“O Tambor Dos Pés” estreia temporada carioca

O Tambor dos Pés

Com a proposta de popularizar e democratizar a prática do tap dance no Brasil e unir forças no combate ao apagamento das culturas afrodiaspóricas, o espetáculo “O TAMBOR DOS PÉS” realiza por meio do Prêmio FUNARJ de Dança 2021 sua primeira apresentação pública com  ensaio aberto no Teatro Armando Gonzaga, em Marechal Hermes, no dia 17 de abril às 19h. Logo depois haverá um bate-papo sobre “O processo coreográfico nos tempos atuais” com Rozan, que assina a direção do espetáculo ao lado de Valéria Monã, mestra em dança afro que assina a direção coreográfica do espetáculo e integra o elenco; e a professora de sapateado e coreógrafa Flávia Costa.

No mesmo teatro, no dia 02 de maio, das 18h às 20h, acontece a Oficina de sapateado e danças populares, além de uma introdução à construção de sapato com material reciclável. Esta oficina tem o objetivo de disseminar e estreitar a relação das danças populares com o tap dance pela cidade do Rio de Janeiro, mais especificamente nas periferias cariocas, ressaltando uma nova visão sobre uma manifestação artística que é fruto de sua ancestralidade, quando pensamos em afrodiáspora.

Já no dia 14 de Maio, às 18h, o Teatro João Caetano, no Centro, será o palco da estreia oficial do espetáculo, que aborda o sapateado no contexto vivido por africanos escravizados nos Estados Unidos na Revolução de Stono, em 1739, um levante que resultou na Lei do Negro da Carolina do Sul, em 1740 e que potencializou esta dança em seu significado principal, a comunicação. A história conta com uma dramaturgia que apresenta a resistência de danças populares brasileiras como o jongo, o samba e a dança afro, que, assim como o sapateado, passaram por processos de branqueamento e criminalização.

Tendo como enfoque a Revolução de Stono e a punição a esses corpos pela Lei do Negro da Carolina do Sul, a montagem aborda a medida institucional que proíbia os escravizados de receberem salário, formarem coletivos, aprenderem a ler e a tocar os seus tambores falantes, já que a prática se tratava de um complexo sistema de comunicação através do som.

Porém, após essa proibição, a resistência negra passou a ser representada com maior ênfase com danças como o Ring Shout, o Hambone, entre outras manifestações que priorizavam a utilização dos corpos, da voz e, principalmente dos pés, por meio de uma sonoridade que o homem branco não entendia, como uma “música corporal” expressada pelo toque do “tambor dos pés”.

Com a intenção de desvendar a proximidade dos contextos afro-americano e afro-brasileiro na prática do tap dance, a estética do espetáculo é amparada pela cultura popular e pelo afrofuturismo, e busca trazer ao palco os signos em comum destas duas culturas, que possibilitem ao espectador uma experiência visual e sensorial dos caminhos da afrodiáspora.

A cargo das duas coreógrafas e de um elenco que irá misturar dançarinos de tap dance com dançarinos de danças populares, o espetáculo nos dá a possibilidade de mergulhar no vasto mundo da poesia das danças, pela proposta que aproxima a musicalidade dessas duas etnias: Jongo, Samba, Jazz e Negro Spirituals. Afinal, como o jazz fundamentou todas as bases rítmicas do tap dance, a forte relação deste ritmo com o cidadão afro-americano é semelhante ao contexto rítmico e sociológico do samba no Brasil.

Através da linguagem do tap dance misturada às danças populares brasileiras, este espetáculo quer trazer à cena a possibilidade de compreendermos as manifestações afrodiaspóricas em sua diversidade e semelhanças. Ao entendermos todas elas em suas matrizes africanas, iremos explorar a construção de um espetáculo onde essas danças se unifiquem em uma única expressão.

