Os solos passeiam por três séculos atravessando os universos da literatura, através da escritora Mary Shelley (1797-1851) e seu Frankenstein, no século XIX; das artes plásticas, através da escultora Camille Claudel (1864-1943), que viveu à sombra do amante e escultor Auguste Rodin, no século XX; e do teatro, através da história pessoal da atriz Denise Dietrich (século XXI), sobrinha-neta de Marlene Dietrich.
ESTREIAS
- 06 de novembro: “AQUELE TREM”
- 07 de novembro: “CRIATURA, UMA AUTÓPSIA”
- 08 de novembro: “INVENTÁRIO”
- ONDE: Teatro Poeirinha – Rua São João Batista, 104 – Botafogo / RJ
HORÁRIOS:
“AQUELE TREM” – às terças e quartas às 20h
“CRIATURA, UMA AUTÓPSIA” – às quintas e sextas às 20h
“INVENTÁRIO” – aos sábados às 20h e domingos às 19h
INGRESSOS: R$80,00 e R$40,00 (meia) em www.sympla.com.br ou na bilheteria de 3ª a sab das 15h às 20h e dom das 15h às 19h / CAPACIDADE: 50 lugares / DURAÇÃO: “Aquele Trem” (80 min) / “Criatura, Uma Autópsia” (70 min) / “Inventário” (60 min) / GÊNERO: drama / CLASSIFICAÇÃO: 12 anos / ACESSIBILIDADE: sim / TEMPORADA: até 21 de dezembro
“Eu arriscaria adivinhar que Anônimo, que escreveu tantos poemas sem nunca os assinar, foi muitas vezes uma mulher.” (Virginia Woolf, “Um Teto Todo Seu”, 1928)
“MOSTRA ANÔNIMAS – três solos autorais” trata da supressão da autoria feminina ao longo do tempo, exemplificada nos universos da literatura, das artes plásticas e do teatro.
Três mulheres em três espetáculos autorais solo sobre três artistas em três períodos históricos (início dos séculos XIX, XX e XXI) e um universo de desafios em comum.
É impossível separar a narrativa de “Frankenstein” das experiências de sua autora, Mary Shelley, com a morte e o abandono, com sua própria luta por espaço numa vida cercada por intelectuais de renome. A obra destruída de Camille Claudel, suas peças atribuídas ao amante Auguste Rodin e o fim precoce da carreira por conta de sua saúde mental são tão relevantes para sua história quanto as obras que sobreviveram. O esgotamento da mulher Denise Dietrich, sobrinha-neta da estrela alemã do cinema, e o ato de tomar posse da própria narrativa num espetáculo autoral que afirma sua identidade como criadora e propositora.
As atrizes e suas personagens, assim como outras artistas ao longo da história até os dias de hoje, buscam ser ouvidas e ter seu valor simbólico – e econômico – reconhecido.
Os três solos juntos formam um mosaico sobre o que é ser artista mulher na sociedade patriarcal. As ideias e as estéticas se completam, buscando criar novas narrativas para as artistas mulheres.
OS SOLOS
“CRIATURA, UMA AUTÓPSIA”, de Bruna Longo
“Essa questão do silenciamento feminino não é só uma questão de atrizes no mercado do teatro mas, mais importante, do protagonismo de dramaturgas e diretoras. Temos no teatro um histórico das atrizes musas. Musas de grandes diretores, de grandes dramaturgos, sempre nesse lugar quase de um bibelô, uma boneca na estante. A partir do momento em que começamos a contar nossas histórias, saímos desse lugar e entramos no lugar do protagonismo. Lembrei de uma frase da (jornalista feminista norte-americana) Gloria Steinem, “um pedestal é uma prisão tanto quanto qualquer outro espaço pequeno.” (Bruna Longo).
A escritora Mary Shelley publicou de forma anônima seu romance “Frankenstein, ou O Prometeu Moderno” em 1818. Era inconcebível para a época uma mulher, ainda mais uma jovem de 18 anos, ter escrito uma obra que fugia do padrão clássico de “literatura para mulheres”. O livro foi atribuído a seu parceiro, o célebre poeta Percy Bysshe Shelley. Mesmo com a edição de 1831 trazendo o nome da autora e prefácio sobre a origem do romance, ainda hoje há teorias questionando sua autoria. Mary passou boa parte de sua vida definida pelos que a cercavam.
