Musical Por Elas celebra a força feminina

Por Elas - Foto Rodrigo Zeferino

Idealizado pela atriz, cantora, autora, compositora e produtora Eline Porto, o espetáculo “Por Elas – Um Musical sobre a força do canto feminino”, primeiro espetáculo brasileiro da sua produtora Andarilho Filmes, poderá ser visto no Teatro Clara Nunes, na Zona Sul do Rio de Janeiro, de 12 de janeiro a 4 de . Mergulhando em histórias autênticas de mulheres reais, o musical, dirigido por  Stella Maria Rodrigues  e com direção musical de Claudia Elizeu e Erica de Paula, tece um fio condutor de emoção e ressonância por meio da música, e fez  sua estreia especial em Ipatinga, Minas Gerais, no Teatro do Centro Cultural Usiminas, em outubro..

Motivada por sua paixão por narrativas diversas e impulsionada por uma profunda conexão com as mulheres de sua família, Eline embarcou, nos últimos três anos, na jornada de compreender as raízes e os caminhos trilhados pelas gerações que a precederam. O resultado, culminado em um musical inédito, é a celebração da resiliência feminina, contada em mais de 20 músicas que ecoam em cada capítulo das vidas dessas mulheres extraordinárias, o que inclui sucessos de nomes como Gal Costa, Rita Lee e Elza Soares, com arranjos vocais exclusivos.

Para a artista multifacetada, que coleciona algumas indicações a prêmios, entre elas a mais recente, ao Prêmio Bibi Ferreira, na categoria de Melhor Atriz por seu trabalho em “Bonnie & Clyde”, este projeto marca sua estreia como autora teatral, uma expansão natural de seu talento também para a escrita, e que já havia sido demonstrado em roteiros para produções audiovisuais, incluindo a websérie “Eu Persona”. Ao dividir a narrativa em cinco monólogos centrais e diversas outras cenas, ela aborda com sensibilidade, com jogos teatrais, fazendo um paralelo entre a força das mulheres brasileiras e a grandeza musical das cantoras homenageadas, temas cruciais na construção social do papel da mulher.

“Fui criando as personagens como uma colcha de retalhos, com base em histórias diversas que já ouvi e também da minha imaginação. Digo que é uma grande celebração da força e união feminina, representando a interconexão entre diferentes origens. Cuidei de perto de cada detalhe, incluindo a escolha da identidade visual, que usa de uma imagem principal com todas as mulheres entrelaçadas, simbolizando o apoio mútuo, a sororidade e o acolhimento presente na jornada de cada uma, representado também na cor mais presente e que tem esse elo: o Amar-elo”, revela Porto.

Pensando em um elenco diversificado, Eline reuniu nomes que admira não apenas por suas habilidades artísticas, mas também pela essência humana que trazem ao palco, e entra em cena ao lado de Jana Figarella, artista nortista que não só brilha como atriz, mas também é reconhecida como talentosa compositora e percussionista. Marya Bravo, fonte de inspiração para Eline, traz sua potência vocal e presença marcante ao espetáculo. Estrela Blanco, conhecida por seu timbre diferenciado e encantador, e Suzana Santana, que cativou Eline no musical “A Cor Púrpura” com sua notável habilidade artística, além de três músicos que acompanham o grupo, preparado vocalmente por Beto Sargentelli.

Com uma equipe criativa majoritariamente feminina à frente de um projeto inspirador, a direção conta com o talento e sensibilidade de Stella Maria Rodrigues e a assistência de Renata Ghelli. A direção musical e os arranjos são liderados por Claudia Elizeu e Erica de Paula, que despontam na indústria musical. Juliana Gama assume a direção de movimento, trazendo sua expertise em narrativa corporal. A iluminação, confiada a Adriana Ortiz, a cenografia pensada por Beto Sargentelli e o design de som, realizado por João Paulo Pereira, prometem criar um ambiente visual e sonoro envolvente. Já o visagismo fica por conta de Marcos Padilha, enquanto o figurino é assinado por Kátia Gimenez e a direção de arte por Gustavo Perrella.

“ ‘Por Elas’ é um musical feminino, popular e que aposta em uma duração curta e uma equipe reduzida, o que o torna atrativo para a itinerância, uma vez que temos o intuito de levá-lo a outros estados e cidades do país. E embora comunique com todos os gêneros e idades, acredito que o público homenageado vai se identificar bastante, seja com as histórias ou com o repertório musical, embalado por sucessos de grandes nomes da música nacional e internacional”, finaliza a atriz, autora e produtora.

