Em 11 de janeiro de 1985, os portões do Rock in Rio se abriram pela primeira vez, dando início ao evento que marcaria gerações e mudaria para sempre os rumos da música e do mercado de entretenimento brasileiro. Quatro décadas se passaram e, no exato aniversário de 40 anos deste dia, em 11 de janeiro de 2025, um espetáculo de teatro musical inédito estreia para celebrar o maior festival de música e entretenimento do mundo e o legado de seu idealizador, Roberto Medina.
Criado pela dupla Charles Möeller & Claudio Botelho e com trilha sonora e supervisão musical de Zé Ricardo, ‘Rock in Rio 40 anos – O Musical’ chega ao palco da Cidade das Artes em formato de superprodução, com 30 atores no elenco e banda de nove músicos liderados pelo maestro Marcelo Castro. O espetáculo é apresentado pela Ipiranga através da Lei Federal de Incentivo à Cultura.
‘São muitas histórias que fizeram e fazem parte das nossas vidas e de tantos fãs. Materializar isso em um formato Broadway será emocionante, ainda mais com uma produção 100% brasileira e pelas mãos dos talentosos Charles e Claudio. A Cidade do Rock deixa saudades e revisitar tudo isso começando no dia em que marcamos 40 anos no calendário vai, sem dúvida, mexer com os corações’, diz Roberto Medina, presidente da Rock World, empresa que criou, organiza e produz o Rock in Rio e o The Town.
Nos últimos anos, a aproximação de Medina com Möeller & Botelho resultou em três espetáculos que foram apresentados durante as duas últimas edições do Rock in Rio e na estreia do The Town: ‘Uirapuru’ (2022), ‘The Town, O Musical’ (2023) e ‘Sonhos, Lama e Rock’n’roll’ (2024), que ocuparam espaços especialmente construídos para as montagens dentro dos festivais.
‘Rock in Rio 40 anos – O Musical’ se passa justamente nos últimos meses de 1984 e naqueles primeiros dias no ano seguinte. Enquanto o Brasil experimentava uma série de transformações políticas e sociais, Medina comandava uma equipe que perseguia o sonho – praticamente impossível – de realizar um festival de rock de proporções gigantescas em um País ainda fora do grande circuito de shows internacionais.
Os obstáculos eram intermináveis: da negativa de centenas de patrocinadores e artistas até o local onde o evento se instalou: um terreno pantanoso e em declive na então inóspita região de Jacarepaguá.
Por trás do palco
O foco da história é justamente nos bastidores, em uma verdadeira celebração de todos aqueles que trabalham para fazer um espetáculo acontecer e ficam invisíveis por trás dos palcos. Ao contar a história de Medina e de toda a equipe que tornou aquele sonho real, Charles Möeller, que também assina o texto, pretende homenagear os trabalhadores que doam as suas vidas para que o show aconteça:
‘Não vamos contar o que se passou nos palcos, isso já está documentado, todo mundo já sabe dos muitos e lendários shows que estiveram no Rock in Rio. O nosso musical vai justamente olhar para o backstage, para pessoas que abdicam das suas vidas e suas famílias por meses para fazer o evento acontecer. O empenho dessas pessoas em 1984 mudou completamente a História. Todos nós, que criamos e produzimos entretenimento no Brasil, devemos muito ao Roberto e a sua enorme capacidade de enfrentar os desafios para colocar um sonho de pé’, reflete Charles, que chegou à versão final do texto após uma minuciosa e intensa pesquisa sobre a época e todas as canções que já passaram pelo Festival.
Quatro décadas de hits atemporais
O desafio para a seleção musical do espetáculo era imenso. Ainda que a história se concentre na década de 80, a trilha sonora conta com músicas que já estiveram em todas as edições do Rock in Rio, incluindo a última, em setembro de 2024.
‘Era uma playlist infinita com a qual eu e o Zé Ricardo nos deparamos. Afinal, são quarenta anos e onze edições. Eu nunca quis ficar criando cena para uma canção famosa entrar. Os números musicais são complementares aos diálogos. Às vezes usamos uma frase somente ou uma estrofe ou mesmo só um instrumental para dar a intenção de um acontecimento’, conta Charles.
