Multiartista pan-africanista, DJ do Zimbábue chega ao Rio para lançar clipe que mistura funk carioca com amapiano, gênero musical originário da África

Xander Pratt gravou “Brazilian Funk” em locais simbólicos do Rio como a Escadaria Selarón e o Vidigal

por Redação

Nascido no Zimbábue e radicado no Marrocos, Xander Pratt, 33 anos, multiartista pan-africanista – movimento que propõe a união dos povos da África para potencializar a voz do continente – está no Brasil para dar continuidade ao projeto de sua jornada musical que está percorrendo o mundo e pesquisa novos gêneros e novas colaborações artísticas.
Ligado ao Instituto Internacional de Teatro da UNESCO, sediado em Paris, na França, Xander está lançando, no Brasil, junto com o DJ e produtor musical angolano Joss Dee, há 10 anos vivendo no Rio, o clipe de sua música “Brazilian Funk”, resultado de sua estadia no Rio, ano passado, no Morro do Vidigal, onde conheceu mais sobre a cultura funk.

Ao conhecer o gênero, ficou deslumbrado, segundo ele, “com a demonstração de liberdade das expressões corporais contidas nas vivências do funk, nas quais as pessoas recebem e transmitem boas vibrações exalando simpatia e sensualidade”.
O clipe está repleto de referências à estética urbana do Rio, apresentando locais simbólicos como a Escadaria Selarón, na Lapa, e o próprio Vidigal, e teve a participação cantora, dançarina e atriz Lúdika. Para conferir o clipe, basca clicar no link: https://youtu.be/loYhmaJXFmo.

Animado com o lançamento de sua música no Rio, Xander Pratt acredita que “se deve cancelar o termo apropriação cultural de uma vez por todos e defender a diversidade cultural em seu lugar”. Em 2023, no Dia da ONU, 24 de outubro, Pratt encorajou artistas e líderes do mundo todo a se unirem pela paz. Expoente da música urbana na África e na Ásia, e cada vez mais conquistando o mundo do hip hop, Pratt traz mensagens sobre amor próprio e vibrações positivas em suas músicas, ao invés de temas usuais do hip hop ocidental como álcool e sexo.

Já o DJ angolano Joss Dee, que produziu a faixa com Xander, e tem influências do kuduro, no melhor dos sentidos, destaca que “nesta música misturamos o amapiano, gênero relativamente novo que tem se popularizado em vários países do mundo com o funk carioca, resultando nesta fusão eletrizante”.

Xander Pratt

Tem sua carreira administrada pelos estúdios Ásia TV, da empresária filipina Regine Guevara, que também trabalha junto ao Instituto Internacional de Teatro da UNESCO nas Filipinas, Marrocos e no Brasil.

Xander Pratt é Artista Pan-Africano pela Paz da UNESCO, designer de moda e diretor criativo. Em 2020, XP foi classificado pela CNN como o top 10 dos artistas mais vanguardistas de África. Suas obras têm sido uma inspiração para muitos artistas em todo o mundo. Hoje está radicado em Marrakech, cidade que abraçou o seu talento e alimentou a sua criatividade sobretudo na área do design de moda.

A coleção Xander Pratt representa o nascimento de ideias delicadamente tecidas em peças atemporais de paz. A marca cria peças exclusivas que permitem aos seus usuários acessar não só o poder interno, mas também a sua individualidade. Seus designs versáteis dão ao usuário a confiança de se sentir único, já que a maioria das peças é vendida em edições limitadas.

Joss Dee

Nascido em Luanda, Angola, o artista, que também é designer gráfico, aprendeu desde muito cedo que sua missão seria criar através de diferentes linguagens. Inicialmente influenciado pelo kuduro, gênero musical de seu país de origem, a partir de sua chegada ao Brasil, Joss expande seu repertório, com influências do funk e de diferentes estilos afro-brasileiros.
Em 2020, ano em que a pandemia do coronavírus assombrava o mundo, o artista voltou seu foco para a produção musical e lançou sua primeira obra solo, intitulada “The Hot Tape”. Uma mix tape de 10 faixas musicais acompanhada de um beatlab e um minidocumentário sobre o “afrofunk”.
Além disso, fez residência artística no “Estude o Funk”, um programa de aceleração artísticas, realizado pela Fundição Progresso com objetivo de fomentar a cultura do funk carioca e a profissionalização de artistas da nova cena musical.

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