O Banquete

Novo espetáculo da Companhia Ensaio Aberto abre temporada no Teatro Vianinha - Armazém da Utopia

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O BANQUETE, de Mário de Andrade, com direção de Luiz Fernando Lobo, é o novo espetáculo da Companhia Ensaio Aberto, que inaugurou o Teatro Vianinha, no Armazém da Utopia.

O espetáculo marca o início de um novo ciclo na trajetória da companhia, conhecida por sua forte atuação no teatro de combate e engajamento social. 

“Com Lima Barreto começamos a Companhia Ensaio Aberto há 32 anos. Nos 10 anos da companhia montamos Missa dos Quilombos, como um marco. Nosso espetáculo mais longevo. Agora iniciamos uma nova etapa, um novo ciclo. Mais uma vez recorremos à nossa herança negra, reconhecendo como Mário, que não pode haver uma cultura nacional, popular, se virarmos as costas para essa herança. Vianinha, João das Neves, Fernando Peixoto e tantos outros companheiros que nos deixaram uma tradição de luta, também serão lembrados no dia a dia desse novo Armazém da Utopia. Como Mário acreditamos nas artes de combate, não na arte eterna, nem na arte com letra maiúscula. Nossa luta sempre foi e continuará sendo no dia-a-dia.” diz Luiz Fernando Lobo.

Com cenografia de J.C. Serroni, figurinos de Beth Filipecki e Renaldo Machado, iluminação de Cesar de Ramires e direção musical de Felipe Radicetti, o espetáculo conta com um elenco de 21 atores e atrizes da Companhia Ensaio Aberto e convidados. Entre eles, Leonardo Hinckel, Tuca Moraes, Gilberto Miranda, Grégori Eckert, Rossana Russia e Luiz Fernando Lobo. A direção de produção é de Tuca Moraes, com coordenação de Dani Carvalho.

O BANQUETE nasceu da reunião de crônicas musicais escritas semanalmente por Mário de Andrade para o rodapé “Mundo Musical” do jornal Folha da Manhã e, posteriormente, publicadas. Em 1943, Mário deu início a esse projeto, interrompido com sua morte, em 1945. Uma obra inacabada, como outras obras dele. Autor que encarava a arte como incisiva forma de combater sem se preocupar em criar obras “perfeitíssimas e eternas”. Mário aproxima-se assim de uma ideia de “não-síntese”, de uma “arte do inacabado”, uma arte de combate.

O BANQUETE reflete a visão crítica de Mário sobre a sociedade e o papel do artista, aproximando-se de uma “arte do inacabado” que questiona e desafia o espectador a olhar criticamente o mundo ao seu redor.

Tudo se passa em Mentira. Mentira, ora é um país “vizinho do Brasil”, ora uma “simpática cidadinha paulista” onde fica a mansão onde ocorre um banquete. Como nos avisa Mário “algumas coisas só se resolvem a golpes de banquete”. Em toda sua obra, Mário nos convoca a olhar atentamente em volta, a pensar criticamente, de forma profunda e verdadeira, em nosso papel como artista, como cidadão, como brasileiro. Realizar o Brasil continua sendo um desafio. 

A primeira temporada de O BANQUETE tem 12 sessões gratuitas, que começou dia 7 de setembro e vai ate o dia 27 de setembro, promovendo o acesso democrático à cultura. A partir de 27 de setembro até 04 de novembro, o espetáculo seguirá em cartaz com preços populares. A Ensaio Aberto incentiva o uso consciente dos ingressos gratuitos, direcionando-os para o programa de democratização de acesso da companhia, a Ciência do Novo Público. Grupos, instituições, escolas, projetos e movimentos sociais já podem agendar suas visitas.

O Armazém da Utopia, que esteve fechado para obras de restauração e modernização por 15 meses, abre suas portas com o Teatro Vianinha como seu principal espaço de apresentação, um teatro tipo “found space”, multiuso, que homenageia Oduvaldo Vianna Filho, um dos grandes nomes do teatro político brasileiro. Com capacidade para 272 pessoas, o teatro é um espaço acessível e inclusivo, pronto para receber o público com toda a infraestrutura necessária.

As obras tiveram o apoio financeiro do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), com patrocínio master da Shell e do Instituto Cultural Vale, além do apoio de MRS Logística, Multiterminais e Estácio de Sá/Instituto Yduks, todas com recursos da Lei de Incentivo à Cultura (Lei Rouanet).

