Pensamento do filósofo e sociólogo francês Michel Maffesoli – Ecosofia – é vetor poético da Coletiva O Tempo das Coisas Vivas, no Centro Cultural Correios Rio de Janeiro, com inauguração no dia 23 de julho de 2025. A partir da ideia de que a vida contemporânea se estrutura a partir interações dinâmicas e nem sempre harmônicas, ou seja, uma ecologia da vida cotidiana ancorada em um novo paradigma ético, estético e existencial a exposição percorre camadas invisíveis da experiência do viver, tensionando os limites da vida contemporânea diante da crise ecológica e da exaustão dos valores modernos.
Com curadoria de Shannon Botelho, a mostra apresenta obras dos artistas Ana Miguel, André Vargas, Beatriz Lindenberg, Bruno Romi, Cibelle Arcanjo, Cildo Meireles, Hilal Sami Hilal, Marina Schroeder, PV Dias, Rodrigo Braga, Simone Cosac Naify, Simone Dutra e Yhuri Cruz, e convoca o expectador a desacelerar o olhar e a acolher os sinais do presente como indícios de outros futuros possíveis.
- Centro Cultural Correios, Rio
- 23 de julho a 13 de setembro de 2025
- Segunda a sábado, das 12h às 19h
- Galerias B e C – 3º andar
- Curadoria: Shannon Botelho
- Entrada gratuita
O Centro Cultural Correios Rio de Janeiro convida para a abertura da exposição coletiva O tempo das coisas vivas, no dia 23 de julho (quarta-feira), das 16h às 20h, nas galerias B e C, propondo diálogos entre os trabalhos dos artistas Ana Miguel, André Vargas, Beatriz Lindenberg, Bruno Romi, Cibelle Arcanjo, Cildo Meireles, Hilal Sami Hilal, Marina Schoereder, PV Dias, Rodrigo Braga, Simone Cosac Naify, Simone Dutra e Yhuri Cruz.
Com curadoria de Shannon Botelho, a mostra parte da teoria do filósofo e sociólogo francês Michel Maffesoli que propõe uma crítica à racionalidade moderna e defende a necessidade de uma nova forma de pensar e viver o mundo, baseada em uma ecologia integral, que ele chama de ecosofia. A exposição percorre camadas invisíveis da experiência do viver, tensionando os limites da cronologia linear. O que está em jogo não é a sucessão dos instantes, mas aquilo que insiste: o que ressoa, o que transforma, o que permanece.
A mostra é estruturada em torno dos três ecossistemas formulados por Maffesoli — o natural, o humano e o social —, e propõe uma abordagem crítica e sensível sobre temas como esgotamentos ambientais, espiritualidade, colonialidade, violências históricas, experimentação e linguagem. As obras habitam simultaneamente esses três campos, atravessando questões urgentes por meio de gestos, materiais e narrativas que convocam à atenção e à escuta.
“As obras e artistas discutem, cada qual a seu modo, enfrentamentos contemporâneos urgentes que, aproximados em uma narrativa curatorial, pretende propiciar novas reflexões. Em suas obras, o tempo se institui como matéria sensível — tecido da memória, do gesto, da paisagem e do corpo —, uma vez que o que permanece não está fora do tempo, mas é justamente aquilo que, ao durar, se transforma”, explica o curador Shannon Botelho.
Ao invés de um percurso sugerido, a curadoria propõe agrupamentos flexíveis entre duplas e trios de artistas, que podem ser reorganizados a partir da experiência do visitante. Entre os diálogos estabelecidos estão: Ana Miguel, Hilal Sami Hilal e Marina Schroeder que elegem a matéria como elemento de significação e destino das obras. André Vargas e Cibelle Arcanjo que celebram as encantarias, afirmam a ciência e a fé nas ervas. Bruno Romi e Yhuri Cruz que põem em diálogo o poder dos materiais e a força que carregam com seus significados. Beatriz Lindenberg e Rodrigo Braga que exploram o corpo como instrumento de mensuração do tempo e da vida. PV Dias e Simone Dutra que rasuram o tempo com o que sobra de seus registros. Cildo Meireles e Simone Cosac Naify que deslocam o juízo do epicentro do presente para um estado de elucubração de outras realidades possíveis.
