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O espetáculo “Aimberê”, que reconta a história da fundação do Rio de Janeiro pela ótica do guerreiro tamoio, faz nova temporada, a partir de 05 de julho, no Centro Cultural Justiça Federal

Com texto de Ademir Martins, direção de Pedro Bárbara e atuação de Eli Emiliano Corrêa, a peça resgata as raízes das mazelas sociais que nos afligem até hoje a partir das lutas dos povos originários

Nossos antepassados, há mais de 500 anos, e em diferentes momentos históricos, travaram batalhas em busca da sobrevivência. No entanto, historicamente pouco se falou sobre esses movimentos de resistência contra as ameaças trazidas pelos invasores. O espetáculo “Aimberê”, que inicia nova temporada, em 05 de julho, no Centro Cultural Justiça Federal, faz parte de um conjunto ainda raro, mas crescente, de obras das artes cênicas que trata da temática dos povos originários. Com texto de Ademir Martins, direção de Pedro Bárbara e atuação de Eli Emiliano Corrêa, a peça conta a história das invasões portuguesa e francesa na Guanabara e da fundação da Cidade de São Sebastião do Rio de Janeiro, pela ótica de Aimberê, guerreiro Tamoio do povo Tupinambá.

A dramaturgia de Ademir Martins coloca Aimberê contando a própria história. E como herói-morto, o primeiro desafio que enfrenta é ressurgir em terras cariocas em 2024 dentro do teatro: uma casa mágica, a qual o personagem se refere e, que pode ser entendida também como um terreiro. O terreiro é o ponto de chegada e de partida de Aimberê; é o lugar onde ele se reconecta com o passado que viveu e dialoga com questões do século 21. No centro do terreiro, Aimberê enterra seus ancestrais e desenterra suas memórias.

“O espetáculo é uma justa homenagem a esses guerreiros, nossos ancestrais, que, a despeito de toda violência colonial, deixaram suas marcas na nossa existência como filhos desta terra”, descreve o ator e idealizador do projeto, o paraense Eli Emiliano Corrêa, também professor de história. “Cabe a cada um de nós, cidadãs, cidadãos, público em geral, conhecer, reconhecer e valorizar. Aimberê, líder da Confederação dos Tamoios, ao contar a sua trajetória, conta também a história do Rio de Janeiro e a história do Brasil contemporâneo, atualizando outras narrativas sobre as raízes das mazelas sociais que nos afligem até hoje”, completa.

A peça resgata a história do Brasil, a partir do século 16, durante a Guerra dos Tamoios. A partir desses acontecimentos, o monólogo reflete sobre a saga do herói brasileiro – ou da arte brasileira –, que persiste em lutar para ser reconhecido. A luta de Aimberê, como personagem apagado/silenciado na história do Brasil, se conecta à própria resistência da arte, que busca nas suas margens (e nos seus marginais) a força para continuar.

“Este espetáculo é necessário porque temos fome: de arte, de cultura e de revisionismo histórico. O público tem fome de educação, de contato com boas histórias e de narrativas de qualidade que despertem boas emoções e agucem a sensibilidade do espectador”, declara Eli Emiliano Corrêa.

Ficha Técnica:

Texto: Ademir Martins
Direção: Pedro Bárbara
Atuação: Eli Emiliano Corrêa
Voz Off: Ademir Martins
Cenários e Figurinos: Guilherme Reis
Preparação Vocal: Natalia Fiche
Iluminação: Fernanda Mantovani
Direção de Produção: Janaina Mendes
Assistente de produção: Dulce Austin
Produção Executiva: Eli Emiliano Corrêa

Serviço:

Espetáculo: Aimberê
Temporada: de 05 de julho a 28 de julho
Centro Cultural Justiça Federal: Av. Rio Branco, 241 – Centro, Rio de Janeiro – RJ

Informações: (21) 976225565 (Ligação e WhatsApp) e email: elicorrea.bar@gmail.com

Dias e horários: sexta a domingo, às 19h

Ingressos: R$ 40 (inteira) e R$ 20 (meia-entrada para idosos, estudantes, professores das redes públicas e particulares, classe teatral, PCD e indígenas).

Lotação: 125 lugares
Duração: 1h
Classificação etária: 14 anos

Venda de ingressos: pelo site Sympla (www.sympla.com.br/evento/aimbere-espetaculo-teatral-no-ccjf/2471210) e na bilheteria do centro cultural, a partir das 17h, nos dias de espetáculo.

Instagram: @aimbereteatro

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