O que é a ‘Gripe K’? Entenda o alerta da OMS e os sintomas da nova variante que preocupa o mundo

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A Organização Mundial da Saúde (OMS) emitiu, na manhã desta segunda-feira (15), um comunicado de alerta sobre o aumento expressivo de casos de uma nova variante do vírus Influenza A (H3N2), que vem sendo popularmente chamada nas redes sociais e buscadores de “Gripe K”.

O termo, que se tornou um dos assuntos mais procurados na internet nas últimas 24 horas, refere-se a uma mutação específica da cepa, identificada inicialmente em regiões do Hemisfério Norte e que agora apresenta circulação comunitária acelerada em países da América Latina, incluindo o Brasil.

Especialistas em virologia e saúde pública pedem cautela, mas reforçam a necessidade de atenção aos sintomas, que podem ser mais intensos do que os da gripe sazonal comum, especialmente nesta reta final de ano, período propício a aglomerações festivas.

Por que “Gripe K”?

A nomenclatura não é oficial, mas ganhou força na internet. O “K” faz referência a um marcador genético específico da mutação (semelhante ao que ocorreu com a variante Darwin em anos anteriores). Segundo o boletim da OMS, a variante demonstra uma capacidade de transmissão 30% superior às cepas anteriores do H3N2 que circularam no inverno passado.

Principais Sintomas

Diferenciar a “Gripe K” de outras síndromes respiratórias, como a Covid-19 ou o resfriado comum, é o principal desafio clínico no momento. Os relatos médicos indicam um quadro de início súbito e debilitante.

Os sintomas mais frequentes relatados até o momento incluem:

  • Febre alta e persistente: Geralmente acima de 38,5ºC, com início abrupto.

  • Dores musculares intensas (mialgia): Sensação de “corpo quebrado”, muitas vezes impedindo a locomoção normal.

  • Cefaleia (dor de cabeça): Foco na região frontal e atrás dos olhos.

  • Tosse seca e irritativa: Que pode evoluir para secreção após o terceiro dia.

  • Fadiga extrema: Cansaço desproporcional ao esforço.

Ao contrário de resfriados comuns, a coriza e os espirros são menos frequentes nesta variante.

A vacina atual funciona?

Esta é a pergunta mais buscada no Google hoje. De acordo com o infectologista Roberto Medeiros, consultor da Sociedade Brasileira de Infectologia, a resposta é positiva, mas com ressalvas.

“A vacina da gripe aplicada na campanha de 2025 oferece, sim, uma proteção cruzada importante. Ela pode não impedir totalmente a infecção pela variante ‘K’, mas é fundamental para evitar o agravamento do quadro, hospitalizações e óbitos. Quem se vacinou tem chances muito maiores de ter apenas sintomas leves”, explica o especialista.

Recomendações e Prevenção

Com a proximidade das festas de Natal e Réveillon, o Ministério da Saúde reforça as medidas não farmacológicas que a população já conhece bem. A orientação é que pessoas com sintomas gripais evitem contato social e, se possível, façam uso de máscaras em ambientes fechados ou transporte público.

Para grupos de risco — idosos, crianças menores de 5 anos e imunossuprimidos — a recomendação é redobrar a hidratação e buscar atendimento médico ao primeiro sinal de desconforto respiratório.

A OMS deve divulgar um novo relatório técnico nas próximas 48 horas detalhando a dispersão do vírus. Até o momento, não há indicação para restrições de viagens ou fechamento de fronteiras, mas o monitoramento segue em nível elevado.

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