Júlia Rabello, Maria Clara Gueiros e Priscila Castello Branco voltam em texto e direção de Fábio Porchat, Agora é Que São Elas

Agora É Que São Elas, foto Anderson Mendes

Para encenar AGORA É QUE SÃO ELAS, Porchat misturou textos recém-criados e outros que, apesar de escritos em 2004 e 2005, mantém conexão com a década de 2020. “É um humor de identificação, há pessoas que se reconhecem nos personagens ou conhecem alguém que se parece com eles. São encenações do dia-a-dia, situações que a gente passa, um comentário que eu achei divertido”, conta o diretor.

Na época da criação dos primeiros textos, Porchat era estudante da CAL (Casa das Artes de Laranjeiras), no Rio, e chegou a encenar alguns dos esquetes ao lado do saudoso colega Paulo Gustavo. “Foi muito lindo revisitar esses textos escritos há 20 anos, que eu fiz na escola pro meu colega Paulo Gustavo. E foi bom ver que esse material ainda é atual, funciona e é engraçado. Se estivermos conectados ao que acontece ao nosso redor, vamos entender o Brasil, os costumes e as pessoas que estão à nossa volta”, diz.

AS NOVE HISTÓRIAS

1. SUPERSTIÇÃO 

O reencontro de duas amigas depois de anos. Iara (Julia Rabello) acredita cegamente em todas as superstições, enquanto Amanda (Maria Clara Gueiros) é puro ceticismo.

2. BEBÊ BURRO

Um casal compara seu filho de 8 meses com os filhos de outras amigas, temendo que o próprio não seja o mais inteligente de todos. Com Julia Rabello (Pai) e Priscila Castello Branco (Mãe).

3. SELFIE

Uma fã (Maria Clara Gueiros) aborda uma famosa influencer (Priscilla Castello Branco). Enquanto tenta tirar uma foto, começa a listar defeitos na artista que supostamente admira.

4. SASILVA

Três amigas se encontram para mostrar umas às outras os resultados de suas cirurgias plásticas, feitas pelo mesmo cirugião, o Dr. Sá Silva. Com Julia Rabello, Priscila Castello Branco e Maria Clara Gueiros.

5. CONVERSA

Uma mãe (Maria Clara Gueiros), supostamente moderna e aberta, quer conversar com a filha adolescente (Priscila Castello Branco) sobre sexo, mas não dá conta das perguntas da menina, muito mais sabida do que ela imaginava.

6. MULHER MARAVILHA

Uma mulher (Maria Clara Gueiros) tem o celular roubado enquanto tirava uma selfie na rua. Para sua surpresa, a super-heroína Mulher Maravilha (Priscila Castello Branco) passa pelo local logo depois. A vítima lhe pede socorro, mas a heroína se recusa a ajudá-la, pois está sobrecarregada e exausta. Enumerando seus infinitos problemas, passa a tornar-se ela a vítima.

7. OTIMISTA

Dois amigos se encontram. Giba (Maria Clara Gueiros) é otimista ao extremo, passou pelas piores situações, até mesmo um braço amputado, mas vê o lado bom de tudo. Fabrício (Julia Rabello) não entende o amigo.

8. SEXO DE DOMINGO

Um casal entediado (Julia Rabello e Priscila Castello Branco) numa noite de domingo ouve os sons do sexo selvagem dos vizinhos (Maria Clara Gueiros, fora de cena) e, com inveja, começa a simular os próprios sons para disputar quem tem a transa mais quente.

9. ANJO

Um estranho anjo, o Anjo do Constrangimento (Julia Rabello), tem a missão de livrar as pessoas dos grandes constrangimentos… através da morte. É o que ela vai propor a Bebel (Maria Clara Gueiros), que comete gafe atrás de gafe com Cecilia (Priscila Castello Branco).

DIFERENTES GERAÇÕES DA COMÉDIA SE ENCONTRAM NO PALCO  

Júlia Rabello, Maria Clara Gueiros e Priscila Castello Branco, três atrizes de gerações distintas, despontaram para o público em diferentes veículos e ocasiões.

A carioca Maria Clara é bailarina, estreou no teatro com o espetáculo “Na Cola do Sapateado” (1987), e ganhou popularidade na televisão com o humorístico “Zorra Total” (“Vem, cá, te conheço?”), entre 2004 e 2007.

Também do Rio, Júlia estourou na internet como destaque do time do “Porta dos Fundos” e participou das novelas “A Regra do Jogo” (2015) e “Rock Story” (2016).

