Órfãos

Órfãos

por Redação

Protagonizada por Lucas Drummond, Ernani Moraes e Rafael Queiroz e dirigida por Fernando Philbert, peça ganha nova temporada a partir de 02 de junho, no teatro da Casa de Cultura Laura Alvim

Pela primeira vez no Brasil, o autor norte-americano Lyle Kessler estará presente na estreia e participará de um bate-papo com o público após a sessão 

Depois de duas temporadas de sucesso de público e crítica no Rio de Janeiro e de uma turnê por sete cidades do estado, a peça “Órfãos” estará de volta aos palcos cariocas, de 02 a 25 de junho, no teatro da Casa de Cultura Laura Alvim. Com extensa carreira internacional, “Órfãos” (1983) deu projeção ao roteirista e ator norte-americano Lyle Kessler como dramaturgo e lhe rendeu comparações a Tennessee Williams pela crítica especializada. Hoje, aos 87 anos e muito ativo na cena teatral de Nova York, Kessler estará presente na sessão de estreia (02/06, às 20h) e participará de um bate-papo com o público. “Órfãos” é patrocinado pela Prefeitura da Cidade do Rio de Janeiro, Secretaria Municipal de Cultura, Protel Administração Hoteleira, CEPEM, Marte Engenharia e MPG Arquitetura, por meio da Lei Municipal de Incentivo à Cultura – Lei do ISS.

Dirigida por Fernando Philbert, a versão brasileira de “Órfãos” tem idealização e coordenação artística do ator e produtor Lucas Drummond, que está em cena ao lado de Ernani Moraes e Rafael Queiroz. A montagem concorre ao Prêmio Cesgranrio de Teatro 2023 nas categorias de Melhor Figurino (Rocio Moure) e Melhor Cenografia (Natalia Lana). Na 17ª edição do Prêmio APTR, o espetáculo está indicado nas categorias Melhor Ator Protagonista (Lucas Drummond), Ator em Papel Coadjuvante (Ernani Moraes) e Cenografia.

Em cena, dois irmãos órfãos (Lucas Drummond e Rafael Queiroz) sequestram um misterioso homem de negócios (Ernani Moraes) para pedirem resgate e acabam encontrando a figura paterna que nunca tiveram e com a qual sempre sonharam. “Me apaixonei por essa peça desde que a li pela primeira vez, em 2018. É uma história linda sobre a luta do homem pela sobrevivência e, principalmente, sobre o afeto, que às vezes é bruto, tóxico”, resume Lucas Drummond.

“Meu personagem (Phillip) é criado pelo irmão mais velho, Treat (Rafael Queiroz), que bate carteira na rua para sustentar nós dois. E por acreditar que tem uma alergia terrível à maioria das coisas, Phillip não sai de casa há anos. Toda a sua visão de mundo é baseada no que ele vê pela janela, pela TV e pelo que o irmão conta para ele. É um personagem extremamente sensível, poético e com uma imaginação incrível”, conta Drummond.

“Órfãos” é o terceiro projeto teatral de Lucas Drummond em parceria com o amigo de longa data Bruno Mariozz, diretor de produção à frente da Palavra Z, realizadora da peça. Antes, os dois já haviam criado e produzido o espetáculo adulto “Tudo o que há Flora” (2016-19), com direção de Daniel Herz, e o musical infantojuvenil “O pescador e a estrela” (2020-22), escrito por Drummond e Thiago Marinho e dirigido por Karen Acioly.

Lucas convidou Fernando Philbert para dirigir a peça, realizando um antigo desejo de trabalhar com o diretor. “Órfãos tem a natureza de uma fábula: dois meninos que vivem num lugar abandonado em uma grande cidade e, de repente, chega uma figura (Harold – Ernani Moraes) que vai ajudar, tentar dar um caminho e melhorar a vida dos dois, abrir horizontes. É o velho arquétipo do pai perdido, de alguém que surge para nos tirar de um lugar escuro”, analisa Philbert.

No papel de Harold, o homem mais velho que transforma a vida dos dois jovens, Ernani Moraes destaca o desafio lançado pelo diretor para a composição de seu personagem: “Pela primeira vez em teatro, me deram um adjetivo para eu pesquisar, que é ‘elegante’. Normalmente, estou no universo dos ogros, dos malucos, dos torturadores, e o Phil está puxando isso de mim, que é fazer um personagem elegante, sem esforço, calmo, falando com a voz normal. Para quem me conhece como ator, sabe que eu transito muito no outro lado. Está sendo muito desafiador”.

