O Arquiteto e o Imperador da Assíria faz nova temporada em São Paulo, gratuita

O Arquiteto e o Imperador da Assíria - Foto de Bob Sousa

O Arquiteto e o Imperador da Assíria, do Grupo Garagem 21, cumpre temporada entre os dias 24 de março e 29 de maio de 2023 em vários teatros da cidade de São Paulo (confira a programação completa abaixo). Todas as apresentações são gratuitas, basta retirar o ingresso com uma hora de antecedência na bilheteria ou na Sympla. Mais recente montagem do clássico escrito em 1967 pelo dramaturgo espanhol Fernando Arrabal, a obra é uma das peças fundamentais da reflexão sobre o pós-guerra e o totalitarismo que culminou no confronto. Na temporada atual, Helio Cicero segue na interpretação do Imperador, enquanto o personagem do Arquiteto passa a ser interpretado pelo ator Pedro Conrado. A direção é de Cesar Ribeiro

Situada em uma ilha deserta, a peça se inicia com um desastre aéreo que leva seu único sobrevivente a entrar em contato com um nativo que jamais teve contato com outro ser humano. A partir dessa interação, o sobrevivente busca impor ao outro suas ideias de cultura e civilização, retratando a violência cultural inserida no processo de formação da sociedade. 

Apesar de preservar o texto original de Arrabal na adaptação, o grupo inseriu trechos de obras de outros autores, como do dramaturgo irlandês Samuel Beckett e o editorial do dia seguinte ao golpe militar de 1964. Segundo o diretor, trata-se de inserções pontuais que complementam frases de Arrabal e reforçam as semelhanças que regimes totalitários têm entre si. 

O cenógrafo J. C. Serroni optou por criar um terreno distópico próximo a uma estética contemporânea que remete a jogos eletrônicos e HQs. O desastre também deixa rastros, a cabine e a poltrona do avião, que se tornam, respectivamente, a cabana e o trono do Imperador.

A inspiração para esse cenário apocalíptico é múltipla. Há elementos da saga japonesa Ghost In The Shell; do artista plástico suíço H. R. Giger, reconhecido pela estética metalizada e futurista de Alien; do cinema expressionista alemão; e das propostas cênicas do encenador polonês Tadeusz Kantor. O figurino de Telumi Hellen também responde à uma estética futurista fundida à moda elisabetana, com influências do estilista britânico Gareth Pugh.

Com elementos narrativos contra o autoritarismo e críticas ao governo de Jair Bolsonaro, o diretor Cesar Ribeiro pontua que a obra segue atual. O ponto central da encenação é abordar como determinados modos da narrativa, que representam uma visão da realidade, servem a um projeto totalitário de poder que se pretende salvador, mas que, para exercer essa ideia de salvação, constrói a destruição do outro, do divergente, seja por meio de crimes diretamente executados por agentes do Estado ou por diversos mecanismos de coerção e perseguição.

GRUPO GARAGEM 21

O grupo Garagem 21 surgiu em 2009, na cidade de São Paulo, fundado por Cesar Ribeiro. Desde o princípio, centra suas pesquisas na investigação da ideia de poder e suas extensões no corpo social. Do ponto de vista estético, procura um híbrido do teatro com outras linguagens, como quadrinhos, videogames, desenhos animados e dança contemporânea, em busca de uma forma de fazer teatro relacionada à transformação social propiciada pelas novas tecnologias e capaz de fomentar um público contemporâneo e alheio ao teatro, além da continuidade do público usual.

Neste período, encenou as seguintes peças: “O Arquiteto e o Imperador da Assíria (2021), “Esperando Godot” (2016), “Cigarro Frio em Noites Mornas” (2012), “Fim de Partida” (2011), “Fodorovska” (2010), “Somente os Uísques são Felizes” (2009) e “Sessenta Minutos para o Fim” (2009).

“O arquiteto e o imperador da Assíria” foi selecionado no Prêmio Zé Renato de Produção do segundo semestre de 2019, no Prêmio Zé Renato de Circulação do primeiro semestre de 2022 e no edital ProAC de Circulação do mesmo ano. “Esperando Godot” foi indicado ao Prêmio Shell de Figurino e selecionado no Edital ProAC de Circulação de 2017. O Grupo Garagem 21 ainda prepara para 2023 a montagem de “Dias Felizes”, texto de Samuel Beckett com atuação de Lavínia Pannunzio e Helio Cicero.

