2019, Ilha de Lesbos, Grécia. No maior campo de refugiados da Europa, dentre as milhares de pessoas que ali se encontram, destacam-se três mulheres. Duas delas, Abda e Bahar, são atrizes iranianas que migraram para o continente europeu como refugiadas, passando a viver em condições devastadoramente dramáticas e precárias. Enquanto aguardam um destino que insiste em não chegar, encontram-se secretamente de madrugada para ensaiar uma peça sobre os apóstolos Paulo e Tiago. Ali discutem sobre fé, violência, o assédio sexual que sofreram e a liberdade religiosa não vivida. Partindo desta premissa e baseado numa elaborada pesquisa histórica, o espetáculo inédito “Moria” estreia dia 05 de setembro às 20h na Casa de Cultura Laura Alvim, trazendo a assinatura de Moacyr Góes no texto, direção, cenário e figurino, e tendo Claudia Lira, Tarciana Giesen e Carol Alves no elenco. A montagem tem apoio institucional da Secretaria de Estado de Cultura e Economia Criativa, da FUNARJ e da Casa de Cultura Laura Alvim.
A peça inédita é a primeira de “O Mistério da Fé”, trilogia onde Moacyr, com a colaboração de André Chevitarese, pretende abordar a relação entre a fé e os tantos desafios, intolerâncias e radicalismos do mundo contemporâneo. São três histórias que ocorrem na atualidade, onde os personagens sofrem algum tipo de perseguição e violência. “A trilogia vai investigar questões polêmicas, complexas, agudas e atuais. Uma investigação sobre nosso tempo, e nós dentro dele. ‘Moria’ surgiu pela necessidade de fazer um tipo de teatro que pense o mundo em que estamos vivendo. Abda e Bahar vivem a crise de serem perseguidas unicamente por serem mulheres e cristãs. A intolerância religiosa e o horror contra as mulheres nos campos de refugiados é uma realidade monstruosa. Precisamos falar disso”, observa Goes.
Inicialmente interessado na questão da intolerância religiosa e a enorme perseguição aos cristãos pelo mundo, em sua pesquisa Moacyr descobriu que mulheres e crianças, em muitos lugares e de várias religiões, são as piores vítimas dessa que talvez seja a maior crise humanitária da era contemporânea. Dados do Alto Comissariado das Nações Unidas para Refugiados (ACNUR) demonstram que mulheres e meninas, especialmente as que viajam por conta própria, estão particularmente expostas a um cenário de violência sexual e de gênero e de graves violações de direitos humanos. A partir desta descoberta, Moacyr teve o foco desviado para este lado da realidade do horror. O texto, então, ganhou outra dimensão.
“Por que todo horror e violência recaem de modo mais terrível sobre as mulheres e crianças? Isso é algo que devemos pensar. No espetáculo, as personagens são perseguidas unicamente porque são o que são, e não porque fizeram algo errado. Isso significa o desprezo e incapacidade de conviver com a diferença e o outro”, pontua o diretor. “Moria” nos fala sobre o legado da civilização judaico-cristã, sobre o teatro como espaço de liberdade, sobre a cruel e desigual condição das mulheres refugiadas. Mais do que nunca, este é um debate que está na ordem do dia e não há como ser ignorado.
A montagem tem como pano de fundo a perseguição aos cristãos nos dias atuais, onde milhões de pessoas são aviltadas e mortas por sua fé. “A fé é uma escolha pessoal e deve ser respeitada em sua integralidade. E a fé em si não é necessariamente intolerante ou fundamentalista, mas o que determinados homens e mulheres fazem dela, ou a interpretam, que pode lavar ao horror ou ao amor. Este é um drama, ou uma tragédia, da contemporaneidade, do nosso tempo. É ilusório imaginar que não diz respeito a nós. O horror e a intolerância adquirem sempre suas formas específicas no tempo e no lugar. Mas é um traço do humano”, pondera Goes, que se considera ateu.
As peças que compõem a sequência da trilogia são “O Salto”, que narra a história de uma missionária presa num país estrangeiro e sua relação com o carcereiro, um rapaz gay; e “Na Cruz”, onde, numa comunidade carioca, um ator e uma atriz ensaiam os momentos finais de Jesus na cruz, discutindo a relação entre o Jesus histórico e o Cristo da fé e o sentido do teatro num mundo em crise.