Entre os números musicais, estão hits internacionais – ‘Live and Let Die’ (Guns and Roses), ‘We Will Rock You’ (Queen), ‘Viva la Vida’ (Coldplay), ‘Firework’ (Katy Perry) e ‘Crazy in Love’ (Beyoncé) – ao lado de sucessos brasileiros, como ‘Alagados’ (Paralamas do Sucesso), ‘A Queda’ (Gloria Groove), ‘Vou Deixar’ (Skank), ‘Rádio Blá’ (Lobão) e ‘América do Sul’ (Ney Matogrosso).
Este verdadeiro caleidoscópio musical embala a dramaturgia, através da história contada pelo ponto de vista de Elizabeth (Bel Kutner), testemunha de toda a odisseia que foi a produção do primeiro Rock in Rio.
Nas suas memórias, ela relembra o passado através de um grande flashback em que se vê como uma jovem (Malu Rodrigues) recém-chegada na agência de publicidade de Roberto Medina (Rodrigo Pandolfo). Enquanto disputa uma vaga na agência com João (Beto Sargentelli), ela se depara com um momento único na história da indústria do entretenimento. O elenco conta ainda com uma outros conhecidos nomes do teatro musical brasileiro, como André Dias, Gottsha e Bruno Narchi.
Histórias de pioneirismo
‘Rock in Rio 40 anos – O Musical’ é o 50º espetáculo criado por Charles Möeller & Claudio Botelho, um número surpreendente para o cenário nacional. Desbravadores da cena musical brasileira nas últimas quatro décadas, eles emendaram três grandes sucessos populares após a pandemia, com ‘Mamma Mia!’ (2023), ‘O Jovem Frankenstein’ (2023) e ‘A Noviça Rebelde’ (2024), em montagem que bateu recordes de público e completou cem mil espectadores já no segundo mês de temporada.
‘Quando começamos, ninguém acreditava na existência de um mercado para teatro musical, assim como não tínhamos técnicos e artistas especializados. Hoje temos todas as condições para fazer um espetáculo com as proporções deste novo musical. Ao pesquisar e estudar a história de pioneirismo do Roberto Medina, também percebi como ele sempre foi uma inspiração. Se estamos aqui hoje é porque ele abriu portas lá atrás e nos deixou sonhar com o impossível’, conta Charles, que incluiu no roteiro justamente um número com a canção ‘Sonho Impossível’ (do musical ‘Dom Quixote de La Mancha’).
Afinal, como diz a canção-tema do Rock in Rio, criada por Eduardo Souto Neto e Nelson Wellington, que também está no roteiro: ‘que a vida começasse agora e o mundo fosse nosso outra vez? Que a gente não parasse mais de cantar e sonhar…’?
SERVIÇO
Temporada: 11 janeiro a 23 fevereiro 2025
Dias e horários: Quintas e Sextas, às 20h. Sábados e domingos, às 15h e 19h.
Duração: 120 minutos
Classificação indicativa: livre
Ingressos https://bileto.sympla.com.br/event/100618
FICHA TÉCNICA
Texto e Direção geral: Charles Möeller
Direção artística: Claudio Botelho
Trilha sonora e Supervisão musical: Zé Ricardo
Direção musical: Marcelo Castro
ELENCO
Rodrigo Pandolfo (Roberto Medina), Malu Rodrigues (Beth), Bel Kutner (Elizabeth), Gottsha (Dora), Beto Sargentelli (João), André Dias (D. Quixote / Oscar), Bruno Narchi (Luiz), Yara Charry, Cezar Rocafi, Leonam Moraes, Mariana Grandi, Marianna Alexandre, Murilo Armacollo, Vinicius Cafe, Yas Fiorelo, Amaury Soares, Andreina Szoboszlai, Andressa Secchin, Caio Nery, Cesar Viggiani, Cristiano Prado, Felipe Souza, Gabi Monte, Gabriel Querino, Henrique Reinesch, Karine Bonifácio, Mavi Carpin, Roberto Justino e Vinicius Cosant.
