Multifoco Companhia de Teatro celebra 15 anos com mostra de repertório na cidade do Rio de Janeiro

por Redação
Multifoco Companhia de Teatro - FJALLA - Foto de Daniel Debertoli

Na circulação serão apresentados quatro espetáculos em duas temporadas, que acontecem no Teatro Ziembinski e Futuros – Arte e Tecnologia, comemorando a trajetória dedicada à cena contemporânea do teatro e do circo.

Entre junho e agosto de 2025, a Multifoco Companhia de Teatro comemora seus 15 anos com uma mostra especial de repertório em dois importantes palcos do Rio de Janeiro: o Teatro Municipal Ziembinski, na Tijuca, zona norte da cidade, e o Futuros – Arte e Tecnologia, no Flamengo, zona sul carioca. A celebração reúne quatro criações autorais – duas estreias e duas montagens que retornam ao Rio de Janeiro após circulação pelo estado de São Paulo – além de oficinas gratuitas e encontros com o público.

A programação se inicia com os espetáculos “EYJA: primeira parte, a ilha” que faz sua primeira temporada no Rio de Janeiro desde a conquista do Prêmio Shell 2024 na categoria Melhor Cenografia para o também diretor Ricardo Rocha; e “FJALLA: segunda parte, o vulcão”, que realiza sua primeira temporada em solo carioca. Ambas serão apresentadas no Teatro Ziembinski entre 06 e 29 de junho, sempre de quinta-feira a domingo, às 19h. Na sequência, os mais recentes “ESPERANDO…”, que já possui estreia fora do Brasil agendada, e “ALMA”, primeiro espetáculo da companhia voltado para toda a família, ocupam o Futuros – Arte e Tecnologia entre 03 de julho e 10 de agosto, também de quinta-feira a domingo, às 19h.

“Chegar aos 15 anos como grupo de teatro independente é uma conquista coletiva, feita de insistência, afeto e criação. Nosso desejo com essa mostra é compartilhar com o público um recorte da nossa trajetória mais recente, em diálogo com o tempo presente”, afirma Ricardo Rocha, um dos fundadores e diretores da Multifoco. Residindo na cidade do Rio de Janeiro, a companhia é formada por mais de 15 artistas trabalhadores da cultura que desenvolvem uma pesquisa continuada entre teatro, dramaturgia física, acrobacia e experimentações visuais. Ao longo desses anos, a Multifoco se consolidou como uma companhia carioca inventiva na criação de obras autorais e ações formativas.

“A mostra é uma celebração de 15 anos de trabalho continuado e ininterrupto, que convida o público a conhecer diferentes fases da nossa pesquisa, lugares por onde passamos e que, no final, são parte de uma grande investigação ao longo do tempo: do mergulho nos recursos de acessibilidade em cena com ‘EYJA’ e ‘FJALLA’ à verticalização na linguagem circense a partir de um clássico do teatro com ‘ESPERANDO…’, passando pelo universo onírico, o frescor e a jovialidade de ‘ALMA’. São obras que colocam o corpo, a visualidade e o afeto em jogo”, complementa Viviane Pereira, uma das fundadoras e artista da companhia.

Como um bom trabalho de companhia, na Multifoco os integrantes se revezam entre as funções do fazer teatral, mas também acolhem e integram ao seu trabalho o de outros artistas, como foi o caso da atriz Samantha Jones, que também é cantora e compositora e assina as canções de “Eyja” e “Fjalla”. “É muito gratificante trabalhar com teatro e com um grupo que defende tanto o nosso ofício. Eu fiquei encantada com o jeito que eles faziam o corpo falar. O processo foi tão fluido que é como se a música fosse se compondo sozinha — e eu estivesse ali num trabalho quase de transcrição das sensações que o palco e a ideia inicial me sugeriam. Quando surgiu o convite para a trilha de ‘EYJA’, lembro de ir ao primeiro encontro e sentir que eles sabiam, na medida certa, o que queriam e o que só poderiam descobrir no processo, na sala de ensaio. Pensei: ‘Como é que alguém que sabe tanto o que quer, autoriza tanto o que há de vir?’. Tomei para mim essas sensações e defino a experiência com uma frase do Lewis Carroll: ‘Cuide dos sentidos, que os sons cuidarão de si mesmos’”, define a multiartista.