SINOPSE

Em uma ilha isolada, um desastre aéreo conduz ao relacionamento entre o único sobrevivente do acidente e um nativo que nunca teve contato com outro ser humano, em que o primeiro tenta impor ao outro sua ideia de cultura e civilização.

 FICHA TÉCNICA

Este projeto tem apoio da 15ª Edição do Prêmio Zé Renato para a Cidade de São Paulo

  • Texto: Fernando Arrabal
  • Direção, tradução e adaptação: Cesar Ribeiro
  • Elenco: Helio Cicero e Pedro Conrado
  • Direção de produção: Kiko Rieser
  • Cenário: J. C. Serroni
  • Desenho de luz: Aline Santini
  • Figurinos: Telumi Hellen
  • Sonoplastia: Raul Teixeira e Mateus Capelo (efeitos sonoros) e Cesar Ribeiro (músicas)
  • Visagismo: Louise Helène
  • Assistência de produção: Lara Paulauskas
  • Arte gráfica: Patrícia Cividanes
  • Fotos: Bob Sousa
  • Registro em vídeo: Nelson Kao
  • Assessoria de imprensa: Canal Aberto – Márcia Marques


SERVIÇO
Duração: 120 minutos | Classificação: 16 anos | Ingresso: Gratuito – Retirar no Sympla ou na bilheteria uma hora antes do espetáculo

TEATRO PAULO EIRÓ
24 de março a 16 de abril, sexta e sábado, às 20h30, e domingo, às 19h
Endereço: Av. Adolfo Pinheiro, 765 – Santo Amaro

TEATRO CACILDA BECKER
05 a 07 de maio, sexta e sábado, às 20h30, e domingo, às 19h
Endereço: R. Tito, 295 – Lapa

TEATRO ARTHUR AZEVEDO
12 a 14 de maio, sexta e sábado, às 20h30, e domingo, às 19h
Endereço: Av. Paes de Barros, 955 – Alto da Mooca

TEATRO ALFREDO MESQUITA
02 a 04 de junho, sexta e sábado, às 20h30, e domingo, às 19h
Endereço: Av. Santos Dumont, 1770 – Santana

Musical A Igreja do Diabo traz temas importantes e bom humor ao palco

A Igreja do Diabo – Foto de Pedro Veras

“A Igreja do Diabo – Um Musical Imoral e Hilário” é um espetáculo pop, inspirado no conto de Machado de Assis, no qual cansada de uma falta de organização a Diaba decide fundar sua própria igreja. A humanidade, aos poucos, adere a nova religião onde fazer atos de maldade é corajoso, e ser uma pessoa boa é a pior coisa que se pode ser. Logo, todos aprendem sobre “os sete ditados capitais” e começam a transformar o mundo em um lugar pior. No elenco estão Edyelle Brandão, Rupa Figueira, Jorge William, Samir Alves, Giovana Brandão, Olivia Lopes e Ana Carolina Batista.

“Apesar de ser um texto antigo, “A Igreja do Diabo” é um clássico, e por isso não envelhece nas possibilidades de trazer temáticas e estéticas. Trazer esse texto para a atualidade, usando a música e a linguagem como principais condutores é uma forma de provar que o texto é atemporal, e também prova o quanto a sociedade brasileira de hoje ainda pode ser bem antiquada.” Afirma Gila.

Através da comédia e com músicas pop e pop-funk, o espetáculo conta a história do conto em três partes distintas, em um único ato. A primeira sendo a ideia da Diaba e a criação da Igreja; a segunda em um dia na Igreja do Diabo já criada; e a terceira mostrando os efeitos da Igreja a longo prazo, tanto no céu quanto no inferno. A moral é o ponto central deste musical, e as músicas do estilo pop, acompanhadas por coreografias de linguagem queer, representam a sonoridade dominada por artistas mulheres e LGBTQ+ (que ao longo da história sempre foram vistos como imorais), além de dar versatilidade à narrativa.

 “Um musical imoral e hilário! A peça é recheada de comédia e referências da cultura pop brasileira ao longo dos anos, mas traz a todo momento questionamentos do que estamos rindo e do porquê de estarmos rindo. Essas questões começam pequenas, e ao longo do texto vão se transformando no grande turbilhão que é ser brasileiro.” Conta o diretor.