Durante a abertura da exposição, a artista Beatriz Lindenberg realizará a obra Respirar o desenho, um “desenho-performance”, como descreve, na qual, com o uso do bastão a óleo sobre papel, investiga os gestos do braço, seus limites, encontros e ressonâncias com a respiração.
Com diferentes linguagens e suportes – pintura, desenho, instalação, escultura, objeto, fotografia, performance e vídeo – O tempo das coisas vivas convida o público a habitá-la: nos seus ciclos, nas suas ruínas, nas suas reconfigurações. Há um convite à desaceleração, à escuta e à permanência — não como resistência passiva, mas como forma de elaboração e possibilidade.
OS ARTISTAS
Ana Miguel
Ana Miguel elabora a matéria de seu trabalho a partir da investigação das relações humanas, da literatura, das palavras, dos desvios, dos deslizamentos de sentido e das experiências do tempo e dos afetos. Sua prática examina diferentes aspectos da vida, frequentemente a partir de elementos que exortam forças germinativas universais. Nascida no Rio de Janeiro, em 1962, onde atualmente vive e trabalha, a artista inicia sua prática com investigações em gravura que, a partir dos anos 1980, metamorfoseiam-se em trabalhos tridimensionais e instalações. Durante os anos 1990, mora na Espanha, onde é outorgada com uma bolsa-trabalho da Fundació Pilar i Joan Miró (1996). Integrou o corpo de professores da Escola de Artes Visuais do Parque Lage entre 2016 e 2020.
André Vargas
André Vargas é artista visual, poeta, compositor e educador. Formado em Filosofia pela UFRJ, Vargas trabalha na retomada de sua ancestralidade como forma de entender as bases das culturas linguísticas, religiosas, históricas e estéticas da brasilidade em que se insere, tendo a cultura popular como a maior indicação desse fundamento. Os subúrbios, os interiores e os demais lugares de memória pessoal e coletiva que contornam essa ancestralidade se apresentam como ponto de partida empírico de suas postulações conceituais.
Beatriz Lindenberg
Beatriz Lindenberg é artista visual, nascida em 1985 em São Paulo, SP, onde vive e trabalha. Estudou fotografia na Spéos – École de Photographie, em Paris, e é pós-graduada em História da Arte (2015) e em Práticas Artísticas Contemporâneas (2022) pela FAAP, em São Paulo. No ano de 2024 participou de diversas exposições coletivas, entre elas a XXIII Bienal de Arte de Cerveira, em Portugal, e o 49º SARP -Salão de Arte de Ribeirão Preto Nacional-Contemporâneo. Em 2024 participou também da residência artística Epicuén, localizada no Lago Epicuén, na Argentina, com acompanhamento do curador espanhol Julio Vázquez Ortiz. No início de 2025 participou da exposição coletiva “A memória é uma paisagem contemplada de um combio em movimento” com curadoria de Mario Gioia, na galeria Izabel Pinehiro, São Paulo. Atualmente participa do grupo de estudos Bora! com orientação da curadora Galciani Neves.
Bruno Romi
Formado em Artes Plásticas pela Escola Panamericana de Artes e pós-graduado em Práticas Artísticas Contemporâneas pela FAAP, Vive e trabalha em São Paulo. Atua com pintura, desenho, performance e instalação, tendo participado de exposições no Museu MARP, Casa das Caldeiras, Espaço Vivo e FONTE, entre outros espaços no Brasil, além de mostras em Cuba, Itália e Portugal. Sua pesquisa explora o corpo, a cidade, a memória, o tempo e a autoficção, com atravessamentos ligados à masculinidade, erotismo e práticas devocionais. Participou da 7ª edição da W Residência Artística, em Ribeirão Preto e de programas de residência internacionais na Manifatture KNOS, em Lecce (IT) e na Duplex, Lisboa (PT).
