Cora do Rio Vermelho - Teatro da UFF

No Mês das Mulheres, o universo de Cora Coralina no Teatro da UFF

Sucesso de público e de crítica, o monólogo com Raquel Penner reúne textos e poemas que falam sobre a força feminina e a alma da mulher brasileira. Com dramaturgia de Leonardo Simões e direção de Isaac Bernat, a peça propõe uma relação de cumplicidade entre atriz e platéia

por Redação

O espetáculo “Cora do Rio Vermelho” retorna aos palcos do Teatro da UFF no mês de março, celebrando o mês das mulheres, depois de bem-sucedidas temporadas. “Cora do Rio Vermelho” está no momento circulando por cidades mineiras, através do Patrocínio Master da Petrobras e da Lei de Incentivo à Cultura, após aprovação na Chamada Petrobras Cultural Múltiplas Expressões. O projeto Cora do Rio Vermelho visita Minas Gerais já movimentou as cidades de Uberlândia e Belo Horizonte. E no intervalo da circulação, o espetáculo tem a alegria de retornar à cidade de Niterói, para uma curtíssima temporada de 3 apresentações, nos dias 17, 18 e 19 de março. Durante os 55 minutos de encenação, Raquel Penner, idealizadora e atriz do espetáculo, celebra as mulheres e a força feminina, através das palavras de Cora e da mulher que ela representa até hoje no Brasil e no mundo.
Com dramaturgia de Leonardo Simões e direção de Isaac Bernat, o espetáculo é forte e delicado, assim como a escrita da poeta. “Cora Coralina foi uma mulher múltipla e libertária. Removeu pedras e abriu caminhos para outras mulheres. Há 12 anos, tive meu primeiro encontro com ela, em uma exposição no CCBB RJ. Fiquei encantada por aquela senhora do interior do Brasil que falava firme e cantado, fazia doces e escrevia poesia, celebrava a vida e a simplicidade. Quando a reencontrei, a partir de um livro do Drummond, percebi que tudo o que eu queria dizer no palco estava ali”, lembra Raquel.
Pseudônimo de Anna Lins dos Guimarães Peixoto Bretas, Cora Coralina (1889 – 1985) é considerada uma das mais importantes escritoras brasileiras. Nascida na cidade de Goiás, ela viveu mais de quatro décadas em São Paulo. Apesar de escrever seus versos desde a adolescência, ganhava a vida como doceira, e seu primeiro livro só foi publicado em junho de 1965, quando tinha quase 76 anos de idade. Escreveu sobre os lugares onde viveu, as pessoas com as quais se relacionou e a natureza que observava.
“Quando Raquel me convidou para dirigir “Cora”, meu coração se encheu de alegria. Há anos, uma das célebres frases da poeta conduz o meu comportamento artístico e profissional: ‘Todo trabalho é digno de ser bem-feito.’ E esta mesma frase também orienta o que espero e procuro oferecer às pessoas. Como bem disse Carlos Drummond de Andrade: ‘Na estrada que é Cora Coralina passam o Brasil Velho e o atual, passam as crianças e os miseráveis de hoje. O verso é simples, mas abrange a realidade vária’”, celebra o diretor Isaac Bernat.
A dramaturgia reúne passagens de sua vida e diversos poemas retirados dos livros “Vintém de cobre – meias confissões de Aninha”; “Meu Livro de Cordel”; “Villa Boa de Goyaz”; e “Poemas dos becos de Goiás e estórias mais”. “A partir de um recorte sensível de obras feito pela Raquel e com a toada poética de Cora, busquei nessa abordagem teatral uma geografia de sensibilidade e memórias, uma paisagem sonora que a atriz observa e traduz a partir do simbólico quarto de escrita, mesclada aos seus fazeres de doçura”, explica o autor Leonardo Simões.
Ao longo da encenação, aparecem algumas músicas populares, unindo vozes femininas de cantoras-atrizes do cenário teatral brasileiro: Aline Peixoto, Chiara Santoro, Clara Santhana, Cyda Moreno e Soraya Ravenle. Em “Cora do Rio Vermelho” (o título se refere ao rio que banha Goiás), a atriz se torna uma contadora de histórias atravessada pelo amor e pela entrega que Cora dedicou a sua tradição e a sua gente.

Ficha Técnica

Idealização e atuação: Raquel Penner
Direção: Isaac Bernat
Dramaturgia: Leonardo Simões
Produção executiva: Clarissa Menezes
Cenografia, Figurino e Produção de objetos: Dani Vidal e Ney Madeira – Ney Madeira Produções Artísticas
Cenotécnico: André Salles
Tingimento, Bordado e Tratamento de objeto: Dani Vidal e Ney Madeira
Costureira: Aureci da Cunha Rocha
Costureira de cenário: Alessandra Valle
Pintura de arte: Paulo Campos
Carpinteiro: Paulo Sá
Montagem de cenário e luz: Wellington Fox
Iluminação: Ana Luzia de Simoni
Montagem e operação de luz: Bruno Henrique Caverninha
Direção Musical e Trilha Sonora: Aline Peixoto
Percussão: Fabiano Salek
Vozes: Aline Peixoto, Chiara Santoro, Clara Santhana, Cyda Moreno e Soraya Ravenle
Operação de som: Rafa Barcelos
Músicas:
“Aponte” (Lan Lanh/Nanda Costa/ Sambê)
“Maria, Maria” (Milton Nascimento)
“Simplicidade” (Jaime Alem)
Visagismo: Mona Magalhães
Direção de movimento: Luiza Vieira (cenas “Mãos” e “Todas as vidas dentro de mim”)
Fotografias e Designer gráfico: Bianca Oliveira – Estúdio da Bica
Mídias sociais e Planejamento de divulgação: Lyana Ferraz
Realização: Núcleo de Ensino e Pesquisa de Artes Cênicas – NEPAC

Serviço

  • Cora do Rio Vermelho
  • Temporada: 17, 18 e 19 de março
  • Dias e horários: sexta e sábado às 20h e domingo às 19h.
  • Teatro da UFF: Rua Miguel de Frias, 9 –Icaraí – Niterói/RJ
  • Telefone: (21) 2629-5576
  • Ingressos: R$ 40 (inteira); R$ 20 (meia-entrada).
  • Duração: 55 minutos
  • Lotação: 344 pessoas
  • Classificação Etária: 12 anos.
  • Redes:Instagram: @coradoriovermelho

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