Miá Mello, Camila Raffanti e Juliana Araripe prorrogam temporada de comédia sobre menopausa, liberdade e recomeço

por Waleria de Carvalho
Mulher em chamas

Três mil pessoas já assistiram o espetáculo Mulheres em Chamas, que está em cartaz no Teatro UOL, no Shopping Pátio Higienópolis, com sessões às quartas e quintas-feiras, às 20h. A montagem, que estreou em julho e já conquistou o público com sessões esgotadas, acaba de ter a sua temporada prorrogada até 30 de outubro

Três mulheres, 40+, presas em um elevador. Dezessete minutos sem sinal, sem ventilação e sem filtro. Assim começa Mulheres em Chamas, criado e protagonizado por Camila RaffantiJuliana Araripe e Miá Mello, – nomes ligados a sucessos como Mãe Fora da Caixa e Confissões das Mulheres de 30. O espetáculo, com direção de Paula Cohen, traz à cena um tema urgente e ainda pouco representado: a menopausa. Com humor, franqueza e sensibilidade, a peça quebra o silêncio sobre uma fase que atravessa a vida de todas as mulheres, mas que ainda é cercada de tabu e desinformação.

A montagem equilibra o riso com a vulnerabilidade para romper com o silêncio secular em torno da menopausa, muitas vezes vivida na solidão por gerações anteriores. “Queremos tirar o tema da invisibilidade e tratá-lo com leveza, informação e humor, sem abrir mão da honestidade emocional”, destaca Paula Cohen. A encenação transita entre o realismo e a fantasia com liberdade estética.

 Os vídeos cênicos do estúdio Bijari e a paleta de cores vibrantes dialogam com os figurinos simbólicos criados por Iara Wisnik. Tudo se articula à luz poética de Marisa Bentivegna, compondo uma linguagem visual pop e afetiva que potencializa a experiência da dramaturgia em cena. A trilha original de André Caccia Bava sustenta e permeia a poesia entre a comédia e os temas mais sensíveis.

Durante o confinamento forçado dentro de um elevador, as personagens compartilham angústias, memórias e delírios, atravessadas por mudanças do corpo, pressão social e medo de perder o desejo. “O elevador simboliza essa paralisia do climatério, que nos arrebata de repente. Mas, aos poucos, nos libertamos — e, quando as portas se abrem, estamos mais conscientes”, comenta Camila Raffanti.

O texto mistura realidade e ficção para retratar com humor o turbilhão interno da menopausa. “Tudo que é pessoal aproxima. O humor transforma tragédia em evolução. Existe o mundo real e o mundo hormonal — e conseguimos brincar com os dois”, diz Juliana Araripe. “Estamos fazendo check-in na senhora que queremos ser. E são as amigas que nos ajudam a atravessar essa fase sem achar que enlouquecemos de vez. Só um pouco”, brinca.

Miá Mello revela que a motivação surgiu da própria experiência. “Achei que fosse jet lag, mas eram os primeiros sintomas. Falar disso no teatro é oferecer ferramentas para atravessar esse período, que pode durar até 10 anos e ter mais de 70 sintomas.” Camila reforça: “Meu climatério começou aos 39. Rir disso é alívio — e quero que os homens riam com a gente também.”

A encenação transita entre o cotidiano e o absurdo para dar conta desse rebuliço hormonal. “Trouxemos o dia a dia, o explosivo, o hormonal — e é aí que surgem os momentos mais surrealistas”, diz Miá. Camila completa: “O que acontece dentro nem sempre combina com o que está fora. Às vezes, é tudo ao mesmo tempo — como na peça.”

Mulheres em Chamas é, acima de tudo, um espetáculo para todos: “As mulheres vão rir pela identificação, e os homens talvez entendam, pela primeira vez, o que se passa dentro da gente porque na peça mostramos a realidade e o outro mundo, o mundo hormonal que é bem surrealista. É para todas as idades — e principalmente para quem atravessa a menopausa. A gente precisa falar sobre isso”, diz Juliana Araripe.

Ficha técnica:

Texto Original: Camila Raffanti, Juliana Araripe e Miá Mello. Direção: Paula Cohen. Elenco: Miá Mello, Camila Raffanti e Juliana Araripe. Trilha original: André Caccia Bava. Figurino:Iara Wisnk. Assessoria de imprensa: Adriana Balsanelli. Produção Geral: Wil Lanzillo. Realização: C.A. Produções. 