“De algum modo o meu trabalho sempre foi, também, uma reflexão sobre a linguagem e importância do teatro. Mas incluir isso na história das personagens foi um reforço da ideia de que a arte é algo que nos sustenta diante da barbárie. As peças estão interligadas porque são sobre a importância da fé e do cristianismo naquilo que conhecemos como Ocidente. Toda essa história é cheia de conflitos, contradições, entusiasmo, amor, intolerância e horror. Como uma das personagens diz na peça ‘Moria’: ‘Mais que liberdade, Deus é a palavra mais aviltada nos dias de hoje’”, finaliza Moacyr.
FICHA TÉCNICA:
- Dramaturgia, Direção, Cenário e Figurino: Moacyr Góes
- Colaboração no Texto: Andre Chevitarese
- Iluminação: Adriana Ortiz
- Música Original e Direção Musical: Miguel de Góes e Tom Veloso
- Projeto Gráfico: Lavorare
- Redes Sociais: Isabel Rizzo e Isabel Miranda
- Assessoria de Imprensa: Marrom Glacê Assessoria
- Preparação Corporal: Ursula Mandina
- Fonoaudióloga: Mônica Marques e Rosi Santos
- Assistência de Direção: Miguel de Góes
- Produção Executiva: Victor Vasconcellos
SERVIÇO:
“MORIA” – @moria.teatro
- Temporada: 05 a 20 de setembro
- Dias da semana: Terças e quartas-feiras, às 20h
- Ingressos: R$ 50 (inteira) / R$ 25 (meia-entrada)
- Link de vendas: https://funarj.eleventickets.com/#!/evento/70bff98a5ab504ef6d2126dc0c2b13857af31bae
- Local: Teatro da Casa de Cultura Laura Alvim
- Endereço: Av. Vieira Souto, 176 – Ipanema
- Informações: (21) 2332-2016
- Lotação: 190 lugares
- Classificação Indicativa: 12 anos
- Duração: 75 minutos
Espetáculo “Babilônia Tropical – A Nostalgia do Açúcar” estreia no CCBB RJ
Uma viagem no Recife do século XVII, na chegada dos holandeses no nordeste do Brasil, em busca das riquezas do açúcar, esse é o enredo do espetáculo “Babilônia tropical – A Nostalgia do Açúcar”, que estreia no Teatro I do Centro Cultural Banco do Brasil Rio de Janeiro, no próximo dia 30 de agosto e fica em cartaz até 1º de outubro de 2023. Será a última peça encenada no espaço, antes das obras de revitalização da sala. O patrocínio do espetáculo é do Banco do Brasil.
O espetáculo tem idealização do autor e diretor Marcos Damigo, que esteve no CCBB Rio de Janeiro no início de 2020 com “Leopoldina, Independência e Morte”. Em “Babilônia Tropical”, ele aborda as contradições do projeto de modernidade nascente e sua violência nos cruzamentos entre gênero, classe e raça, e as transformações que iriam ditar os rumos do mundo. Tais questões são investigadas por meio da história de Anna Paes, uma controversa mulher que viveu no período e escreveu um bilhete ao aristocrata neerlandês Maurício de Nassau, presenteando-o com seis caixas de açúcar quando ele chegou ao Brasil, e até hoje é guardado no Arquivo Nacional dos Países Baixos.
Segundo Marcos Damigo, é de suma importância trazer para o palco a história do Brasil e evocar um passado que insiste em continuar existindo. “E tem uma potência muito grande em tornar presentes, aqui e agora, os eventos que nos constituem. O interesse do público nesse tipo de obra é uma prova disso. Ao mesmo tempo, é uma responsabilidade imensa dar vida às pessoas que vieram antes de nós, para que possamos transformar o modo como nos enxergamos e assim, quem sabe, ativar nossa sensibilidade para uma melhor compreensão de nós mesmos”, explica Damigo.