FICHA TÉCNICA:

“Por Elas – Um Musical sobre a força do canto feminino”

  • Realização: Andarilho Filmes
  • Apoio: Casa Bora!
  • Texto: Eline Porto
  • Direção: Stella Maria Rodrigues
  • Direção Musical e Arranjos: Claudia Elizeu e Erica de Paula
    Elenco: Eline Porto, Estrela Blanco, Jana Figarella, Marya Bravo e Suzana Santana.
    Preparação Vocal: Beto Sargentelli
  • Direção de Movimento: Juliana Gama
  • Assistência de Direção: Renata Ghelli
  • Designer de Luz: Adriana Ortiz
  • Designer de Som: João Paulo Pereira
  • Cenografia: Beto Sargentelli
  • Figurino: Katia Gimenez
  • Visagismo: Marcos Padilha
  • Direção de Arte: Gus Perrella
  • Produção Executiva: Lucas Mello
  • Assistência de Produção: Bia Souto Maior
  • Direção de Marketing e Comunicação: Rodrigo Medeiros | R+ Marketing
  • Social Media: 1812 Comunicação
  • Assessoria de Imprensa: GPress Comunicação por Grazy Pisacane  

 “Gênero: livre” em nova temporada

Gênero Livre – Christiana Guinle – Foto de Junior Mandriola

Depois de uma curta temporada no ano passado, a atriz Christiana Guinle volta ao cartaz com o monólogo “Gênero: livre”, a partir de 17 de janeiro, no Teatro Glauce Rocha, no Centro. Inspirada na vida da artista, que tem gênero fluido, a peça reflete sobre padrões de comportamento masculinos e femininos impostos pela sociedade. Com texto de Pedro Henrique Lopes e direção de Ernesto Piccolo, a peça reúne biografias, reportagens, músicas e relatos pessoais da atriz e da equipe criativa para construir uma narrativa sobre gênero, que vai dos preconceitos arraigados no nosso dia a dia aos debates sobre liberdade em um mundo pós-gênero. O espetáculo é patrocinado pela Prefeitura da Cidade do Rio de Janeiro, pela Secretaria Municipal de Cultura e pela Rede D’OR, por meio da Lei Municipal de Incentivo à Cultura – Lei do ISS. Além disso, este espetáculo foi selecionado por meio do Programa Funarte Aberta 2023 – Ocupação dos Espaços Culturais da Funarte no Rio de Janeiro.

O projeto teve início na pandemia, quando o diretor e a atriz, amigos há mais de quatro décadas, decidiram trabalhar juntos pela primeira vez. Christiana Guinle sugeriu um projeto que resgatasse o processo que a levou ao entendimento de sua própria identidade sexual e de gênero para falar de um mundo que evoluiu nas discussões sobre o tema, mas ainda insiste em nos colocar em rótulos.

“Durante minha juventude, eu não tinha muitas referências de pessoas que se identificassem como fluidas. No máximo, tinham as pessoas andróginas. Eu tentava entender minha própria identidade. A descoberta da não-binaridade e a possibilidade de fluir entre os gêneros foram libertadoramente perturbadoras. Contei toda a minha história para o Pedro, que usou as minhas memórias para escrever um espetáculo sobre o respeito às nossas próprias individualidades. Queremos falar do corpo sem gênero. Das roupas sem gênero. Do sexo sem gênero”, descreve Christiana Guinle. “As pautas identitárias no teatro são um reflexo das discussões frequentes na sociedade hoje. As pessoas estão querendo ver também em cena narrativas que falem da igualdade de gênero, combate ao racismo, sexualidade e preservação ambiental. Mas as discussões sobre gênero fluido ainda não são tão frequentes em cena”, analisa o autor Pedro Henrique Lopes.

A peça passeia não só pela trajetória de Christiana Guinle, mas resgata personagens importantes no debate da fluidez de gênero: Thomas Baty (1869-1954), umas das primeiras pessoas documentadas como “não-binárie”; a atriz Rogéria, com quem Christiana trabalhou e se tornou amiga; Kaká Di Polly, ícone drag dos anos 1980 e 90; a modelo trans Roberta Close; e muitas outras pessoas que contribuíram para a (des)construção social brasileira de gênero. Todos eles estão em cena através das falas e da vivência de Christiana Guinle.