Na companhia desde sua fundação, Bárbara Abi-Rihan salienta sua admiração pelo que chama de potencial pedagógico no trabalho de grupo da Multifoco. “Para nós, são 15 anos de processo formativo. Considero verdadeiramente que todo esse tempo trabalhando junto com o desenvolvimento da companhia são parte fundamental na minha formação artística. A gente forma a companhia, a companhia forma a gente. Não à toa, um grupo que dá seus primeiros passos com quatro estudantes de teatro, hoje conta com mais de 20 colaboradores regulares. É lindo ver o coletivo crescer – numérica e simbolicamente – e poder acompanhar o crescimento individual de cada um dos artistas que foram chegando para fortalecer essa jornada, artistas educadores em sua maioria expressiva. Não é por acaso o processo de pesquisa artística continuada e a perspectiva pedagógica estarem tão imbricadas”, conclui Bárbara.

A mostra também contará com oficinas formativas voltadas a estudantes e artistas, mas também a crianças e interessados nas linguagens do teatro e da acrobacia contemporânea. A programação completa das oficinas será divulgada em breve nas redes da companhia.

A MULTIFOCO
Fundada em 2010, a Multifoco Companhia de Teatro atua no cruzamento entre teatro, circo, imagem e pensamento contemporâneo. Com circulação nacional e internacional, premiações e formações em escolas públicas, a companhia é reconhecida por criar espetáculos que provocam o sensível e investigam as possibilidades expressivas do corpo e da cena.

Mais informações:
Instagram: @multifocociadeteatro

SERVIÇO

TEMPORADA ZONA NORTE:
Local: Teatro Ziembinski
Endereço: Rua Heitor Beltrão, 125 – Tijuca

“EYJA: primeira parte, a ilha”
É o primeiro espetáculo de circo acrobático da trilogia Eyjafjallajökull, idealizado e produzido pela Multifoco Companhia de Teatro. O nome é inspirado no vulcão islandês que entrou em erupção no ano de 2010, mesmo ano de nascimento da companhia. Um espetáculo mergulho nas linguagens do teatro e da acrobacia para refletir sobre a deriva e a solidão. Os temas ganham uma abordagem que mescla acrobacia, portagens, dança acrobática e teatro, para construir uma cena carregada de imagens e musicalidade.

Elenco: Analú Faria | Bárbara Abi-Rihan | Palu Felipe | Rodrigo Barizon | Vinícius Mousinho (stand-in Rodrigo Gondim)
Direção | Cenografia | Iluminação: Ricardo Rocha
Direção de Produção: Multifoco Produções Culturais

Quando: 6 a 15 de junho
Horário: Quinta-feira a Domingo às 19h
Ingressos: R$ 20 (meia-entrada) / R$ 40 (inteira)
Classificação Indicativa: 14 anos
Duração: 60 minutos

“FJALLA: segunda parte, o vulcão”

É o segundo espetáculo circense da trilogia, um projeto único que se desdobra ao longo do tempo. A montagem aborda as pulsões de vida e as transformações movidas pelas erupções do desejo humano. Um fogo ancestral que cura, destrói e transforma, que modifica os territórios e alimenta novas perspectivas de futuro, mas também simboliza a força mais destrutiva da natureza, aquela que emerge das caldeiras rochosas do mundo, inspira violência e poesia.