Carol Duarte, atriz que dá vida à personagem, reforça que a base da história brasileira foi criada sobre a cultura escravocrata e nesse sentido alguns nomes não podem ser esquecidos. “Os vilões da nossa história devem ser nomeados para que, no presente, possamos extirpar qualquer indício dessa herança escravocrata, recolocando nos devidos lugares os que foram capturados e os que capturam. Hoje, infelizmente, estamos recebendo muitas notícias de empresas com trabalho escravo e, nesta terra, isso não é novidade. Que o teatro possa jogar luz na barbárie que ainda hoje reside no coração do Brasil”, pontua a atriz.
Além de Carol Duarte, o elenco também conta com Ermi Panzo, Jamile Cazumbá e Leonardo Ventura, e como músico em cena Adriano Salhab. Para Ermi Panzo, artista angolano radicado há quase dez anos no Brasil, a dramaturgia traz a ressurreição de uma personagem do século XVII e fabrica questionamentos ao revisitar fantasmas nos abrigos do escravismo e do colonialismo.
“A proposta da obra consiste na montagem de uma engrenagem que questiona a própria ideia de desenterrar essa personagem secular e é confrontada de forma paralela e/ou direta, através de subjetividades que revelam abertamente a tradução de um racismo e, obviamente, a condição de selvagem e apagamento dos indígenas. Portanto, durante a peça, segue-se nessa tentativa do aterramento dessa mulher e outras formas de reparação histórica”, aponta.
A obra também traz a fotografia de um cenário dinâmico, que transcende o trabalho, resultando num conjunto de elementos irregulares que caracterizam a precariedade do trabalho e das condições de vida do trabalhador, atentando contra sua dignidade e à negritude majoritariamente. “Gente, para quê ressuscitar essa mulher? Deixa ela lá, morta e enterrada”, essa é umas das falas da personagem Milena, ao se referir a Anna Paes. Jamile Cazumbá, atriz que interpreta a Milena, questiona “como nós, pela arte, podemos identificar e nos despirmos de códigos, formas e fórmulas que invisibilizam, silenciam, distorcem, deslegitimam e violentam a existência de um povo e as subjetividades de cada corpo existente nele?”
A peça tem muitas camadas a serem absorvidas, conclui Leonardo Ventura, ator do espetáculo. “Enfrentamos, aqui, a questão central diante do teatro contemporâneo: a chegada de temáticas antes ocultas ou apagadas que demandam novos engendramentos, tanto de relações formais, quanto de relações profissionais e pessoais.”
O Brasil é um país formado, desde o período colonial, por pessoas negras, mas com histórias desenhadas por brancos que submeteram essas pessoas aos mais danosos traumas. A peça traz uma releitura de como a escravização de pessoas negras moldou a imagem do país.
“A imagem de um país e de uma nação é moldada ao longo de gerações, é uma ideia muito bem trabalhada e com muitos contornos. A representação histórica, exemplificada pela personagem Anna Paes, reflete nossas escolhas sobre como perpetuar a história, a imagem e seus pares. A história brasileira foi feita de brancos para brancos. Aqui questionamos não só os reconhecimentos em si, como também seus privilégios e barreiras que precisam ser superadas para se estar em outro lugar”, analisa o produtor do espetáculo, Gabriel Bortolini.
As pesquisas do diretor e idealizador da peça, Marcos Damigo, começaram logo após as restrições impostas pela pandemia da Covid-19. Em 2022 passou um período no Recife, vasculhando documentos e acervos de museus sobre a época da invasão holandesa durante o século XVII. Foi nessa viagem que conheceu o historiador Daniel Breda, que se tornou consultor histórico do projeto. Ainda segundo o diretor, a peça propõe um olhar para o início da Modernidade que estruturou as relações no mundo a partir daquela época e mantém o Brasil numa posição colonial até hoje, como mero provedor de matérias-primas para outros países. “A Holanda naquela época deu início a um processo de transformação social que deságua em valores muito caros a nós, como a liberdade individual, por exemplo. Ao mesmo tempo, esse ideal de liberdade do projeto dito moderno mascara, ainda hoje, a exploração de seres humanos e da natureza que está levando o planeta a uma situação insustentável”, reforça.