“Que importa quem fala? Saber que Frankenstein foi escrito por uma jovem de 18 anos não afeta a apreciação da obra? Não faz mesmo parte da obra?” Durante o processo criativo, a atriz se viu mergulhada nesses questionamentos. “Frankenstein” é um romance sobre o ato da criação e sobre busca por identidade e pertencimento, e o espetáculo se debruça sobre esses temas, friccionando a vida de Mary Shelley e sua obra mais famosa.
SINOPSE – Fricção entre o romance Frankenstein e a vida de sua autora, Mary Shelley.
Concepção, Dramaturgia e Atuação: Bruna Longo | Assistentes: Giovanna Borges e Letícia Esposito | Cenário: Bruna Longo e Kleber Montanheiro | Cenotécnica: Evas Carreteiro, Nani Brisque e Alício Silva | Figurinos: Kleber Montanheiro | Objetos: Bruna Longo | Desenho de Luz: Rodrigo Silbat | Trilha: Bruna Longo | Fotos: Danilo Apoena | Colaboradores Artísticos: Larissa Matheus (provocações de dramaturgia), Lino Colantoni (edição de trilha), Mateus Monteiro (interpretação textual), Victor Grizzo (direção de arte) e Anna Toledo (canto)
“INVENTÁRIO”, de Erica Montanheiro
“O texto de Inventário começou a ser gestado em 2009 quando me deparei com uma foto da artista Camille Claudel, já nos últimos meses de sua vida, internada num asilo psiquiátrico. A imagem daquela mulher, que um dia foi a genial artista, transmitia um vazio horrível, uma morte em vida. Um grande e perturbador silêncio. Em 2013 o texto começou a ser escrito a partir daquela figura, com fatos da vida dela e outros elementos autobiográficos meus, além de muitos trechos imaginados. Não é difícil se ver em outra artista quando se trata de apagamento histórico. A montagem foi realizada em 2019. Fala da importância da autoria quando se é uma artista mulher, sobre silenciamento feminino ao longo da história e também sobre morte. Fizemos uma primeira temporada em SP e fomos selecionados para uma circulação do CCBB em 2020 que incluía o Rio de Janeiro. Tudo foi interrompido com a pandemia. Muitas mortes aconteceram depois disso – o luto passou a me acompanhar, para além das vidas ceifadas pela pandemia, e para além das mortes simbólicas que nos atravessaram. Idealizar e trazer esse espetáculo ao Teatro Poeirinha, dentro de uma Mostra com duas outras mulheres, é revisitar minha história como artista, uma parte dela que foi abortada em 2020. É um renascimento e um recomeço.” (Erica Montanheiro)
Escrito e interpretado por Erica Montanheiro e dirigido por Eric Lenate, “Inventário” é inspirado na vida e na obra da artista plástica francesa Camille Claudel (1864-1943), que passou 30 anos encarcerada em uma instituição psiquiátrica. Antes de ser internada, viveu durante muitos anos à sombra de dois homens – seu irmão escritor Paul Claudel e seu amante escultor Auguste Rodin, de quem foi aprendiz e assistente. Diante de uma relação abusiva com Rodin (que era casado e mantinha Camille como sua amante) e das dificuldades de ser reconhecida e se firmar economicamente, apesar de seu imenso talento como escultora, Claudel se posicionou fortemente contra aquela organização social patriarcal. Foi rotulada como desajustada, abandonada, silenciada – ações de extrema violência que a fizeram, num ato de coragem e revolta, destruir boa parte da própria obra artística. Morreu em um asilo psiquiátrico e foi enterrada em uma vala comum. A peça Inventário é um ato de libertação da figura da mulher Camille Claudel.
SINOPSE – Uma mulher – que um dia foi a escultora Camille Claudel – presa em um lugar sufocante, fala consigo mesma, com uma cobra que passeia pela sua cabeça e com seus algozes. Ela se prepara para deixar aquele lugar. Durante esta preparação se dá conta de que já deixou o mundo físico, que agora é um espectro que pertence ao mundo dos mortos. Diante desta constatação ela acessa suas memórias, buscando compreender seu destino e que legado deixará para o mundo dos vivos.