Cibelle Arcanjo
Cibelle Arcanjo, 32 anos, brasileira, artista mestiça com ancestralidade afro-indígena, é pintora, graffiteira/muralista (desde 2007) e pesquisadora formada no curso de Bacharelado em Pintura pela Escola de Belas Artes da Universidade Federal do Rio de Janeiro (EBA/UFRJ, 2020). Lançando questionamentos sobre a vida e as formas de se viver, Cibelle, conta e reconta a(s) história(s) brasileira(s) fazendo uso da linguagem da pintura para sua expressão. Em formato de telas de tamanhos variados e murais em grande escala, suas pesquisas e poética transdisciplinares perpassam por estudos da própria pintura, a figuração e suas representações abstrato-naturalistas e entrelaces com as áreas da biologia, geografia, antropologia, sociologia, filosofia e espiritualidade.
Hilal Sami Hilal
Capixaba de origem síria, Hilal Sami Hilal iniciou-se, nos anos 1970, no desenho e na aquarela para depois decidir se aprofundar em técnicas japonesas de confecção do papel. A partir daí, com uma viagem ao Japão, sua pesquisa intensificou-se, resultando numa segunda viagem a esse país no final dos anos 1980. Cruzando influências culturais entre o Oriente e o Ocidente, entre a tradição moderna ocidental e a antiga arte islâmica, surgiram suas “rendas”. Confeccionadas com um material exclusivo, criado com celulose retirada de trapos de algodão e misturada com pigmentos, resina, pó de ferro e de alumínio, as rendas privilegiam a força gestual do artista, que assim constrói a tela a partir de linhas que se cruzam, de cores que se revelam na mistura dos materiais e da sensação de ausência gerada pelos espaços em branco. O trabalho, colocado a curta distância da parede, beneficia-se das sombras projetadas, criando um rendilhado virtual. Algumas de suas obras são realizadas apenas com resina acrílica, criando o mesmo efeito visual. Vive e trabalha em Vitória/ES.
Marina Schroeder
Formada em Arquitetura e Urbanismo pelo Mackenzie e pós-graduada em Práticas Artísticas Contemporâneas pela FAAP, Marina Schroeder (1980, São Paulo, SP) foi sócia da EME Arte Cultural e idealizadora do projeto O Predinho, que reúne artistas mulheres em São Paulo. A artista investiga o que há de mais íntimo e subjetivo na experiência humana, revelando camadas que geralmente permanecem veladas. Sua obra acontece no intervalo entre controle e descontrole, gesto e matéria, vida e decomposição. Utiliza materiais vivos e simbólicos como fungos, rosas, exsudatos e carvão, ferramentas inusitadas como rodos, pás e a própria flor, abrindo espaço para o acaso, o risco e a escuta da matéria. A pintura, expandida para além da imagem, torna-se corpo, processo e presença. Em sua pesquisa mais recente, a intimidade se apresenta como fio condutor, provocando encontros com a vulnerabilidade, o feminino e o desconhecido, lugares onde o trabalho respira e se deixa atravessar.
PV Dias
Nascido em 1994, é um artista amazônico, nascido no Pará e radicado no Rio de Janeiro, Brasil. Estudou pintura, colagem e outras práticas artísticas na Escola de Artes Visuais do Parque Lage. Doutorando em Ciências Sociais pela Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro e mestre pelo mesmo programa. Ao se desdobrar sobre arquivos históricos, sua pesquisa se concentra em articular novas narrativas, fabulações críticas e rasura de histórias em um território colonizado. Cria a partir de diversas práticas artísticas, entre elas pintura, fotografia, vídeo e arte digital.