FICHA TÉCNICA PRINCIPAL
- Marcos Damigo – idealização e direção geral
- Gabriel Bortolini e Marcos Damigo – concepção
- Ermi Panzo e Marcos Damigo – dramaturgia
- Gabriel Bortolini – direção de produção
- Carol Duarte, Jamile Cazumbá, Ermi Panzo e Leonardo Ventura – elenco
- Lúcia Bronstein – interlocução artística
- Adriano Salhab – direção musical e música ao vivo
- Wagner Pinto – iluminação
- Simone Mina – direção de arte
- Ricardo Aleixo | CORPO SOBRE TELA e Julia Zakia – vídeos
- Daniel Breda – consultoria histórica
- Glaucia Verena – preparação vocal e consultoria artística e dramatúrgica
- Pat Bergantin – preparação corporal
- Uma produção REPRODUTORA
- Patrocínio BANCO DO BRASIL
- Apoio institucional EMBAIXADA DOS PAÍSES BAIXOS
- Realização CENTRO CULTURAL BANCO DO BRASIL
SERVIÇO
- Temporada | de 30 de agosto a 01 de outubro de 2023
- Horário | de quarta a sábado, às 19h / domingo às 18h
- Local | Teatro I | CCBB RJ
- Endereço | R. Primeiro de Março, 66 – Centro, Rio de Janeiro – RJ, 20010-000
- Contato: 21 3808-2020 | [email protected]
- Capacidade do teatro | 172 lugares (sendo 06 espaços para PMR e PCD e 06 para acompanhantes)
- Ingresso |R$ 30,00 (inteira), e R$ 15 (a meia para estudantes, professores, profissionais da saúde, pessoa com deficiência (e acompanhante, quando indispensável para locomoção), adultos maiores de 60 anos e clientes BB), à venda em bb.com.br/cultura ou na bilheteria do CCBB Rio de Janeiro
- Classificação indicativa |14 anos
- Duração | 84min
- Mais informações em www.bb.com.br/cultura
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Com texto e direção de Carlos Canhameiro, peça ‘xs CULPADXS’ aborda o horror face ao desconhecido
Uma família se muda para uma pequena cidade do interior e é vítima de um massacre após ser acusada de infectar os habitantes daquela localidade com uma doença fatal. Esse é o argumento do novo espetáculo adulto de Carlos Canhameiro, xs CULPADXS, que faz apresentações gratuitas entre agosto e outubro. A primeira temporada acontece entre os dias 31 de agosto e 17 de setembro, no TUSP Butantã, com sessões às quintas e às sextas, às 20h, e, aos domingos, às 19h. Depois, a peça segue para o Galpão do Folias, de 28 de setembro a 8 de outubro, com apresentações às quintas e às sextas, às 21h, aos sábados, às 18h e às 21h, e, aos domingos, às 18h.
A dramaturgia, assinada por Canhameiro, nasceu em maio de 2020 e foi publicada pela editora Mireveja em 2022. E a boa notícia é que o livro será distribuído gratuitamente para os interessados em todas as sessões. “Minha intenção não era refletir sobre a pandemia de Covid-19, até porque ela ainda estava muito no começo, mas sim escrever uma espécie de thriller sobre o horror do desconhecido e ao mesmo tempo sobre as diversas formas de se fazer teatro, entre o drama, o épico e o pastelão!”, comenta.
Dessa forma, xs CULPADXS mostra a chegada de um casal com 3 filhos em uma cidadezinha, os momentos de tensão vividos por eles quando os vizinhos descobrem que uma das filhas está gripada, uma série de mortes, uma tentativa de apaziguamento dos ânimos e a violência extrema que culmina na morte dos pais e de um dos filhos.
O público acompanha o andamento das investigações e como todos esses acontecimentos impactam os envolvidos e a vida das crianças sobreviventes. Em paralelo, vez por outra os atores assumem um certo papel de ombudsman e fazem comentários sobre as cenas, criticando as estruturas da peça. “Eu gostaria de mostrar como o teatro dramático não dá conta de retratar uma realidade tão complexa, na verdade, de como o teatro não precisa se render às representações de situações reais como uma forma de explicá-las”, diz o dramaturgo. No elenco estão Daniel Gonzalez, Marilene Grama, Nilcéia Vicente, Yantó, Rui Barossi e Paula Mirhan.