Dramaturgia e Atuação: Erica Montanheiro | Direção: Eric Lenate | Assistência de Direção: Mateus Monteiro | Arquitetura Cênica: Erica Montanheiro e Eric Lenate | Trilha Sonora Original, Sonoplastia e Engenharia De Som: L.P. Daniel | Figurino e Visagismo: Carol Badra e Leopoldo Pacheco | Desenho de Luz: Aline Santini | Direção Audiovisual e identidade visual: Laerte Késsimos | Canções Originais e Assistência de Direção Musical: Luisa Gouvêa | Colaboração no texto e nas canções em francês: Fabrice Bidaury | Preparação Músico-Vocal: Cida Moreira | Fotos: Kim Leekyung e Danilo Apoena | Vozes em off: Ministros – Erica Montanheiro; Mãe – Clara Carvalho; Madre – Larissa Matheus; Irmã e Interna – Aurea Braucs; Interna – Ligia Yamaguti
“AQUELE TREM”, de Denise Dietrich
“Quando surgiu a hashtag #meuprimeiroassedio em 2015, li vários relatos, alguns de amigas bem próximas, que nunca tinham confidenciado algo parecido antes. Fiz força para lembrar se tinha acontecido comigo também. E resgatei muitas coisas, inclusive uma boca molhada cheirando a cachaça que me beijou quando tinha 6 anos. Percebi aí que o racional escondia algumas lembranças como forma de sobrevivência. Mas que no corpo, em algum lugarzinho, estava marcado. Meu corpo reverberava o que a memória camuflava. E foi também por sobrevivência, que revirei meu porão.” (Denise Dietrich)
“Aquele Trem” é um espetáculo autobiográfico e documental, um olhar da atriz sobre a própria história pessoal da menina criada no interior das Gerais, sobrinha-neta da grande estrela de cinema Marlene Dietrich. Mesmo o parentesco sendo motivo de orgulho para a família, Denise passou a vida ouvindo que sua escolha profissional a igualava a uma prostituta. A atriz busca as lembranças da sua criação, os abusos e a alienação parental e investiga como esses traumas a transformaram em quem é hoje. Denise conta a própria história para que não venha outra pessoa tomar posse dela.
SINOPSE – Uma menina criada no interior das Gerais que, entre amarelinha, briga de galo e beijo surrupiado, vê sua meninice ser roubada. Agora, esse corpo crescido manifesta toda a perturbação familiar, os abusos e abandonos que a memória, por sobrevivência, tentava esconder.
Dramaturgia e Atuação: Denise Dietrich | Direção: Erica Montanheiro | Direção de Movimento: Bruna Longo | Diretora Assistente: Ana Elisa Mattos | Design Gráfico: Kleber Montanheiro | Fotos: Danilo Apoena | Desenho de Luz: Gabriele Souza | Cenografia e Arte: Kleber Montanheiro | Diretora Audiovisual: Julia Rufino | Caracterização Vídeo Marlene: Beto França | Trilha e Figurino: Erica Montanheiro | Videomapping: Rafael Marreiros | Costureira Roupa de Cima: Zenilda Bezerra | Cenotécnico: Evas Carretero
HISTÓRICO DO PROJETO
O projeto, inicialmente chamado ANÔNIMO MUITAS VEZES FOI MULHER, foi idealizado por Bruna Longo e contemplado pela 11º Prêmio Zé Renato de Fomento ao Teatro de São Paulo em 2020, tendo em sua primeira formação os espetáculos “Criatura, Uma Autópsia”, da idealizadora; “Inventário”, de Erica Montanheiro; e um terceiro espetáculo. O projeto original foi realizado em formato audiovisual, tendo os espetáculos sido transmitidos pelas redes sociais de quatro teatros da cidade de São Paulo por um período de quatro meses durante a pandemia de COVID19. Além dos espetáculos, aconteceram duas mesas de debate sobre o silenciamento histórico de autoras mulheres e uma oficina de Criação de Espetáculos Solos Autorais Femininos, ministrada por Bruna Longo e Erica Montanheiro. Desta oficina surgiu a dramaturgia de “Aquele Trem”, de Denise Dietrich, hoje solo integrante da mostra – e que tem a direção geral e a direção de movimento de Erica e Bruna. Embora as peças tenham feito temporadas individuais em SP, a mostra Anônimas, com estes três espetáculos juntos, é inédita e faz sua estreia no Teatro Poeirinha no Rio de Janeiro. Esta temporada tem o ator, diretor e cenógrafo Flávio Tolezani como produtor associado e diretor técnico da ocupação do Poeirinha.
