O Alienista, espetáculo muito atual, fica em cartaz no Rio até  29 de julho

O Alienista - Foto de Luciana Salvattore

O poder em todas as suas formas, o jogo da corrupção política, protocolos de saúde estapafúrdios, o absurdo da decadência humana, a falta de empatia, o massacre aos direitos humanos. Todas essas características juntas nos são familiares nos dias de hoje, apesar de parecerem distópicas. É justamente esse cenário distópico o da peça “O Alienista”, em cartaz até 29 de julho no Teatro João Caetano, no Rio de Janeiro. Com texto de Gustavo Paso e Celso Taddei, livremente inspirado no conto homônimo do imortal Machado de Assis, a nova montagem da CiaTeatro Epigenia, que comemora 23 anos de fundação, leva para o palco um elenco de 14 atores/cantores.

“Trazer a inspiração da obra de Machado de Assis é trazer a possibilidade de ser para além de nossos meios e tempo. Um homem negro, filho de escravos alforriados, epilético, que mal pode estudar até sua adolescência, viveu dentro de um pensamento europeu de que somos fruto do nosso meio! Um determinismo limitante que ele rompeu a ponto de ter sido um dos fundadores da Academia Brasileira de Letras! É um dos principais nomes de nossa literatura e rompeu limites territoriais. Machado é um exemplo para o mundo atual, pois mostrou o que podia realizar mesmo com tanta adversidade. Esperamos poder inspirar esse pulsar, essa vitalidade e essa fé de que todos temos essa potência de romper o que nos determinam!” – destaca Luciana Favero – atriz e produtora do espetáculo.

Qualquer semelhança é uma infeliz coincidência na versão de “O Alienista” da companhia teatral que chega à maioridade colecionando críticas positivas e ampliando sempre seu público fiel com espetáculos ousados, instigantes e de qualidades textual, dramatúrgica e cênicaCom essas marcas e, mais uma vez, sob a direção de Gustavo Paso, um dos mais premiados diretores do teatro brasileiro na atualidade.

“Conscientes de que está muito mais difícil criar uma analogia por meio de um mundo distópico com nossa vida, nos apoiamos no absurdo mundo da patafísica para entender a realidade, ou pelo menos para que o teatro possa, mais uma vez, servir de trampolim para espelhar essa sociedade destruída e desalmada que alguns insistem em tentar consolidar”, explica Gustavo Paso – diretor, dramaturgo e fundador da Cia Epigenia.

A Patafísica como ins-piração

A patafísica é uma crítica à lógica racional. Examina as leis que regem as exceções, nas palavras do romancista e dramaturgo francês Alfred Jarry é “a ciência das soluções imaginárias”. A patafísica de Jarry é algo além da metafísica e além da física. Pode também ser vista como paródia: uma celebração bem-humorada do paradoxo, que opera, de modo cômico, a desconstrução do real e sua reconstrução no absurdo. A patafísica explora “elementos dissonantes” de modo a criar não uma síntese, mas uma situação em que as incongruências podem coexistir. Atrás de toda a lógica, esconde-se o monstruoso.

A peça se aprofunda na pesquisa do Dr. Simão Bacamarte, médico renomado e de currículo invejável (mesmo que ninguém entenda as especialidades do doutor na então metrópole imaginária), acerca da loucura. Ele cria um lugar para internar os loucos da cidade sob seus próprios critérios do que é ser louco ou não. Esses critérios mudam conforme o tempo e os interesses – sejam por poder, por dinheiro, por reconhecimento – e geram revolta, golpes, até a falência social e financeira da então Metrópole, que se transforma em Distrito e, em seguida, em um simples Vilarejo decadente e subserviente ao Império, nos idos anos do século XIX.

Assim presenciamos a ascensão e queda de um louco que chega ao poder e passa a tomar decisões sem consultar previamente os representantes da sociedade, pois estão todos enjaulados no hospício fundado por ele mesmo! Mas isso é apenas uma fábula e sabemos que fábulas não existem!

Parceria educacional

No dia 21 de junho, Machado de Assis completaria mais um ano de vida e a CiaTeatro Epigenia vai disponibilizar a gravação do espetáculo em alta resolução. Esta produção audiovisual estará disponível para estudantes do 9º ano do ensino fundamental através de um link, por meio de uma parceria com a Secretaria Municipal de Educação. Ao todo, são 361 Escolas na Rede Pública de Ensino da Cidade do Rio de Janeiro que possuem o nono ano escolar, totalizando 41.222 alunos elegíveis a assistir ao espetáculo. 

