Orquestra Ouro Preto apresenta a ópera “Hilda Furacão” no Rio de Janeiro

Hilda Furacão - Foto @raphagarcia

Nos próximos dias 27 e 28 de setembro, na Cidade das Artes, a Orquestra Ouro Preto apresenta no Rio de Janeiro a montagem operística Hilda Furacão. As apresentações integram a turnê nacional 2025 do espetáculo, que leva para os palcos uma versão inédita de uma das personagens mais icônicas da literatura e da teledramaturgia brasileira. Após estreia com duas noites esgotadas no Theatro Municipal de São Paulo, a montagem segue para BH, Rio, Curitiba e Boa Vista.

O projeto conta com o patrocínio da Petrobras, que há mais de 40 anos investe na cultura como uma força transformadora, apoiando iniciativas em todo o país que promovem a diversidade, valorizam a identidade nacional e ampliam o acesso à produção artística brasileira.

Adaptação do aclamado romance de Roberto Drummond, ambientado em Belo Horizonte e imortalizado na célebre minissérie dos anos 1990, o espetáculo traz música original de Tim Rescala e direção de cena de Julliano Mendes. A regência é do maestro Rodrigo Toffolo.

Com libreto em português e dividida em dois atos, a ópera celebra a riqueza da cultura brasileira e mergulha nos dilemas éticos, sociais e religiosos de uma época marcada por contradições.

A protagonista é vivida pela mezzo-soprano Carla Rizzi, que retorna à cena com a Orquestra após sua atuação em Auto da Compadecida, a Ópera. Ao seu lado, o tenor Anibal Mancini interpreta Frei Malthus, trazendo ao palco a intensidade do conflito entre desejo e fé. Completam o elenco de solistas Marília Vargas (Loló Ventura), Marcelo Coutinho (Nelson Sarmento), Johnny França (Aramel) e Fernando Portari, que assume o papel de narrador e do próprio autor, Roberto Drummond. A montagem conta ainda com a participação de um coro com 16 vozes, que contribui para a densidade dramática e musical da obra.

Nos bastidores, Luiz Abreu assina a direção de arte; Paula Gascon, os figurinos; Tiça Camargo, o visagismo; Carol Gomes, a cenografia; e Bruno Corrêa, a engenharia de som. A época em que a história se passa ganha vida com as cores e a ousadia da Orquestra Ouro Preto, que imprime sua identidade visual e cênica à montagem. O resultado são cenas impactantes, cheias de surpresas, que ampliam o drama e a potência narrativa da ópera.

Na partitura original, Tim Rescala incorporou elementos do universo musical popular da época retratada no romance, como músicas brasileiras, boleros e sucessos radiofônicos, ao discurso operístico tradicional, criando uma obra híbrida entre a ópera e o musical.

O romance do escritor mineiro conta a história de Hilda, uma jovem bela e rebelde que rompe com as expectativas ao abandonar sua vida de prestígio e refugiar-se na zona boêmia da capital mineira. Sua jornada se entrelaça com a de Frei Malthus, um jovem religioso determinado a transformar a vida dos habitantes da região. Esse encontro desencadeia uma série de conflitos éticos e sociais, em um confronto entre desejo e dever, liberdade e moralidade. Uma narrativa que encontra na ópera a linguagem perfeita para seu desenvolvimento dramático, somando-se ao panteão de grandes heroínas do gênero, como Carmen e Aída, e consolidando o caminho para a criação de uma ópera nacional que dialoga com nossa história, cores e sons.

“Hilda tem todos os elementos para se tornar uma ópera: uma trama instigante e trágica, personagens fortes e uma grande carga emocional”, afirma o compositor Tim Rescala. Para o maestro Rodrigo Toffolo, “Hilda é uma protagonista perfeita para esse ciclo de óperas brasileiras que a Orquestra Ouro Preto vem desenvolvendo. É uma personagem feminina forte, com reflexões profundas sobre liberdade, destino e imposições sociais.”

Com esta produção, a Orquestra reafirma seu compromisso com a criação de um repertório operístico brasileiro, acessível, contemporâneo e enraizado na identidade cultural do país.