FICHA TÉCNICA
- Idealização: Bruna Longo, Denise Dietrich e Erica Montanheiro
- Produtor Associado e Direção Técnica da Mostra: Flávio Tolezani
- Consultoria Cenotécnica da Ocupação: Kleber Montanheiro
- Artes Gráficas: Kleber Montanheiro e Patrícia Cividanes
- Fotos: Danilo Apoena, Kim Leekyung e Marcelle Cerutti
- Operador de Luz: Bruno Aragão
- Operador de Som e Vídeo / Videomapping: Rafael Marreiros
- Direção de Produção: Erica Montanheiro
- Produção Executiva: Bruna Longo e Denise Dietrich
- Marketing Digital: Lead Performance
- Realização Lolita & La Grange Produções Artísticas, Teatro Volátil Produções Artísticas e Cia. desaFRONTe
- Apoio: Antro Positivo
- Assessoria de Imprensa: JSPontes Comunicação – João Pontes e Stella Stephany
BRUNA LONGO
Concepção, dramaturgia, atuação, trilha e objetos de “Criatura, Uma Autópsia”
Direção de movimento de “Aquele Trem”
Atriz, dramaturga, produtora, diretora de movimento, pesquisadora corporal e educadora, tendo trabalhado em projetos na Europa, Brasil e Estados Unidos. Mestre em Movement Studies pela Royal Central School of Speech and Drama – University of London, Reino Unido, 2010. Colaborou com a companhia dinamarquesa Odin Teatret, dirigida por Eugenio Barba, de 2006 a 2010, e foi membro da Cia. da Revista, de São Paulo, de 2010 a 2016. Entre seus trabalhos mais recentes como atriz estão Os 3 Mundos, com direção de Nelson Baskerville, no Teatro Popular do SESI (2018); Um Dez Cem Mil Inimigos do Povo, de Cassio Pires sobre texto de Henrik Ibsen, direção de Kleber Montanheiro (2016); Ópera do Malandro, de Chico Buarque de Hollanda, direção de Kleber Montanheiro (2014/15); Crônicas de Cavaleiros e Dragões, de Paulo Rogério Lopes, direção de Kleber Montanheiro, Teatro Popular do SESI (2013); Kabarett, direção de Kleber Montanheiro (2012/14); Cabeça de Papelão, de Ana Roxo, sobre conto de João do Rio, direção de Kleber Montanheiro, Prêmio de Melhor Atriz no Festival de Teatro de Taubaté em 2013 (2012/16); Cada Qual no Seu Barril, dramaturgia corporal de Bruna Longo e Daniela Flor, direção de Kleber Montanheiro, indicada como melhor atriz ao prêmio FEMSA de Teatro Infantil e Jovem em 2012 (2011/2018); Carnavalha, de Bruna Longo, direção de Kleber Montanheiro (2011); The Marriage of Medea, direção de Eugenio Barba, Holstebro, Dinamarca (2008); Landrus & Cassia, escrito e dirigido por Brian O’Connor, Virginia, EUA (2007); Shentai – The Circus Must Go On, direção de Martha Mendenhall, Virginia, EUA (2007); Ur-Hamlet, direção de Eugenio Barba, Ravenna, Itália – Helsingør, Dinamarca – Holstebro, Dinamarca – Wroclaw, Polônia (2006/09).