Serviço:

MULHERES EM CHAMAS

  • Temporada: Até 30 de outubro de 2025.
  • Quartas e quintas-feiras, às 20h.
  • Classificação: 14 anos
  • Duração: 80 minutos
  • Ingressos: teatrouol.com.br

Teatro UOL – Shopping Pátio Higienópolis
Endereço: Av. Higienópolis, 618 – Consolação, São Paulo – SP

Reparação, novo espetáculo de Carlos Canhameiro, leva memória e vingança a um salão de beleza embalado por Roupa Nova

Inspirada em um caso real de violência contra uma jovem, a peça conduz o público a um salão de beleza dos anos 80, onde manicure e cabeleireira atuam em cena

Reparação

Reparação

Encerrando a chamada Trilogia da Cor Local, em que cada espetáculo conduz o público a uma imersão por um lugar tipicamente brasileiro, o diretor e dramaturgo Carlos Canhameiro lança o trabalho Reparação. A peça estreia no dia 11 de setembro, às 20h, na Sala Jardel Filho do CCSP, onde cumpre temporada gratuita até o dia 21 de setembro, com sessões de quinta a sábado, às 20h, e, aos domingos, às 19h. Depois, segue para o Teatro de Arena Eugênio Kusnet – FUNARTE, onde fica em cartaz entre 25 de setembro e 12 de outubro, com apresentações de quinta a sábado, às 19h, e, aos domingos, às 18h, com ingressos entre R$20 e R$40.

No dia 11 de setembro também haverá o lançamento do livro, no CCSP, publicado pela editora Javali. Durante a circulação do espetáculo, serão distribuídas 500 cópias gratuitamente para os interessados.

Nas encenações de Canhameiro, o cenário nunca é apenas um pano de fundo, mas um elemento central na construção da narrativa e na imersão do público. Na chamada Trilogia da Cor Local, esse recurso ganha ainda mais força: cada peça recria ambientes de forte carga simbólica e cultural dos anos 1980, explorando aspectos da vida cotidiana das classes baixa e média brasileiras, em espaços que misturam sociabilidade, conflito e memória.

“Em Agamenon 12h, situamos a ação em um camelódromo; em xs CULPADXS, em um bar típico da década; e, em Reparação, a escolha foi por um salão de beleza dos anos 80”, explica o dramaturgo e encenador. “O que me interessa é pensar como esses espaços cotidianos revelam camadas da nossa cultura e ao mesmo tempo são um terreno farto para a teatralidade. O espaço expande o texto e o texto se reinventa dentro desses espaços”

Inspirada em um caso real ocorrido no interior paulista nos anos 1980, Reparação parte da história de uma jovem violentada por dois colegas de escola. Grávida, ela é forçada pela própria família a deixar a cidade, num gesto que soma à violência física o apagamento simbólico de sua existência.

Para construir a dramaturgia, Canhameiro entrevistou diversos moradores e pessoas ligadas ao episódio, reunindo uma ampla gama de perspectivas sobre o caso. Desses encontros, 23 depoimentos foram escolhidos para integrar a dramaturgia final, que entrelaça as vozes reais a cenas ficcionais, num jogo entre memória e imaginação que tensiona as múltiplas versões de um mesmo fato.

Sobre a encenação
A partir dos relatos coletados, o dramaturgo Carlos Canhameiro construiu quatro cenas dialogadas, inteiramente ficcionais, que imaginam situações-chave relacionadas ao tema central. Esses momentos inventados se entrelaçam aos depoimentos reais, compondo uma narrativa que expande a memória e tensiona suas lacunas. “Meu interesse não é apenas narrar um episódio específico, mas investigar como diferentes versões de um acontecimento operam na realidade e, a partir disso, pensar no que pode ser uma reparação.”, afirma Canhameiro.

O espetáculo se desenrola em um salão de beleza — espaço emblemático da sociabilidade dos anos 1980 — concebido por José Valdir Albuquerque e pelo próprio dramaturgo. Esse ambiente potencializa a experiência estética e crítica da peça, evidenciando como a vida cotidiana se mistura às fraturas da memória, da violência e da vingança.

Para ampliar a imersão do público, a manicure Maria França e a cabeleireira e maquiadora Rosa de Carlos participam ativamente da encenação, intervindo na preparação do elenco durante as apresentações. O elenco é formado por Daniel Gonzalez, Fábia Mirassos, Luiz Bertazzo, Marilene Grama, Nilcéia Vicente e Yantó.

A trilha sonora, criada e executada ao vivo por Yantó, traz a atmosfera musical da década, com destaque para canções da banda Roupa Nova, que marcam o imaginário popular do período. Já os figurinos de Bianca Scorza evocam diretamente os anos 80, com suas cores vibrantes e exageros, enquanto as perucas utilizadas pelo elenco completam a referência estética desse tempo.