O musical está em cartaz no Teatro do Núcleo Experimental, com sessões às segundas e terças-feiras, às 20h30, em curta temporada. Os ingressos estão à venda pela Sympla.com com valor de R$70,00 (inteira) e R$35,00 (meia), além da lista trans e periférica com ingressos a R$10,00.

Ficha Técnica:

  • DIREÇÃO GERAL, DRAMATURGIA E MÚSICA: Guilherme Gila
  • DIREÇÃO DE ATORES: Maria Clara Haro
  • DIREÇÃO MUSICAL: Samir Alves
  • COREÓGRAFA: Gabriella Medeiros
  • PRODUÇÃO EXECUTIVA: Jorge William
  • PRODUTORA ASSOCIADA: Isa ++
  • ASSISTENTES DE PRODUÇÃO: Duda Zafra e Lucca Capoleto
  • CENÓGRAFA: Laís Damato
  • CENOTÉCNICA: Isis Patacho
  • SERRALHEIRO: Ivaildo Bezerra
  • MARCENEIRO: Percival Martin
  • DESENHO DO VITRAL: Pietro Di Pompeii
  • FIGURINO, ADEREÇOS E VISAGISMO: Graziela Bastos
  • COSTUREIROS: Juliana Amorim e Pablo Abreu
  • ASSISTENTES DE FIGURINO: Larissa Morais e Gisele Mesquita
  • CAMAREIROS: Beatriz Vasquez e Guilherme Figueiredo
  • DESENHO DE SOM: Guilherme Zomer
  • PRODUÇÃO MUSICAL: Guilherme Gila e Guilherme Zomer
  • MICROFONISTA: Mateus Dantas
  • MIXAGEM E MASTERIZAÇÃO: Guilherme Zomer – Filomena Estúdio
  • OPERADOR DE MESA DE SOM: Guilherme Zomer
  • AUDIO TECH/CONSULTORIA: Roberta Helena e João Baracho
  • BATERIA: Jay Alves
  • DESENHO DE LUZ: Fran Barros
  • OPERADOR DE MESA DE LUZ: Guilherme Gila
  • IDENTIDADE VISUAL: Dan Maschio
  • ASSESSORIA DE IMPRENSA: May Calixto por Unicórnio Assessoria
  • FOTOS: Gabriela Fuentes Fotografia e Pedro Veras – A Casa que Fala
  • FILMAGEM E MAKING OF: Rebeca Reis e Pedro Veras – A Casa que Fala
  • REDES SOCIAIS: Guilherme Gila e Isa ++
  • LAYOUT DO PROGRAMA: Isa ++Apoio: Núcleo Experimental

Serviço:

“A Igreja do Diabo – Um Musical Imoral e Hilário”

  • Curta temporada
  • Segundas e Terças-feiras, às 20h30
  • Teatro do Núcleo Experimental – R. Barra Funda, 637 – Barra Funda, São Paulo – SP
  • Ingressos: R$70,00 (inteira) e R$35,00 (meia)
  • Lista trans e periférica: R$10,00
  • Vendas online: www.sympla.com.br/nucleoexperimental
  • Classificação indicativa: 14 anos
  • Duração: 90 minutos (sem intervalo)

Rodrigo Simas faz sessões extras de “Prazer Hamlet”

Prazer Hamlet – Foto de Ronaldo Gutierrez

Rodrigo Simas vive um ator que está prestes a estrear seu primeiro monólogo inspirado no clássico texto de William Shakespeare, “Hamlet”. A trama poderia ser a do próprio Rodrigo que, pela primeira vez, também está sozinho no palco com o espetáculo que estreou dia 4 de março, no Teatro Glaucio Gil, no Rio de Janeiro, sob a direção de Ciro Barcelos e que agora terá sessões extras: 27/03 (segunda), 30/03 (quinta) e 03/04 (segunda).

“Prazer Hamlet” explora os medos, os questionamentos e os fantasmas internos desse ator que se vê obsediado por Hamlixo que o incita numa escavação pelos labirintos da hipocrisia social e do coração do Príncipe Hamlet, levando-o a uma questão jamais abordada nas inúmeras montagens teatrais da obra: Quem o príncipe amou afinal?