SERVIÇO – TURNÊ 2025 “HILDA FURACÃO, A ÓPERA”

RIO DE JANEIRO
Quando: Dias 27 e 28 de setembro de 2025, às 20h e 18h, respectivamente
Onde: Cidade das Artes (Av. das Américas, 5300 – Barra da Tijuca, Rio de Janeiro)
Ingressos: À venda na bilheteria do teatro e no site Sympla
Patrocínio: Petrobras, por meio da Lei Federal de Incentivo à Cultura (Lei Rouanet)
Classificação indicativa: 12 anos

Ópera de Paris apresenta concerto no Theatro Municipal e recital no Teatro Firjan

“Bizet e seus Contemporâneos” homenageia o compositor lírico francês no Theatro Municipal e “Mélodies françaises, Melodias brasileiras” celebra a colaboração artística entre França e Brasil

Ópera de Paris

A Ópera de Paris, maior casa lírica da França e uma das mais importantes do mundo, chega ao Rio de Janeiro com um concerto e um recital inéditos no Brasil, que marcam o retorno da companhia ao país após 23 anos. “Mélodies françaises, Melodias brasileiras” terá apresentação única e gratuita no dia 26 de setembro, às 19h, no Teatro Firjan SESI Centro, e “Bizet e seus Contemporâneos” será no dia 11 de outubro, no Theatro Municipal do Rio de Janeiro, com regência de Felipe Prazeres, maestro titular da Orquestra Sinfônica do Theatro Municipal do Rio de Janeiro e maestro associado da Orquestra Petrobras Sinfônica. O terceiro lote está disponível para compra.

O programa “Bizet e seus Contemporâneos” apresenta no Theatro Municipal uma seleção de romances, melodias, peças líricas e duetos, revelando diferentes facetas da obra de Georges Bizet (1838-1875) para além das mais conhecidas. São 15 composições do autor, todas da segunda metade do século XIX, colocadas em diálogo com obras de seus contemporâneos Massenet, Gounod e Saint-Saëns. O concerto, que estreou no Palais Garnier em janeiro deste ano, foi calorosamente recebido pelo público francês. O repertório será interpretado pelo corpo de residentes da Ópera de Paris, formado por solistas de diversas partes do mundo. Amandine Portelli (França), Antoine Dutaillis (França), Bergsvein Toverud (Estados Unidos e Noruega), Clemens Frank (Áustria), Daria Akulova (Ucrânia), Isobel Anthony (Estados Unidos), Lorena Pires (Brasil), Luis Felipe Sousa (Brasil) e Sima Ouahman (França) compõem o elenco internacional da temporada.

“Mélodies françaises, Melodias brasileiras” reúne, em apresentação gratuita no Teatro Firjan, obras de Villa-Lobos, Chiquinha Gonzaga, Reynaldo Hahn, Francis Poulenc, entre outros artistas consagrados em ambos os países. Aclamados na Opéra Bastille, em Paris, os solistas da Academia da Ópera de Paris interpretam canções que propõem o diálogo entre melodias francesas e brasileiras, celebrando os 200 anos de relações entre os dois países. Juntam-se aos artistas da Ópera de Paris dois brasileiros convidados: o pianista Ramon Theobald e a cantora Juliana Kreling.

SERVIÇO:

“Mélodies françaises, Melodias brasileiras”
Data: 26/09, às 19h
Local: Teatro Firjan SESI Centro – Av. Graça Aranha, 1 – Centro, Rio de Janeiro
Capacidade: 338 pessoas
Os ingressos estarão disponíveis para retirada 1 hora antes do concerto.
Ingressos gratuitos. Sujeito à lotação.

“Bizet e seus Contemporâneos”
Data: 11/10, às 19h
Local: Theatro Municipal do Rio de Janeiro – Praça Floriano, S/N – Centro, Rio de Janeiro
Capacidade: 2.361 pessoas
Ingressos no site
Frisas e Camarotes – R$60,00
Plateia e Balcão Nobre – R$40,00
Balcão Superior e Lateral – R$30,00
Galeria Central e Lateral– R$15,00

São Paulo recebe concerto e recital da Ópera de Paris, maior casa lírica da França

A Ópera de Paris, maior casa lírica da França e uma das mais importantes do mundo, chega à cidade de São Paulo com duas apresentações inéditas no Brasil “Mélodies françaises, Melodias brasileiras” e “Bizet e seus Contemporâneos”, marcando seu retorno ao país após 23 anos. O repertório será interpretado pelo corpo de residentes da instituição, formado por cantores e músicos vindos de diversas partes do mundo. No segundo espetáculo, a regência será do maestro Roberto Minczuk.

O retorno da Ópera de Paris ao Brasil após 23 anos será marcado pelo recital “Mélodies françaises, Melodias brasileiras”, com apresentação única em São Paulo no dia 28 de setembro no Theatro São Pedro. Os artistas da Academia interpretam canções que propõem o diálogo entre melodias francesas e brasileiras, celebrando os 200 anos de relações entre os dois países. No repertório, estão obras de Villa-Lobos, Chiquinha Gonzaga, Reynaldo Hahn, Francis Poulenc, entre outros artistas consagrados em ambos os países. Juntam-se aos artistas em residência na Academia dois convidados brasileiros: o pianista Ramon Theobald e a cantora Juliana Kreling.

