Em meio a uma sequência de singles em português, a soprano Nádia Figueiredo se prepara para mais um lançamento e dessa vez, com um toque especial. “Canto de Ossanha”, obra-prima de Baden Powell e Vinícius de Moraes, além de ganhar uma nova interpretação na voz marcante da cantora, recebe toques de música eletrônica através do DJ e produtor Lucas Gesualdi, filho de Nádia. A releitura será lançada nas principais plataformas no dia 10 de maio, fim de semana em que será celebrado o Dia das Mães.
Sucesso absoluto na primeira apresentação – Apesar do lançamento oficial estar marcado para maio, a música já conquistou o público na comemoração de 40 anos do Fórum de Ipanema. “Me convidaram para cantar na abertura de um desfile e pediram ‘Canto de Ossanha’ com um arranjo animado. Logo pensei no eletrônico”, conta a cantora. E o melhor estava em casa. “Meu filho é perito no gênero, então fez toda a produção”.
Nádia é referência em crossover e já flertava com o eletrônico – O lançamento não será a estreia de Nádia no eletrônico. Seu primeiro clipe foi um experimento de música barroca clássica em latim, composta por Vivaldi, com um eletrônico suave. Em seguida, criou o projeto “Opera Lounge Music” em que a maior parte dos lançamentos tinham vertentes eletrônicas.
“Curto muito essas fusões de gênero. Nosso país não tem a cultura de escutar música clássica e nem mesmo a MPB é preferência dessa geração. Acredito que o eletrônico pode ser um grande aliado”, diz a soprano, que menciona Pavarotti como referência, tenor que popularizou a ópera e dividiu palco com Elton John, Eric Clapton, Sting e mais.
Talento de mãe para filho – Com a mãe envolta em arte, Lucas cresceu na música e estudou rock e violão clássico na mesma escola em que a mãe estudava canto lírico, até optar pelo eletrônico. “Sempre quis trabalhar com um especialista em música eletrônica. Dei sorte do meu filho escolher esse caminho, porque ele está entregando trabalhos de altíssima qualidade”, conta a mãe.
O entrosamento dos dois é tanto, que em menos de uma semana, a faixa estava pronta. “Nossa colaboração foi muito fluida e orgânica”, conta Lucas, que gravou o violão, criou o instrumental e finalizou a música.
Novamente Vinícius de Moraes e Baden Powell – Ainda em 2024, Nádia lançou sua versão de “Samba em Prelúdio”, dos mesmos autores do novo single, mas a artista conta que não passou de uma feliz coincidência e os dois trabalhos têm resultados bem diferentes.
Sobre a releitura de “Canto de Ossanha”, Lucas conta que se inspirou no afro house para criar a batida, mas fez adaptações. “Esse gênero tem ganhado destaque no cenário eletrônico brasileiro e se encaixou perfeitamente na proposta da música, no entanto, eu garanti que a voz da minha mãe se destacasse sobre a batida, colocando foco na artista ao invés do ritmo. Essa abordagem suavizou a ideia do eletrônico voltado para as pistas de dança e o tornou mais acessível e centrado na expressão artística.
Saiba mais sobre Nádia Figueiredo
Sua jornada artística começou autodidata, com incentivo da família, cantando e tocando violão desde criança em Belo Horizonte. Agora, Nádia oferece ao público hits populares do calibre de “Isto Aqui O Que É?”, standard de Ary Barroso, “O Amor Em Paz”, de Tom Jobim e Vinicius de Moraes, assim como “Samba Em Prelúdio”. Ela também é autora do livro “E por falar em voz… – Um manual de boas práticas para quem utiliza a voz como instrumento musical” (2021). Foi modelo de carreira sólida que se desdobrou entre o Brasil, México e Chile para depois , tornar para a música se dedicar do teatro musical ao canto lírico, passando pela preparação vocal com Vera do Canto e Mello, Laura de Souza e Mirna Rubim.
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Pré-save de “Canto de Ossanha”