Elenco: Bárbara Abi-Rihan, Palu Felipe e Vinícius Mousinho (stand-in Rodrigo Gondim)
Direção | Cenografia | Iluminação: Ricardo Rocha
Direção de Produção: Multifoco Produções Culturais

Quando: 20 a 29 de junho
Horário: Quinta-feira a Domingo às 19h
Ingressos: R$ 20 (meia-entrada) / R$ 40 (inteira)
Classificação Indicativa: 14 anos
Duração: 60 minutos

TEMPORADA ZONA SUL:

Local: Teatro Futuros | Futuros – Arte e Tecnologia
Endereço: Rua Dois De Dezembro, 63 – Flamengo

“Esperando…”

Inspirado em “Esperando Godot”, peça teatral mais conhecida do dramaturgo irlandês Samuel Beckett. Dois sujeitos estão à espera de alguma coisa que nunca aparece. Na total ausência de perspectiva sobre sua chegada, eles preenchem o tempo com o vazio de suas ações sem propósito, numa espera sem fim.

Intérpretes: Bárbara Abi-Rihan e Palu Felipe
Direção, Cenografia, Iluminação e Trilha Sonora: Ricardo Rocha
Direção de Produção: Multifoco Produções Culturais

Quando: 3 de julho a 8 de agosto
Horário: Quintas e Sextas-feiras às 19h
Ingressos: R$ 25 (meia-entrada) / R$ 50 (inteira)
Classificação Indicativa: 16 anos
Duração: 60 minutos

“Alma”

Uma reflexão sobre o tempo e a ausência dele. Um jogo narrativo de três atrizes, onde a presença e a metalinguagem trazem à experiência uma visita às próprias lembranças de jovens e adultos. Alma é uma mulher sem tempo, sem pausa, com sono e sonhos atrapalhados pelo caminho. Vive sua rotina acelerada, sempre atrasada. Um dia, se dá conta que sua alma, a metade de si, ficou pra trás. Entre as narrativas de sua memória da infância e uma espera, que lhe permite pausar, se prepara para o reencontro consigo mesma e sua metade.

Intérpretes: Bárbara Abi-Rihan, Clarissa Menezes e Viviane Pereira
Direção, Cenografia, Iluminação: Ricardo Rocha
Direção de Produção: Multifoco Produções Culturais

Quando: 5 de julho a 10 de agosto
Horário: Sábados e Domingos às 19h
Ingressos: R$ 25 (meia-entrada) / R$ 50 (inteira)
Classificação Indicativa: Livre
Duração: 60 minutos

“Djavan – O Musical: Vidas pra contar” celebra vida e obra do artista alagoano

Djavan - O Musical - Foto de Eduardo Marques

Djavan – O Musical – Foto de Eduardo Marques

A partir de 5 de junho, o Teatro Multiplan, na Barra da Tijuca (RJ), recebe a estreia de “Djavan – O Musical: Vidas pra contar”, espetáculo que homenageia a trajetória e a obra do cantor e compositor alagoano. Idealizado por Gustavo Nunes, com direção artística de João Fonseca e texto de Patrícia Andrade e Rodrigo França, o projeto narra a caminhada de um dos artistas mais importantes da música brasileira. A temporada paulistana começa no dia 9 de agosto, no Teatro Sabesp Frei Caneca.

“Djavan – O Musical: Vidas pra contar” é uma produção da Turbilhão de Ideias e uma realização da Nove Produções, apresentada pelo Ministério da Cultura e pela Caixa Vida e Previdência, com apoio da Caixa Seguridade.

“Djavan é Djavan. Ele é de todos, ele é samba, ele é forró, ele é Gonzaga, ele é jazz. Falar de um artista nordestino, negro, vivo, é uma responsabilidade enorme, mas também é uma alegria sem tamanho. A gente está construindo essa história com muito respeito, com liberdade cênica, mas também com cuidado para que cada detalhe, cada sotaque, cada música fale a verdade dele.”, diz João Fonseca.