SERVIÇO:

“O TAMBOR DOS PÉS” / 17 DE ABRIL

  • HORÁRIO:  19h
  • ONDE: Teatro Armando Gonzaga: Av. Gen. Osvaldo Cordeiro de Farias, 511 – Mal. Hermes
  • INGRESSOS: www.funarj.eleventickets.com ou na bilheteria do teatro
  • DURAÇÃO: 45 minutos
  • CLASSIFICAÇÃO: Livre

“O TAMBOR DOS PÉS” / 14 DE MAIO

  • HORÁRIO:  18h
  • ONDE: Teatro João Caetano: Praça Tiradentes, s/n – Centro
  • INGRESSOS: www.funarj.eleventickets.com ou na bilheteria do teatro
  • DURAÇÃO: 75 minutos
  • CLASSIFICAÇÃO: Livre

 FICHA TÉCNICA:

  • Dramaturgia:  Gelton Quadros e Rozan
  • Direção: Rozan e Valéria Monã
  • Direção e Produção Musical:  Muato
  • Composição e Direção Musical: Rozan
  • Elenco: Bruno Maria, Damiana Inês, Ella Fernandes, Flávia Costa, Flávia Souza, Nando Rodrigues, Rozan e Valéria Monã
  • Coreografias: Flávia Costa, Valéria Monã e Rozan
  • Cenógrafo e Figurinista: Wanderley Gomes
  • Iluminador: Valmyr Ferreira
  • Assistentes de Produção: Caixa Preta Produções – Ayala Rossana e Patrícia Nantes
  • Técnica e Operadora de Luz: Patrícia Nantes
  • Técnico e Operador de Som: Bob Reis
  • Diretor de Vídeo (audiovisual) e Fotógrafo: Thiago Sacramento
  • Oficineira e oficineiro de sapateado, dança e ritmos populares: Regina Café e Rozan
  • Assessoria de imprensa: Marrom Glacê Assessoria – Gisele Machado & Bruno Morais
  • Direção de Produção: Damiana Inês
  • Idealização: Rozan

Universo da maternidade em cena

Mulheres que Nascem com os Filhos Mulheres que Nascem com os Filhos – Foto: Lorena Zschaber

Depois de estrear nos palcos cariocas no começo de 2022, a peça Mulheres que Nascem com os Filhos, idealizada e protagonizada pelas atrizes Samara Felippo e Carolinie Figueiredo e dirigida por Rita Elmôr, chega a São Paulo. O espetáculo fica em cartaz no Teatro Nair Bello, no Shopping Frei Caneca, entre 15 de abril e 5 de junho, com apresentações às sextas e aos sábados 21h; e aos domingos 19h.

Indicada para mulheres, mães, homens e todos que são filhos, a montagem aborda de forma sensível, bem-humorada e sarcástica – como a própria vida das mães – o cotidiano e os dilemas do universo da maternidade, além da trajetória de renascimento da mulher com a chegada desse momento.

“Eu renasci com a maternidade. Saí de uma zona de conforto e encontrei minha força e sentido na vida. Fui atrás da desconstrução para me reconstruir junto com minhas filhas. Nessa peça, quero trazer a transformação que é, em qualquer vida, a chegada de uma criança. Quero poder ecoar a voz dessas mães, mulheres, e até pais, que buscam diariamente fazer o seu melhor na criação dos filhos. Desde que minha filha, menina negra, questionou a beleza do seu cabelo, minha vida tomou outro rumo. Fui ao encontro de um mundo racista, cruel e covarde em busca de soluções e acolhimento.”, conta a atriz Samara Felippo, mãe de duas meninas negras e criadora do canal no YouTube “Muito além de cachos”.

Ao abordar temas como a gravidez, o puerpério, a criação dos filhos, a aceitação do corpo pós-filhos e o encontro de sua nova identidade como mulher, o trabalho busca desconstruir modelos e convidar as mulheres a pensar na maternidade para além dos velhos rótulos.