Nos dias 3 e 4 de outubro, São Paulo recebe “Bizet e seus Contemporâneos”, concerto em homenagem aos 150 anos da morte do prestigiado compositor francês. As apresentações serão no Theatro Municipal de São Paulo, sob a regência do renomado Roberto Minczuk, maestro titular da Orquestra Sinfônica Municipal de São Paulo e diretor musical da New Mexico Philharmonic (EUA). O programa apresenta uma seleção de romances, melodias, peças líricas e duetos, revelando diferentes facetas da obra de Georges Bizet (1838-1875) para além das mais conhecidas. São 15 composições do autor, todas da segunda metade do século XIX, colocadas em diálogo com obras de seus contemporâneos Massenet, Gounod e Saint-Saëns. O concerto, que estreou no Palais Garnier em janeiro deste ano, foi calorosamente recebido pelo público francês. O repertório será interpretado pelo corpo de residentes da Ópera de Paris, formado por solistas de diversas partes do mundo.

A cada temporada, a Academia da Ópera de Paris recebe jovens artistas de diferentes nacionalidades em seu programa de residência. Mais de 30 artistas estão em residência na temporada 2025/2026. Amandine Portelli (França), Antoine Dutaillis (França), Bergsvein Toverud (Estados Unidos e Noruega), Clemens Frank (Áustria), Daria Akulova (Ucrânia), Isobel Anthony (Estados Unidos), Lorena Pires (Brasil), Luis Felipe Sousa (Brasil) e Sima Ouahman (França) compõem o elenco internacional da temporada.

Desde 1985, as Temporadas Cruzadas promovem o intercâmbio artístico entre a França e diversos países. Em 2025, Brasil e França se reencontram vinte anos após a primeira Temporada Brasileira na França, “Brasil, Brasis”. Com apoio dos governos de ambos os países, a nova edição busca renovar os laços culturais e incentivar novas colaborações, colocando a arte como elemento central da diplomacia entre as nações.

Academia da Ópera Nacional de Paris:

Criada em 2015, a Academia da Ópera Nacional de Paris concentra suas missões em três eixos: transmissão, formação e criação. A Academia se organiza em duas áreas: a área de formação profissional, destinada a jovens artistas e artesãos, e a seção de educação artística e cultural, com diversos programas e uma programação destinada ao público jovem. A cada temporada, cerca de trinta artistas de todo o mundo ingressam no programa de residência da Academia para aprimorar suas habilidades na Ópera de Paris. Os artistas participam de produções na Ópera Bastilha e no Palais Garnier, além da programação de concertos, recitais e espetáculos. A Academia também oferece um percurso de treinamento avançado em artes e ofícios para jovens artesãos que desejam aprender as habilidades e técnicas específicas dos ateliês da Opéra de Paris. Os programas de educação artística e cultural da Acadamia (L’Opéra en Guyane, OpérApprentis, L’Opéra pour moi aussi, Dix Mois d’École et d’Opéra, ADO – Apprentissage de l’Orchestre, etc.), desenvolvidos em escala nacional, permitem que uma ampla gama de públicos descubra ativamente o mundo da ópera e do balé. Além disso, sua programação concebida especialmente para o público jovem, a partir de 6 meses de idade, permite que cerca de 20.000 novos espectadores a cada temporada conheçam obras, artistas e companhias de todo o mundo, com atenção especial ao público com deficiência e cerca de trinta apresentações escolares.

SERVIÇO:

“Mélodies françaises, Melodias brasileiras”
Data: 28/09, às 17h
Local: Theatro São Pedro – R. Barra Funda, 171 – Barra Funda, São Paulo
Tempo de duração: 1h30min
Ingressos a partir de R$36,00 (meia-entrada)
Vendas abertas no site.

“Bizet e seus Contemporâneos”
Datas: 3/10, às 20h e 4/10, às 17h
Local: Theatro Municipal de São Paulo – Praça Ramos de Azevedo, s/n – República, São Paulo
Tempo de duração: 1h30min
Ingressos de R$11,00 a R$70,00 (inteira)
Vendas abertas no site.