Pensando na democratização do acesso ao teatro, a CiaTeatro também disponibiliza, semanalmente, 452 ingressos gratuitos a grupos sociais, educadores e escolas públicas. 

A Cia  também realizará um ciclo gratuito de leituras dramatizadas das obras de Machado de Assis em 10 bibliotecas e centros culturais do Rio de Janeiro. 

FICHA TÉCNICA

  • Livremente Inspirado na obra de Machado de Assis “O Alienista”
  • Texto: Gustavo Paso e Celso Taddei 
  • Direção  e Cenografia: Gustavo Paso 
  • Iluminação: Paulo Cesar Medeiros
  • Trilha Original e Direção Musical – André Poyart 
  • Treinamento Vocal: Dodi Cardoso
  • Artes para o Teatro João Caetano: Stefano Figalo
  • Fotos: Luciana Salvatore
  • Adereços: Eduardo Andrade, Gustavo Paso, Malu Guimarães
  • Figurino: Graziela Bastos
  • Direção de Movimento Coro: Edio Nunes 
  • Direção de Arte: Gustavo Paso

Elenco: Vitor Thiré / Luciana Fávero / Gláucio Gomes / Vinicius Cattani / Bruno Ribeiro / Dodi Cardoso /Renato Peres / Tatiana Sobral / Tecca Maria / Ana Lobo / Anna Hannickel / Erick Villas / Laura Canabrava / Renato Ribone/ Carlos Emilio

  • Administração Temporada: Priscilla Reis
  • Direção de Produção: Luciana Fávero
  • Assessoria de Imprensa – Alessandra Costa 
  • Coordenação Projeto: Paso D’Arte 
  • Realização: CiaTeatro Epigenia

SERVIÇOS:

  • Teatro João Caetano
  • Temporada: de 05 a 29 de julho
  • Quarta 15h, quinta e sexta às 19h e sábado 17h
  • Valores: R$50 (inteira); R$25 (meia)
  • Comprando antecipado, até dia 30/06, R$40 (inteira)
  • Duração:100 minutos
  • Classificação: 14 anos

Peças cariocas com foco na identidade preta e infantil integram o FIT Rio Preto 2023

FIT Rio Preto – Foto de Marcos Morelli

O Rio de Janeiro conta com três montagens durante o Festival Internacional de Teatro de São José do Rio Preto (FIT Rio Preto). O espetáculo de formas animadas “Seu Miguel, Seu Miguel” será apresentado no dia 21 de julho, às 15h e 19h, no Teatro do Sesi. Trabalhando com a temática preta, são duas produções: “Negra Palavra – Solano Trindade” nos dias 22 e 23 de julho, às 19h, no Teatro Municipal Humberto Sinibaldi Neto; e o solo infantojuvenil “O pequeno herói preto” em dia 23 de julho, às 15h e 19h, no Teatro do Sesi.

“Seu Miguel, Seu Miguel” é a primeira parceria entre o Grupo Depois do Ensaio, do Rio de Janeiro, e o ator e diretor Marcio Nascimento. A trama busca resgatar a sensibilidade dos processos artesanais muitas vezes perdida para a tecnologia digital e conta a história de Seu Miguel, um artesão que não consegue mais vender as suas criações nem encarar o mundo fora de sua loja.

Certo dia, ele recebe a visita de Nina, uma garotinha que se perdeu de sua família, tendo de enfrentar uma série de traumas para a ajudá-la a reencontrar seus pais. A partir dessa experiência, o artesão percebe que basta um único fio de esperança para continuar acreditando no melhor das pessoas.

Para aprimorar ainda mais o jogo de cena entre os atores e todos os elementos cênicos presentes em “Seu Miguel, Seu Miguel”, o grupo recebeu uma preparação corporal especial em mascaramento de Rodrigo Sangodare, que há mais de 10 anos pesquisa a linguagem da máscara. Já a manipulação de marionetes teve orientação de Júlio Barnabé, artista que já levou seu teatro de formas animadas para mais de 10 países.