Com cerca de duas horas de duração, a montagem percorre a vida de Djavan desde a infância em Maceió até sua consolidação como compositor, cantor e músico de destaque. A direção musical é assinada por João Viana, filho do homenageado, e Fernando Nunes, músicos com vasta experiência no cenário musical brasileiro. O repertório inclui canções que marcaram a carreira do cantor, além de faixas menos conhecidas que ajudam a compor o retrato de sua obra.

Escolhido entre mais de 250 artistas, o ator Raphael Elias, de 30 anos, natural de Divinópolis (MG), foi selecionado para interpretar Djavan em diferentes fases da vida. A escolha de Raphael é carregada de significados: negro, vindo do interior de Minas, o ator trilhou um caminho artístico movido pela paixão e incentivado pela mãe, enfrentando desafios financeiros e estruturais para, enfim, ocupar seu primeiro papel de destaque em uma grande produção nacional.

Ao lado dele, o elenco reúne intérpretes que transitam por diversos personagens ao longo da montagem, representando figuras da vida pessoal do cantor e grandes nomes da música brasileira.

Marcela Rodrigues vive Dona Virgínia, mãe de Djavan; Ester Freitas interpreta Djanira, sua irmã; e Alexandre Mitre dá vida a Djacir, seu irmão mais velho. Eline Porto assume o papel de Aparecida, ex-mulher do artista. Aline Deluna é Maria Bethânia, Erika Affonso vive Alcione, Gab Lara interpreta Chico Buarque, Tom Karabachian dá voz a Caetano Veloso, Walerie Gondim é Gal Costa e Rafaela, atual esposa de Djavan, e Milton Filho representa Elegbara, entidade afro-brasileira simbólica na narrativa. Douglas Netto, ator substituto de Raphael, também interpreta diversos personagens ao longo da trama — assim como todo o elenco, que se desdobra em múltiplos papéis para compor a rede afetiva e artística do homenageado.

A montagem combina música, teatro e dança para retratar episódios pessoais e profissionais de Djavan, abordando momentos decisivos e os caminhos trilhados pelo artista ao longo dos anos. Cenografia, figurinos, iluminação e coreografias são concebidos para evocar o universo estético de Djavan, cuja obra transita entre samba, jazz, pop e ritmos afro-brasileiros. Arranjos cuidadosos e uma encenação que valoriza a força de suas composições reafirmam a originalidade e a relevância de um repertório que segue influenciando gerações.

Segundo Gustavo Nunes, “a vasta obra de Djavan, um dos maiores gênios da música brasileira de todos os tempos, merece ser contada nos palcos, não só por sua poesia e musicalidade, como também por servir de inspiração como sinônimo de perseverança e determinação. Djavan reúne beleza, poesia e musicalidade em todas suas composições. Nosso musical bebe dessa fonte pra trazer ao público um espetáculo pulsante, cheio de brasilidade e emoção.”

“Djavan – O Musical: Vidas pra contar”

A CAIXA Vida e Previdência, empresa que apresenta e patrocina o espetáculo “Djavan – O Musical: Vidas pra contar” é especializada em produtos de Seguro de Vida, Seguro Dívida Zero e Previdência Privada. É uma das maiores seguradoras do país, com R$ 150 bilhões em reservas e mais de 8 milhões de clientes que confiam na solidez da marca CAIXA. Nascida em 2021, a empresa é fruto da parceria celebrada pela CAIXA Seguridade com a CNP Assurances, líder do mercado francês de Seguro de Vida. O propósito da CAIXA Vida e Previdência é garantir à família brasileira tranquilidade no presente e segurança no futuro, com produtos que atendem às mais variadas faixas de renda e realidades dos nossos clientes, e que estão disponíveis em canais digitais e físicos, nas mais de 4 mil agências CAIXA e de 22 mil Lotéricas e Correspondentes CAIXA Aqui.

