Julianá Souza: suas percepções sobre o jornalismo digital

Julianá Souza

Informar é a principal função de um jornalista, independente do segmento: cidadania, política, economia, esportes, entretenimento e outros. No entanto, foi – se o tempo em que a informação era consumida somente por mídias impressa e/ou eletrônica. Com o avanço da tecnologia e a disseminação das redes sociais, antes usadas em relacionamentos pessoais ou diversão, o “fazer jornalismo” mudou por completo. Os telespectadores, ouvintes e leitores viraram internautas e, assim, passaram a compor a audiência do jornalismo digital, ou seja, um novo modus operandi da profissão.

Com inéditas ferramentas à disposição, o comunicador consegue “brincar” com a criatividade na hora de cumprir o seu papel. Tablets, SmartPhones e Androids são algumas das plataformas que estão entre as mais usadas. A jornalista Julianá Souza, por exemplo, é uma profissional que também migrou ao meio online. Além da TV Max, o Programa Plural, comandado por ela, é transmitido via Youtube desde o mês de agosto.

Pautas do programa. Julianá explica que são escolhidas através de assuntos em alta, no cotidiano, e destaca o conteúdo digital. Acrescenta, ainda, que esse é o principal objetivo do Programa Plural: ser um projeto de comunicação imparcial, com relevância, que atenda às famílias brasileiras e que leve muita cultura a todos. “Minha equipe e eu nos esforçamos, ao máximo, para oferecer o melhor aos nossos seguidores, os Plural Lovers, como os chamo carinhosamente. Eles curtem os temas e nos enviam mensagens. Temos mais comentários que sugestões! Mas, claro, as críticas são sempre bem-vindas! Importantíssimas, porque nem todas as vezes conseguimos acertar”.

O “presente” do jornalismo. Julianá comenta que, hoje, há inúmeras possibilidades de se comunicar e não necessariamente a ação é de um jornalista. Ela ressalta que existem blogs em que os cidadãos abordam diversas temáticas; e canais do Youtube em que se publicam conteúdos infinitos; sem esquecer do Instagram, um App de fotos que abriu portas para os “influenciadores”, que deixam claro suas opiniões sobre tudo. “Não acredito que o jornalismo acabe. Todavia, neste boom digital, os jornalistas precisam se reinventar no mercado. Antigamente, só jornais, revistas e rádios noticiavam. Agora, transformação total! O digital veio para ficar, pelo advento tecnológico, pela mudança comportamental e até, pelo acesso à informação. Acho isso maravilhoso! É fundamental que os profissionais se atentem e consigam se adaptar às novidades, por questões de sobrevivência.

Barreiras. Apesar de haver vários tópicos, os mesmos se tornam “finitos” pela repetição diária em publicações. Na atualidade, pesquisam-se informações variadas. Contudo, há riscos da não veracidade (realidade) do ocorrido, o que não é e nunca foi permitido na área jornalística. “Estamos cercados de notícias incorretas. Por isso, é necessário haver jornalistas experientes e capacitados, a fim de apurar a credibilidade dos veículos e fatos pontuados.

Mundo digital e as Fake News

No mundo digital, as Fake News marcam presença. Hoje, é comum a circulação de “notícias falsas” em sites e do compartilhamento “massivo” destas em aplicativos de mensagens: WhatsApp e Telegram. Julianá esclarece que não há como se isentar e que a divulgação propaga mentiras que irão interferir na seriedade dos acontecimentos, os quais são repassados à sociedade, além de prejudicar, emocionalmente, a vida alheia. “É válido que as agências de comunicação, junto com os portais e jornalistas aptos, busquem rigidamente a veracidade das informações, para que haja qualidade e, acima de tudo, credibilidade no trabalho”.

Dicas de Julianá para não cair em Fake News

  • Analise o veículo. Quais são as fontes citadas no texto? Isto é, quem falou? De onde surgiu a informação?

  • Verifique se a informação está completa, ou seja, se não é apenas um fragmento de discurso ou um corte de um vídeo, tirado de um cenário real.

  • Atente-se aos links! Às vezes recebemos sem fontes ou números conhecidos.

  • Faça uma busca nas redes sociais, nos meios digitais, para checar se há mais alguém falando sobre.

Favorecimento das Fake News. “Só traz vantagens às pessoas com má intenção, às sensacionalistas, as que não têm o compromisso com a responsabilidade referente ao que afirma; à imprensa marrom, a oportunistas que almejam ganhar espaço e assim, desconstroem fatos verídicos sobre alguém, um cenário ou uma situação. Infelizmente, estamos cercados de gente, de órgãos e de emissoras que atuam neste papel. Então, digo: só a informação é capaz de combater a desinformação”, finaliza Julianá.

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