No processo criativo, que durou o tempo de uma gestação, as três artistas levaram para a sala de ensaio suas vivências e memórias, fazendo emergir questões femininas que, muitas vezes, são silenciadas por padrões impostos pela sociedade. E, para trazer outras vozes para a cena, a peça ainda conta com outros depoimentos de mulheres que tiveram suas vidas transformadas quando se tornaram mães.

A criação do trabalho também simbolizou um processo de cura para essas três artistas que puderam revisitar suas relações com a maternidade e a ancestralidade. São muitas as mães com quem a peça dialoga: jovens, maduras, solteiras, casadas, dependentes e independentes, presentes e ausentes.

“Ao longo de nove meses, mergulhamos nas questões da maternidade, do ser filha, ser mãe, e o que isso determina nas nossas vidas. O que recebemos das nossas mães e pais, e passamos adiante. Fomos muito fundo nessas memórias, nessas dores. A maternidade é o tema da minha vida. Eu fui mãe adolescente, aos 18 anos (do Lucas), e tinha então uma relação muito difícil com a minha mãe. Ao longo da vida, tive que me desenvolver muito para curar as dores causadas por essa relação, entender e perdoar minha mãe. Eu e ela conseguimos nos resolver, e, de alguma maneira, eu trouxe isto para a peça. Fui mãe novamente agora, aos 46 anos (da Nina), e o trabalho com as meninas na sala de ensaio também me ajudou muito. Foi um processo de troca intensa”, relata a diretora Rita Elmôr.

Sobre as mudanças na vida ao se tornar mãe, a atriz e terapeuta Carolinie Figueiredo compartilha: “A maternidade mudou completamente minha vida, inclusive no campo profissional. Eu precisei passar por um profundo processo de redefinição de valores após a chegada dos filhos. É preciso sair do automatismo de repetir com os filhos aquilo que recebemos na infância como forma de educar. O mundo mudou, as crianças mudaram e a nossa geração precisa refletir sobre uma parentalidade mais consciente.”

Samara Felippo

Atriz há 20 anos, escritora e produtora, é mãe de Alícia e de Lara. Trabalhou por 16 anos na Rede Globo, na Rede Record e atuou em 10 peças e 3 filmes. Escreveu por anos no blog “Liberte a mãe”. Samara é mãe de duas meninas negras e lançou um canal no YouTube chamado “Muito além de cachos”, que conta com 80 mil inscritos. O canal aborda questões como representatividade, empoderamento infantil e racismo.

Carolinie Figueiredo

Atriz desde os 8 anos de idade, pausou sua carreira para se dedicar à maternidade e aos novos chamados profissionais que surgiram após o nascimento de seus dois filhos, Bruna e Theo. Hoje é formada como doula e educadora perinatal. Há 5 anos escreve sobre empoderamento feminino e materno. É formada pela Positive Discipline Association como educadora parental certificada. É terapeuta pelo Thetahealing e atende mulheres do mundo inteiro.

Carolinie idealizou o Maternidade Consciente, um encontro virtual assistido por mais de 20 mil pessoas pelo mundo entre 2014 e 2016. Criou o programa online “Disciplina Positiva na Prática”, que transforma mais de 200 famílias presentes no seu curso. Por meio de seus encontros, ajuda mulheres a ressignificarem suas próprias histórias e a reconstrução pessoal e profissional após os filhos.

Ficha Técnica

  • Texto: Samara Felippo, Carolinie Figueiredo e Rita Elmôr
  • Elenco: Samara Felippo e Carolinie Figueiredo
  • Direção, Cenografia e Trilha Sonora: Rita Elmôr
  • Figurino: Mel Akerman e Mônica Xavier
  • Iluminação: Paulo Cesar Medeiros
  • Projeto Gráfico: Raquel Alvarenga
  • Direção de Produção: Caio Bucker
  • Assessoria de imprensa: Pombo Correio
  • Realização: Bucker Produções Artísticas e Sem Cartilha Produções

SERVIÇO:

  • Mulheres que Nascem com os Filhos
  • Temporada: 15 de abril a 5 de junho, às sextas e aos sábados, às 21h; e aos domingos, às 19h
  • Teatro Nair Bello – Shopping Frei Caneca – Rua Frei Caneca, 569, 401A, Consolação, São Paulo
  • Ingressos: R$ 60 (inteira) e R$ 30 (meia-entrada)
  • Venda online: Sympla
  • Capacidade: 201 lugares
  • Duração: 60 minutos
  • Gênero: comédia
  • Classificação: 12 anos

Cem anos da Semana de Arte Moderna são comemorados no Theatro Municipal do Rio com Orquestra Sinfônica Juvenil Carioca

Theatro Municipal

Uma homenagem aos 100 anos da Semana de Arte Moderna do país marca o concerto de estreia da temporada 2022 da Orquestra Sinfônica Juvenil Carioca. A apresentação acontece no Theatro Municipal do Rio de Janeiro, dia 20 de abril (quarta-feira), às 19 horas.

Apresentado pelo Santander Brasil, o concerto 100 anos da Semana de Arte Moderna – Do Classicismo ao Modernismo tem a regência do maestro Anderson Alves e contará com a execução de obras de Heitor Villa-Lobos, Pixinguinha, Camargo Guarnieri, E.Villani-Côrtes, além de músicas de W.A.Mozart, R.Strauss e E.Grieg. O concerto terá entrada gratuita, também com transmissão ao vivo pelo canal do YouTube Orquestra nas Escolas (https://www.youtube.com/orquestranasescolas).

Em um ano de parceria com o IBME – Instituto Brasileiro de Música e Educação, com patrocínio por meio a Lei Federal de Incentivo à Cultura, o Santander Brasil está presente, mais uma vez, nas vidas dos músicos que participam das formações da Orquestra Sinfônica Juvenil Carioca – compostas por crianças e jovens entre 8 e 19 anos da rede pública de ensino do Rio de Janeiro.

Em 2021 o Santander Brasil e o IBME consolidaram a parceria com apresentações de sucesso. Em junho, a OSJC recebeu o jovem violinista Guido Sant ’Anna como convidado; em julho, o concerto em homenagem ao Dia Mundial do Rock contou com a participação da cantora Zélia Duncan; em setembro, foram realizados quatro concertos com a Série Paisagens Sonoras; e ao final do ano, foi apresentado o Concerto de Natal com a participação do cantor Daniel Boaventura.

Todas as apresentações desta parceria com a OSJC podem ser conferidas no canal do YouTube, já que os concertos foram transmitidos ao vivo.

OSJC e suas formações são grupos constituídos por alunos que passam por um amplo programa de educação e formação musical – meios para a construção de processos de transformação social concretos, com novos horizontes para os estudantes e resultados duradouros para suas famílias e toda a sociedade.

Desde 2017, jovens das mais diversas regiões do Rio de Janeiro compõem a Orquestra Sinfônica Juvenil Carioca. Os músicos já se apresentaram em salas de concerto de grande visibilidade e dividiram o palco com muitos convidados especiais, artistas de grande prestigio no Brasil e no exterior, como João Bosco, Guilherme Arantes, Leila Pinheiro, Maria Luiza Jobim, Elba Ramalho e Toquinho. A OSJC é um projeto do IBME – Instituto Brasileiro de Música e Educação, que também participou de intercâmbios internacionais na Espanha e nos Estados Unidos.

SERVIÇO:

Abertura da temporada 2022 da OSJC – Orquestra Sinfônica Juvenil Carioca

Concerto: 100 anos da Semana de Arte Moderna – Do Classicismo ao Modernismo

Regente: Anderson Alves

Local: Theatro Municipal do Rio de Janeiro

Endereço: Praça Floriano, S/N, Centro, RJ

Dia: 20 de abril de 2022 | 4ªf

Horário: 19 horas

Classificação: Livre

Transmissão ao vivo pelo Canal https://www.youtube.com/orquestranasescolas

Patrocínio: Santander, por meio da Lei Federal de Incentivo à Cultura.