A CULPA
No fim das contas, é um espetáculo centrado na culpa. Canhameiro sente-se culpado por escrever um drama, os policiais procuram um culpado para os assassinatos e os habitantes da cidade buscam um culpado pelas mortes que começam a ocorrer quando os novos vizinhos chegam. E para embalar tanta culpa a escolha da trilha sonora executada ao vivo é por músicas sertanejas femininas que fazem sucesso desde a década de 1980. Tem canções de As Marcianas, as Irmãs Galvão, Roberta Miranda, Sula Miranda, Marília Mendonça, Simone & Simaria e outras.
“Há algo nessas músicas, no modo como elas são cantadas, nos tipos de culpa que apresentam: ciúmes, a acusação do outro pelo fim de um relacionamento, a infidelidade… Há algo que embala uma maneira de ser, de se relacionar, de amar que me parece dialogar com a peça”, defende Canhameiro, que também dirige xs CULPADXS.
O cenário de José Valdir Albuquerque é formado por dois andares. Na parte de cima estão os músicos, numa espécie de ambiente familiar mais refinado, na parte de baixo há um bar dos anos 80, onde se desenrola todas as cenas dramáticas da peça. Atores e músicos transitam pelos dois ambientes.
FICHA TÉCNICA
- Encenação e dramaturgia: Carlos Canhameiro
- Elenco: Daniel Gonzalez, Marilene Grama, Nilcéia Vicente, Yantó, Rui Barossi e Paula Mirhan
- Trilha Sonora e música ao vivo: Paula Mirhan, Rui Barossi e Yantó
- Cenário: José Valdir Albuquerque e Carlos Canhameiro
- Figurinos: Bianca Scorza (acervo Godê)
- Técnico de som: Pedro Canales
- Técnico de luz: Cauê Gouveia
- Produção: Corpo Rastreado
- Assessoria de imprensa: Canal Aberto
- Prêmio Zé Renato de Teatro – Prefeitura de São Paulo
SERVIÇO
xs CULPADXS
Duração: 100 min | Classificação: 14 anos
TUSP BUTANTÃ
Data: 31 de agosto a 17 setembro de 2023, às quintas e às sextas, às 20h, e, aos domingos, às 19h
Endereço: R. do Anfiteatro, 109 – Campus Butantã – São Paulo – SP
Ingressos: gratuitos | Retirada com 1 hora de antecedência
GALPÃO DO FOLIAS
Data: 28 de setembro a 8 de outubro, às quintas e às sextas, às 21h, aos sábados, às 18h e às 21h, e, aos domingos, às 18h
Endereço: R. Ana Cintra, 213 – Santa Cecília
Ingressos: gratuitos | Retirada com 1 hora de antecedência
Orquestra Parassinfônica de São Paulo chega ao Theatro Municipal do Rio de Janeiro
A Orquestra Parassinfônica de São Paulo – OPESP – primeira orquestra brasileira que dá protagonismo às pessoas com deficiência, fará um concerto especial no dia 28 de agosto, às 19h, no Theatro Municipal do Rio de Janeiro. Após estrear a temporada 2023 no 53º Festival de Inverno de Campos do Jordão, o maior evento de música clássica da América Latina, a orquestra iniciou a turnê de concertos e agora se prepara para proporcionar momentos inesquecíveis ao público do Rio de Janeiro.
A OPESP estará sob regência do reconhecido maestro Marcos Arakaki e com a participação especial da soprano Caroline Brito. A orquestra, que percorre desde 2022 uma jornada em direção à inclusão social por meio da música clássica, após a apresentação no Rio de Janeiro, segue turnê para mais outros três concertos, passando pela capital paulista, Botucatu e Santos.
Para este concerto a OPESP trará um repertório diversificado que inclui obras de compositores como Mozart, Bizet, Tchaikovsky entre outros. O público terá a oportunidade de se maravilhar com performances memoráveis e mergulhar na magia da música clássica.
“A grande maioria dos músicos da OPESP vivenciou pela primeira vez na vida a experiência da rotina de uma orquestra sinfônica. Dadas todas as dificuldades impostas sobre as pessoas com deficiência, para elas chegava a ser difícil até mesmo encontrar escolas de música para estudar. Hoje serem protagonistas da OPESP e terem contato com um corpo técnico deste nível, é extremamente recompensador”, detalha Igor.