No texto original de Shakespeare, o Príncipe Hamlet corteja Ofélia. Há dúvidas se o príncipe está em êxtase com esse amor ou louco com a morte do pai e atormentado por seu fantasma. Os amigos não acreditam nesse amor. Quando ele se encontra sozinho com Ofélia no quarto, nada acontece e ela fica estarrecida. Depois, numa discussão, ele sugere que ela vá para um convento.

Com cenário, adereços e figurinos assinados por Claudio Tovar, Rodrigo se despe no palco, ficando em uma das cenas apenas com um cinto de castidade. Representando a sexualidade da personagem Hamlet, omitida por Shakespeare, que nunca foi abordada. Um figurino feito em couro preto que remete uma estética medieval e moderna ao mesmo tempo.

“A exposição é muito relativa, não necessariamente está ligada à nudez. Não tenho problema com a nudez e acho que a sociedade é que tem. É uma questão religiosa também. Com a criação de tabus e padrões, super valorizam e problematizam a exposição de um corpo”, analisa Simas.

A ideia do trabalho com o diretor Ciro Barcelos surgiu em 2012, quando os dois se encontraram no palco do “Dança dos Famosos”, do “Domingão do Faustão”. “Ele foi jurado técnico e no final conversamos e ali já havia uma vontade de trabalharmos juntos. 10 anos depois, eis que sou o seu Hamlet. Que responsabilidade!”, diz Rodrigo.

FICHA TÉCNICA

  • Encenação: Rodrigo Simas
  • Texto e Direção: Ciro Barcelos
  • Cenário, figurino e adereços: Claudio Tovar
  • Direção Musical: André Perine
  • Desenho de Luz: Caetano Vilela
  • Preparação Vocal: Glaucia Verena
  • Fotografia: Ronaldo Gutierrez
  • Assessoria de Imprensa: Dobbs Scarpa Assessoria de Comunicação
  • Produção e Realização: Foco3 Produções Artísticas

SERVIÇO
Temporada: até 02 de abril
Sáb: e Dom: 20h
Sessões extras: 27/03 (segunda), 30/03 (quinta) e 03/04 (segunda), às 20 h
Ingresso: R60
TEATRO GLAUCIO GILL – Praça Cardeal Arcoverde, s/n, Copacabana, CEP 22040-030, RJ Telefone da bilheteria (21) 2332-7904
Duração: 75min
Classificação: 16 anos
Vendas internet : Link
Teatro Glaucio Gill é um espaço da Secretaria de Estado de Cultura e Economia Criativa/ FUNARJ.

Monólogo inconfissões Homenageia Ana Cristina Cesar

Inconfissões – Atriz Laura Nielsen – Foto de Thais Grechi

Uma das grandes poetas brasileiras, Ana Cristina Cesar (1952-1983) tinha uma grande exigência em relação à escrita, desde que começou a se interessar por literatura, ainda criança. Era uma “jovem envelhecida”, como se autodefiniu. Percebia em si um rigor excessivo e uma obsessão na “busca pela palavra exata”. O espetáculo “inconfissões”, que estreia nesta quarta (22 de março), no Espaço Sergio Britto – Unidade CAL Glória, é norteado por essa busca rigorosa ao entrelaçar vivências pessoais da atriz Laura Nielsen, como atleta de nado sincronizado durante sua adolescência, com poemas e narrativas da “atleta verbal” Ana C. Com dramaturgia de Marcela Andrade e Laura Nielsen, direção de Marcela Andrade e supervisão artística de Gabriela Lírio, o monólogo faz uma homenagem à poeta, cuja morte precoce completa 40 anos em 2023. O espetáculo tem patrocínio do Governo do Estado do Rio de Janeiro, Secretaria de Estado de Cultura e Economia Criativa do Rio de Janeiro, através do Edital Retomada Cultural RJ 2.   

Expoente da literatura marginal, a carioca Ana Cristina Cesar, também conhecida como Ana C., se destacava dentro do próprio movimento por uma linguagem singular, marcada pelo tom confessional e reflexões sobre a identidade feminina. Investindo em imagens concretas, por vezes brutais, e demonstrando um olhar irônico sobre o mundo, Ana C. escrevia, sobretudo, em formato de cartas, diários e anotações breves, trazendo para a sua poesia um aspecto intimista e autobiográfico. Para a construção do espetáculo, as dramaturgas se debruçaram sobre o livro “Poética” (que reúne todos os poemas de Ana C.), a biografia “Ana Cristina Cesar – o sangue de uma poeta”, de Italo Moriconi, e o livro “Inconfissões – fotobiografia de Ana Cristina Cesar”, organizado por Eucanaã Ferraz. Entre os poemas escolhidos para a cena estão “mancha”, “fagulha”, “deus na antecâmara” e “soneto”, criados durante a adolescência da autora, e “samba-canção”, “noite carioca” e “olho muito tempo o corpo de um poema”, escritos na fase adulta.