CONCERTO ABERTURA TEMPORADA 2022

OSJC – Orquestra Sinfônica Juvenil Carioca

100 anos da Semana de Arte Moderna – Do Classicismo ao Modernismo

Regente: Anderson Alves

PROGRAMA:

– W.A.Mozart (1756-1791) – Abertura da Ópera “La Clemenza di Tito”

– R.Strauss (1864-1949) – Radetzky Marsch

– E.Grieg (1843-1907) – Na gruta do Rei da Montanha

– Heitor Villa-Lobos (1887-1959) | orquestração: Anderson Alves

Melodia Sentimental

Samba Clássico

– Camargo Guarnieri (1907-1993) – Suíte Vila Rica (excertos)

I – Maestoso

II – Andantino

III – Gingando (baião)

– E.Villani-Côrtes (1930) – Concerto para Flauta e Orquestra

I – Gingado

II – Moderato

III – Allegro

Solista: Felipe Braz

Pixinguinha | Arr: Anderson Alves – Minha Vez

Ficha Técnica

  • Presidente do IBME: Denize Vieira
  • Diretora executiva do IBME: Moana Martins
  • Direção musical e regência OSJC: Anderson Alves

IBME – Instituto Brasileiro de Música e Educação

Criado em 2011 no Morro da Providência, no Rio de Janeiro, o Instituto Brasileiro de Música e Educação acumula, desde então, um amplo histórico de programas e projetos que promovem vivências artísticas e educacionais. Com o intuito de modificar a vida de milhares de crianças, adolescentes e jovens em diferentes municípios do estado do Rio de Janeiro, o IBME tem a missão de contribuir com a transformação social por meio da educação e da música.

Redes Orquestra nas Escolas:

youtube.com/orquestranasescolas

facebook.com/ibmerj

Instagram: @ibmerj

Os Capuletos e Os Montéquios, de Vincenzo Bellini, no Theatro São Pedro, em São Paulo

Capuletos – Foto de Heloísa Bortz

A montagem inédita de Os Capuletos e Os Montéquios, ópera de Vincenzo Bellinichega em abril ao palco do Theatro São Pedro, instituição do Governo do Estado de São Paulo e da Secretaria de Cultura e Economia Criativa do Estado, gerido pela organização social Santa Marcelina Cultura.

Com libreto de Felice Romani, a ópera não se baseia no famoso texto de Shakespeare, mas em uma fonte italiana da história, uma peça teatral de Luigi Scevola escrita em 1818.. Estreada em 1830, no Teatro La Fenice, de Veneza, a obra é um dos maiores sucessos do compositor, e tem como particularidade o fato de os dois protagonistas serem interpretados por mulheres: Giulietta por uma soprano, e Romeo por uma mezzo-soprano. Vincenzo Bellini (1801- 1835), conhecido por suas belas linhas melódicas, é considerado um dos maiores expoentes do bel-canto, ao lado de Gioachino Rossini e Gaetano Donizetti.

Com estreia dia 15 de abril, a produção inédita do Theatro São Pedro tem direção cênica de Antonio Araujo, fundador do Teatro da Vertigem e diretor artístico da MITsp – Mostra Internacional de Teatro de São Paulo, Iluminação de Guilherme Bonfanti, dramaturgismo de Antonio Duran e Silvia Fernandes, cenografia de André Cortez, coreografia de Cristian Duarte e visagismo de Tiça Camargo. A direção musical é de Alessandro Sangiorgi que comanda a Orquestra do Theatro São Pedro. A montagem conta ainda com a participação do Coral Jovem do Estado, grupo artístico de bolsistas da EMESP Tom Jobim.