Serviço – Rio de Janeiro
Local: Teatro Multiplan, Barra da Tijuca, Rio de Janeiro
Estreia: 5 de junho de 2025
Duração: aproximadamente 2h
Classificação indicativa: 12 anos
Horários: quinta e sexta, às 20h; sábado e domingo, às 16

Ingressos:
Plateia VIP (220 lugares): inteira R$ 300, meia R$ 150
Plateia (200 lugares): inteira R$ 240, meia R$ 120
Plateia Superior Nobre (80 lugares): inteira R$ 160, meia R$ 80
Frisas (62 lugares): inteira R$ 100, meia R$ 50
Camarote Inferior (38 lugares): inteira R$ 100, meia R$ 50
Ingresso Popular (até 20% da capacidade): inteira R$ 42, meia R$ 21
Capacidade total: 932 lugares

“Por que não nós?” coloca educação emocional masculina em cena

POR QUE NÃO NÓS - Fotos de Lucas Lima

POR QUE NÃO NÓS – Fotos de Lucas Lima

Os atores Samuel de Assis, Amaury Lorenzo e Felipe Velozo usam a comédia para discutir tabus do universo dos homens. Quando três amigos, muito próximos, e que sabem tudo da vida uns dos outros se juntam para abrir uma discussão que reflita sobre a construção da masculinidade, não tem como o roteiro dar errado! Assim surgiu a ideia de Por que não nós?

A peça é um mergulho profundo e ácido no psiquismo do que é ser homem em nossa sociedade, partindo da narrativa de três personagens sarcásticos e hilários que debatem um conceito muito atual: a masculinidade tóxica e suas consequências. No palco, Samuel, Amaury e Felipe convidam o público a olhar para essa
questão que se faz necessária, rindo e emocionando, tocando em pontos como as perguntas: existe diferença de gênero? Ou existe relacionamentos desigualitários? E ainda o autocuidado. “Quisemos entender como somos atingidos pela contenção do que sentimos, mesmo rindo das ansiedades e das angústias que essa contenção provoca”, explica Felipe Velozo.

A masculinidade tóxica é percebida como um conjunto de ideias e mecanismos voltados para que os homens se encaixem em padrões que mantenham um equilíbrio social baseado na violência. Até que essa violência se volta contra os próprios homens em uma espiral de manifestações que incluem a exacerbação da virilidade, o machismo, a violência contra a mulher, homofobia e transfobia.

Apesar disso, a história promete divertir e provocar a plateia, descortinando uma série de assuntos que passam pela saúde emocional, estigmas e preconceitos. “A história fala de amizade, de educação emocional, sobre como os homens não são criados para falar, para discutir as emoções. É um espetáculo sobre isso. Sobre a dificuldade que o homem tem em se relacionar emocionalmente”, destaca Samuel de Assis.

O universo impresso neste espetáculo é foco constante de campanhas de saúde mental, palestras, livros, teses, estudos culturais e sociais, reportagens, filmes e, agora, será tema de uma peça. “O teatro pode, e muito, contribuir para os debates que brotam das questões de gênero, no mundo em que vivemos, que estão fervilhando e reclamando outros modos de discussão”, diz Amaury Lorenzo.

FICHA TÉCNICA:
Texto da Júlia Spadaccini
Pesquisa Dramatúrgica da Márcia Brasil
Direção da Débora Lamm
Direção de Movimento da Tainara Cerqueira
Figurino da Carla Garan
Produção Executiva da Morena Carvalho
Pesquisa Dramatúrgica da Márcia Brasil
Mídias Sociais da Bruna Muniz
Produção de Viagens Sandro Rabello
Arte Visual do Pietro Leal
Assessoria de Imprensa da Manu Souza
Realização Diga Sim Produções e Samukaju Produções

SERVIÇO:
Por que não nós?
Duração: 60 minutos
Classificação indicativa: 12 anos
Sábado e Domingo: 7 e 8 de junho – 19h
Teatro da UFF – Niterói