“Negra Palavra – Solano Trindade” recorre à vida e aos versos de Solano Trindade (1908/1974), um dos grandes nomes do ativismo e da literatura negra no Brasil, para refletir sobre o homem negro na atualidade. A montagem é uma parceria do Complexo Negra Palavra, Coletivo Preto e Companhia de Teatro Íntimo.

A peça desenvolve a sua narrativa a partir de um roteiro de poemas de Solano Trindade, iniciando-se na sua infância em Pernambuco e acompanhando suas andanças pelo Brasil e o mundo.

“Uma eleição dramatúrgica que, ao mesmo tempo em que apresenta a importância do ativismo não só poético de Solano, mas que o levou a várias cidades do Brasil e do exterior clamando por um mundo mais justo, também explicita que os corpos dos homens negros são movidos pelo afeto e pelo amor. Esse é um ponto fundamental: desfazer o preconceito, arraigado através do racismo institucional, que homens negros são naturalmente violentos”, destaca Orlando Caldeira, que divide a direção artística com Renato Farias.

Com direção de Cristina Moura e Luiza Laroza, “O Pequeno Herói Preto” é idealizado e interpretado pelo ator Junior Dantas e conta a história de Super Nagô, um youtuber de 10 anos que descobre seus poderes por meio de sua família, usando os conhecimentos de seus antepassados e da natureza para transformar positivamente a vida das pessoas ao seu redor.

Repleta de referências ao afrofuturismo, conceito que interliga a cultura africana à ficção científica, a peça reforça a ideia de que todas as pessoas têm poderes, apresentando heróis e heroínas reais, que, com gestos simples, alteram para melhor o seu entorno.

O espetáculo homenageia personagens históricos como Dragão do Mar, Tereza de Benguela, Benjamin de Oliveira e Tia Ciata, além de figuras da atualidade como Gilberto Gil, Elza Soares e Conceição Evaristo, e também fictícias como Lanterna Verde e Pantera Negra, super-heróis, respectivamente, da DC e da Marvel.

FIT Rio Preto

Localizada no interior paulista, a 465 quilômetros de São Paulo, São José do Rio Preto abriga um dos mais longevos e importantes festivais de artes cênicas do Brasil: o FIT Rio Preto, que, em 2023, completa 54 anos de história e 21 anos de edição internacional. Desde sua primeira edição, em 1969, o festival rio-pretense reflete a diversidade criativa que pauta as artes cênicas e propõe discussões em torno de temas urgentes da sociedade.

Nesta edição, o FIT Rio Preto reúne 30 espetáculos em sua programação, entre produções nacionais, oriundas de oito estados brasileiros, e de mais três países: Argentina, Portugal e Reino Unido. Entre elas estão montagens premiadas como “Cárcere ou porque as mulheres viram búfalos”, da Companhia de Teatro Heliópolis, vencedor dos prêmios Shell (direção, música e dramaturgia) e APCA (direção e dramaturgia) em 2022; “Brenda Lee o Palácio das Princesas”, que recebeu o APCA de melhor espetáculo em 2022 e rendeu à Verónica Valenttino os prêmios Shell e Bibi Ferreira de melhor atriz; “Detetives do Espavô”, da Trupe Dunavô e Grupo Esparra, que recebeu o prêmio de melhor espetáculo de palhaçaria da APCA em 2022; e “Do que são feitas as estrelas?”, produção infantojuvenil da Aflorar Cultural que conquistou o APCA em 2022.

O Festival Internacional de Teatro de São José do Rio Preto é uma realização da Prefeitura Municipal de São José do Rio Preto, por meio da Secretaria Municipal de Cultura, e Sesc São Paulo. Parceria com o Sesi São Paulo e apoio institucional do Conselho Municipal de Políticas Culturais e Núcleo dos Festivais Internacionais de Artes Cênicas do Brasil.

Seu Miguel, Seu Miguel
Grupo Depois do Ensaio | Rio de Janeiro/RJ

Seu Miguel é um artesão que não consegue mais vender suas criações e é cheio de medo do mundo fora da sua loja. Ele recebe a visita de Nina, uma menina perdida de sua família. Seu Miguel passa a enfrentar os seus medos enquanto ajuda Nina a encontrar seus responsáveis, e acaba percebendo que basta um único fio de esperança para continuar acreditando no melhor das pessoas.