“O teatro que debate assuntos sociais importantes me interessa muito, principalmente quando a gente está falando da liberdade, do livre-arbítrio, de ser quem a gente é de verdade”, observa o diretor Ernesto Piccolo. “Ainda temos muito que evoluir nessa questão, mas já vemos muito mais espaço para o debate de gênero hoje do que décadas atrás”, completa.

Ficha técnica:

  • Direção: Ernesto Piccolo
  • Interpretação: Christiana Guinle
  • Texto: Pedro Henrique Lopes
  • Assistente de direção: Kattia Hein e Mark Benjamin
  • Coreografia e preparação corporal: Kallanda Caetana
  • Figurinos: Helena Araújo
  • Iluminação: Gabriel Prieto
  • Trilha sonora: Pedro Henrique Lopes e Ernesto Piccolo
  • Caracterização e visagismo: Ricardo Moreno
  • Produção executiva: Christiana Guinle e Ernesto Piccolo
  • Assistente de produção: Layla Paganini
  • Direção de produção: Pedro Henrique Lopes
  • Assessoria de imprensa: Racca Comunicação
  • Programação visual: Yucky Designs e Ideias
  • Realização: Expansão 2 Produções Artísticas e Expressão Piccolo

Serviço:

  • Temporada: De 17/01 a 08/02/2024
  • Dias e horários: quartas e quintas, às 19h.
  • Teatro Glauce Rocha: Av. Rio Branco, 179, Centro.
  • (Espaço cultural da Fundação Nacional de Artes – Funarte)
  • Telefone: (21) 2220-0259.
  • Ingressos: R$ 40 (inteira) e R$ 20 (meia-entrada).
  • Duração: 1h
  • Lotação: 204
  • Classificação: 12 anos
  • Venda de ingressos: Sympla (https://bileto.sympla.com.br/event/89206) e bilheteria do teatro

‘Felicidade à venda’ estreia no teatro do CCIF

Felicidade à venda

Uma reflexão bem-humorada de uma família de artistas sobre as fórmulas de felicidade, sejam elas encontradas em farmácias, shoppings ou roteiros de viagens. Esse é o argumento de “Felicidade à Venda”, um espetáculo irônico e provocativo da família Dacosta. No palco estão Alexandre Dacosta, Dora de Assis e Lucília de Assis, pai, filha e mãe também na vida real. Dirigida por Natasha Corbelino, a peça estreia no dia 12 de janeiro, no Teatro do Centro Cultural da Justiça Federal, na Cinelândia, e fica em cartaz até 4 de fevereiro de 2024, às sextas, sábados e domingos.

A dramaturgia é do próprio elenco, uma família de atores autores, que utiliza a metalinguagem para abordar o universo complexo das relações familiares na busca da felicidade. “Onde estão nossas saúdes? É como uma exposição familiar. Mãe, pai e filha são peças de uma peça de convivência. O palco vira o espaço íntimo onde essa bela família branca troca experiências sobre sucesso, bem-estar e satisfação pessoal. Tudo com humor, ironia e música”, diz Natasha Corbelino.

A partir de suas próprias vivências, a família de atores fala das receitas de felicidade vendidas pela sociedade capitalista. “É uma reflexão cômica em torno do marketing da venda de simulacros de felicidade, de como o mercado manipula o nosso desejo para nos tornar consumidores de fórmulas de sucesso, alegria e bem-estar”, explica Dora de Assis. A peça conta também com números musicais curtos, que trazem à memória famosas propagandas e jingles de remédios. As letras são de Alexandre Dacosta.

SINOPSE

Mãe, filha e pai, Lucília de Assis, Dora de Assis e Alexandre Dacosta são uma família real oficial carioca. Uma família de artistas enlaçados pelo humor. Artistas que, pela primeira vez na História do Brasil, estarão juntos em cartaz na cidade ao mesmo tempo que apresentam a cena performativa musical de uma família branca burguesa promovendo a ideia de que a alegria é um estado de satisfação que pode ser seu. A que preço? Quer ser feliz? Pergunte-nos como. Com direção de Natasha Corbelino, a peça expandida “Felicidade à venda” estreia na Cinelândia em plena magia do verão. Ar-condicionado garantido ou seu dinheiro de volta!

