash mob  em frente à academia, no Posto Ipiranga.

Jazz Carlota Portella

Rua Jardim Botânico 119 – Jardim Botânico

Tel: 21.2539-0694 | WhatsApp: 21.99911-0221

@jazzcarlotaportella

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