Ficha técnica

  • Roteiro, concepção e criação das formas animadas: Thales Sauvo
  • Direção: Marcio Nascimento
  • Assistente de direção: Gabrielly Vianna
  • Intérpretes manipuladores: Fabricio Neri, Gabrielly Vianna, Gaia Patricia e Tammy Caroline
  • Orientação de teatro de máscaras e preparação de corpo: Rodrigo Sàngódaré
  • Orientação de bonecos de fio: Júlia Barnabé
  • Direção e composição musical: Fabricio Neri
  • Arranjos e multi-instrumentista: Tavares
  • Figurino: Gilson Motta
  • Assistente de figurino: Gaia Patricia
  • Costura: Edvalda Moura
  • Cenário: Wan Olissant
  • Cenotecnia: Delcyr da Hora Ferreira
  • Adereços: Andréa Souza
  • Perucaria: Cleber de Oliveira
  • Assistente de perucaria: Vitor Martinez
  • Iluminação: Ademir Lamego
  • Direção de produção na criação: Julio Venancio e Thales Sauvo
  • Produção executiva na criação: Juliana Gonçalves
  • Assistente de produção na criação: Naomi Savage
  • Produção executiva: WDO Produções
  • Realização: Grupo Depois do Ensaio

Serviço:

Seu Miguel, Seu Miguel
Grupo Depois do Ensaio | Rio de Janeiro/RJ

Classificação indicativa: livre | Duração: 50 minutos | Data: 21/07 | Horário: 15h e 19h | Local: Teatro do Sesi | 376 lugares

Ingressos: Grátis. Os ingressos podem ser retirados de forma online um dia antes da apresentação, a partir das 12h, pelo site fitriopreto.com.br, app Credencial Sesc SP ou site Central de Relacionamento Digital (centralrelacionamento.sescsp.org.br), com limite de 4 ingressos por CPF, e presencialmente, no local do espetáculo, meia hora antes do início da apresentação, com limite de 1 ingresso por pessoa

Negra Palavra – Solano Trindade
Complexo Negra Palavra, Coletivo Preto e Companhia de Teatro Íntimo | Rio de Janeiro/RJ

A vida e obra do poeta pernambucano Solano Trindade (1908/1974). Solano é poesia, é corpo negro, é militância, é potência e é amor. Na contramão dos estereótipos criados para objetificar e discriminar os homens negros, o espetáculo recupera a trajetória do poeta trazendo para a cena suas múltiplas vivências. Sua infância em Pernambuco, colorida pela sonoridade das feiras populares e pela ancestralidade do maracatu. Sua militância em diversas cidades do Brasil, como cidadão negro em um país racista. E sua experiência como homem, entregue ao amor e ao cuidado da família. Em ‘Negra Palavra’, corpo, música e poesia se entrelaçam para representar uma só história: tanto a de Solano em seu tempo, como a dos homens negros contemporâneos, aqui e agora. Corpos que pulsam, palavras que dançam.

Ficha técnica

  • Poesias: Solano Trindade
  • Roteiro: Renato Farias
  • Direção artística: Orlando Caldeira e Renato Farias
  • Elenco: Adriano Torres, André Américo, Eudes Veloso, João Manoel Jorge Oliveira, Leá Cunha, Lucas Sampaio, Raphael Elias, Rodrigo Átila e Thiago Hypolito
  • Direção musical e percussão corporal: Muato
  • Direção de movimento: Orlando Caldeira
  • Direção de atores: Drayson Menezzes
  • Assistente de direção: Thati Moreira
  • Direção de arte: Raphael Elias
  • Assistente de arte e figurino: Júlia Marques
  • Iluminação: Rafael Sieg
  • Operação de luz: Rafael Mentges
  • Designer: Vitor Moniz
  • Redes sociais: Caroline Frizeiro
  • Assessoria de imprensa: Marrom Glacê
  • Direção de produção: Eudes Veloso
  • Produção master: Jorge Oliveira
  • Produção executiva: Tainá Bevilacqua e Fernanda Xavier
  • Idealização: Renato Farias
  • Parceria: Coletivo Preto e Companhia de Teatro Íntimo
  • Realização: Saideira Produções Artísticas