Cia Baobá Minas amplia vozes de mulheres negras na remontagem de “Diálogos Femininos e Identidade”, com apresentações no Sesc Palladium e no Teatro Marília

Companhia celebra 26 anos com espetáculo de dança que reverencia personalidades que vão de Carolina Maria de Jesus a Ângela Davis; apresentações acontecem nos dias 4/10 (sábado) e 7/10 (terça-feira), junto ao lançamento de dois livros

Diálogos femininos – Foto de Marcelo Goulart

O que nasceu como a apresentação de um corpo único para condensar memórias, ritmos, afetos, desejos e escrevivências, retorna agora como coro de múltiplas vozes de mulheres negras. “Diálogos Femininos e Identidade”, célebre espetáculo de dança concebido por Júnia Bertolino, da Cia Baobá Minas, levado ao público pela primeira vez em 2019, ganha remontagem neste ano, com estreia no Teatro de Bolso do Sesc Palladium, no dia 4/10 (sábado), e segunda apresentação no Teatro Marília, em 7/10 (terça-feira). A entrada é gratuita, com ingressos retirados pela Sympla ou na portaria do teatro.

O projeto “Diálogos Femininos e Identidade”, que também inclui um ensaio aberto e quatro oficinas em escolas públicas da capital mineira, é patrocinado pela Lei Paulo Gustavo do Estado de Minas Gerais, com apoio da Fundação Municipal de Cultura de Belo Horizonte.

A nova versão celebra os 26 anos da Cia Baobá Minas, referência nos estudos e criações relacionadas à dança afro-brasileira em Minas Gerais, e reafirma a capacidade de reinvenção do grupo, ao amplificar as vozes e histórias de mulheres negras, a partir de um repertório atento sobre ancestralidade, oralidade e narrativas afrodiaspóricas.

A dramaturgia de Júnia Bertolino é inspirada diretamente nas contribuições e superações de mulheres negras pioneiras em diversas áreas do conhecimento e das artes. Entre elas, estão Marlene Silva, precursora da dança afro em Minas Gerais; Mercedes Baptista, a primeira negra integrante do balé do Theatro Municipal do Rio de Janeiro; Ruth de Souza, considerada a primeira referência negra na televisão brasileira; e Maria Firmino dos Reis, autora do primeiro romance abolicionista do Brasil.

O espetáculo também é conduzido por poemas, canções, citações de livros e reflexões de nomes consagrados na cultura brasileira e mundial, como Ângela Davis, Lélia Gonzalez, Dandara, Nzinga, Nina Simone, Elisa Lucinda, Carolina Maria de Jesus, Marielle Franco, Elza Soares, Teresa de Benguela, Antonieta de Barros, Léa Garcia e Xênia França.

Memórias coletivas

Na remontagem, oito bailarinas assumem a cena – um gesto estético e político que transforma o solo original em polifonia, a partir de movimentos que se assemelham a rituais ancestrais, conduzidos com maestria pelo corpo de baile formado por Marlene Ferreira, Ingrid Reis, Maria da Penha de Sousa, Danielle Cardoso, Shirleine Gomes Brandão, Jahi Amani, Dandara Bertolino, Ana Cláudia Santos e Júnia Bertolino. O espetáculo conta ainda com uma série de artistas convidados, como Eda Costa, Lira Ribas, Gal Duvalle, Rilary Freitas e muitos outros.

A trilha sonora é executada ao vivo por Rodrigo Aziz, José Gabriel Gutierrez e Guilherme Ramos, e oscila entre levadas percussivas da cultura afro-brasileira, ressoando matrizes do congado, do samba de roda e de ritmos atlânticos variados. O canto, a poesia, o gesto e o balé funcionam como chaves de memória para corpos que pulsam, desejam, rezam, convocam e guardam, ressoando o tempo espiralado das ancestralidades de mulheres que têm muito a dizer ao mundo.

“Essas mulheres, as bailarinas, vão trazer também a história delas, através das corporeidades negras, de uma música, de uma fala ou de um poema. Todas elas, em algum momento, interpretam uma das mulheres homenageadas dentro do espetáculo, e que são uma inspiração para todas nós. Temos uma espécie de cruzamento de histórias, cada uma com suas importâncias e diferenças”, diz Júnia Bertolino.

A dança ganha potência verbal com o argumento escrito por Júnia Bertolino e as referências diretas à literatura negra, como a entonação dos poemas “Bendita”, de Conceição Evaristo, e “Mulata Exportação”, de Elisa Lucinda. E os versos autorais da dramaturga, a exemplo das obras “Mulheres Guerreiras Angoleiras” e “Palavra de Mulher”.