Companhia Ensaio Aberto

A Companhia Ensaio Aberto nasceu no ano de 1992, com a proposta de retomar o teatro épico no Brasil e fazer dos palcos uma arena de discussão da realidade, resgatando sua vocação crítica e política. Desde que foi fundada pelo diretor Luiz Fernando Lobo e pela atriz Tuca Moraes, a Ensaio Aberto explora a ideia do ensaio como experimento e busca romper a ilusão do teatro, questionando e reinventando a relação palco-plateia.

A montagem “O Cemitério dos Vivos” (1993) foi a que inaugurou a Companhia, que já traz em sua história 56 temporadas teatrais sendo 31 delas de espetáculos inéditos, incluindo edições de “Missa dos Quilombos”, que ficou mais de uma década em cartaz e tornou-se um símbolo do trabalho do grupo. 

Alguns dos últimos espetáculos do repertório: “Estação Terminal”, de João Batista, baseado na obra de Lima Barreto; “A Mandrágora”, de Maquiavel; “Luz nas Trevas”, de Bertolt Brecht; “O Dragão” de Eugène Schwartz; “Morte e Vida Severina”, de João Cabral de Melo Neto; “Olga”, de Luiz Fernando Lobo; “A Exceção e a Regra”, de Bertolt Brecht e a exposição “A Classe Trabalhadora Brasileira”, com intervenções cênicas. Todos com direção de Luiz Fernando Lobo e direção de produção de Tuca Moraes. 

Desde 2010 a sede da Ensaio Aberto é o Armazém da Utopia, espaço também das apresentações dos espetáculos.

www.armazemdautopia.com.br Instagram: @armazemdautopia

Ministério da Cultura, Fundação Nacional das Artes | Nova Criação – O Banquete – Termo de Fomento – Plataforma + Brasil nº 943417/2023

Serviço:

  • Sextas, sábados, domingos e segundas | 20h
  • Armazém da Utopia
  • End Armazém 6 – Cais do Porto RJ/RJ
  • Lotação: 272 pessoas
  • Classificação indicativa: 14 anos
  • Duração: 90 minutos
  • Recomendado chegar com 60 minutos de antecedência 
  • Temporada gratuita – De 07 a 27 de setembro
  • Temporada Popular – De 27 de setembro a 04 de novembro
  • Inteira – R$ 60,00 
  • Meia – R$ 30,00

https://www.sympla.com.br/produtor/armazemdautopia

Ficha Técnica

O BANQUETE

  • Mário de Andrade
  • DRAMATURGIA João Batista
  • DIREÇÃO Luiz Fernando Lobo
  • DIREÇÃO DE PRODUÇÃO Tuca Moraes
  • COORDENAÇÃO DE PRODUÇÃO Dani Carvalho
  • CENOGRAFIA J.C. Serroni
  • FIGURINOS Beth Filipecki e Renaldo Machado 
  • ILUMINAÇÃO Cesar de Ramires
  • DIREÇÃO MUSICAL E TRILHA ORIGINAL Felipe Radiccetti
  • PROGRAMAÇÃO VISUAL Marcos Apóstolo e Tatiana Rodrigues
  • ASSESSORIA DE IMPRENSA Flávia Tenório

ELENCO

  • Janjão Leonardo Hinckel
  • Sarah Light Tuca Moraes
  • Siomara Ponga Rossana Russia
  • Felix de Cima Gilberto Miranda e Emerson Manguete (stand in)
  • Pastor Fido Grégori Eckert
  • Narrador Luiz Fernando Lobo
  • Abian do Terreiro Caroline Gerhein 
  • Zé Pilintra Mateus Pitanga
  • Pintura Mariana Pompeu
  • Indígena Tainá Baldez 
  • Ninfas do banquete Karolyna Mendes e Mariana Pompeu
  • Mordomos Eduardo Cardoso e Felipe de Gois (mesa e clown)
  • Batuque na Cozinha Estêvão Miala
  • Coro de garçons, garçonetes, estátuas e povo de terreiro 
  • Caroline Gerhein 
  • Daniel de Mello
  • Eduardo Cardoso
  • Estêvão Miala
  • Felipe de Gois
  • Grégori Eckert
  • Ju Costa
  • Karolyna Mendes
  • Leonardo Hinckel
  • Mariana Pompeu
  • Mateus Pitanga
  • Miguel Kalahary
  • Tábata Porto
  • Tainá Baldez  
  • Thaise Oliveira
  • Tom Freitas