Rodrigo Braga
Nascido em Manaus (AM) em 1976, graduou-se em Artes Visuais pela UFPE em 2002. Há mais de duas décadas aborda as relações conflituosas da ação humana sobre a natureza. Foi nomeado a diversas premiações internacionais e recebeu alguns dos principais prêmios nacionais, a exemplo do Prêmio Pipa voto popular (2012) e Prêmio MASP Talento Emergente (2013). Em 2012 foi destaque na 30ª Bienal Internacional de São Paulo, exibindo a mesma obra (Tônus) no ano seguinte no MoMA PS1 em Nova York. Em 2016 realizou individual no Palais de Tokyo (Prêmio SAM Art Projects), em Paris. Possui obras em acervos particulares e institucionais no Brasil e no exterior, como MAM-SP, MAM-RJ e Maison Européenne de La Photographie, Paris. Vive entre Rio de Janeiro e Paris.
Simone Dutra
Formada em Tecnologia de Dados pela PUC-RJ, Simone Dutra (1971 – vive e trabalha em São Paulo), começou a se dedicar integralmente as artes plásticas em 2014, quando se mudou para a Califórnia e fez Mestrado em Artes na Academy of Arts University em São Francisco, EUA, retornando a São Paulo em 2019. Desde 2020 integra o grupo de acompanhamento de projetos Hermes Artes Visuais, ministrado pelos artistas Carla Chaim e Nino Cais, da Oficina de textos com Shannon Botelho desde 2021 e Disparos para Produção da Arte contemporânea vírgula, 2025. Simone participou de exposições coletivas como, por exemplo, Radar Arte (São Paulo, 2025/2024/2023) Tanto Mar (Rio de Janeiro, 2024, Cama de Gato (São Paulo, 2024), Toda Volta (São Paulo, 2023), O que ancora (Rio de Janeiro, 2023), Elements, 7o. Salão de Artes em Portugal (Nazaré, Portugal, 2022), 15a. Semana de Fotografia (Caxias do Sul, 2022), Romper a Superfície é Abrir um Rio pra Dentro (São Paulo, 2022), Para Mudar o Estado das Coisas (São Paulo, 2021) Spring Show, Academy of Arts University (San Francisco, CA, USA, 2018 e 2017) e da Individual Serene Mistrust (San Francisco, CA, USA, 2018).
Simone Cosac Naify
Simone Cosac Naify é artista e escritora brasileira radicada em Los Angeles, EUA. Formada em Direito pela Universidade Católica de Petrópolis-RJ e atuou como advogada criminal até 1989. Após uma pós-graduação em Marketing na ESPM (1986-1988), seguiu para o mestrado em Belas Artes pela University of Art em San Francisco (1993-1995) onde se especializou em gráfica. Sua trajetória artística começou em 1990. Foi designer na editora Cosac Naify de 1997 a 2001. Fez arte terapia no início dos anos 2000 e aplicou sua formação, como voluntária num hospital infantil na Itália por 10 anos. Publicou o livro infantil O Tapete de Maria (2005), que foi posteriormente adaptada para o teatro pelo Grupo K-Teatro. Em 2007, fundou a marca “Simone Cosac Profumi”, assumindo a criação do conceito da marca que entrou em 17 países europeus. Desde 2017, concentra-se exclusivamente na pintura, explorando uma linguagem multimeios que conecta vivências pessoais e coletivas. Participou de exposições em Londres (2022), Veneza (2021 e 2020), Bologna (2020), Milão (2020). Em 2024, Simone realizou sua primeira exposição individual no Brasil, “Conteúdo Sensível”, apresentada na New Gallery, em São Paulo, com curadoria de Shannon Botelho.
