O álbum “Orin Dudu – Cânticos Negros” reúne sete cantigas de Candomblé, em arranjos criados por Kiko Horta e Luís Filipe de Lima

por Redação
Orin Dudu

Para a gravação em estúdio do álbum “Orin Dudu – Cânticos Negros” (Biscoito Fino), foram selecionadas sete cantigas, dentre o repertório de sete Casas de Candomblé pesquisadas no Rio de Janeiro e em municípios vizinhos. A partir destes registros, os diretores musicais do projeto, Kiko Horta Luís Filipe de Lima, criaram arranjos inéditos em que o tradicional terno de atabaques (rum, rumpi e lé) e seus toques se misturam a instrumentos de sopro, cordas e piano.

As vozes solistas de cada faixa, são de figuras de grande expressão do candomblé carioca.  A maioria também participou do álbum de registro de campo, como Mam’etu Mabeji, Pai Zezito de Oxum, Yá Wanda de Omolu, Babalorixá Adailton Moreira e Ekédi Tauana dos Santos, somada a nomes como o Ogã Cacau e a cantora Alcinéia Martins (uma das fundadoras do bloco afro Agbara Dudu, também iniciada no candomblé).

Em cinco das sete faixas, o terno de atabaques ficou a cargo dos ogãs Brazzaville Aragão, Bernardo Alcântara e Vinicius Marçal. A faixa dedicada à raiz do Bate-Folha foi gravada pelos ogãs Myller Nascimento, Edmilson do Nascimento e Rayan Queiroz, e contou com a participação de Ingrid Bastos e Alice Milagre, da casa de Mam’etu Mabeji, no coro.

O álbum de estúdio, que chega às plataformas nesta quinta-feira, 20/11 – Dia da Consciência Negra -, conta ainda a participação de instrumentistas de renome da música instrumental brasileira: Carlos Malta (saxofones, clarone e pífanos), Silvério Pontes (trompete e flugelhorn), Gilson Santos (trompete), Eduardo Neves (flauta), Cláudio Jorge de Barros (guitarra), Ivan Machado (baixo elétrico), Luís Barcelos (bandolim), Guto Wirtti (baixo acústico), Thiago Osório (tuba e trombone), Eduardo de Almeida Prado (trompa), Alexandre Romanazzi (flautas em C e G), Thiago Queiroz (sax alto e barítono), Wanderson Martins (cavaquinho), Paulino Dias (percussão), Luís Filipe de Lima (violão de 7 cordas) e Kiko Horta (piano).

Em três faixas, há a participação do Grupo Vocal Equale, que reúne as vozes de Ana Calvente, Alice Sales, Débora Braga, Flavio Mendes, Letícia Dias, Murilo Sierra, Pedro Sabino, Tomaz Andrade e Valéria Lobão. Em duas outras faixas, ouve-se um coro formado pela Ekédi Flávia Berton, Egbômi Marlene de Oxum e Kiko Horta, do Ilê Axé Egi Omim, e pela cantora Mariana Baltar.

Repertório e ficha técnica:

Faixa 1: “Awá nixó modé locô’ (cantiga de Oxóssi da tradição do Gantois, no toque agueré)

Arranjo: Kiko Horta

Voz: Alcinéia Martins

Participação especial: Silvério Pontes (trompete)

Coro: Ekédi Flávia Berton, Egbômi Marlene, Mariana Baltar, Kiko Horta

Terno de atabaques: Ogãs Brazzaville Aragão, Bernardo Alcântara e Vinicius Marçal, do Ilê Asé Egi Omim

Agogô: Kiko Horta

Guitarra: Cláudio Jorge de Barros

Baixo elétrico: Ivan Machado

Flautas (em C e em G): Alexandre Romanazzi

Sax alto e sax barítono: Thiago Queiroz

Faixa 2: ‘Obá ureleô” (cantiga de Iyamassê da tradição kêtu do Axé Opô Afonjá, no toque batá)

Arranjo: Luís Filipe de Lima

Voz: Tauana Santos

Participações especiais: Carlos Malta (sax soprano, pifes e clarone) e Grupo Vocal Equale (Ana Calvente, Alice Sales, Débora Braga, Flavio Mendes, Letícia Dias, Murilo Sierra, Pedro Sabino, Tomaz Andrade e Valéria Lobão)