Cenografia: Ana Biavaschi
Coreografia: Mariana Barros
Figurinos: Fabio Namatame
Design de cabelo e maquiagem: Feliciano San Roman
Design de som: André Breda
Iluminação: Paulo César Medeiros
Casting: Marcela Altberg
Coordenadora do Projeto: Sheila Aragão
Direção de produção: Carla Reis
Coordenação Artística: Tina Salles
Um espetáculo de Charles Möeller & Claudio Botelho
Realização: Dom Cultural, Moeller & Botelho
Agradecimentos especiais: Roberto Medina e equipe Rock in Rio
Lilia Cabral e a filha Giulia Bertolli fazem curta temporada populaar da peça A Listrta, no Teatro Carlos Gomes, no Rio
Um dos maiores sucessos teatrais dos últimos anos está de volta ao Rio. A Lista reúne no palco Lilia Cabral e sua filha, Giulia Bertolli, com texto de Gustavo Pinheiro e direção de Guilherme Piva. O espetáculo retorna à cidade para uma temporada popular no Teatro Carlos Gomes, de 11 de janeiro a 2 de fevereiro, com sessões aos sábados e domingos, às 18h.
Desde sua estreia em 2022, a montagem conquistou mais de 60 mil espectadores que se encantaram com o espetáculo, uma verdadeira declaração de amor ao Rio de Janeiro, especialmente ao bairro de Copacabana. A nova temporada popular, com ingressos a partir de R$40, marca o retorno de Lilia Cabral ao Teatro Carlos Gomes, onde se apresentou pela última vez em 1985 com o espetáculo Miss Banana. “Fazer a peça no Rio sempre é um desejo muito acalentado por todos nós da equipe porque é a nossa cidade, é onde moramos e é onde a peça se passa. E agora, com uma temporada popular, a alegria é ainda maior. Tudo isso traz um sabor e um colorido diferentes”, afirma Lilia Cabral.
Na hora de escrever sobre afeto e solidão, o autor não teve dúvida sobre onde ambientar a trama. “A peça é uma crônica do Brasil e acho que não há lugar melhor para falar do país que Copacabana, essa grande metáfora do Brasil, com seu melhor e pior, passado e presente coabitando o tempo todo. Tenho uma grande intimidade com Copacabana, morei ali por 10 anos, minha mãe ainda mora, frequento o bairro e sou fascinado por sua beleza e caos, pela multiplicidade de tipos de pessoas”, explica Gustavo Pinheiro.
Ex-morador de Copacabana, o diretor Guilherme Piva conta sobre os aspectos que movem o espetáculo. “O texto é uma verdadeira montanha-russa de emoções, cheio de camadas que vão do riso ao choro, da dor ao amor. A peça se passa em três tempos, onde iluminação e cenário realçam cada parte. É uma alegria conduzir esse encontro de duas gerações, mãe e filha, numa comédia dramática cheia de poesia e afeto”, afirma.
Para Giulia, a primeira palavra que lhe vem à cabeça quando pensa em A Lista é “encontro”: o encontro entre amigos que queriam trabalhar juntos, o encontro entre mãe e filha, o encontro entre gerações, o (re)encontro com o teatro e, acima de tudo, o encontro entre duas vizinhas que tem tantas coisas em comum. “Nesses novos tempos, A Lista virou uma linda surpresa. Uma peça emocionante, surpreendente e singela, que resgata aquilo que nós seres humanos temos de mais especial: a comunicação e a empatia”, afirma Giulia.
A Lista estreou em março de 2022, em São Paulo, e teve mais de 30 mil espectadores em oito meses de temporadas paulistas, além de apresentações em Santos, Jundiaí, Campinas e Campos do Jordão. Desde então, já fez mais de 158 apresentações, passando por 13 cidades, entre elas, Niterói, Petrópolis e Teresópolis, incluindo o Theatro Municipal do Rio de Janeiro, para uma plateia formada de professoras, assim como a personagem de Lilia Cabral.
A peça foi indicada em três categorias no Prêmio Bibi Ferreira 2022: Melhor Atriz (Lilia Cabral), Melhor Atriz Coadjuvante (Giulia Bertolli) e Melhor Dramaturgia de Peça em Teatro (Gustavo Pinheiro). O texto da peça A Lista foi lançado em livro pela Coleção Dramaturgia, da Editora Cobogó.