Yhuri Cruz
Yhuri Cruz é um artista visual, escritor e dramaturgo, baseado no Rio de Janeiro. Elabora sua prática artística e literária a partir de proposições cênicas e instalativas que discutem arquivos históricos, ficções e fabulações da diáspora negra no Brasil e no mundo. Trabalha de forma expandida com escultura, desenho e filme. Cruz se dedica especialmente a sua longa série de performances que o próprio artista nomeia de “Cenas Pretofágicas” (The Emancipation plays). Sua última individual foi ‘Revenguê: Uma exposição-cena’, no Museu de Arte do Rio e atualmente tem trabalhos expostos no Smithsonian Museum, Pinacoteca de São Paulo e Bienal de Havana, em Cuba.
O CURADOR
Shannon Botelho é curador independente, crítico de arte e professor no Departamento de Artes Visuais do Colégio Pedro II (RJ). É doutor em História e Crítica da Arte pelo Programa de Pós-Graduação em Artes Visuais da Escola de Belas Artes/UFRJ em parceria com a École des Hautes Études en Sciences Sociales/CRBC (Paris). É representante do Comitê de História, Teoria e Crítica de Arte da Associação Nacional de Pesquisadores em Artes Plásticas (ANPAP).
Idealizador do Ateliê 31, espaço cultural no Centro do Rio de Janeiro, e curador nas exposições: Abstrato Possível, Concreto Real (MMGV-RJ-2017); Balangandãs (Zipper Galeria-SP 2018); Paisagem Grão de Areia (MMGV-RJ 2018); O que você guarda tão bem guardado (Casa Abaeté – Ribeirão Preto 2019); Da Linha, o Fio (BNDES-RJ 2019), Impulsos Imitativos (MMGV-RJ 2019), Estruturas Improváveis (Casa das Artes- Tavira 2020), Illusions (Zipper Galeria-SP 2021), Malgré le Brouillard (Anne+Art Contemporain – Paris 2021), Forma é Afeto (Andrea Rehder-SP 2022), Água Banta (MMGV-RJ 2022), Hiper Paisagem (Zipper-SP 2022), Memória do Futuro ( MMGV-RJ 2023), Coração na Mão (Le Salon H – Paris, 2023), Sob a Luz de outros Sóis (Galeria Anita Schwartz 2023), Até onde nossos olhos alcançam (MMGV 2023), Almofadinhas (Viaduto das Artes- MG 2024), Entes (Janaína Torres Galeria-SP 2024).
CENTRO CULTURAL CORREIOS
O Centro Cultural Correios completou, em 2023, trinta anos a serviço da sociedade e da cultura. O prédio centenário, inaugurado em 1922, foi desativado para reformas e voltou a fazer parte do cotidiano da cidade em 1992, com a mostra Ecologia 92, evento integrante da Conferência das Nações Unidas sobre o Meio Ambiente, no Rio de Janeiro. Nos últimos anos, o CCCRJ tem ampliado sua atuação, promovendo projetos diversos e reforçando o compromisso dos Correios com a cultura e as artes no país.
Somente em 2024, a atual curadoria do espaço realizou mais de cinquenta projetos nas áreas de Artes Visuais, Audiovisual, Música e Humanidades — um crescimento de 23% em relação ao ano anterior. Também se destacou o aumento de parcerias com instituições do circuito artístico, como centros culturais e galerias, além da abertura para plataformas e artistas independentes. Em 2025, a tendência é de expansão: nos cinco primeiros meses do ano, vinte e nove projetos já foram promovidos, incluindo colaborações com artistas de destaque. O Teatro Correios Léa Garcia também segue ativo, com programação voltada para produções que abordam questões raciais, LGBTQIAPN+ e culturas dos povos originários, ampliando o acesso à cultura e a diversidade de vozes em cena.
SERVIÇO: “O Tempo das Coisas Vivas”
- Curadoria: Shannon Botelho
- Data: 23 de julho a 13 de setembro
- Abertura: 23 de julho | 16h às 20h
- Visitação: Terça-feira a sábado, das 12h às 19h
- Local: Centro Cultural Correios – Salas B e C – 3º andar
- Rua Visconde de Itaboraí, 20 – Centro. Rio de Janeiro – RJ
- Entrada gratuita.