“A poesia de Ana Cristina Cesar é marcada pelo tom coloquial com discurso construído em primeira pessoa, aproximando-se de um gesto confessional. Em sua obra, ela explorou intensamente dois gêneros literários da intimidade (carta e diário) e, assim, construiu uma linguagem que coloca o leitor sempre em evidência. O espetáculo também pretende explorar essa atmosfera intimista, buscando uma relação de proximidade entre atriz e público, mas acho interessante como as distâncias entre elas ora se encurtam ora se expandem ao longo do espetáculo. Desejo que o público receba essa dinâmica de “amizade” como jogo de invenção de (in)confissões, explica a diretora Marcela Andrade.

Em contato direto com público, Laura Nielsen expõe sua trajetória de pesquisa sobre a obra de Ana C. até o momento em que, ficcionalmente, se encontra com a poeta na borda de uma piscina. A atriz busca um diálogo acerca das possibilidades de leveza e soltura em meio ao rigor. A borda da piscina se transforma no proscênio de um teatro ou na lembrança de um quarto ou no parapeito de uma janela, em dinâmica onírica. De que forma o corpo pode dialogar com a escrita e a escrita com o corpo? Como traduzir a poesia em ação? Como manifestar, no corpo, a linguagem poética de Ana Cristina Cesar? Essas perguntas também guiaram a construção do espetáculo que, sem obedecer a uma lógica linear, mistura poemas e memórias (in)confessáveis. O espetáculo relembra episódios da vida da autora (principalmente aqueles ligados ao seu período de adolescência, entre 1968 e 1969, e a forma como a jovem lidou com o regime de censura imposto pela ditadura militar).

“A obra da Ana Cristina Cesar é repleta de contrastes entre o ser e o parecer, o conteúdo denso e enigmático que se contrapõe ao riso e a ironia, entre vida e morte, entre real e ficcional. Sua poesia é complexa, intensa, abre muitas possibilidades de leitura. Na peça, que tem uma estrutura fragmentada, os poemas são apresentados em uma espécie de colagem de cenas, às vezes entram de maneira integral, noutras citamos apenas trechos”, explica Laura.

Ficha Técnica

  • Dramaturgia: Laura Nielsen e Marcela Andrade, a partir de poemas de Ana Cristina César.
  • Direção: Marcela Andrade
  • Elenco: Laura Nielsen
  • Interlocução Artística: Thaís Grechi
  • Direção Musical: Roberto Souza
  • Direção de Arte: Arlete Rua
  • Iluminação: Livs Ataíde
  • Visagismo: Aline Sampin
  • Criação e Produção Audiovisual: Thaís Grechi
  • Programação Visual: Mavi Albuquerque e Dora Reis
  • Fotografia e Registro Audiovisual: Thaís Grechi
  • Assessoria de Imprensa: Racca Comunicação
  • Direção de Produção: Marina Hodecker
  • Idealização, Produção Executiva e Administração do Projeto: Laura Nielsen
  • Gabriela Lírio (PPGAC – Programa de Pós-graduação em Artes da Cena da UFRJ)

Serviço:

Inconfissões

  • Temporada: até 25 de março
  • Espaço Sergio Britto – Unidade CAL Glória: Rua Santo Amaro, 44 – Glória, RJ.
  • Telefone: 3850-5750
  • Dias e horário: quarta a sábado, às 20h
  • Ingressos: gratuitos
  • Duração: 50 minutos
  • Lotação: 56 pessoas
  • Classificação Indicativa: 12 anos

Única apresentação em Japeri:

  • Data: 26/03 (domingo)
  • Horário: 16h, com debate após a apresentação.
  • Espaço Cultural Código: Rua Davi, 397 – Nova Belém – Japeri
  • Telefone: 99717-3949
  • Ingressos: gratuitos
  • Duração: 50 minutos
  • Lotação: 60 pessoas
  • Classificação Indicativa: 12 anos

 

 

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