FICHA TÉCNICA DA PEÇA:
Encenação e dramaturgia: Carlos Canhameiro
Elenco: Daniel Gonzalez, Fábia Mirassos, Luiz Bertazzo, Marilene Grama, Nilcéia Vicente e Yantó
Manicure em cena: Maria França
Cabelo e maquiagem em cena: Rosa De Carlos
Trilha Sonora e música ao vivo: Yantó
Cenário: José Valdir Albuquerque e Carlos Canhameiro
Iluminação: Gabriele souza
Assistente de iluminação: Diego França
Figurinos: Bianca Scorza (acervo Godê)
Videografia: Vic von Poser
Técnico de som: Pedro Canales
Técnico de luz: Finn Fernandes
Técnico de vídeo: Ana Lopes
Produção: Mariana Pessoa e Leonardo Inocêncio
Apoio: Cine Dom José, FJ Cine – Giscard Luccas e Jasmim Produção Cultural
Livro: Editora Javali
Piano – Be my husband: Daniel Muller
Assessoria de imprensa: Canal Aberto – Márcia Marques, Daniele Valério e Carina Bordal

Prêmio Zé Renato
Este projeto foi contemplado pela 19ª Edição do Prêmio Zé Renato — Secretaria Municipal de Cultura e economia criativa

Serviço:

Reparação
Duração: 105 minutos | Classificação: 16 anos

CCSP – SALA JARDEL FILHO
Data: 11 a 21 de setembro, de quinta a sábado, às 20h, e, aos domingos, às 19h
Endereço: Rua Vergueiro, 1000 – Liberdade

Ingressos: Gratuito |
Bilheteria física: Retirada de ingresso na bilheteria com 1 hora de antecedência
Bilheteria digital: Disponível 24h por dia (Site: http://ccsp.ticketmais.com.br)

*No dia 11 de setembro acontece o lançamento do livro Reparação

Teatro de Arena Eugênio Kusnet – FUNARTE

Data: 25 de setembro a 12 de outubro, de quinta a sábado, às 19h, e, aos domingos, às 18h
Endereço: Rua Dr. Teodoro Baima, 94 – Vila Buarque

Ingressos: R$40 (inteira) e R$20 (meia-entrada) – Compras pela bilheteria física ou pelo Sympla

Hamlet é confrontado em Black Machine, peça sobre humanismo e papéis de gênero

Trabalho com dramaturgia de Dione Carlos, Fernando Lufer e Eugênio Lima faz temporada na Casa do Povo e na Casa Farofa
Black Machine

Black Machine – Foto de Sergio Silva

Buscando discutir o legado de Hamlet, de William Shakespeare, e sua influência até os dias de hoje, o espetáculo BLACK MACHINE propõe um encontro do personagem do dramaturgo inglês com a Ofélia de Heiner Muller, da obra Hamlet Machine (1972). Contemplada na 20ª edição do Prêmio Zé Renato – Secretaria Municipal de Cultura e Economia Criativa, a peça estreia no dia 11 de setembro, às 20h, na Casa do Povo, onde realiza dez apresentações, até o dia 28 de setembro. Depois, segue para mais 10 sessões na Casa Farofa (Rua Treze de Maio, 240, Bela Vista, São Paulo).

Com dramaturgia de Dione CarlosFernando Lufer e Eugênio Lima, o trabalho é dividido em três partes. A ideia é promover um embate radical entre esses dois grandes cânones do teatro ocidental, aproveitando para confrontar temas como gênero, raça, necropolítica, masculinidade, dor e desejo.

“Para mim, o texto é uma discussão de gênero com pitadas de melodrama”, conta Dione. E, para garantir o caráter atemporal da obra, os dois personagens centrais são pós-coloniais. Enquanto Hamlet é atravessado por vozes como as de Frantz Fanon, Jean-Michel Basquiat, Aimé Césaire e Mano Brown, Ofélia é inspirada por nomes como Lélia Gonzalez, Sueli Carneiro e Erykah Badu.

“A grande brincadeira de Black Machine é que, na verdade, os personagens clássicos estão tentando ser atores. Só que eles “incorporam” em corpos negros em pleno século 21 e nós estamos investigando quais seriam as implicações disso”, comenta Eugênio.

A encenação

Durante a encenação, que se alterna entre delírio, manifesto e performance, Ofélia desafia Hamlet a assumir outro papel. “Pensamos nisso porque há 400 anos ele só fala dele mesmo. Nesse ponto da narrativa, Fanon ganha mais destaque, desdizendo tudo o que foi dito antes”, explica Lima.