A paulistana Priscila fez drama no teatro em “Cenas de uma Execução” (2016) e participou nas novelas “Deus Salve o Rei” (2018) e “Salve-se Quem Puder” (2020). O seu território, porém, é o stand-up, e faz sucesso há dois anos com o solo “Tô Quase Lá”.

O SUCESSO IMEDIATO DA PEÇA

AGORA É QUE SÃO ELAS conquistou o público já na primeira temporada. Estreou com casa cheia em março de 2024 no Festival de Curitiba e lotou por quatro meses o Teatro dos 4, no Rio, com sessões extras em todos os sábados. Em seguida, depois de curta temporada com ingressos esgotados em Niterói, seguiu para São Paulo, repetindo o sucesso no Teatro das Artes.

Para Fabio Porchat, o êxito da montagem vem do trabalho em equipe. “A peça é despretensiosa. Tem três grandes comediantes no palco, elas dominam e têm consciência do potencial delas. Um texto de comédia só funciona sendo feito por comediantes que acreditam nele e que sabem pegar esse texto e ir além. Essas mulheres melhoram o meu texto e as piadas, e eu acho isso incrível”, diz.

Ritmo e agilidade são os pontos-chave para o humor funcionar, diz Julia Rabello. “Colocamos toda a nossa energia em estar com esse timing muito afiado”. Para ela, é esse elemento que torna a montagem tão contemporânea e de fácil identificação.

Para Maria Clara Gueiros, os textos “engraçadíssimos” são o maior ingrediente para a história de sucesso. “Eles vão ficando mais engraçados à medida que a gente vai se apropriando deles. O texto já está tão bem escrito, que eu só preciso mudar a musicalidade da minha interpretação. Dar vida a tantos personagens não foi um desafio”, diz. Gueiros conta que as colegas de cena também se tornaram “amigas pra vida” e se impulsionam na hora da improvisação. “Nós três somos muito criativas,  então vamos criando. Quando uma faz isso, as outras duas já entendem e surfam na mesma onda. Nós criamos as interações no frescor da peça”, ela diz.

Para Priscila Castello Branco, o desafio da peça é justamente não usar artifícios para a mudança de personagens. “Não temos um figurino de caracterização e nenhuma mudança de personagem! A virada é em cena! E ali mesmo nasce o outro. Acredito que a improvisação vem com a reação da plateia. Descobrimos muitas coisas no palco. Às vezes a reação da plateia nos leva a uma improvisação que podemos usar em outras apresentações! O teatro é vivo e é uma delícia viver isso com minhas companheiras”, conta.

Serviço

ESTREIA: dia 04 de outubro (sábado), às 20h

LOCAL: Teatro Miguel Falabella / Norte Shopping (Av. Dom Hélder Câmara, 5474 – Cachambi / RJ)

HORÁRIOS: sábados às 20h; domingos às 19h30 / INGRESSOS: plateia R$100 e R$50 (meia); balcão R$80 e R$40 (meia) em https://bileto.sympla.com.br/event/109550?share_id=1-copiarlink ou na bilheteria de 4ªf a domingo, das 14h às 19h (em dias de peça até o início da sessão) / CAPACIDADE: 455 espectadores / DURAÇÃO: 70 min / GÊNERO: comédia / CLASSIFICAÇÃO INDICATIVA: 14 anos / TEMPORADA: até 26 de outubro

FICHA TÉCNICA

  • Texto e Direção: Fábio Porchat
  • Elenco: Júlia Rabello, Maria Clara Gueiros e Priscila Castello Branco
  • Cenografia: Mina Quental & Atelier na Glória
  • Equipe Atelier na Glória: Bernard Heimburger, Alexsander Pereira e Mariana Castro
  • Cenotécnico: A. Salles
  • Cenografia: André Salles e Márcio Domingues
  • Figurino: Gilda Midani
  • Assistente de Figurino: Vanessa Vicente
  • Iluminação: Paulo Cesar Medeiros
  • Assistente: Valdeci Correia
  • Montagem: Equipe Art Light
  • Trilha Sonora: Lúcio Mauro Filho
  • Assistente de Direção: Hernane Cardoso
  • Visagismo: Diego Nardes
  • Fotos de Estúdio: Pino Gomes
  • Assistentes de Fotografia Artística: Johnne de Oliveira e Iago Castro
  • Fotos de Cena: Yan Carpenter
  • Identidade Visual: Vicka Suarez
  • Designer Gráfico: Kelson Spalato
  • Marketing Internet: Renato Passos
  • Videomaker: Hernane Cardoso
  • Produção: Bem Legal Produções
  • Direção de Produção: Carlos Grun
  • Idealização: Fábio Porchat
  • Assessoria de Imprensa: JSPontes Comunicação – João Pontes e Stella Stephany

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