FICHA TÉCNICA

Elenco e texto: Dora de Assis, Lucília de Assis e Alexandre Dacosta
Direção: Natasha Corbelino
Assistência de direção e fotos: Julia Morais
Figurino: Rui Cortez
Música: Alexandre Dacosta
Produção musical: Bruno Benzaquem
Consultoria de iluminação: Lara Cunha
Mídias: Ítalo Garcia
Assessoria de imprensa: Júnia Azevedo/Escrita Comunicação
Produção Executiva: Família Dacosta
Produção: João Liu
Realização: Falantes Produções Artísticas

SERVIÇO

Espetáculo: Felicidade à Venda
Datas: 12,13,14,19,20,21, 26, 27 e 28 de janeiro e 2, 3, 4 de fevereiro de 2024
Horário: sextas e sábados às 19h e domingos às 18h
Local: Teatro do Centro Cultural da Justiça Federal
Endereço: Av. Rio Branco, 241 – Centro – Rio de Janeiro
Classificação etária: 16 anos
Ingresso: R$ 50,00 (inteira) e R$ 25,00 (meia)
Duração: 60 min.

 “A Fábrica dos Ventos” faz temporada no Sesc Pompeia 

A Fábrica dos Ventos – Fots de Laura Alves

A Trupe Lona Preta, renomada companhia com sólida pesquisa voltada aos universos da palhaçaria, da comédia popular e da música, traz ao Sesc Pompeia o espetáculo infantil “A Fábrica dos Ventos”, uma fábula que promete encantar crianças e adultos durante a temporada.Com  direção de Alexandre Matos, Joel Carozzi e Sergio Carozzi – que também estão no elenco ao lado de Wellington Bernado, o espetáculo circense faz temporada de 19 de janeiro a 4 de fevereiro de 2024.

O espetáculo conta a história de um reino onde a vida gira em torno das bexigas: o trabalho, o alimento, o lazer. Com dificuldades de respiração e locomoção, o povo trabalha enchendo as bexigas, sobrevivem vendendo a única coisa que lhes restam, o sopro vital. Atendendo às ordens do rei, ao final de cada dia um soldado passa recolhendo todas as bexigas.

Apesar de tudo, os personagens sonham com dias melhores, dias de plena respiração e brisa suave. Nesse sonho, respiram felizes, cantam e tocam instrumentos. Mas também, quando o assunto é consumo, travam disputas brutais entre si.

Em uma noite de Natal, um palhaço se vê cercado pela profunda solidão. Até o momento em que encontra seus iguais: o público. O soldado, em vão, tenta repreender esse encontro. O palhaço encantado cria um coro poético e musical contra as forças que oprimem a tantos.

O tema da Trupe Lona Preta é a luta de classes em seus diversos aspectos. “Esse trabalho especificamente foi concebido nos meandros da pandemia, motivado pela necessidade de elaborar e digerir temas tão dolorosos e complexos que nos atravessam a todos, adultos e crianças nessa quadra histórica. O ponto fundamental é: morrer de fome, de sede ou de falta de ar no mesmo planeta que já possui plenamente desenvolvidas as condições materiais de superação desse estado de coisas”, contam os criadores.

“O espetáculo aborda temas como, o trabalho, a acumulação, as contradições entre e intra-classes. Temas abordados numa perspectiva de aspiração de um mundo novo, de um mundo mais justo e livre da opressão e da exploração do trabalho. Nesse sentido a Trupe Lona Preta busca com seu teatro apresentar, através da ótica do palhaço, uma forma de olhar para nossa vida cotidiana como se fosse a primeira vez. Assim nosso objetivo é que a arte sirva ao público como mais uma ferramenta para uma apreensão questionadora do mundo”, completa o grupo.

FICHA TÉCNICA:

  • Elenco: Alexandre Matos, Joel Carozzi, Sergio Carozzi e Wellington Bernado
  • Direção: Alexandre Matos, Joel Carozzi e Sergio Carozzi
  • Direção Musical: Joel Carozzi e Wellington Bernado
  • Figurino: Laura Alves
  • Iluminação: Giuliana Cerchiari
  • Cenário: Sergio Carozzi e Joel Carozzi
  • Produção: Trupe Lona Preta
  • Produção executiva: Henrique Alonso
  • Ilustração: Kei Isogai

Serviço

A Fábrica dos Ventos – com a Trupe Lona Preta.
De 19.01 a 04.02, sextas às 19h, sábados e domingos às 17h; e quinta-feira, 25/01, às 17h.
Sesc Pompeia – Rua Clélia, 93. 

 

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