O Sesc RJ apresenta a obra Kawó – o rei chama , com idealização, direção e dramaturgia de Gabriel Mendes, . No palco seis atores negros, acompanhados de dois músicos, constroem e personificam uma África ancestral, mítica e carregada de simbologias.
O espetáculo foi selecionado pelo Edital de Cultura Sesc RJ Pulsar 2025 e irá circular por diversas Unidades do SESC RJ.
Kawó – o rei chama, terceira parte da Trilogia dos Orixás , o primeiro foi a cena curta Jogo da Velha, seguido de Omi – do leito ao mar, e todos momentos desta trilogia contemplados por premiações.
Espetáculo teatral voltado para o público infanto-juvenil recebeu, recentemente, 17 indicações na 9ª edição do prêmio CBTIJ, incluindo melhor espetáculo, melhor direção, melhor elenco, melhor direção de produção e 3 indicações em atuação cênica, entre outras.
O espetáculo é centrado na trajetória do orixá Xangô, importante divindade presente na mitologia do povo Ioruba Nagô, representante da justiça, do fogo e do trovão. Com elenco formado de atores e atrizes negros, celebra a herança ancestral desse povo e dessa figura, transportando o público para uma Nigéria mítica, em que uma família prepara um grande banquete para que, ao redor do fogo, possam lembrar de antigas histórias que ajudam a perpetuar Xangô como um grande homem e um deus ainda maior. Através de cada itan (mitos da tradição iorubá) é possível explorar a relação dessa figura e de seu povo, entendendo suas glórias e imperfeições, como também sua trajetória até se tornar um orixá.
Sinopse
2025 – KAWÓ © Renato Mangolin
Kawó – o rei chama apresenta uma África ancestral e imaginária e narra a preparação do “dia do Obá Xangô”. Uma família composta por uma mãe, quatro filhos e um avó passam o dia desde seu alvorecer preparando a festividade. Tudo sob o comando dessa grande matriarca, os seis trabalham para que tudo seja perfeito para celebrar a memória do rei, esse ancestral tão admirado por todos eles. Enquanto cozinham e decoram o quintal para festa da fogueira que será no fim do dia, a família relembra as narrativas que compõem a trajetória que levaram o Xangô menino se tornar um dos mais respeitados e cultuados orixás. Histórias de batalhas, amores e relações familiares costuram o dia dessa família e trazem algumas reflexões sobre qual o limite do poder e também de como é possível errar tentando fazer o bem.
Nosso espetáculo dialoga com o entendimento que no saber informal há um conhecimento incalculável e não existe presente e futuro possíveis sem entender sua origem e ancestralidade (o que ao longo da história foi negado àqueles que descendem dos homens e mulheres trazidos do continente africano para serem escravizados no Brasil.). São histórias que precisam ser contadas a esses jovens ouvintes para que esses se reconhecem naquilo que ouvem e percebam que a nossa história começou antes mesmo de ter começado. – Gabriel Mendes, diretor , dramaturgo e idealizador
Kawó – o rei chama é uma montagem que nasce da vontade de apresentar outros reis e rainhas para nossas crianças. Reis e rainhas negros, assim como os atores que estão no palco, protagonizando suas próprias histórias e com voz para dizê-las para o mundo inteiro. “
Serviço – para todos os locais:
- Ingresso: R$ 15/inteira e R$ 7,50/meia
- Livre
- Duração: 65 minutos.
- Horário: 16h
- Domingos
Programação – Datas – locais
16 de março – Sesc São João de Meriti – Av. Automóvel Clube, 66 – Centro, São João de Meriti
23 de março – Sesc São Gonçalo – Av. Pres. Kennedy, 755 – Estrela do Norte, São Gonçalo
30 de março – Sesc Teresópolis – Av. Delfim Moreira, 749 – Várzea, Teresópolis
4 de maio – Centro Cultural Sesc Quitandinha – Avenida Joaquim Rolla, 2 – Quitandinha, Petrópolis
28 de setembro – Sesc Nova Iguaçu – Rua Dom Adriano Hipolito, 10 – Moquetá, Nova Iguaçu
Ficha Técnica:
- Direção Artística Geral, idealização e dramaturgia : Gabriel Mendes
- Assistência de Direção: Rodrigo Lontra
- Elenco: Ivan de Oliveira, Gabriela Luiz. João Mabial, Michael Alves, Rodrigo Lontra e Victor Braga
- Músicos: Kaio Ventura e Raquel Terra
- Stand-ins: Thiago Manzotti (ator) e Lucas da Lapa (músico)
- Cenografia: Cachalote Mattos
- Figurinos e Adereços: Valério Bandeira
- Iluminação: Raphael Grampola
- Direção Musical: Raquel Terra
- Composições: Kadú Monteiro e Raquel Terra
- Direção de Movimento e Preparação corporal: Fernanda Dias e Michael Alves
- Coreografias: Gabriela Luiz e Michael Alves
- Direção de Produção: Cachalote Mattos, Gabriel Mendes e Rodrigo Lontra
- Assistência de Produção: Felipe Oliveira e Stallone Abrantes
- Fotografia: Renato Mangolin
- Programação Visual: Breno Loeser e Ricardo Rocha
- Gestão de Mídias: Victor Braga
- Consultoria de Acessibilidade: Stallone Abrantes
- Intérprete de LIBRAS: Sheila Martins
- Costuras: Claudio Policarpo e Norma Farias Mendes
- Montagem: Felipe e Leandro Mattos
- Cenotecnia: Moisés Cupertino
- Técnico de Som: Leandro Mattos
- Realização: 2NÓS e ONÀ PRODUÇÕES.