Ficha Técnica:
Texto: Gustavo Pinheiro. Direção: Guilherme Piva. Elenco: Lilia Cabral e Giulia Bertolli. Cenários e Figurinos: J.C. Serroni. Iluminação: Wagner Antônio. Direção de movimento: Marcia Rubin. Assessoria de imprensa: Adriana Balsanelli e Renato Fernandes. Fotógrafo: Priscila Prade Programador Visual: Gilmar Padrão Jr. Direção de Produção: Celso Lemos.
Serviço:
Espetáculo A LISTA
- De 11 de janeiro a 2 de fevereiro de 2025
- Sábado e domingo, às 18h.
- Duração: 75 minutos.
- Gênero: Comédia dramática.
- Classificação etária: 12 anos.
- Ingressos R$ 40 e R$ 80
- Ingressos à venda no sitehttps://riocultura.eleventickets.com/#!/apresentacao/137c59001b26785474512e7cc41363f5db206f33
- Teatro Municipal Carlos Gomes
- Praça Tiradentes, s/n – Rio de Janeiro – RJ
Dois Contra o mundo
Peça inédita de Domingos Oliveira faz duas apresentações no Manouche nos dias 17 e 18/01, e reestreia dia 24/01 no teatro que leva seu nome, na Gávea
‘Dois Contra o Mundo’, comédia romântica inédita de Domingos Oliveira (1936-2019), com direção de Renata Paschoal, trata com inteligência e leveza temas como o medo de se apaixonar e a possibilidade de recomeçar uma nova vida aos 60 anos. A montagem, depois de uma temporada de sucesso em 2024, volta ao Teatro Domingos Oliveira (Planetário da Gávea) para uma nova temporada, de 24 de janeiro a 16 de fevereiro. Antes da nova temporada, farão duas únicas apresentações nos dias 17 e 18 de janeiro, às 21h, no Manouche, subsolo da Casa Camolese, no Jardim Botânico.
A peça narra a história de Gi (Priscilla Rozenbaum), uma advogada bem-sucedida de São Paulo, que após uma decepção no feliz casamento de quase 40 anos decide se mudar para o Rio de Janeiro. No Rio, Gi conhece Cadu (Marcio Vito), um ator e professor de teatro. Apesar de suas diferenças vivem uma inesperada história de amor.
Segundo a diretora, a ideia é levar o texto também para os cinemas, como o próprio Domingos fez com algumas de suas obras. “Dois Contra o Mundo” nasceram do meu desejo de fazer um filme como Domingos fazia. Ensaiava os atores, estreava no teatro e depois filmava com os mesmos atores. O texto tem diálogos ágeis, inteligentes e comovente. Uma pequena joia para fazer no teatro e no cinema. Acho que a função do Domingos nesse mundo foi transformar cada um de nós em uma pessoa melhor”, resume Renata Paschoal, que dirigiu ‘Todo Mundo Ainda tem Problemas Sexuais’, seu primeiro longa de ficção com roteiro de Domingos. E Renata acabada de ganhar o Kikito de melhor documentário no Festival de Gramado por ‘Clarice Niskier-Teatro dos Pés à Cabeça’.
“Sempre que leio a peça fico comovida. Domingos sempre foi bom de amor. É uma peça que fala sobre o lado bom da vida. Sobre a glória de viver. Um texto sobre o amor. Mais forte ser casal no mundo. Dois a favor do mundo, dois lutando pelo mundo. Sobre o amor, sobre o amor à vida. “Não é certo que tudo dê errado”, Domingos dizia.