Por apresentar ao público um embate que atravessa eras, o diretor Eugênio Lima, define a peça como um experimento polifônico. Em meio a provocações filosóficas e referências políticas, os personagens expõem as ruínas do patriarcado enquanto constroem suas identidades.

HAMLET – “Minha mãe, seus seios, um roseiral. Seu ventre, um ninho de víboras”.

OFÉLIA – Ah, pelo amor de Deus. Busca ajuda, isso é mais antigo que Édipo e Jocasta.

HAMLET – Sua sinceridade é desconcertante. Como eu pude deixar você escapar?

OFÉLIA – Você estava muito ocupado com você mesmo, enquanto eu perdia meu tempo contigo. Estive lá, ‘sob o sol da tortura’ de amar o homem errado, duas vezes.

HAMLET – Duas vezes? Achei que eu tivesse sido o primeiro.

OFÉLIA – Nem o primeiro, nem o último, no meio do “coração das trevas” de uma mulher que ama demais sempre cabe mais um.”

Trecho da dramaturgia de Black Machine

Para os realizadores, a questão central é: será que todo mundo pode realmente se identificar com o dilema existencialista do Hamlet sobre a dor de estar vivo?

é que a população negra nem sempre é vista como ‘ser’ e, talvez, tudo que a gente mais queira seja poder não ser mesmo. Assim, abre-se um mundo de possibilidades. Não queremos nos limitar: por que uma mulher branca pode dizer que é apenas uma mulher e uma mulher negra sempre deve se definir como mulher negra? Da mesma forma, não quero fazer teatro negro, quero fazer teatro”, defende Eugênio.

A montagem segue a estética do audiovisual expandindo, com destaque para a música constante e a presença de uma videografia projetada dividida em três telas em frequente diálogo com as dramaturgias sonora e textual. Em cena, Fernando Lufer e Marina Esteves performam seus textos flertando com a linguagem do spoken word em diversos momentos.

A montagem aposta em um visual afro-surrealista, mesclando passado, presente e futuro. Todos os tempos acontecem simultaneamente, expondo as feridas, evocando ancestralidades e construindo uma nova realidade.

FICHA TÉCNICA

  • Idealização: Fernando Lufer
  • Direção Geral: Eugênio Lima
  • Concepção: Fernando Lufer e Eugênio Lima
  • Intérpretes: Fernando Lufer e Marina Esteves
  • Dramaturgia: Dione Carlos
  • Intervenção Dramatúrgica: Eugênio Lima e Fernando Lufer
  • Produção: Umbabarauma Produções Artísticas
  • Coordenação de Produção: Iramaia Gongora
  • Assistente de Produção: Thaís Cris
  • Assistente de Direção: Rafa Penteado
  • Direção Musical: Eugênio Lima
  • Figurino: Claudia Schapira
  • Videografia: Vic Von Poser
  • Iluminação: Matheus Brant
  • Direção de Movimento e Preparação Corporal: Luaa Gabanini
  • Spoken Word: Roberta Estrela D’Alva
  • Dramaturgismo: Luz Ribeiro
  • Engenharia de Som: João Souza Neto e Clevinho Souza
  • Intérpretes de Libras: Ricieri Palha e Vinícius Nascimento
  • Fotos: Sérgio Silva
  • Redes Sociais: Jorge Ferreira
  • Assessoria de Imprensa: Canal Aberto – Marcia Marques, Daniele Valério e Carina Bordalo
  • Costureira: Cleusa Amaro da Silva Barbosa
  • Apoio: Casa do Povo e Casa Farofa

SERVIÇO

Black Machine
Duração: 95 minutos | Classificação: 16 anos

CASA DO POVO

Data: 11 de setembro a 28 de setembro*, de quinta a sábado, às 20h; com exceção do domingo dia 28/09, às 18h.
Endereço: R. Três Rios, 252 – 2º andar – Bom Retiro
Ingresso: GRATUITO
Telefone: (11) 95309-4766
Instagram: @_casadopovo

Acessibilidade: Libras dias 19 e 26/09

CASA FAROFA
Data: de 01 de outubro a 12 de outubro, de quinta a sábado, às 20h; domingos às 18h

* quarta dia 01 de outubro às 20h.