Além de todas essas referências, outro recurso que potencializa a narrativa é o mapeamento de projeções no figurino das bailarinas e no fundo de palco, exibindo imagens, signos e palavras que contextualizam as mulheres presentes na obra. As intervenções visuais são criações coletivas de Jahi Amani, Josélio Teixeira, Luna Rosa e Lucas Lobato.

A direção do espetáculo é assinada por Júnia Bertolino, com Jahi Amani na assistência de direção, produção do Teatro Negro e Atitude, iluminação de Tainá Rosa, preparação cênica de Eda Costa e figurino de Aldo Clesius. Também respondem pela curadoria Eda Costa e Lira Ribas.

Lançamento de livros

Na primeira apresentação da remontagem, a Cia Baobá Minas realiza o lançamento de dois novos livros, no foyer do Sesc Palladium, logo após a estreia. A publicação “Herdeiros de Zumbi – Mestres, Grupos Culturais e Artistas homenageados pelo Prêmio Zumbi de Cultura da Cia Baobá” (Editora Mazza) descreve a trajetória do “Prêmio Zumbi de Cultura” e das mais de 120 personalidades reconhecidas em nove edições realizadas pela Cia Baobá Minas, entre 2015 e 2023.

Já o livro “Performance, Ancestralidade e Ritualidade: Corporeidades Negras da Cia. Baobá Minas” (Editora Mazza), de Júnia Bertolino, reúne conceitos sobre ancestralidade, tradição oral e a dança afro-brasileira, além de destacar grupos de dança na cidade, e mestres e mestras da dança afro em Belo Horizonte, como Marlene Silva, Evandro Passos, João Bosco, Carlos Afro, Willian Silva, Ronaldo Thiago, Mamour Ba, entre outros.

A publicação integra o projeto “Cultura na Cidade” e as “Ações Estendidas do Festival de Arte Negra de Belo Horizonte – FAN BH”, em parceria cultural com o Ministério Público de Minas Gerais (MPMG), através de recursos do Fundo Especial do Ministério Público – FUNEMP, por meio da Secretaria Municipal de Cultura e da Fundação Municipal de Cultura.

Cia Baobá Minas

Fundada em 1999, em Belo Horizonte, a Cia Baobá Minas consolidou-se como uma das mais importantes referências em dança afro-brasileira no país. Idealizada pela bailarina, coreógrafa e pesquisadora Júnia Bertolino, junto com o também bailarino e coreógrafo William Silva e o músico Jorge Áfrika, a companhia nasceu com a proposta de unir arte, ancestralidade e formação, promovendo espetáculos, oficinas e projetos educativos que dialogam com a tradição afro-diaspórica e sua atualização na cena contemporânea.

Ao longo de mais de duas décadas, a Cia Baobá Minas acumulou um repertório de obras que transitam entre a dança, o teatro, a música e as artes visuais, com destaque para as montagens “Ancestralidade: Herança do Corpo” (2009), “Quebrando o Silêncio” (2009) e “Diálogos Femininos e Identidade” (2019 e 2025).

Além disso, a Companhia é a realizadora do Prêmio Zumbi de Cultura, iniciativa que desde 2010 homenageou mais de 120 mestres, artistas e grupos relevantes para a cultura. Junto à criação cênica, a Cia Baobá Minas mantém um projeto formativo contínuo em escolas, festivais e eventos, reafirmando sua missão de transmitir os saberes da cultura negra.

Serviço | “Diálogos Femininos e Identidade”, da Cia Baobá Minas

4/10 (sábado), às 19h
Teatro de Bolso do Sesc Palladium (rua Rio de Janeiro, 1.046 – Centro)
Os ingressos são gratuitos e podem ser retirados pelo Sympla ou na portaria

7/10 (terça-feira), às 19h
Teatro Marília (avenida Professor Alfredo Balena – 586 – Santa Efigênia)
Os ingressos são gratuitos e podem ser retirados pelo Sympla ou na portaria

Ensaio aberto
Integra o projeto, também, um ensaio aberto do espetáculo, que acontece no dia 30/9, terça-feira, às 19h30, no Centro de Referência das Juventudes (CRJ), localizado na Rua dos Guaicurus, número 50, no Centro. A entrada é gratuita.

Oficinas
O projeto da Cia Baobá Minas conta, ainda, com oficinas gratuitas de dança afro-brasileira em escolas municipais de Belo Horizonte. Ao todo são quatro atividades, sendo que as duas primeiras já foram realizadas nas escolas Israel Pinheiro e Magalhães Pinto. As próximas acontecem:

23/9 (terça-feira), às 13h30 – Escola Municipal José Maria Alkimim
25/9 (quinta-feira), às 13h30 – Escola Municipal Florestan Fernandes

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