A atriz discorre ainda mais; “Estou muito emocionada de voltar ao teatro com essa peça do Domingos, no Teatro Domingos Oliveira. Teatro que ajudamos a construir e ocupamos em 1996, por sete anos. Triste dele não estar nessa empreitada fisicamente, mas está em todos os outros lugares. Uma peça que fala sobre pessoas de bem, que querem acertar no amor e acabam se atrapalhando. Sobre “Amar é querer o bem do outro” sua frase predileta”
Ficha Técnica
- Texto: Domingos Oliveira
- Direção: Renata Paschoal
- Elenco: Priscilla Rozenbaum & Marcio Vito
- Cenários: Ronald Teixeira
- Figurinos: Kika Lopes
- Luz: Aurélio de Simone
- Trilha Sonora: Chico Beltrão
- Movimento: Toni Rodrigues
- Designer: Carlos Botelho
- Fotos: Dalton Valério
- Diretor Assistente: Lucas Barbosa
- Assessoria de Imprensa: Daniella Cavalcanti
- Produtora Executiva: Camila Bittencourt
- Produção: Forte Filmes
Serviços
Dois Contra o Mundo
Comédia romântica inédita de Domingos Oliveira
Classificação etária: 12 anos
Duração: 60 minutos
Local: Manouche
Local: Rua Jardim Botânico, 983 – Jardim Botânico (Subsolo da Casa Camolese)
Dias 17 e 18 de janeiro (sexta e sábado), às 21
Ingressos: R$ 140,00 (inteira) | R$7 0,00 (meia e ingressos solidário + 1kg de alimento)
Local: Teatro Domingos Oliveira
Endereço: Av. Padre Leonel Franca, 240 – Gávea (Planetário)
Temporada: 24 de janeiro a 16 de fevereiro
Horário: Sextas e Sábados, às 20h | Domingos, às 19h
*excepcionalmente dia 1º de fevereiro (sábado) não teremos espetáculo
Ingressos: R$ 60,00 (inteira) | R$ 30,00 (meia entrada)
Brilho Eterno, com Reynaldo Gianecchini e Tainá Müller, poderá ser visto até fevereiro no Teatro Bravos, em São Paulo
O papel cada vez mais essencial das relações humanas, sobretudo no mundo pós-pandemia, reflete-se em Brilho Eterno, espetáculo com idealização, direção e encenação de Jorge Farjalla e os atores Reynaldo Gianecchini, Tainá Müller, Wilson de Santos, Renata Brás, Fábio Ventura e Tom Karabachian no elenco.
A montagem, que estreou em 2022 com grande sucesso de público e crítica, pode ser visto até 23 de fevereiro de 2025, no Teatro Bravos, com apresentações às sextas, às 21h, aos sábados, às 17h e às 21h, e aos domingos, às 18h. Os ingressos já estão disponíveis em www.sympla.com.br e na bilheteria do Teatro.
O trabalho é livremente inspirado no filme “Brilho Eterno de uma Mente sem Lembranças” (2004), escrito por Charlie Kaufman, dirigido por Michel Gondry e estrelado por Jim Carrey e Kate Winslet. A nova temporada do espetáculo celebra os 21 anos desse longa-metragem vencedor do Oscar de melhores roteiro original e atriz. Recentemente, a obra ganhou uma outra homenagem da cantora estadunidense Ariana Grande, que lançou o videoclipe para a canção ”We Can’t Be Friends (Wait For Your Love)” inspirado no drama.
Brilho Eterno também festeja a parceria entre Reynaldo Gianecchini e Tainá Müller, iniciada com a série “Bom Dia Verônica”, que é sucesso na Netflix. A encenação ainda consolida o encontro artístico entre Farjalla e Gianecchini, que também co-produz a montagem, ao lado de Marco Griesi (Palco 7 Produções) e Daniella Griesi (Solo Entretenimento) como produtores associados.
A parceria havia sido idealizada há mais de quatro anos, imediatamente após o diretor revelar ao ator seus planos para o texto. Contudo, compromissos profissionais de ambos e, posteriormente, a pandemia da Covid-19, adiaram temporariamente o projeto.
Uma nova história
Com dramaturgia de André Magalhães e do próprio Farjalla, Brilho Eterno não conta no palco a história já vista nas telas. A peça questiona, de maneira lúdica e por muitas vezes cômica, o quanto as pessoas se mostram dispostas a viver situações de sofrimento por amor durante a vida.
Na trama, Jesse e Celine sentem a necessidade um do outro, de maneiras e intensidades diferentes. Com a detecção de uma incompatibilidade, a necessidade continua sendo o mote da relação do casal, mas não a do amor dependente, cinematográfico e de últimos capítulos. Que o amor gera sofrimento todos sabemos, ao menos aqueles que já amaram, de fato. O quanto as pessoas estão disponíveis a assumir esses momentos de sofrimento durante a vida?