ERICA MONTANHEIRO
Concepção, dramaturgia, atuação e cenografia de “Inventário”
Direção, figurinos e trilha de “Aquele Trem”
Atriz, diretora, dramaturga e preparadora de elenco, formada pela École Philippe Gaulier, na França, em Letras pela USP e em Cinema e Audiovisual. Realizou pesquisa sobre o Melodrama em residência artística na Cité des Arts (Paris) e Estágio no Théâtre du Soleil, em 2008/09.Trabalhou com Jô Soares de 2011 a 2022, integrando o elenco de 5 peças dirigidas por ele. Em 2019, idealizou o projeto Balada dos Enclausurados (texto, direção e atuação) em parceria com Eric Lenate – eleita como peça do ano pela Revista Veja SP. Recentemente, protagonizou a peça Gaslight, última direção de Jô Soares. Protagoniza a animação Os óculos mágicos de Charlotte, na qual faz a voz da personagem-título, uma criação de Suppa e Miguel Falabella. Trabalhou sob a direção de grandes nomes do teatro paulista como William Pereira, Fernando Neves, Newton Moreno, Malu Bazan, Marco Antonio Pâmio, Caco Ciocler. Idealizou, produziu e preparou o elenco do musical Cabaret, com direção de Kleber Montanheiro, que cumpriu temporada no 033 Rooftop em 2024. Preparou o elenco de Elvis – a musical revolution, com direção de Miguel Falabella, Teatro Santander. Diretora-assistente em Fica comigo essa noite, de Flavio de Souza, com Marisa Orth e Miguel Falabella, direção geral Bruno Guida, Teatro Tivoli (Lisboa) e atualmente em cartaz no Rio. Diretora-assistente de Miguel Falabella no solo de Zezé Polessa Os Olhos de Nara Leão, atualmente em cartaz em SP. Foi preparadora de elenco no musical Uma coisa engraçada aconteceu a caminho do fórum, protagonizada por Miguel Falabella, e no musical Chorus Line, atualmente em cartaz, ambos com direção de Bárbara Guerra. Venceu os prêmios FEMSA por Sonho de uma noite de verão, direção de Kleber Montanheiro, e Aplauso Brasil, por Histeria, direção de Jô Soares, ambos na categoria Melhor Atriz Coadjuvante. Foi indicada aos prêmios São Paulo de Incentivo ao Teatro Infantil e Jovem 2014 na categoria Melhor Atriz Coadjuvante pelo espetáculo O rei e a coroa enfeitiçada, direção de Cynthia e Débora Falabella; Prêmio Cenym de teatro 2017 como Melhor Atriz Coadjuvante por Histeria e Aplauso Brasil, por seu solo Inventário (2019), na categoria Melhor Atriz.
DENISE DIETRICH
Concepção, dramaturgia, atuação de “Aquele Trem”
Atriz, dramaturga e escritora. Nasceu em 1980, cresceu em Resplendor, cidade do Vale do Rio Doce, em Minas Gerais. Estudou Artes Cênicas na Cal (Casa das Artes de Laranjeiras), Rio de Janeiro, e é radicada em São Paulo há dez anos. Entre seus trabalhos como atriz no teatro estão Aquele Trem, de sua autoria e com direção de Erica Montanheiro (2022); Ocupação Nós, com direção de Rafael Salmona (2017); Heroídes: Cartas de Amor e Morte, de Ovídio, com direção de Francisco Taunay (2014); Ensaio sobre o Amor pelo Buraco da Fechadura, com direção de Mayara Máximo (2012/14); Além as Estrelas São Nossa Casa, de Abel Neves, com direção de Guilherme Delgado (2012/2013); Formas Breves, de Bia Lessa (2009), que participou do Festival de Curitiba (2010); C8H11NO2, de Thierry Tremouroux (2008/09). É artista criadora da Cia desaFRONTe de Teatro e da marca Roupa de Cima. Autora do romance Aquele Trem, publicado em 2025 pela Editora Patuá.
FLAVIO TOLEZANI
Produtor associado e diretor técnico da mostra
Ator, diretor e cenógrafo. Fez as três temporadas da série DOM (2021, Prime Video), além das séries Independências (2022, TV Cultura), Boca a Boca (2020, Netflix), A Teia (2014, Globo), entre outras. Na TV, teve papeis de destaque nas novelas O Outro Lado do Paraíso (2018, Globo), Eta Mundo Bom (2016, Globo), Verdades Secretas (2015, Globo). No teatro possui mais de 20 anosde experiência, tendo trabalhado com os
diretores Marco Antonio Rodrigues, Gabriel Villela, Eduardo Tolentino e Bruno Guida. Recentemente esteve em cartaz com Elis, a musical, direção Dennis Carvalho. Atualmente está no ar na novela das 18h, Eta Mundo Melhor, direção Amora Mautner.