Serviço:

Negra Palavra – Solano Trindade
Complexo Negra Palavra, Coletivo Preto e Companhia de Teatro Íntimo | Rio de Janeiro/RJ

Classificação indicativa: 12 anos | Duração: 75 minutos | Data: 22 e 23/07 | Horário: 19h | Local: Teatro Municipal Humberto Sinibaldi Neto | 431 lugares

Ingressos: R$ 20 (inteira); R$ 10 (meia-entrada: aposentado, pessoa com mais de 60 anos, pessoa com deficiência, estudante e servidor de escola pública, trabalhador do comércio de bens, serviços e turismo credenciados no Sesc e seus dependentes, classe teatral rio-pretense credenciada e participantes do Festival com crachá de identificação) | Venda online disponível a partir de 6 de julho, às 18h, no site fitriopreto.com.br, no app Credencial Sesc SP ou no site Central de Relacionamento Digital (centralrelacionamento.sescsp.org.br), e venda presencial a partir de 7 de julho, às 18h, nas bilheterias do Sesc em todo o estado de São Paulo e na bilheteria do FIT (Biblioteca Municipal – exclusivamente no dia 7/7)

O Pequeno Herói Preto
Junior Dantas | Rio de Janeiro/RJ

A peça traz a aventura de Super Nagô, um youtuber de 10 anos que descobre seus poderes através de sua família. Na trama, Super Nagô usa os conhecimentos de seus antepassados e da natureza para transformar positivamente a vida das pessoas ao seu redor, apresentando nossa história, cultura e ancestralidade às crianças ainda na primeira infância. Em estilo de autoficção, a peça reforça a ideia de que todos temos poderes, apresentando heróis e heroínas reais que, com gestos simples, alteram para melhor o seu entorno – além de muitas referências do afrofuturismo, conceito que interliga a cultura africana à ficção científica.

Ficha técnica

  • Idealização e obra original: Junior Dantas
  • Texto: Cristina Moura e Junior Dantas
  • Atuação: Junior Dantas
  • Direção: Cristina Moura e Luiza Loroza
  • Consultoria de texto: Kiusam de Oliveira
  • Direção musical, composição, produção musical e percussão corporal:Muato
  • Iluminação: Ana Luzia Molinari de Simoni e João Gioia
  • Cenografia: Cachalote Mattos
  • Figurino: Tereza Nabuco
  • Mixagem e masterização: Rodrigo Gavião
  • Costura: Sônia Maria da Silva Andrade e Adélia Andrade
  • Cenotecnia: Moisés Cupertino
  • Assistente de cenografia e produção: Matheus Ribeiro
  • Operação de de som: Bob Reis
  • Montagem e desmontagem de luz: Juca Baracho e Guiga Ensa
  • Operação de luz: Domingos
  • Elétrica: Leandro Cesar Mattos Dias
  • Programação visual, fotografia, direção de vídeo e edição: André Senna
  • Mídias sociais: Junior Dantas e Rodrigo Menezes
  • Direção de produção: Damiana Inês
  • Produção: Bloco Pi Produções

Serviço:

O Pequeno Herói Preto

Junior Dantas | Rio de Janeiro/RJ

Classificação indicativa: livre | Duração: 45 minutos | Data: 23/07 | Horário: 15h e 19h | Local: Teatro do Sesi | 376 lugares

Ingressos: Grátis. Os ingressos podem ser retirados de forma online um dia antes da apresentação, a partir das 12h, pelo site fitriopreto.com.br, app Credencial Sesc SP ou site Central de Relacionamento Digital (centralrelacionamento.sescsp.org.br), com limite de 4 ingressos por CPF, e presencialmente, no local do espetáculo, meia hora antes do início da apresentação, com limite de 1 ingresso por pessoa

Musical em homenagem a Elton John pode ser visto até o início de agosto

Elton Jonh – Foto de Joaquim Araújo

Em agosto de 1990, o astro do pop Elton John se vê diante de uma triste realidade: a luta diária contra a cocaína. Já em reabilitação, é obrigado a escrever uma carta de despedida à “Dama de Branco” e, em um comovente relato confessional, retorna ao passado e resgata memórias de sua infância e juventude. “It’s me: Elton” explora momentos e canções marcantes na trajetória do cantor, sem seguir necessariamente uma ordem cronológica.

