O espetáculo “Cora do Rio Vermelho” faz apresentações, nos dias 14, 21 e 28 de setembro, no Teatro Café Pequeno, no Leblon

por Sarah Santana

Para seu primeiro monólogo, a atriz Raquel Penner inspirou-se na força feminina e na alma da mulher brasileira e nas obras de Cora Coralina encontrou uma resposta a sua inquietação artística. Assim se iniciou o monólogo “Cora do Rio Vermelho”, que tem angariado elogios de público e crítica e estará disponível em 3 apresentações no Teatro Café Pequeno, no Leblon. Além de apresentações fechadas em escolas estaduais como parte do projeto (informações em coradoriovermelho@gmail.com), com apoio institucional do Governo do Estado do Rio de Janeiro, Secretaria de Estado de Cultura e Economia Criativa do Rio de Janeiro, através do Edital Retomada Cultural RJ2.

Com dramaturgia de Leonardo Simões e direção de Isaac Bernat, o espetáculo é forte e delicado, assim como a escrita da poeta.
“Cora Coralina foi uma mulher múltipla e libertária. Removeu pedras e abriu caminhos para outras mulheres. Há 10 anos, tive meu primeiro encontro com ela, em uma exposição no CCBB RJ. Fiquei encantada por aquela senhora do interior do Brasil que falava firme e cantado, fazia doces e escrevia poesia, celebrava a vida e a simplicidade. Quando a reencontrei, a partir de um livro do Drummond, percebi que tudo o que eu queria dizer no palco estava ali”, lembra Raquel.

Pseudônimo de Anna Lins dos Guimarães Peixoto Bretas, Cora Coralina (1889 – 1985) é considerada uma das grandes escritoras brasileiras. Apesar de escrever seus versos desde a adolescência, ganhava a vida como doceira, e seu primeiro livro só foi publicado em junho de 1965, quando tinha quase 76 anos de idade. Escreveu sobre os lugares onde viveu, as pessoas com as quais se relacionou e a natureza que observava.


“Quando Raquel me convidou para dirigir “Cora”, meu coração se encheu de alegria. Há anos, uma das célebres frases da poeta conduz o meu comportamento artístico e profissional: ‘Todo trabalho é digno de ser bem-feito.’ E esta mesma frase também orienta o que espero e procuro oferecer às pessoas. Como bem disse Carlos Drummond de Andrade: ‘Na estrada que é Cora Coralina passam o Brasil Velho e o atual, passam as crianças e os miseráveis de hoje. O verso é simples, mas abrange a realidade vária’”, celebra o diretor Isaac Bernat.

A dramaturgia reúne passagens de sua vida e diversos poemas retirados dos livros “Vintém de cobre – meias confissões de Aninha”; “Meu Livro de Cordel”; “Villa Boa de Goyaz”; e “Poemas dos becos de Goiás e estórias mais”.

Ao longo da encenação, aparecem algumas músicas populares, unindo vozes femininas de cantoras-atrizes do cenário teatral brasileiro: Aline Peixoto, Chiara Santoro, Clara Santhana, Cyda Moreno e Soraya Ravenle. Em “Cora do Rio Vermelho” (o título se refere ao rio que banha Goiás), a atriz se torna uma contadora de histórias atravessada pelo amor e pela entrega que Cora dedicou a sua tradição e a sua gente.

Serviço

Cora do Rio Vermelho

Temporada: 14 a 28 de setembro

Teatro Café Pequeno: Av. Ataulfo de Paiva, 269 – Leblon

Telefone: (21) 2294-4480

Dias e horários: Quartas-feiras, às 19h. Apresentação de libras: 28 de setembro.

Ingressos: R$ 20 (inteira), R$ 10 (meia-entrada) e R$ 5 (APADA – Associação de Pais e Amigos dos Deficientes Auditivos). 

Duração: 50 minutos 

Lotação: 97 pessoas. 

Classificação Etária: 12 anos.

Redes: Instagram: @coradoriovermelho

Youtube: https://m.youtube.com/channel/UCayoCIzVQl0-CIpQPVRYzrQ

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