No elenco, destaque para as cantoras Denise de Freitas e Carla Cottini, que interpretam, respectivamente, Romeo e Giulietta. Completam o elenco Aníbal Mancini (Teobaldo), Douglas Hann (Lorenzo) e Anderson Barbosa (Capelio).

 “Temos uma das histórias de amor mais conhecidas da humanidade, então, por que motivo vamos montá-la nos dias de hoje? Como essa história pode ser retomada e dialogar com novos sentidos nos tempos atuais? ”, questiona o diretor cênico Antonio Araujo. Para ele, compreender o sentido da montagem de um espetáculo nos dias atuais é um dos principais pontos de partida para a criação.

O diretor parte de dois eixos principais. Um deles atualiza a luta entre os tradicionais clãs dos Capuletos e Montéquios e ganha nova roupagem, mostrando a rivalidade entre milícia e tráfico. O outro critica a visão patriarcal da sociedade e da própria ópera, com a presença de Giulietta cercada por figuras masculinas.  “Giulietta é a única personagem feminina e ela é um objeto de troca, passando de mão em mão, do pai para o pretendente. Para criticar esse espaço e trazer um contraponto eu decidi manter o casal principal na figura de duas mulheres, mostrando a relação entre elas como um ponto de oposição a esse universo masculino”, conta o diretor.

Além disso, a presença de um coro de atrizes, que fará participações pontuais na montagem, também estabelece um distanciamento crítico em relação a essa predominância dos homens na narrativa.

Alessandro Sangiorgi, diretor musical, destaca que o público pode esperar uma versão que passa pelas tradições de interpretação do passado, que é importante conhecer, associadas a uma visão mais moderna e contemporânea.

“Para o trabalho com o elenco parto de uma ideia mais definida, passando pela tradição, considerando sempre as ideias e características que cada um traz para os ensaios. Assim chegamos a uma unidade criativa”, afirma o maestro.

Os Capuletos e Os Montéquios estreia no dia 15 de abril, sexta, às 20h. As récitas continuam em 17, 20, 22, 24, 27 e 29 de abril, com encerramento no dia 1 de maio, quartas e sextas, às 20h, e domingos, às 17h. Os ingressos custam de R$ 80 a R$ 15 (meia).

Transmissão ao vivo

A récita do dia 24 de abril, domingo, às 17h, terá transmissão gratuita pelo canal de YouTube do Theatro São Pedro: youtube.com/TheatroSaoPedroTSP

Bilheteria

Os ingressos para todos os espetáculos devem ser adquiridos exclusivamente pelo site: https://theatrosaopedro.byinti.com/

SERVIÇO

OS CAPULETOS E OS MONTÉQUIOS 

DE VINCENZO BELLINI

Libreto de Felice Romani

ORQUESTRA DO THEATRO SÃO PEDRO
CORAL JOVEM DO ESTADO

Alessandro Sangiorgi, direção musical

Antonio Araujo, direção cênica
Guilherme Bonfanti, iluminação

Antonio Duran e Silvia Fernandes, dramaturgismo

André Cortez e Carol Bucek, cenografia
Cristian Duarte, coreografia
Tiça Camargo, visagismo

Elenco
Denise de Freitas, mezzo-soprano (Romeo)

Carla Cottini, soprano (Giulietta)

Aníbal Mancini, tenor (Teobaldo)

Douglas Hann, barítono (Lorenzo)

Anderson Barbosa, baixo (Capelio)

Récitas: 15, 17, 20, 22, 24, 27, 29 de abril e 1 de maio

quartas e sextas às 20h, domingos às 17h

Local: Theatro São Pedro
Endereço: Rua Barra Funda, 171 – Barra Funda, São Paulo

Ingressos: R$ 80 (inteira) a R$ 15 (meia)

Plateia: R$ 80/ R$ 40 (meia)

1º Balcão: R$ 50/ R$ 25 (meia)

2º Balcão: R$ 30/R$ 15 (meia)

https://theatrosaopedro.byinti.com/#/

Classificação Indicativa: 16 anos

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