Rafael Queiroz concorda: “Fernando tirou a gente da zona de segurança, onde a gente transita bem, tirou nossa base, desestruturou para reestruturar da maneira que ele quer e que sabe que vai ter o melhor resultado. É desafiador, mas ele é preciso, estica a corda até onde sabe que é possível”.

O cenário assinado por Natalia Lana reforça o abandono que caracteriza os irmãos órfãos, vivendo de forma precária em um apartamento decadente. Mesas, cadeiras e objetos variados evocam lembranças, reais ou não, especialmente em Phillip, que passa todo o tempo confinado. E são as janelas, que rodeiam todo o cenário, que fazem a ponte entre o mundo imaginário de Phillip e o mundo exterior.

A trilha original está a cargo do diretor musical Marcelo Alonso Neves: “Há duas linhas distintas que desenvolvo no espetáculo. Primeiro, quis buscar a memória de uma época, em cima de áudios históricos de programas de televisão, de filmes de cinema. Além disso, vai ter uma parte de trilha incidental, para criar essas atmosferas, permear momentos de tensão e emoção”, resume.

A figurinista Rocio Moure pensou o conceito do figurino a partir de ícones representativos do momento em que os personagens estão inseridos na história, através de silhuetas e peças de roupa clássicas e bem definidas, inspiradas no cinema e na cultura da época: “Procurei marcar a diferença clara do encontro entre as gerações dos três personagens, levando toques de personalidade para cada um deles com objetos de indumentária que destacam a diferença nos detalhes”, adianta.

A trajetória internacional de “Órfãos” – Montada originalmente há quase 40 anos, “Órfãos tem premiada trajetória nos EUA e em dezenas de países, entre eles França, Alemanha, Estônia, México, Japão e Turquia. Em 1985, foi dirigida pelo também ator Gary Sinise e, na versão inglesa de 1986, rendeu a Albert Finney o Olivier Award de Ator do Ano. A montagem norte-americana mais recente, produzida na Broadway, em 2013, foi estrelada por Alec Baldwin e indicada ao Tony Awards na categoria Melhor Peça. A história ganhou as telas de cinema em 1987, no longa dirigido por Alan J. Pakula e protagonizado por Albert Finney, Matthew Modine e Kevin Anderson.

FICHA TÉCNICA:

  • Idealização e coordenação do projeto: Lucas Drummond
  • Texto: Lyle Kessler
  • Tradução: Diego Teza 
  • Direção: Fernando Philbert
  • Elenco: Ernani Moraes (Harold), Lucas Drummond (Phillip), Rafael Queiroz (Treat)
  • Figurino: Rocio Moure
    Cenário: Natalia Lana
  • Iluminação: Vilmar Olos
    Trilha Sonora: Marcelo Alonso Neves
  • Fotografia e Vídeo: Costa Blanca Films e Gaulia Filmes
  • Direção de produção: Bruno Mariozz
  • Direção de movimento: Toni Rodrigues
  • Produtora executiva: Angélica Lessa
  • Assistente de direção: Luisa Vianna
  • Assistente de direção de movimento: Monique Ottati
  • Assistente de produção: Priscila Fernandes
  • Assistente de comunicação: Rafael Prevot 
  • Assessoria de imprensa: Paula Catunda e Andrea Gonçalves 
  • Realização: Palavra Z Produções Culturais
  • Patrocínio: Prefeitura da Cidade do Rio de Janeiro, Secretaria Municipal de Cultura, Protel, CEPEM, Marte Engenharia, MPG Arquitetura e Enel.

SERVIÇO

“Órfãos” 

  • De 02 a 25 de junho de 2023 (sexta e sábado às 20h, domingo às 19h)
  • Na estreia haverá um bate-papo com o dramaturgo Lyle Kessler logo após a sessão
  • Local: Casa de Cultura Laura Alvim (Av. Vieira Souto, 176 – Ipanema)
  • Ingresso: R$ 40,00 (inteira) | R$ 20,00 (meia entrada)
  • Vendas online: https://funarj.eleventickets.com 
  • Duração: 90 min. Capacidade: 190 lugares
  • Classificação indicativa: 14 anos
  • Tel: (21) 2332-2016
  • No dia 17/06 haverá sessão acessível com tradução de libras e audiodescrição
  • Instagram: @orfaosteatro
  • Assessoria de Imprensa 
  • Andrea Gonçalves 
  • (21) 97149-9540
  • andreag@intrepidacomunicacao.com.br 

 

Paula Catunda 

(21) 98795-6583

paula.catunda@gmail.com

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