Por: Laila Romano (*)
A arte de se comunicar, transmitir seus pensamentos, e nutrir bons relacionamentos, não é só necessária no seu trabalho, ou em seu círculo de amizades.
Como vai essa ferramenta em sua casa? Sua forma de se comunicar te aproxima ou te distancia de seus filhos?
Ao comunicar de forma autoritária com as crianças, os pais podem se deparar com filhos rebeldes, ou até mesmo sentimentos como o medo e raiva. Impor menos, e perguntar mais, fará com que os pequenos treinem a suas capacidades de buscarem soluções, e fazerem suas escolhas.
É necessário comunicar o seu amor, e transmitir valores, conhecimento, e ver a sua parentalidade transformada, sim, uma comunicação eficaz tem esse poder, com conhecimento, e consciência pode-se ver os relacionamentos em casa em sintonia.
Quanto mais simples a linguagem, transmitindo mensagens diretas e claras, e as regras ficam bem estabelecidas.
Nesse caminho de aprendizado é necessário ser paciente e repetir, demostre empatia em relação as dúvidas, e as preocupações das crianças.
Pergunte a si mesmo: “será que minhas falas transmitem sentimentos bons aos meus filhos?” Você deve melhorar quando está imaginando que eles irão adivinhar como seria adequado se comportar, ou lidar com os seus sentimentos.
Comunicar de forma verbal, ou não verbal contará para a sua criança muito sobre como ela é importante, e o quanto é amada, será uma parte poderosa na construção da sua autoestima, e senso de importância.
Use palavras que tragam segurança, e estabeleçam conexão emocional.
Cuidado, não leve esse conselho para o lado do mal, não imagine que seria o caminho então de uma vida com seu filho com frases afirmativas, onde o sim está sempre presente, não está se falando em permissividade.
Aqui é colocado o que se gera com aprendizados, através de boas explicações aos filhos, e sempre contando para eles que o lar é um lugar onde é permitido espaço para expressão, autonomia e compreensão mútua.
Estimule a criança a fazer perguntas do tipo “Por que?”. E conte que em sua casa, curiosidade e pensamento crítico são valorizados, afinal o mundo é dos questionadores.
Faça perguntas abertas, em vez de fazer perguntas que podem ser respondidas com um simples “sim” ou “não”, incentive assim as crianças a compartilharem seus pensamentos e sentimentos.
Quando se demonstra para as crianças que preocupam-se com o que elas têm a dizer, suas vozes e suas opiniões são fortalecidas.
Afinal de contas, como você deseja ver a sua criança lá na frente? Ela comunicará ao mundo o que aprendeu com você.
(*) Laila Romano – Educadora Parental e Escritora Infantil. Autora do livro infantil A Menina Que Queria Pegar o Céu (Literare Books International). Instagram: @fabricaeraumavez