Leo Russo homenageia Candeia e Cartola em singles

A primeira das faixas é “Preciso me encontrar”, que chega às plataformas no dia 15 de agosto, às vésperas do aniversário de Candeia, que completaria 90 anos. “O mundo é um moinho”, de Cartola, será lançada em outubro, mês do aniversário do compositor

por Redação
Leo Russo e Rildo Hora no estúdio

Desde que seu nome começou a ganhar vulto na cena musical, Leo Russo pavimentou uma estrada que o coloca hoje entre os mais respeitados talentos do samba. Tanto é que, no seu CD de estreia, lançado em 2013, contou com o aval de Beth Carvalho (1946-2019) e da Velha Guarda da Portela. E, mais recentemente, em “A gente merece” (2024), seu terceiro álbum, ele conta com parcerias e as participações de Fagner, Moacyr Luz e Xande de Pilares. Respeitado e querido (são mais de 100 mil seguidores só em uma de suas redes sociais), ele vai render homenagens a dois pilares do samba de raiz:  Antonio Candeia Filho (1935-1978), o Candeia, e Angenor de Oliveira (1908-1980), o Cartola. O artista gravou dos mestres as clássicas “Preciso me encontrar (Deixe-me ir)” e “O mundo é um moinho”. Os singles têm produção e direção musical de Rildo Hora e chegam às plataformas pela Mins Música nos meses dos aniversários de seus autores.

Leo Russo

Leo Russo

O primeiro dos lançamentos é “Preciso me encontrar (Deixe-me ir)”, que chega às plataformas no dia 15 de agosto, dois dias antes do aniversário de Candeia, que completaria 90 anos. O samba foi originalmente gravado por Cartola no seu álbum de estreia, em 1976, sendo reavivado por Marisa Monte em 1989. “Nas minhas pesquisas, me dei conta de que essa música havia sido cantada ou mesmo gravada por muitas intérpretes, mas que eram raras as gravações por cantores”, observa Leo que imprimiu suavidade na sua interpretação.

Quanto a Cartola a escolhida é “O mundo é um moinho”, registrada por ele no supracitado álbum e gravada por Beth Carvalho no ano seguinte, no álbum “Nos botequins da vida”. O lançamento está previsto para 10 de outubro, véspera do aniversário do baluarte, que completaria 117 anos. Na gravação, Leo abre a faixa com o refrão mostrando ser perfeitamente possível dar uma nova roupagem a um clássico. “Trata-se de uma canção muito conhecida e quis dar a minha versão para essa música”, explica o cantor, ele próprio parceiro de baluartes como Monarco (1933-2021) e Noca da Portela.

As duas faixas contam com produção e direção musical de Rildo Hora, padrinho artístico de Leo e produtor do seu álbum de estreia. O maestro e o cantor optaram por uma base sonora minimalista, que valorizasse letra e melodia, e escalaram o que há de melhor na cena instrumental. As faixas contam com Alceu Maia (cavaquinho), Luis Filipe de Lima (violão) , Marcos Tadeu (percussões) e o clarinetista Rui Alvim (em “Preciso me encontrar”), além do próprio Rildo que sola sua gaita em ambas as faixas .

Se o mundo do poeta pode “triturar sonhos”, ele é também um lugar de amplitude. E o  de Leo Russo é vasto e,nele, há lugar para sonhos e sambas, de hoje e de sempre.

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