Para Reynaldo Gianecchini, o espetáculo presta uma homenagem ao filme e a seus fãs, mas, ao propor uma nova trama atualizada e contada de maneira leve de forma não linear – variando entre presente, passado e alucinação -, permite que cada espectador “monte seu quebra-cabeças”, encontrando outros significados a partir das próprias experiências.
“Você pode até apagar um amor da mente, mas não pode apagar do coração. O brilho eterno é esse, o que não se apaga. Acredito que esta essência é a maior conexão entre a peça, o filme e o público que irá nos assistir”, resume.
A convicção de que os afetos e os valores passaram por grandes transformações desde o lançamento do filme (2004) também foi um elemento preponderante no processo de criação da peça. Mais à frente, foi preciso levar em consideração ainda o impacto da crise global de saúde global no cotidiano.
Tainá Müller ressalta que, por tudo isso, alguns temas da obra original, ainda que tenham marcado o imaginário de uma geração, hoje podem ser discutidos de outra forma, especialmente a representatividade feminina. Para tanto, a peça investe em uma abordagem mais contemporânea e equilibrada entre os protagonistas.
“Era preciso compreender quem são, hoje em dia, esse homem e essa mulher. Além disso, em nossos diálogos, concordamos que a personagem feminina deveria estar em cena mais como ‘sujeito’ e menos como ‘objeto transformador’ do personagem masculino”, relata a atriz.
Jorge Farjalla acrescenta: “Joel e Clementine, personagens originais, servem como referência e espelho para Jesse (Reynaldo Gianecchini) e Celine (Tainá Müller), porque ambos são fascinados pelo filme. Mas a partir daí criamos um novo texto que obviamente traz elementos e o fio condutor do original, mas com outros personagens e situações em torno dos protagonistas”.
Ficha Técnica
- Livremente inspirado a partir do filme Brilho Eterno de uma Mente Sem Lembranças
- Dramaturgia: André Magalhães e Jorge Farjalla
- Colaboração: Victor Bigelli e Tainá Müller
- Idealização e Direção: Jorge Farjalla
- Elenco: Tainá Müller, Reynaldo Gianecchini, Wilson de Santos, Renata Brás, Fábio Ventura e Tom Karabachian
– Equipe Criativa –
- Cenografia: Rogério Falcão
- Design de Luz: Cesar Pivetti
- Direção Musical, Design de Som e Trilha Sonora: Dan Maia
- Figurino: Jorge Farjalla
- Visagismo: Eliseu Cabral
– Produtores Associados –
- Marco Griesi – Palco 7 Produções
- Daniella Griesi – Solo Entretenimento
- Reynaldo Gianecchini – Erregedois Produções Artísticas e Culturais
Serviço
BRILHO ETERNO
- Temporada: 10 de janeiro a 23 de fevereiro de 2025
- Às sextas, às 21h; aos sábados, às 17h e às 21h; e aos domingos, às 18h
- Teatro Bravos – Rua Coropé, 88 – Pinheiros
Ingressos:
- Plateia Premium – R$ 180 (inteira) e R$ 90 (meia-entrada)
- Plateia Inferior – R$ 120 (inteira) e R$ 60 (meia-entrada)
- Mezanino – R$ 50 (inteira) e R$ 25 (meia-entrada)
- Vendas online em www.sympla.com.br e na bilheteria do teatro (que funciona de terça a domingo, das 13h às 19h ou até o início do último espetáculo)
Capacidade: 636 lugares, incluindo 7 poltronas adaptadas para obesos e 12 lugares reservados para cadeirantes.
Acessibilidade: teatro acessível a cadeirantes e pessoas com mobilidade reduzida
Gênero: Comédia Romântica
Duração: 70 minutos
Classificação etária: 12 anos
Instagram @brilhoeternonoteatro
Formas de Pagamentos aceitas na bilheteria: Aceitamos todos os cartões de crédito, débito e dinheiro. Não aceitamos cheques.