Embalados por sucessos como “Your Song”, “I’m still standing”, “Tiny Dancer”, “Rocket man” e outros, os dias de Elton no Hospital Luterano se fundem aos momentos de convivência com o pai, Stanley, o tio Reg, o melhor amigo Bernie Taupin, e o ex-namorado e produtor John Reid. Dessa forma, outros episódios vão se encadeando na cena. Além da própria trajetória do homenageado, o espetáculo aborda temas relevantes da sociedade contemporânea como a liberdade, a opressão, a persistência e a vulnerabilidade na condição humana.

O espetáculo estreou com ingressos esgotados na última quarta-feira, dia 12 de julho, e segue em cartaz no Teatro Giostri, em São Paulo, às quartas e quintas-feiras. De uma forma intimista, são três atores-músicos em cena narrando a trajetória de Elton: um homem com alma de criança reprimida e solitária. Falando de liberdade, opressão, persistência e vulnerabilidade humana, o espetáculo emociona ao externar relatos confessionais através de suas canções, palavras e lembranças.

Com dramaturgia de Pedro Ruffo, músicas de Elton John, direção de Daniela Stirbulov, direção musical de Gui Leal. A produção é assinada por Pedro Ruffo, que estará no palco ao lado de Gustavo Mazzei e Mikael Marmorato.

Ficha Técnica:

  • Dramaturgia: Pedro Ruffo
  • Direção: Daniela Stirbulov
  • Direção musical: Gui Leal
  • Elenco: Gustavo Mazzei, Mikael Marmorato, Pedro Ruffo e Lívia Cubayachi
  • Figurinos: Uriel Orttiz
  • Designer de Luz: Rafael Bernardino
  • Assistência de direção: Allan Claudino
  • Assessoria de Imprensa: Unicórnio Assessoria & Mídia
  • Produção Executiva: Pedro Ruffo
  • Produção: Daniela Gonçalves e Pedro Ruffo

Serviço:

“It’s me: Elton”

  • Curta temporada
  • Até 03 de agosto
  • Quartas e quintas, às 20h30
  • Giostri Livraria Teatro- Rua Rui Barbosa, 201 – Bela Vista, São Paulo – SP
  • Ingressos entre R$40,00 e R$80,00
  • Venda online: https://bileto.sympla.com.br/event/83889/d/200461/s/1353746
  • Duração: aproximadamente 80 minutos
  • Classificação indicativa: 12 anos

Bufão-Okê? usa paródias para zombar de opressores

Bufão-Okê? – Foto de Marcelo Machado

Há mais de seis anos, o ator e dramaturgo ALE procura lançar um olhar contemporâneo para a bufonaria. Bufão-Okê? é resultado desse mergulho no comportamento desses personagens cômicos e traz para cena o arquétipo mais conhecido dos Bufões, o Bobo da Corte. Mas, diferentemente de seus pares medievais, seu bufão não está a serviço dos poderosos, mas das pessoas oprimidas por eles. Assim, ele lança olhares agudos sobre problemas cotidianos do Brasil. Por meio de parodias e esquetes, ALE interpreta seu personagem em uma temporada com estreia marcada para o dia 21 de julho de 2023, com sessões às sextas e sábados, na Galeria Dandi (Rua Barão de Tatuí, nº 19, 1º and, Santa Cecília, São Paulo). A casa estará aberta a partir de 19h30 para receber o público e a performance acontece às 20h30. No fim, o público também pode se juntar ao karaokê.

A história começa durante a pandemia, quando vários bufões ocupam um karaokê abandonado. Mas a polícia chega com truculência para tirá-los dali e todos os bufões somem, menos um, que se safou escondendo-se no sofá do espaço. “Esse trauma gera no Bufão o Transtorno Dissociativo de Identidade e ele passa a desenvolver diversas personalidades: ora um humano, ora bichos, ora sentimentos, ora objetos”, revela ALE.

Em cena, o Bufão está sozinho contracenando com as outras personalidades dele. “Ele ouve vozes e isso gera ação. Mas tudo isso precisa ser resolvido rápido porque a polícia pode chegar no espaço a qualquer momento”, completa o ator.