Terno de atabaques: Ogãs Brazzaville Aragão, Bernardo Alcântara e Vinicius Marçal, do Ilê Asé Egi Omin

Baixo acústico: Guto Wirtti

Piano e agogô: Kiko Horta

Violão de 7 cordas: Luís Filipe de Lima

Faixa 3: “Moiô moiô” (cantiga de Oxum do repertório do Ogã Luiz Bangbala, no toque vássi)

Arranjo: Luís Filipe de Lima

Voz: Ogã Cacau (Carlos Alexandre de Camillis)

Participação especial: Grupo Vocal Equale (Ana Calvente, Alice Sales, Débora Braga, Flavio Mendes, Letícia Dias, Murilo Sierra, Pedro Sabino, Tomaz Andrade e Valéria Lobão)

Terno de atabaques: Ogãs Brazzaville Aragão, Bernardo Alcântara e Vinicius Marçal, do Ilê Asé Egi Omin

Agogô: Kiko Horta

Tuba e trombone: Thiago Osório

Trompa: Eduardo de Almeida Prado

Flautas (em C e em G): Alexandre Romanazzi

Faixa 4: ‘Omi moreuá” (cantiga de Oxum da tradição ijexá, no toque ijexá)

Arranjo: Kiko Horta

Voz: Pai Zezito de Oxum

Participação especial: Silvério Pontes (flugelhorn)

Coro: Ekédi Flávia Berton, Egbômi Marlene, Mariana Baltar, Kiko Horta

Terno de atabaques: Ogãs Brazzaville Aragão, Bernardo Alcântara e Vinicius Marçal, do Ilê Asé Egi Omin

Agogô: Kiko Horta

Guitarra: Cláudio Jorge de Barros

Baixo elétrico: Ivan Machado

Sax alto e sax Barítono: Thiago Queiroz

Flautas (em C e em G): Alexandre Romanazzi

Faixa 5: ‘Como xauerá” (cantiga de Inkôssi, inkisse correspondente ao orixá Ogum na tradição muxicongo do candomblé Bate-Folha, no toque monjolo estilizado)

Arranjo: Luís Filipe de Lima

Voz: Mam’etu Mabeji

Participação especial: Eduardo Neves (flauta)

Coro de Ingrid Bastos e Alice Milagre, do Kupapa Unsaba (Bate-Folha do Rio de Janeiro)

Cavaquinho: Wanderson Martins

Percussão (surdo, tamborim, pandeiro, reco-reco e ganzá): Paulino Dias

Terno de atabaques e agogô: Ogãs Myller Nascimento, Edmilson do Nascimento e Rayan Queiroz, da raiz do Bate-Folha

Violão de 7 cordas: Luís Filipe de Lima

Faixa 6: “Iemanjareô’ (cantiga de Iemanjá do repertório da raiz Alakêtu)

Arranjo: Luís Filipe de Lima

Voz: Bàbá Adailton Moreira

Participações especiais: Luís Barcelos (bandolim) e Grupo Vocal Equale (Ana Calvente, Alice Sales, Débora Braga, Flavio Mendes, Letícia Dias, Murilo Sierra, Pedro Sabino, Tomaz Andrade e Valéria Lobão)

Terno de atabaques: Ogãs Brazzaville Aragão, Bernardo Alcântara e Vinícius Marçal, do Ilê Asé Egi Omin

Agogô: Kiko Horta

Baixo acústico: Guto Wirtti

Violão de 7 cordas: Luís Filipe de Lima

Faixa 7: ‘Urê urê ijená (reza de Omolu da tradição kêtu)”

Voz: Yá Wanda D’Omolu

Piano e arranjo: Kiko Horta

Direção musical e de estúdio: Kiko Horta e Luís Filipe de Lima
Engenheiros de gravação: Carlos Fuchs e Daniel Vasques
Mixagem: Carlos Fuchs
Masterização: Carlos Fuchs no estúdio Arda Records, na cidade do Porto, em Portugal
Todas as faixas foram gravadas no estúdio Tenda da Raposa, no bairro de Santa Teresa, Rio de Janeiro.

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