“Na Shell, temos o compromisso de contribuir para o desenvolvimento social do país, onde operamos há 110 anos. A Orquestra Parassinfônica de São Paulo, da qual temos o orgulho de sermos apresentadores, é um belo exemplo de iniciativa que reúne elementos fundamentais para a nossa companhia, com a valorização da cultura nacional e o empoderamento de grupos minorizados. Acreditamos que apoiar o projeto é uma maneira de avançar na construção de uma sociedade mais inclusiva, impactando positivamente milhares de vidas”, destaca Glauco Paiva, gerente executivo de Comunicação e Responsabilidade Social da Shell Brasil.
“Para a John Deere, mais do que trazer emprego e renda para as regiões onde estamos inseridos, é preciso também retribuir às comunidades com projetos sociais que construam uma sociedade forte, engajada e sustentável. Por isso, apoiamos a Orquestra Parassinfônica de São Paulo, um projeto que leva cultura e inspiração para muitas pessoas por meio da música, transformando vidas e promovendo a inclusão”, comenta Edilson Proença, presidente do Instituto John Deere.
Sobre a OPESP
Promover inclusão social por meio da música clássica era o sonho do produtor cultural e mestre em atividades culturais e artísticas Igor Cayres. Com vivências pessoais e profissionais com cadeirantes no passado, em 2022 ele conseguiu captar patrocinadores, encontrar profissionais habilitados, selecionar e capacitar uma orquestra de mais de 30 pessoas e estrear a OPESP – a primeira orquestra parassinfônica de São Paulo – em nenhum lugar menos que a Sala São Paulo, mesmo palco por onde passam gigantes da música mundial.
O gigantesco esforço valeu a pena. No mesmo ano o projeto conquistou o Prêmio Governo do Estado de São Paulo para as Artes 2022 na categoria Inclusão, Diversidade e Acesso à Cultura e ganhou novo fôlego para seguir seu caminho.
O projeto envolve, além de ensaios e concertos, a preparação de todos os músicos por meio de aulas em um processo de crescimento e amadurecimento. A área pedagógica da orquestra está sob a coordenação da pianista e renomada professora Aída Machado, Mestre em Música ECA-USP.
A OPESP é uma realização da Associação Orquestra Parassinfônica do Estado de São Paulo – OPESP, apresentada pela Shell, John Deere e Ministério da Cultura, com apoio da Secretaria Municipal de Cultura de São Paulo, da Secretaria de Cultura e Economia Criativa do Estado do Rio de Janeiro, do Governo do Estado de São Paulo por meio da Secretaria de Cultura, Economia e Indústria Criativas, e patrocínio da Syngenta, Raia Drogasil, Liberty Seguros.
Sobre a Shell Brasil
Prestes a completar 110 anos no país, a Shell é uma empresa de energia integrada com participação em Upstream, no Novo Mercado de Gás Natural, Trading, Pesquisa & Desenvolvimento e no Desenvolvimento de Energias Renováveis, com um negócio de comercialização no mercado livre e produtos ambientais, a Shell Energy Brasil. Aqui, a distribuição de combustíveis é gerenciada pela joint-venture Raízen, que recentemente adquiriu também o negócio de lubrificantes da Shell Brasil. A companhia trabalha para atender à crescente demanda por energia de forma econômica, ambiental e socialmente responsável, avaliando tendências e cenários para responder ao desafio do futuro da energia.
OPESP – TEMPORADA DE CONCERTOS 2023
Rio de Janeiro – Theatro Municipal do Rio de Janeiro
- Dia: 28 de agosto
- Horário: 19h
- Endereço: Praça Floriano, S/N – Centro, Rio de Janeiro – RJ, 20031-050
- Ingressos: R$ 20 inteira I R$ 10 meia, em Opesp
Botucatu – Teatro Municipal de Botucatu
- Dia: 16 de setembro
- Horário: 20h
- Endereço: Praça Coronel Rafael de Moura Campos, 27 – Centro, Botucatu – SP, 18600-000
São Paulo – Sala São Paulo
- Dia: 30 de setembro
- Horário: 21h
- Endereço: Praça Júlio Prestes, 16 – Campos Elíseos, São Paulo – SP, 01218-020
- Santos – Teatro Municipal Braz Cubas
- Dia: 14 de outubro
- Horário: 20h
- Endereço: Av. Senador Pinheiro Machado, 48 – Vila Mathias, Santos – SP, 11075-907