“Bodrags Futebol Bar” celebra diversidade unindo drag e paixão nacional em comédia sobre futebol e resistência

Criando uma interseção entre identidade, enfrentamento de preconceitos e paixão pelo esporte, a produção estreia sua primeira temporada oficial no Espaço Parlapatões, em São Paulo

Bodrags Futebol Bar

Bodrags Futebol Bar – Foto de Clara Silva

Desde o dia 27 de maio, o Espaço Parlapatões é palco da comédia provocadora “Bodrags Futebol Bar”, que funde a vibrante cultura drag com a paixão brasileira pelo futebol. Em cartaz até 18 de junho, sempre às terças e quartas, a montagem celebra sua primeira temporada oficial e profissional, após apresentações experimentais na SP Escola de Teatro e circulação por Tatuí, no interior paulista. Criado pela Mousse Produções – coletivo artístico dedicado a obras críticas, plurais e de relevância social – o espetáculo ganha nova força em São Paulo, promovendo um encontro potente entre humor, crítica social e resistência, em uma narrativa que questiona estigmas e celebra a diversidade.

Nascido da inquietação de estudantes da SP Escola de Teatro, o espetáculo apresenta uma família drag queen proprietária de um bar temático dedicado ao fictício Bombados Futebol Clube. O local, que mistura glitter com chuteiras, se torna refúgio e palco de resistência para uma torcida formada por drags apaixonadas pelo esporte, que desafiam padrões e quebram tabus com irreverência e elegância. O enredo se intensifica quando, após um beijo entre uma das drags e o craque do time, a torcida é alvo da mídia e da opinião pública, sendo responsabilizada pela má fase do clube. Em meio à crise, surge Rita Rosa Brandão, uma jornalista que se alia à família drag na tentativa de virar o jogo e ajudar a reconstruir sua imagem.

A história se desenrola com as personagens tentando reverter o cancelamento e resgatar o poder de suas próprias vozes – e beijos –, enquanto a encenação reflete sobre o papel da mídia na construção de narrativas e preconceitos, especialmente contra corpos marginalizados, e costura sua dramaturgia com idas e vindas no tempo, combinando crítica social, leveza e muita cor. Com uma atmosfera que remete a um típico bar brasileiro, conectando os mundos do futebol e da boemia, o espetáculo aposta na rapsódia para brincar com a memória, propor um novo futuro e exaltar a cultura nacional com viés inclusivo.

O elenco, formado por Lucas Araújo, Jorge William, Lucas Lukarelli, Luz Sampaio e Tuane Osaida, dá vida às personagens com humor afiado, forte presença cênica e potência vocal. Embora não se trate de um musical, o espetáculo conta com músicas originais compostas especialmente para a montagem, que reforçam o tom festivo e emotivo da narrativa, contribuindo para uma experiência teatral vibrante, sensível e marcante.

Com direção geral de Karoline Valença e co-direção de Laura Aragão, o espetáculo conta com dramaturgia de Larissa Nicacio, coreografias assinadas por Gabriella Medeiros, cenografia de Thais Cervato, figurinos de Yasmin Santos, iluminação e operação de luz por Bianca Contin, trilha e operação de som por João Borges, produção executiva de Jorge William e produção de Larissa Nicacio e Lucas Lukarelli. O time se completa com o técnico de palco Theo Piazzi.

SERVIÇO:

Bodrags Futebol Bar

Local: Espaço Parlapatões – Praça Franklin Roosevelt, 158 – São Paulo
Temporada: de 27 de maio a 18 de junho
Sessões: Terças e Quartas às 20h30
Valor: R$40,00 (inteira) | R$20,00 (meia)
Vendas: Bilheteria local (sem taxa de conveniência) ou site da Sympla:
https://bileto.sympla.com.br/event/105678?share_id=1-copiarlink
Duração: 80 min
Classificação: 14 anos
Gênero: comédia musical
Instagram: @bodrags

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