As paródias, criadas a partir de grandes sucessos da música brasileira – como “A Lenda da privatização”, “Bichos escrotamente extintos”, “Trabalho não é brincadeira de criança”, “Dormi na praça porque não tenho casa”, “Evidências ignoradas” -, geram gatilhos para esquetes curtas com temas comuns e caros ao Brasil: desmatamento, importância do SUS, o jeitinho brasileiro, o transporte público precário.

O Bufão-Okê? dá voz, assim, aos grupos historicamente oprimidos por “piadas” em um espetáculo que gera um karaokê, e a Bufonaria é usada para reposicionar o humor. Por meio de um formato interativo, o público também pode soltar a voz. O espetáculo-karaokê aposta nessa figura medieval para questionar a afirmação repetida há décadas: no Brasil, o povo faz papel de bobo.

Bufão

Os princípios da técnica teatral do Bufão são baseados em seres grotescos, banidos e questionadores dos padrões de comportamentos impostos pela sociedade: figuras que há séculos perambulam por reinos, ruas e palcos com o seu visual e discurso destoante do convencional. “A obsessão dos Bufões em brincar com inflexibilidades e certezas, aparentemente inabaláveis, fizeram com que compuséssemos personagens que revelam a poesia existente naquilo que os padrões de comportamento impostos fazem que consideramos feio e menor”, diz ALE.

Para ALE, o mais importante é fazer com que o público perceba humanidade em figuras que parecem puramente grotescas, e, no entanto, defendem de maneira feroz que o humor também pode partir dos marginalizados e excluídos, com o intuito de satirizar quem os oprime.

Sinopse

Um Bufão invadiu uma galeria de arte, onde montou um karaokê, alicerçado na paródia. Porém, as múltiplas personalidades do Bufão, geradas pelo Transtorno Dissociativo de Identidade, entram em conflito. Essa disputa de personalidades gera uma trama recheada de músicas e esquetes que relembram as anomalias sociais que enfrentamos. Antes e depois do espetáculo, o público terá acesso a “Jokebox”. Nesta máquina, a plateia pode escolher a música ambiente do bar e cantar junto as paródias compostas pelo Bufão.

ALE

Ator e dramaturgo, é formado em publicidade. Já trabalhou em rádio e teatro. Escreveu e protagonizou o espetáculo Us Filho da Guta, encenado no Teatro Bibi Ferreira, com direção de Zaqueu Machado. Insatisfeito com a abordagem cômica de seus projetos anteriores, que faziam uso de anedotas e personagens numa aproximação de tempos passados, desde 2017 ALE está imerso no estudo da desconstrução da forma do Bufão, na pesquisa de um olhar contemporâneo da Bufonaria. A ideia é não incorrer no capacitismo, unir o palco com as mídias digitais e desenvolver um “Bobo da Corte” que zombe dos “reis” da nossa sociedade, representados por pessoas e instituições poderosas, que oprimem o povo desde tempos imemoriais.

Ficha técnica

  • Texto e atuação: ALE
  • Direção: Marcio de Castro
  • Desenho de luz: Laiza Menegassi
  • Desenho de som: Leandro Simões
  • Cenário, figurino e maquiagem: Rogério Romualdo
  • Preparação corporal: Lucas Vedovoto
  • Paródias: ALE e Breno da Matta
  • Assessoria de Imprensa: canal Aberto – Márcia Marques, Daniele Valério e Flávia Fontes
  • Produção: Catarina Milani
  • Fotos e vídeos: Marcelo Machado

Serviço

  • De 21 de julho a 26 de agosto de 2023
  • Galeria de Arte | Rua Barão de Tatuí, 19, 1º andar, Santa Cecília, São Paulo, SP
  • Lotação: 50 pessoas | Duração: 50 minutos | Gênero: Teatro musical – Karaokê
  • Sextas e sábados, 19h30 (abertura da casa); às 20h30 a apresentação
  • Ingressos: R$ 20,00
  • Na portaria ou via Sympla
  • Recomendação: 16 anos

Related posts

Bar dos Pescadores, em Búzios, é o refúgio gastronômico perfeito para curtir o verão 

Inteligência Artificial: principais tendências e impacto no mercado de trabalho em 2024

“Que cinema é esse?” é a temática central da 28ª Mostra Tiradentes que presta homenagem à atriz Bruna Linzmeyer