** sábados dia 04 e 11 de outubro sessões extras, às 18h

Endereço: R. Treze de Maio, 240 – Bela Vista
Ingresso: GRATUITO
Instagram: @farofasp
Acessibilidade: Libras dias 03 e 10/10

Cia. Paulista de Dança Adriana Assaf apresenta Idiossincrasia – Temperamento humano no Teatro J. Safra nos dias 12, 13 e 14 de setembro

Espetáculo é um Ballet Neo Clássico inspirado na teoria do pensador grego Hipócrates II sobre os quatro tipos de temperamentos humanos

Idiossincrasia – Temperamento Humano

Idiossincrasia – Temperamento Humano – Foto de Lary Davis

A Cia. Paulista de Dança Adriana Assaf traduz em movimento as diferentes e complexas emoções humanas em Idiossincrasia – Temperamento Humano. Esse Ballet Neo Clássico tem apresentações no Teatro J. Safra, nos dias 12, 13 e 14 de setembro, na sexta às 20h30; no sábado, às 16h e às 20h30, e no domingo, às 17h.

O espetáculo é inspirado na teoria criada por volta do ano 400 a.C. pelo médico e pensador grego Hipócrates II, que é considerado o pai da Medicina, sobre os quatro tipos de temperamentos humanos (a própria palavra “idiossincrasia”, em sua etimologia de origem grega, tem esse significado).

O pensador classificou os diferentes “humores corporais” do ser humano para explicar estados de saúde ou doença que influenciam na nossa natureza, disposição, razão, sentimentos, reação, comportamento e muitas outras coisas que nem imaginamos em nossas vidas.

Estes quatro tipos de temperamento dominam os indivíduos e guiam seus corpo. São eles: sanguíneo (sangue), fleumático (linfa ou fleuma), colérico (bílis) e melancólico (bílis negra). O equilíbrio entre esses quatro humores determina a saúde e seu desajuste provoca doenças.

A Cia. Paulista de Dança busca traduzir em dança esse “lugar” onde o emocional e o corpo estão cada vez mais tendo que ser trabalhados juntos, além dos medos, esperanças e diversas emoções que vivemos. Ou seja, os efeitos que esses sentimentos e suas reações às adversidades, ao comportamento, aos sentimentos, às aflições, às alegrias e ao amor provocam no corpo.

Cia. Paulista de Dança Adriana Assaf

Criada em 2006, a Cia. Paulista de Dança foi originada do projeto social Fazendo Arte na Ponta dos Pés e tornou-se uma Organização Social sem fins lucrativos, cuja gestão é feita pela APDAA – Associação Paulista de Dança Adriana Assaf.

Referência na dança clássica no Brasil e no exterior, o grupo já realizou mais de 200 espetáculos, entre ballets clássicos de repertório, neo clássicos e contemporâneos, e acumulou mais de 500 premiações em festivais nacionais e internacionais.

Sua atuação visa sempre capacitar bailarinos e dar uma perspectiva de futuro profissional. Muitos dançarinos que passaram pelo grupo, inclusive, já foram convidados para trabalhar em companhias internacionais.

Ficha Técnica
Direção Artística: Adriana Assaf
Direção Executiva e Produção: Robson Luna
Coreografia: Marcos Silva
Coordenação Técnica: Larissa Luna

Sinopse

Onde o emocional e o corpo estão cada vez mais tendo que ser trabalhados juntos, medos, esperanças e diversas emoções que estamos vivendo, essa é uma grande oportunidade de levar ao público através da dança todos estes sentimentos que cada um trás dentro de si e suas reações as adversidades, ao seu comportamento, sentimentos, aflições, alegrias, amor, suas reações e expressões corporais. O trabalho é inspirado na teoria do pensador grego Hipócrates II sobre o temperamento humano e suas reações no corpo.

Serviço

Idiossincrasia – Temperamento Humano

  • Apresentações: 12, 13 e 14 de setembro de 2025
  • Sexta, às 20h30; sábado, às 16h e aos 20h30; e domingo, às 17h
  • Teatro J. Safra – Rua Josef Kryss, 318 – Parque Industrial Tomas Edson, São Paulo

Ingressos:

  • Plateia Premium – R$80 (inteira) e R$40 (meia-entrada)
  • Plateia VIP –  R$60 (inteira) e R$30 (meia-entrada)
  • Mezanino – R$50 (inteira) e R$25 (meia-entrada)
  • Mezanino com visão parcial – R$40 (inteira) e R$20 (meia-entrada)
  • Plateia VIP Extra – R$60 (inteira) e R$30 (meia-entrada) 

Vendas online em https://www.eventim.com.br/artist/teatro-j-safra/cia-paulista-de-danca-apresenta-idiossincrasia-3893729/?affiliate=JSA

Classificação: 10 anos
Duração: 70 minutos
Acessibilidade: teatro acessível a cadeirantes e pessoas com mobilidade reduzida

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